Oi gente, meu nome é Beto e iniciei aqui essa série e espero que vocês gostem, é a primeira vez que posto então me desculpe por eventuais erros que eu possa cometer. Podem falar se estiver chato ou dar sugestões porque o texto é aberto e como ainda estou escrevendo vocês podem interferir no destino dos personagens. A opinião de todos é muito importante ;-). Não poderei postar todo dia por que trabalho e também estudo, mas prometo não deixa-los na mão e escreverei assim que possível.
No capítulo 01 vocês conheceram Colin que sofreu bastante nas mãos de Túlio e agora estará disposto a começar uma nova vida, mas no capítulo de hoje vou lhes apresentar nosso segundo protagonista, Jonas. Espero que gostem e boa leitura:
Capítulo 02 - Jonas
Matheus tinha se tornado passado para mim apesar de meu coração ainda bater forte por ele, ao mesmo tempo em que Colin estava mexendo cada vez mais comigo. Confesso que ter Colin como amigo estava se tornando um dilema, pois era impossível amar uma pessoa que estava apaixonada por seu ex-namorado. Até aquele momento nunca achei que seria possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, mas me enganei.
[...]
Meu nome é Jonas tenho 17 anos, branco, cabelos castanhos e um pouco grande, não me considero alto nem baixo, gordo nem magro, me considero um garoto normal. Sempre levei fama de nerd por usar óculos e aparelho e ser super inteligente. Era tão inteligente que com 16 anos já estava na faculdade cursando Nutrição e morando sozinho em uma cidade grande.
Nunca dei bandeira que gostava de meninos apesar de notar alguns olhares de garotos para mim ás vezes. Isso mudou por completo quando conheci Matheus, ele era simplesmente o garoto mais perfeito que já conheci, lembro perfeitamente da primeira vez que o vi.
Estava atrasado para a aula e os corredores já estavam vazios, eu andava apressadamente olhando para o relógio e não percebi o chão escorregadio o que resultou em um inevitável tropeço que fez meus óculos caírem longe:
- Era só o que faltava! – me ajoelho apalpando o chão em busca do relógio por que meu caso é tão sério que não consigo enxergar quase nada sem eles.
Olho ao longe e vejo alguém vindo em minha direção, aparentemente é uma pessoa alta e musculosa, mas não consigo identificar quem é. A pessoa se abaixa rapidamente e caminha em minha direção.
- Acho que isso é seu! – uma voz grossa e muita bonita fala comigo ao mesmo tempo em que coloca os óculos em meu rosto, permitindo que eu veja pela primeira vez o rosto da pessoa misteriosa.
- Ah! Sim obrigado – eu digo abismado com a beleza do rapaz que dá um sorriso encantador.
- Eu sei como é ficar perdido sem poder ver nada, rs – ele diz em tom de brincadeira.
- Por quê? Você também é míope?
- Sim, mas no meu caso eu uso lentes de grau.
- Hum, infelizmente eu não tenho grana pra isso – digo também em tom de brincadeira
Ele estende a mão para mim
- Prazer, meu nome é Matheus.
- O meu é Jonas – eu digo o cumprimentando
Meu maior desejo era ficar ali conversando com ele, mas infelizmente eu tinha aula e estava muito atrasado.
- Eu preciso ir, mais uma vez obrigado.
- De nada! – ele responde com aquele sorriso que já tinha me conquistado
Sem falar mais nada decido me virar e correr rapidamente para minha sala. Na aula, não consigo me concentrar, pois não consigo tirar aquele sorriso lindo da cabeça, nem a primeira imagem do rosto dele quando ele colocou os óculos em mim, eu não tinha mais dúvidas estava apaixonado por Matheus.
Quando sai não o encontrei, assim como no dia seguinte e no outro, era difícil de encontrar uma pessoa da qual não se sabia quase nada a respeito em meio a vários estudantes andando de um lado para o outro naquela faculdade enorme.
Passado alguns dias, desisto de procurar e começo a pensar que foi tudo fruto da minha imaginação. Até que um dia inesperadamente enquanto vou andando para o ponto de ônibus próximo a faculdade, sinto uma mão encostar em meu ombro esquerdo e ao me virar vejo ele, o garoto perfeito por quem eu estava apaixonado.
- Jonas, não é?
- E você é? – finjo que não me lembro dele para não dá tanta bandeira.
- Matheus, lembra? – ele tira meus óculos e os põe de volta dando aquele sorriso lindo mais uma vez.
- Ah, sim lembrei. E então como vai?
- Vou bem. Melhor agora!
- Rs E por quê?
- Nada não. Vai pegar que ônibus?Coincidência, eu também.
- Ok!
Ele espera ao meu lado dando aquele sorriso como se quisesse dizer alguma coisa, mas permanece calado.
O ônibus chega e ele entra junto comigo e o que eu suspeitava se confirma quando ele se senta exatamente ao meu lado.
- Quer me dizer alguma coisa? – eu o questiono olhando diretamente em seus olhos.
- Por que a pergunta?
- Será que é por que você fica me encarando e acaba de sentar ao meu lado?
- Tá certo! Vou falar em seu ouvido.
Ele se aproxima de mim e sinto o calor do seu corpo bem junto a mim:
- Gostei de você! – ele diz isso na maior naturalidade possível
Fico sem respostas depois de ouvir aquilo, dou um sorriso e permaneço calado o resto do percurso.
Ao chegar à minha parada me surpreendo quando ele desce junto comigo.
- Coincidência ou perseguição? – eu pergunto
- O que você acha?
Mais uma vez respondo com o silêncio e deixo ele me acompanhar até a porta de casa. Já está escuro e não tem ninguém na rua.
- Bom! Eu moro aqui. – aponto para minha casa
- E você não vai me dar seu número?
Eu hesito, mas acabo passando o número para ele.
- Bom então é melhor eu ir para a minha casa.
- Ok! E onde você mora?
- Do outro lado da cidade.
- Como é? E o que você veio fazer aqui? Disse que ia pegar o mesmo ônibus que eu.
- Eu precisava conhecer a casa do meu namorado.
Me surpreendo quando ele chega bem perto de mim e me dá um beijo quente. Era a primeira vez que eu beijava alguém então era inexperiente. Quando ele se afasta morde meu lábio inferior e simplesmente se vira e vai embora sumindo na escuridão.
Fico paralisado e sem reação, não consigo acreditar que o cara que eu estava a fim tinha acabado de me dar um beijo e simplesmente ido embora.
Algumas horas depois, deito em minha cama e não consigo tirar da mente o que aconteceu. Quando fecho os olhos percebo que alguém está me ligando.
Ao atender ouço aquela voz que já não sai da minha cabeça:
- E então namorado? Já está dormindo?
- Eu posso saber o que foi aquilo? – pergunto
- Ué, só dei um beijo em meu namorado, não posso?
- Mas eu não me lembro de nós estarmos namorando?
- Tudo bem acho que não pedi formalmente. Senhor Jonas, aceita namorar com o Senhor Matheus? Sim ou Não?
- Você é louco! – dou uma risada
- Vou entender isso como um sim.
- Olha, eu ainda não estou acreditando que isso seja verdade.
- Só diz que aceita e está tudo bem.
- Tudo bem eu aceito.
Ele dá um grito bem alto em comemoração.
- Com uma condição. – eu falo seriamente
- Qual?
- Ninguém pode saber – dou uma pausa - Se vamos namorar tem que ser um namoro secreto e escondido.
- Seu desejo é uma ordem.
[...]
Esse foi o primeiro passo que demos em nosso namoro, com o tempo Matheus me confessa que sempre foi apaixonado por mim e naquele dia do meu tropeção ele estava me seguindo e decidiu arriscar e se aproximar, depois disso ele passou a se esconder de mim e logo percebeu que eu estava o procurando feito louco e então armou todo esse plano para me pedir em namoro.
Confesso que adorei, nos conhecemos melhor e eu fui me apaixonando cada vez mais. Descubro que ele também mora sozinho e faz o segundo período do curso de Matemática, temos muito em comum, gostos por comida italiana e fanáticos pela cantora Ariana Grande. Passamos a nos encontrar todos os dias, escondidos é claro. Eram beijos atrás de prédios, no banheiro da faculdade, no escuro das paradas de ônibus, mas nada que não passasse de uns amassos. Foi assim que um ano se passou, estava feliz ao lado dele e nada podia nos separar. Até aquele dia:
- Tem certeza de que não quer ir até a minha casa? Só hoje, por favor! – Matheus faz o mesmo pedido pela sexta vez naquele dia.
- Ah, você sabe que eu ainda não estou preparado para fazer o que você quer fazer.
Ele se entristece.
- Hum, ás vezes acho que você não gosta de mim.
- Não fala isso! Eu amo você seu bobo.
- Mas olha o que você faz comigo! – ele leva a minha mão até seu membro que está duríssimo e fazendo um enorme volume na calça jeans.
- Seu louco alguém pode ver! – retiro minha mão rapidamente com medo de que alguém veja, afinal estamos em frente a minha casa em plena luz do dia.
- Você tá me deixando na MÃO, literalmente.
- Nós vamos fazer isso, quando chegar a hora certa. – digo seriamente e me aproximo para beijá-lo ainda com receio de que alguém veja.
Mas para minha surpresa, Matheus vira o rosto.
- Tá bom, então! – ele diz friamente, se vira sobe na moto que ganhara de seu pai no natal e vai embora.
Era a primeira vez que ele falava daquela forma comigo, sempre tão carinhoso, tão brincalhão, nunca tinha falado nada dessa forma comigo.
- Matheus! Espera! – eu corro atrás dele
Mas ele é mais rápido e eu o perco quando ele vira a esquina rumo. Fico triste e percebo que ele tem razão. Eu decido voltar para casa, ainda pensando no que ele me disse e não percebo quando um carro se aproxima e freia bruscamente quase me atropelando. Um rapaz alto desce do volante muito sério e irritado:
- Você está louco? Quer morrer?
Fico sem palavras com o susto e também ao ver o garoto que é muito lindo e que surpreendentemente faz meu coração bater mais forte da mesma forma que Matheus.
Uma mulher sai do banco do carona bastante assustada:
- Colin, meu filho! Se acalma o garoto estava distraído. E você não pode ficar nervoso, lembra?
O garoto respira profundamente e parece contar até 10.
- Tá bem mãe. – ele olha pra mim mais calmo – Desculpa! Você está bem? Se machucou?
Ele me pergunta e tenho a mesma sensação de quando ouvi a voz de Matheus pela primeira vez, era como se tivesse tendo um dejavú de sentimentos.
- Não! Eu estou bem. Me desculpa, realmente eu estava distraído.
O garoto olha diretamente para mim e nós dois temos uma troca de olhares instantânea, espero um sorriso da parte dele, mas ele permanece sério e frio.
- Está bem, então! Vamos mãe?
- Vamos querido. – a mãe dele olha pra mim como se pedisse desculpas pela frieza do filho.
Eu saio da frente do carro, e eles entram no veículo. Não sabia o que estava acontecendo comigo, porém mais uma vez um garoto estava mexendo comigo, mas como seria possível? Afinal eu estava perdidamente apaixonado por Matheus. Resolvi esquecer, afinal era só um garoto qualquer que provavelmente nunca mais veria.
Vou caminhando de volta pra casa e tento ligar para Matheus, mas o celular dele só dá ocupado. Ao chegar em casa me surpreendo com o mesmo carro que há pouco quase me atropelara estacionado na casa bem ao lado da minha. Logo, vejo o garoto sério sair de dentro da casa e indo em direção ao carro pegar umas caixas. Não tive dúvidas, o segundo garoto que mexeu com meu coração seria meu mais novo vizinho.
CONTINUA...