No capitulo anterior:
Fomos caminhando até perto de onde o Ricardo e seus amigos me levaram para me bater...
E: Diego, me desculpa, deixa eu te explicar tudo o que aconteceu nos mínimos detalhes...
Eu: não deixo explicar nada! Como você diz que estava gostando de mim e faz uma coisa dessas comigo, eu estava gostando de você seu cretino!
...
E: Diego, calma, eu nem conheço aquela menina direito, ela estuda comigo e ela me beijou de surpresa...
Eu: surpresa? Percebi que foi inesperado, mas foi mais inesperado para mim te ver corresponder aquele beijo.
E: mas o que é que tem? Você mesmo disse que não quer nada comigo, se a gente tivesse namorando eu seria o cara mais fiel do mundo, mas estando livre, eu fico com quem eu quiser, garotos ou garotas.
Eu: então fique com quem você quiser, mas não comigo, minha boca você não beija mais.
E: também não é assim poxa, muita gente tem amizades coloridas.
Eu: acha que eu sou o que? Uma de suas putas para você pegar quando quer e depois ir se esfregar com outro por aí?
E: não mas...
Eu: mas nada, não quero mais nada com você, amizade, vou tentar, mas relacionamento, em dois dias você destruiu todas as chances que poderia ter comigo, sem mais nenhuma chance.
Quando ele abriu a boca para falar algo, vi que já era hora de voltar para a sala de aula e terminar aquele dia catastrófico.
E: depois a gente conversa sobre isso.
Eu: não tem mais nada para conversar.
E: eu não desisto fácil.
Eu: eu também não sou fácil, você não terá mais chances, então tchau.
E: até mais.
Voltei para a sala de aula acabado, bufando de raiva e com a barriga doendo, entrei na sala e fiquei esperando o próximo professor chegar quando o Ricardo senta do meu lado...
R: e aí, tudo certo?
Eu: tudo uma droga – falei olhando sério para ele – mas o que você tem a ver com isso para estar perguntando? Até onde eu sei você me odeia, então fica longe de mim.
R: esta bem, é isso o que dá querer tentar reparar o erro e ser simpático, levo patada de viado.
Eu: agora pode se retirar de perto de mim.
R: ótimo, vazei – falou se levantando.
Eu: já vai tarde, melhor só do que mal acompanhado.
Ricardo saio resmungando algo em voz baixa e me deixou sozinho com meus pensamentos, até que fui desperto pelo professor que acabara de entrar na sala anunciando o início da aula.
As ultimas aulas correram sem mais problemas, quando chegou o fim da ultima aula, logo tratei de sair a passos largos da sala e corri para a saída da faculdade, não queria encontrar com o Eri de jeito nenhum, enquanto andava pelos corredores encontrei com o Arthur que logo começou com o interrogatório sobre o que eu e Eri conversamos, expliquei a ele toda a situação, quando estávamos perto de sair da faculdade, ouço uma voz feminina nos chamando, quando nos viramos nos deparamos com a Thais vindo em nossa direção...
T: Quando nos conhecemos eu te falei que não queria ver meu amigo machucado, lembra? – ela falou séria olhando para mim – eu só não contava com o fato de que seria ele quem te machucaria. Eu sinto muito Diego.
Eu: Não tem problema, desde ontem que ele tem se mostrado um super idiota...
A: por falar no diabo, olha quem vem ali – o falou olhando para o Eri que vinha em nossa direção.
E: Diego, me desculpa, por favor...
Eu: não Eri, você ainda tem sorte de eu estar falando com você, não vai ter mais nada entre nós a não ser amizade e olhe lá que será uma amizade bem fechada.
E: Diego, por favor...
T: Erivaldo, vamos embora, você já fez estragos demais por hoje.
E: esta bem, mas eu não vou desistir de você Diego, não vou!
A: pois se eu fosse você eu ia desistindo, o meu amigo aqui quando pega raiva de alguém, fica impossível.
E: mesmo assim, não desistirei.
O Eri e a Thais nos deram as costas e foram embora enquanto o Arthur e eu ficamos lá esperando eles iram embora para depois a gente sair, eu não queria nem dividir o mesmo chão que o Eri, estava muito magoado com ele, depois de uns 2 minutos a Laura passa por nós e nós a acompanhamos até a saída, ficamos na frente da faculdade conversando um pouco até que o Ricardo aparece para ir pra casa com a prima...
R: Olha quem encontro aqui na saída...
Eu: para minha falta de sorte, Arthur vamos embora – sai puxando o Arthur – Tchau Laura, até amanhã.
L: tchau querido, até amanhã.
Saí puxando o Arthur sem olhar para trás, eu só estava estressado e cansado, em um único dia, passei raiva, fui espancado por um maluco e agora tudo o que eu mais queria era a minha casa e descansar um pouco, peguei meu ônibus e o Arthur ficou no ponto esperando o seu que não iria demorar para vir.
Passei na escola de Guilherme para pega-lo, ele estava todo empolgado porque uma garota da turma dele tinha dado um beijinho nele, foi o caminho todo até em casa me perguntando como ele poderia fazer para ganhar mais beijinhos das garotas, eu dei umas dicas baratas para enrolar ele e ele se calou, chegando em casa evitei falar com minha mãe tudo o que tinha acontecido na faculdade, mas ela veio perguntar como foi o meu dia e para não deixar ela no escuro, falei para ela esquecer o almoço de domingo que ela iria preparar para conhecer o Eri, contei de tudo o que tinha acontecido e que não queria mais nada com ele...
L: que bom que isso acabou antes de começar né?
Eu: mas, eu estava apostando nele, quando o conheci ele era tão fofo.
L: mas filho, um dia é muito pouco tempo né? Você conheceu uma parte dele e agora conheceu outra, a gente não conhece uma pessoa do dia para a noite, você pode passar anos com uma pessoa e mesmo assim não o conhecer totalmente.
Eu: eu sei mãe, mas...
L: mas nada, é como eu digo, melhor só do que mal acompanhado. Então relaxe essa mente e vá descansar um pouco, ta bom?
Eu: esta bem, como hoje não teve quase nada na faculdade, então eu não vou fazer mais nada hoje, vou tomar um banho e tentar dormir um pouco.
L: antes vai almoçar.
Eu: quero não – falei indo para o banheiro.
L: mas eu fiz lasanha amor.
Eu: quando eu sair do banheiro quero minha fatia na mesa ta bom mamãe que tanto amo.
L: não sou sua empregada, venha e se sirva – ela falou indo até o quarto do Guilherme que já tinha tomado seu banho e estava trocando de roupa.
Entrei no banheiro, tirei minha roupa, entrei no Box e fechei a portinha de vidro, logo deixei a água fria cair encima de mim. Fiquei ali me refrescando e esfriando a cabeça, mais uma vez olhei para a cicatriz na minha mão esquerda...
Eu: nunca mais, nunca mais ninguém vai passar por cima de mim, seja forte Diego – falei em um sussurro para apenas eu escutar.
Terminei meu banho e ainda de toalha fui para a cozinha para almoçar, o Guilherme ainda comia seu almoço então lhe fiz companhia, fazia tempo que a mãe não fazia lasanha e embora eu não estivesse com muita fome, não poderia perder essa chance.
Depois do almoço, fui para o meu quarto, troquei de roupa e me joguei na minha cama, quando peguei meu celular haviam algumas mensagens no whats, duas eram do Eri, próximo passo foi bloquear ele e apagar o seu número, haviam muitas mensagens no grupo da sala da faculdade, nada demais, só o pessoal se conhecendo melhor, inclusive o chato do Ricardo estava se enturmando bem no grupo, nem me dei o direito de falar para ele não encher o meu saco, também tinham mensagens do meu pai que me mandou fotos do meu irmãozinho na praia com ele e sua esposa, respondi ao meu pai, meu irmão é a criança mais linda do mundo, assim como eu, ele é a cara do meu pai, contei pra ele tudo o que aconteceu com o Eri e nem preciso dizer que ele me deu o maior sermão, mas prometi que estava tudo bem e realmente, estava, depois que falei com ele eu larguei o celular e fechei os meus olhos para descansar um pouco, não sei quanto tempo demorou, mas logo eu caí no sono.
...
No outro dia as aulas correram tranquilamente, o Eri só falou o necessário comigo e tentei não mandar ele ir tomar naquele canto, a Thais é uma pessoa legal mas como ela sempre esta perto de seu melhor amigo, fica meio difícil a interação com ela, o que é uma pena pois sei que ela é uma ótima pessoa e atualmente preciso me cercar de boas pessoas.
Na ultima aula o professor passou um trabalho em grupos de 4 pessoas, o trabalho deveria ser escrito e com apresentação no estilo seminário, como eu tinha mais intimidade com a Laura então a chamei para entrar no meu grupo, logo o mala do seu primo chegou perto de nós e anunciou que ficaria no nosso grupo...
Eu: por que você não fica num grupo com seus amigos?
R: porque como eu e minha prima moramos juntos, fica mais fácil para a gente fazer os trabalhos juntos, não acha seu mala.
Eu: seu ridículo.
L: gente vamos parar de brigar, agora vamos fazer nosso trabalho em grupo e só falta uma pessoa, ei garoto, quer fazer parte do nosso grupo? – ela perguntou para um rapaz gordinho que estava perto da gente.
- Por mim tudo bem.
Eu: qual teu nome?
- Gabriel.
R: Gabriel, ele mala é o Diego, eu sou Ricardo e essa é minha prima Laura.
Eu: mala é você seu otário.
R: qual é, que apanhar?
Eu: cai dentro pra você ver quem vai levar uma surra.
L: meninos calma! Poxa, agora somos uma equipe, vocês deem uma trégua, se não quem vão apanhar são os dois.
G: pelo visto ela vai acabar com vocês – Gabriel falou sorrindo para nós.
R: Ela esta certa, se vamos fazer trabalho juntos, então temos que trabalhar juntos, trégua? – ele perguntou estendendo a mão para mim.
Eu: segurei firme em sua mão aceitando o cessar fogo.
L: ótimo, Diego e Gabriel, esse é o nosso endereço, estejam na nossa casa as 14:00 pode ser?
Eu: por mim tudo bem.
G: Bairro nobre? Vocês são ricos pelo visto.
R: é, nossas famílias tem algumas coisas, enfim até mais tarde.
L: tchau meninos.
Eu: tchau.
G: até mais tarde.
...
Chegue no endereço que me foi entregue pela Laura, uma casa de alto padrão que me deixou de boca aberta, bati na porta e logo uma mossa que aparentemente era empregada abriu a porta e pediu para que eu entrasse.
Eu: Onde estão a Laura e o Ricardo?
- Eles tomaram conta da cozinha e estão lanchando.
Eu: tomaram conta?
- é, me expulsaram e tomaram conta, o senhor pode ir por ali, vai ouvir eles falando, vou subir para limpar os quartos, com licença.
Eu: esta bem, obrigado.
- por nada.
Sai de lá e fui em direção que a empregada me indicou, depois que sai da sala de estar foi que eu me toquei de que nem perguntei o nome dela, mas não tem problema, terei outras oportunidades de perguntas, quando cheguei próximo da cozinha eu ouvi vozes felizes e risadas, pelo visto o Gabriel já tinha chegado pois podia ouvir a voz dele também, entrei na cozinha estilo americana após bater na porta, o Gabriel estava bebendo água a Laura estava fazendo brigadeiro e o Ricardo estava sentado a mesa, ele estava sentado de lado de forma que ele estava de frente para mim, quando eu fui entrando na cozinha, não sei como, mas eu tropecei no pé de uma cadeira que estava um pouco afastada da mesa e cai com tudo mais uma vez por cima do Ricardo, só que dessa vez meu rosto bateu de encontro ao dele, tentei desviar mais foi rápido demais e quando percebi nossos lábios estavam colados e ele com os olhos arregalados e assustado, não demorei dei um Sato e me desgrudei dele rapidamente...
Eu: ai meu deus Ricardo, desculpa...
Ele passou a mão com força na boca limpando a mesma, se levantou rápido da cadeira e falou...
R: eu vou acabar com você seu viado idiota.
...
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