Feliz ano novo!!! Espero que gostem e muito obrigado pelos comentários e por lerem. Obrigado a todos vocês... ;)
" eu: tem que levar barraca, né?
JP: to levando uma pra nós dois. Vamos armar a barraca juntos, kkkkk.
eu: escandalosa, vai berrar pra lá. Se comporte.
JP: querido, preconceito com afeminado agora? eu te avisei..kkkkk
eu: avisou, mas eu gosto de passar carão contigo.
Jp: ta pagando seus pecados comigo, kkkkk.
eu: casseta, vai acordar seus pais.
JP: me deixa. Acorda nada, pior é quando eu canto, mas eles nem ligam.
eu: credo. Vem cantar no meu ouvido não.
JP: você ta muito revoltado hoje, desse jeito a barraca desarma. kkkk
eu: nem vem. Se você começar a rir, eu paro.
JP: não, pode chupar, mas não passa a língua daquele jeito.
eu: assim?
JP: kkkkkkkkkkk, ain, pára."
( não mereço um namorado que tem cócega na cabeça do pau)
Vocês não tem noção da vergonha que eu passo com essa criatura. <3
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Passamos dias incríveis no rancho. Ajudei o Bruno descarregar a tralha na pick-up e sairia pela manhã. Dormimos juntos e ele perguntou se eu tomaria café. Respondi que não, queria voltar o mais possível pois tinha que ligar pra um fornecedor de compressores. Notei que ele ficou meio triste, mas iria assim mesmo.
— certeza que não quer comer?
— preiciso ir adiantando as coisas, final do dia eu te ligo, pode ser?
— tudo bem, fazer o que? — ele me beijou e assanhou meu cabelo.
— fim de semana eu volto pra gente sair.
— vou te esperar.
Fui saindo na porta e antes que ele falasse alguma coisa, o puxei pra um beijo apaixonado. Ele me encarava e sorriu.
— é pra eu te amar mais, por isso me beija assim?
— é!
— ta conseguindo. — vá então, senão eu me atraso também.
Peguei um congestionamento miserável na saída da cidade e quando cheguei na empresa já passava das onze horas. Pedi a minha secretária que ligasse pro fornecedor e assim que ela completou a ligação, me passou o telefone.
Foi uma luta fazerem com que eles baixassem o preço, mas até que enfim, consegui. Eu queria revender e não poderia continuar comprando pelo preço antigo.
Passei o resto do dia em contato com fornecedores e negociando preço para revenda.
Minha empresa era referência na cidade em instalação de arcondicionado automotivo. Haviam outras pequenas empresas, mas não com estoque tão completo quanto o meu, assim, consegui ganhar mercado rapidamente.
O próximo passo era as Maquínas Agriculas.
Cheguei em casa umas oito da noite e fui tomar banho. Assim que sai do banheiro peguei o celular e liguei pro Bruno. Ele atendeu no segundo toque.
— oi, chegou em casa agora?
— sim. Correria. — contei a ele sobre o tal engarrafamento.
— que droga. Já jantou?
— ainda não. Vou comer qualquer coisa aqui. Tudo bem contigo?
— tudo certo.
— hum, ta com a voz estranha. Aconteceu alguma coisa?
— não. Bom, é que eu tava meio preocupado contigo.
— só me atrasei mesmo. Eu vou ai no fim de semana.
— rancho?
— não. Quero ficar ai, no seu apartamento. — sério? Eu to meio que me sentindo um adolescente de novo.
— a gente perdeu muito tempo. Eu vou tomar banho, posso te ligar daqui a pouco?
— oxi, macho. Claro que pode.
Tomei um banho e comi uma lazanha caseira que sempre compro no restaurante da esquina. Liguei pra ele de volta e achava engraçado como sua voz mudava quando falava comigo. Ele passou a ter mais liberdade comigo pra se expressar e nossa conversa acabou se estendendo por duas horas.
Disse que queria fazer sexo com ele pelo telefone e ele riu feito doido. Não fizemos, mas confesso que meu pau endureceu só de imaginar nós dois juntos de novo e bateu uma vontade doida de ter ele perto de mim. Já estava ficando tarde e desligamos.
A semana toda foi uma correria. Eu havia mandado meus cinco melhores funcionários para um curso de montagem em máquinas agrícolas e a empresa ficou desfalcada. Por sorte os clientes foram bem compreensivos e não nos causaram nenhum tipo de transtorno pelo atraso na entrega dos seus veículos. Isso fez com que o pessoal não trabalhasse sob pressão e o serviço continuou com a mesma qualidade de sempre.
Já era sexta-feira e liguei pro Bruno no meu horário de almoço. Ele tentou disfarçar uma alegria e eu fingi que não percebi, mas adorava sentir que ele vibrava de felicidade quando ouvia minha voz.
— to saindo daqui a pouco. Chego em uma hora e meia.
— minha nossa, o que você quer de jantar?
— você! — disse rindo.
— to falando sério.
— risoto de camarão. Difícil?
— claro que não. Vou começar a fazer.
— heim?
— pode falar.
— senti sua falta a semana toda. — ele suspirou no outro lado da linha.
— também senti falta tua.
— diz que me ama? Eu gosto quando você fala.
— eu te amo, Teodoro.
— eu também te amo. Vou terminar de fechar tudo por aqui e já vou indo.
— te esperando ansioso.
O tráfego estava bom. Parei no meio do caminho e comprei uma garrafa de vinho artesanal, típica da região. Imaginei que ele iria gostar e pedi mais uma.
Assim que cheguei, fui recebido por ele na garagem. Me cumprimentou com um aperto firme de mão e um abraço. Na hora não me toquei, mas ele disse no meu ouvido:
— tem uma câmera aqui e no elevador também, não se esqueça.
Na verdade, eu nem me lembrava e quase que o beijei ali mesmo.
Botamos nossos pés pra dentro do apartamento e segurei ele pela mão. Ele ficou de frente pra mim. Sua respiração quente estava perto demais e o beijei. Tirei a camisa dele, lambi seus mamilos e ele me puxava contra seu corpo. Levei ele pro sofá e deitei sobre ele.
— tava doido pra te ver. — disse.
— eu mais ainda. Sabe, a gente precisa conversar. — ele parecia preocupado.
— que aconteceu?
— meu pai...
— o que tem meu tio?
— ta me pressionando. Quer que eu assuma os Supermercados. Veio aqui essa semana. Só que não quero me mudar pra Floripa. — reapirei fundo. Não seria nada bom se o Bruno fosse embora.
— quê disse a ele?
— que eu estava bem trabalhando pra você e que não pretendia de modo algum ocupar o lugar dele. Minha irmã poderia muito bem fazer isso.
— ta começando a complicar as coisas. Eu não posso tomar essa decisão por você, mas você sabe que não vou poder ir te ver todos os fins de semana.
— eu sei. Ficar sem você vai me matar de tesão. — ele ria.
— safado. Deixa pra la isso, a gente da um jeito. Ah, trouxe um vinho artesanal pra gente, duas garrafas na verdade.
— então sai de cima e vamos jantar.
— hahaha, só vou sair porque to com fome.
— então vamos!
Fomos pra cozinha e o cheiro do risoto de camarão estava delicioso. Ele tinha deixado em fogo baixo pra dar tempo de eu chegar. Me sentei numa banqueta e ele colocou o vinho na geladeira; aumentando a potência pra que gelasse rápido. Ele vinha pra lá e pra cá enquanto a gente conversava. Me lembrei do nosso encontro com o Rubens.
— não sabia que o Rubens ainda morava por essas bandas. — disse e ele parou de lavar a salada e se virou pra mim.
— não quero falar do Rubens não.
— qual o problema?
— eu sei que você andou com ele uns tempos. Não faz essa cara de besta pra cima de mim não.
— epa, quem te falou isso?
— ele. Fazia tempo que ele tinha sumido daqui. Depois voltou e me encontrou no centro. Ele perguntou de você e disse que nunca mais esqueceu a vez que vocês ficaram. Se ele soubesse a raiva que eu fiquei, nem teria falado nada. — eu me encostei no balcão da cozinha e puxei ele pelo braço.
— vem aqui. Deixa eu te falar uma coisa. Quando eu fiquei com ele, foi bem na época que você não estava mais indo la em casa, lembra? E até hoje eu não entendo o porquê de você ter se afastado.
— não importa mais isso, estamos aqui, não estamos? E não mude o foco do assunto.
— AiAi Bruno, quer que eu te diga o que? Só fiquei com ele uma vez. Foi legal? Ate que foi. Significou alguma coisa? Não!
— hum, deixa isso pra lá. Não quero ficar remoendo.
— não vale a pena mesmo. Sabe, quando eu vi o Rubens, percebi uma coisa. — ele colocou os braços do meu pescoço e me beijou.
— percebeu o quê? Que sou muito mais gostoso que ele?
— hahaha, não foi isso, mas sim, você é muito mais tesudo. E eu amo você, então, sem comparações... O fato é que metade daquela nossa galera era bissexual.
— caralho, isso é verdade. Eu gostava da Odete, lembra?
— hahaha, lembro. Você falava que ela tinha os peitos grandes. E eu gostava da Meire, filha da dona Glória. Caramba, aquela era sapeca.
— éramos terríveis, mas era contigo que eu ficava.
— e gostava né, safado? — ele fez lembrar de coisas que já tinha esquecido e ajudei ele terminar o jantar.
Ele fez uma salada de folhas e colocou um molho por cima. A cozinha tinha um aroma incrível. Eu coloquei a mesa e fui peguar o vindo. Pedi a ele que sentasse e servi o vinho pra ele. Meu estômago parecia estar grudado nas costas de tanta fome.
— Téo, eu sei que você come pra caralho, macho. Então, não faça cerimonia, tem bastante la no fogão também.
— eu nem comi nada antes de vim, pra não perder o apetite. — rimos e ele serviu na minha boca.
— ficou bom?
— maravilhoso. Ta cremoso, o camarão ta no ponto. Explendido. Precisa sobrar?
— hahaha. não. Pode comer a vontade.
Confesso que adoro comer, ainda mais se é algo que eu goste muito. Adorava quando minha mãe fazia polenta com frango caipira. Comia até não ver mais o fim. Outra pessoa que cozinhava bem, era a mãe do Bruno. Acho que ele acabou pegando o talento da mãe.
O Bruno não conseguia ver meu prato vazio e servia mais, eu já estava quase explodindo e disse que já estava satisfeito. Terminamos de jantar e ele trancou a porta. Ficamos só de cuecas e nos sentamos no tapete da sala. Bebemos vinho, rimos de nossas trapalhadas e depois de muita conversa, ele tirou a taça de vinho da minha mão e se sentou no meu colo de frente pra mim. Completou a taça com mais vinho e molhava meus lábios, depois me beijava.
— só você pra me fazer relaxar assim. — disse e ele molhava meus lábios.
— a gente nasceu pra ficar juntos. Não percebeu ainda?
— se você está fizendo, eu acredito. Não há nada de importante nesse momento, além de você. Me beija de novo, vem.
Ele bebeu o resto do vinho e derrubei ele no chão. Fiquei por cima, adorava admirar aquele homem olhando pra mim e se sentindo tão seguro de si. Na hora, sua timidez dava espaço a outra personalidade. Eu via um Bruno confiante e disposto a se entregar de corpo e alma as mais variadas formas de prazer. Ele era incrível entre quatro paredes. Transamos ali mesmo, na sala. Ficamos exaustos.
— acabou comigo hoje. — disse ele rindo.
— eu gosto quando você fala assim.
— eu queria dizer uma coisa, mas não sei o que você vai achar. To até com medo.
— medo? Hum, pode falar.
— ta... então...
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Continua...