Recordações - Diário Gay Parte 17 (último)

Um conto erótico de Fabioo
Categoria: Homossexual
Contém 1775 palavras
Data: 05/01/2016 00:57:16

Ele me atendeu com frieza no olhar e pareceu não se importar muito com minha presença.

Ricardo estava abatido e bastante pálido, sabe quando temos gripe ou uma virose que nos derruba?

Pois bem, ele estava dessa maneira!

Está tudo bem com você Ricardo?

Por que não atendeu minhas ligações?

Não respondeu minhas mensagens e não abriu a porta das outras várias vezes que vim aqui?

Por que não quis Fábio!

#grosso

Não quero mais.

Não aguento mais ficar no banco de reserva esperando pra ser chamado.

To cansado de ser descartado.

To de saco cheio de esperar que você me olhe como homem, com o mesmo carinho que olho pra você.

Não sirvo mais pra ser seu amigo, para mendigar amor de alguém que não quer oferecer.

É melhor você ir embora.

Ricardo eu não vou embora, não vou arredar o pé daqui sem antes você me escutar.

É melhor você se sentar, pois, o que tenho a dizer é bastante chocante e delicado.

Ele arregalou os olhos e procurou pelo sofá, já me exigindo satisfação.

Ricardo o Dani me ligou hoje mais cedo e me deu a pior notícia que alguém poderia ouvir.

Fábio você está me deixando nervoso, fala! Fala logo! É algo com ele?

O Dan está bem? Ele se machucou?

O que houve Fábio?

Ele ess...tá, ele me disse que fez um exame e descobriu que é soro positivo.

O quê? Você está de brincadeira comigo Fábio?

Por que ele próprio não me deu essa notícia?

Não sei Ricardo, as vezes com medo de sua reação, de não estar aqui e não saber como você reagiria.

Ele começou a chorar sem parar, eu podia ver as lágrimas pingando uma a uma no carpete da sala de estar.

Ele se culpava pelo erro do filho, por não estar apoiando, ensinando e direcionando um rapaz de vinte e poucos anos a fazer a coisa certa.

Ajoelhei em sua frente levantando o rosto dele para que prestasse atenção em mim.

Ricardo o Danilo é responsável, é maduro e sabe o que faz, mas infelizmente o João não foi verdadeiro e transparente com ele.

Uma coisa é você dormir com uma pessoa por uma noite e outra é você dormir todas elas, você cria segurança e não vê mais tantos motivos para manter a rotina de proteção.

Ele ama o rapaz e confiou no amor achando que fosse recíproco.

Não se culpe por isso, não temos mais como desfazer essa situação.

O Ricardo concordo comigo, mas pediu que eu fosse embora, pois, queria ficar sozinho, pensar em como poderia ajudar o filho.

Mais uma vez eu não pude contar a ele que o amava, e agora com aquela dúvida sobre o sexo com o Dani na minha cabeça.

Aí mesmo que não contaria sem antes ter certeza do diagnóstico.

Fui ao parque, caminhei e voltei pra minha casa, hora alguma pensei em não ficar com ele, eu queria estar ao lado dele para apóia lo.

Ao contrário das coisas que ele falou sem pensar, eu queria de alguma forma fazer tudo dar certo entre nós.

O medo tomou conta dos meus pensamentos, eu não queria fazer o exame, não queria saber de nada.

Fiz sexo com o Danilo, mas lembrei que havia usado preservativo.

Mesmo assim fiquei com medo, após o fato ocorrido com o Danilo, me veio o desespero da possibilidade ter contraído algum tipo de vírus.

No outro dia voltei para a casa do Ricardo que estava de malas prontas para viajar ao encontro do filho.

Atitude muito linda daquele pai desesperado.

Segui com ele até o aeroporto e um abraço apertado junto a algumas lágrimas eu o vi embarcar para longe.

Ficaria um tempo lá, sem previsão de volta, não tive coragem de abrir meu coração e dizer que estava perdidamente apaixonado por ele, mas que poderia também ter contraído a doença do filho.

No caminho pra casa me vi sozinho novamente, chorei os 15 km que dirigi de volta.

Me tranquei dentro de casa, apenas o trabalho me priorizava, nem a Michelle eu procurei.

Comecei a ter uma espécie de pânico e qualquer dorzinha que eu sentia, qualquer indisposição eu via como um sintoma da doença.

O stress e a ansiedade foram tamanhas que mudaram radicalmente meu sistema digestório, evacuando fezes moles, dores de estômago, cansaço, dores de cabeça, e tudo mais, ouvi casos de pessoas que morreram devido a saúde debilitada por causa do HIV, minha vida estava um caos!

Os dias foram passando, um mês, dois meses, três meses, as vezes eu conversava com o Ricardo que me passava as informações do estado e tratamento do Danilo.

Eu não tive coragem de ir ao hospital fazer exames, por medo de ser real e estar infectado.

Após quatro meses suportando o medo de ter alguma doença e de poder transmití-la a outras pessoas um fato inusitado aconteceu – apareceram manchas na pele (eu havia lido que isso poderia acontecer.

Aquilo me obrigou a ir até a um posto de saúde e solicitar o exame.

Nesse período recebi uma ligação do Ricardo dizendo que havia colocado a casa a venda e precisava vir acertar as papeladas do contrato de compra e venda.

Sua nova morada seria em Sidney junto ao filho e o genro.

Fui buscá lo no aeroporto e ele ficaria em casa aquele curto período de tempo, era minha última chance de expor meu amor por ele.

Naquele dia sentamos enquanto tomávamos um café eu respirei bem fundo e desmbestei a falar sem parar.

Ricardo eu transei com o Danilo uma noite antes de ele viajar, você deve se lembrar que acabamos até brigando. (Eu e o João Vítor)

Eu posso estar doente também, começaram a sair algumas manchas no meu corpo e o medo me fez ir até o posto para fazer o exame.

Eu não queria que você fosse embora sem antes ouvir o que tenho a te dizer.

Eu passei a sentir ciúmes de você quando estava com a Mariana, me pegava pensando, sonhando com você todas as noites.

Sentia sua falta todas as tarde, o som da sua voz e a maneira como me cuidava.

Eu não havia percebido o amor que sentia até achar que tinha te perdido.

Quando nos encontramos aquela manhã e passamos o dia juntos, eu vi toda a esperança voltar a ascender no meu peito.

Você não me deixou te explicar, não quis me ouvir e se ausentou de mim por aquele período.

Até a notícia do Dani.

O que estou tentando te dizer Ricardo é que te amo e você foi o homem que me proporcionou momentos maravilhosos e eu não queria que fosse embora sem antes saber disso.

Ele riu e me abraçou enquanto procurava minha boca para um beijo.

Nesse momento me afastei.

O que foi Fábio?

Acabou de dizer que me ama, mas evita um beijo meu?

Ricardo eu amo você, mas se eu estiver doente?

Se você estiver doente eu vou continuar cuidando de você. Eu te amo muito para deixar você escapar novamente.

Ele pulou pra cima de mim e me beijou sem medo, um beijo carinhoso e muito gostoso.

Até a data do resultado do exame nós ficamos apensa nos beijos.

Ele prolongou os dias antes de voltar até que saíssem os resultados dos exames.

Foram mais 14 dias de agonia e espera.

Então com o resultado em mãos, a enfermeira abriu o envelope e a papelada e começou a ler.

Parecia uma eternidade.

Minha vida poderia acabar logo ali, então ela me disse que os exames de HIV, sífilis e Hepatite haviam dado NEGATIVO, não senti mais nada.

Foi um alívio gigantesco.

Com lágrimas agradeci a Deus pela oportunidade de continuar a viver.

Não via a hora de chegar em casa e contar a ele sobre aquela notícia boa.

Cheguei em casa ele estava saindo do banho, com a toalha enrolada na cintura e bem perfumado.

Corri em sua direção tirando as roupas, sapatos e me atirando nos braços do meu amado.

Voltamos para o banheiro e tomamos um banho juntos, regados de muitos beijos.

Após isso ele me carregou no colo e caminhou comigo até me deitar em cima da cama enquanto me beijava.

Começou a passar a mão em minha perna, foi procurando ate chegar em minha bunda.

Eu sentia a ponta do dedo indicador massagear a beiradinha da portinha.

Ele parou e me olhou com um olhar maldoso, que nossa me deixou mais excitado ainda, ele foi me beijando , beijou todo meu corpo até chegar em minha bundinha, me dando línguadas atrás de línguadas meteu a língua bem gostoso, eu delírei, ele me chupou todinho, depois ele parou, colocou uma camisinha e pediu para que eu chupasse seu pau.

Chupei bem gostoso, massageando a cabeça com a língua, tentava colocar por inteiro na boca, mas era muito grande, as veias pulsavam contra a ponta da minha língua.

A camisinha incomodava um pouco, mas era preferível o látex na boca ao medo de doenças.

Eu lambia a mordiscava o saco ouvindo os gemidos de prazer que ele soltava enquanto se contorcia na minha frente.

Depois ele se deitou em cima de mim de novo, ergueu minhas pernas apoiando-as em seu ombro e começou a forçar a entrada do meu buraquinho que há tempos não recebia visita de nenhum cacete.

Forçou um pouco eu senti uma dorzinha e pedi para ele ir com cuidado, ele forçou de novo e parou forçou e entrou , então foi empurrando de vagarzinho até entrar por completo dentro de mim.

Senti um prazer muito gostoso, então ele começou a enterrar cada vez mais rápido.

Me beijava enquanto eu cravava minhas unhas em sua costa.

Beijava seu peito e mordia sua orelha sentindo o suor se misturar a nossos corpos.

Ele estava ofegante e ainda mais rápido nas estocadas, o aviso veio junto ao gemido do gozo duplo.

Foi maravilhoso, descansamos um pouco e voltamos a transar novamente.

Ao final daquela noite eu falei sobre o exame ter dado negativo e a felicidade de poder estar com ele de corpo, alma e sem medo.

Três dias depois ele viajou para avisar o filho que eu iria pra lá com ele.

Tirei meu visto, passaporte e algum tempo depois eu fui embora para junto do homem que me faz feliz até hoje, 11 anos depois.

O Danilo está bem, continua com o João e ambos vivem normalmente.

Perdi o contato com as pessoas do Brasil, não sei como estão meus pais, os irmãos do Dimas, e a Michelle com o Duda.

Estamos voltando e por isso que resolvi contar essa minha história.

Obrigado e beijos a todos.

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Comentários

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Perfeita a história, mas triste em grande parte!

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que bom que finalmente vc e Ricardo se entenderam, mas assim com o GrazyS2 falou, uma 2ª temporada ia ser bem legal...

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Que bom que no final, vc se entendeu com o Ricardo...

Muito bom...👏👏👏

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