Algo brigava dentro de mim, e algo me dava muita certeza, eu estava muito confiante e eu sentia que podia tudo. E eu podia. Até porque eu sentia o poder percorrendo dentro de mim.
- Mas antes que tal um duelo sem magia, so com espadas? - eu o sugeri- você concorda?
- É logico que sim.- ele disse com um sorriso sarcástico.
Eu o liberei do feitiço e ele se pôs no chão sem perder sua pose autoritária. Estirou a mão e uma espada surgiu,eu fiz o mesmo.
- Pronto pirralho?
- Mais que pronto.
Ao longe eu via meu pai me observando, ele parou e cruzou os braços, talvez ele tenha sentido orgulho de mim, ou talvez a raiva de com certeza me ver beijando Jonathan. Mais isso não iria me desconcentrar, pois eu tinha uma batalha pra vencer.
Sem formalidades ele começou me atacando e eu esquivei, ataquei na altura da sua cintura e ele pois a espada apontado pra baixo chocando as duas, ele girou e mirou a sua bem na minha garganta, ergui a minha e me defendi tomando certa distância,no meu próximo golpe eu o acertei de raspão na barriga o que lhe causou um corte que agora sangrava,ele me olhou furioso erguendo as e um raio vermelho me atingiu rapidamente me arremessando longe.
- Eu disse sem magia Melok.- minha boca escorria sangue no canto.
- Eu não recebo suas ordens garoto imundo.- ele disse irônico
Isso me deixou irado, eu comecei a sentir uma forte ventania, meus cabelos dançavam de forma agitada, minha roupa balançava para todos os sentidos e meus olhos soltavam raios de tão brilhantes, e estava azul quase branco e o outro estava vermelho bem vivo, minhas mãos soltavam raios branco. Melok me olhava boquiaberto e a raiva tomou conta de mim, porém não totalmente.
- Eu disse sem magia rato imundo.- eu gritei e minha voz saiu como um trovão.
Agora eu levitei e voando fui na direção dele,ele ficou imóvel, segurei no seu pescoço e olhei nos fundos do seus olhos uma parte de mim queria ver a sua dor e sofrimento,minhas mãos ainda reproduziam aquela luz reluzente.
- Sua magia ira se dispersar ate não sobra nada.
Nesse momento do seu corpo uma luz vermelha ficou bem forte formando veias eu via a sua magia percorrendo por todo ele, seus olhos começaram a emitir uma luz vermelha e um pó brilhante começou a sair de seus poros. Ele gritava, as veias de sua garganta saltava,seu cabelo de loiro reluzente,começou a ficar opaco,sua pele sem nenhuma ruga anteriormente agora já se podia ver as marcas, depois de cinco minutos um pequenino feixe de luz vermelha saiu de sua boca e sumiu no ar,Melok me olhou ofegante sua respiração era descompassada ele estendeu a mão na minha direção e a mesma tremeu como se ele fizesse força.
- O que você fez comigo?
Nesse momento eu já estava firme no chão, cabelos alinhados, minha roupa ja repousava no meu corpo.
- O que eu prometi,já que você não tem palavra eu tenho.- sorri sarcástico.
- Isso não é possível, não é possível.- sua voz agora era de fraqueza e inferioridade.
- sim, é possível, tão possível que eu fiz.
Ergui minha mão e seu corpo flutuou indo em direção a um enorme tronco ao centro do vilarejo, com a outra mão fiz um gesto e cordas o amarram.
- Atenção a todos.- eu gritei.- o grande Melok, destruidor de reinos e vilarejos esta preso, e é todo de vocês.
Por mais que eu quisesse, minha outra metade não me deixava o destruir, então seria melhor assim, dei as costa e ele ficou gritando algo que eu não entendia e as pessoas começaram a passar por mim indo na direção dele com cara de raiva, continuei a caminhar e vi Jonathan me olhando sério, baixei meus olhos e passei por ele, agora que meu eu oscilava eu tinha medo da escuridão me dominar e eu o machucar, então seria melhor me afastar.
- Onde você vai? - ele segurou no meu braço e eu parei.
- Não quero te machucar, não quero machucar nenhum de vocês.- eu disse olhando pro meu pai, minha mãe e Vera.- agora que metade de mim pertence a escuridão, eu não sei o que pode acontecer.
Ele não disse nada apenas me abraçou e me beijou ali na frente de todos, temi pelo meu pai, mas me entreguei ao beijo que era doce e cheio de saudade do tempo que passamos separados, ate que senti uma mão no meu ombro, uma mão grande e pesada, cessamos o beijo e eu me virei. Meu pai me olhava serio e vi uma lagrima desenhando seu rosto quadrado, eu nunca havia visto ele chorar.
- Você não vai a lugar nenhum, nunca, me escute bem Brian, nunca mais fuja de casa, não é porque você é um feiticeiro que eu não vou te dar umas boas palmadas.- da forma meio bruta dele ele me abraçou.- e você garoto.- ele disse apontando pro Jonathan.- se quer namorar meu filho depois vamos sentar e estabelecer umas regras e ter uma conversa bem seria.- ele disse todo durão enxugando as lágrimas.
- Tudo bem senhor.- ele disse gaguejando.
Agora eu estava perplexo, meu pai me aceitou. Mais mesmo diante daquilo eu não podia ficar ali.
- Gente.- todos me olharam.- eu não posso ficar, é próprio bem de vocês.
O pássaro de plumagem colorida apareceu e começou a brilhar, ele aumentava de tamanho a cada segundo e foi tomando a forma de uma pessoa, de uma mulher.
- vovó?- eu disse incrédulo.
- Mamãe.- disse a minha mãe.
- Morgana.- Vera disse incrédula com a mão na boca.
- Oi a todos, só me escutem.- ele disse olhando para todos.- tinha que ser assim, vocês tinham que passar por isso pra amadurecer, e eu não podia interferir. Brian querido.- ela me olhou e se aproximou olhando nos meus olhos, eu chorava.- você pode sim continuar aqui, é a sua casa, e você é mais forte do que pensa e vai aprender a controlar isso eu vou estar aqui e vou lhe instruir, eu tive que me afastar pra proteger algo que Melok queria muito, eu estava fraca, e tive que me esconder,mais agora que tudo passou, nós viveremos juntos.
Eu não disse nada, finalmente a pessoa que mais me entendia estava ali, na minha frente, a pessoa que mesmo não estando presente fisicamente me guiou mesmo na escuridão. Nos abraçamos e olhamos para tudo que estava destruído, nosso vilarejo estava em ruínas.
- É, vamos ter muito trabalho.- disse meu pai me abraçando.
- Não quando você tem três feiticeiros, bruxos ou como o senhor quiser chamar.
- Dessa vez não irei negar a ajuda, ate porque é inverno e precisamos de abrigo.- disse meu pai com um sorriso que eu nunca havia visto.
Eu estava muito feliz, minha família estava completa, e agora eu teria todos do meu lado, teríamos trabalho pra reconstruir tudo, mais era o nosso povo e minha força de vontade era bem maior que qualquer coisa, Jonathan me tomou dos braços do meu pai me agarrou e me beijou, meu pai por sua vez o afastou.
- Ei moleque, já disse que teremos de discutir as regras, e elas começam com nada de tocar, beijar ou se aproximar. - Ele abraçou Jonathan e todos riram.
Era verão, eu e Jonathan estávamos no celeiro e tínhamos acabado de nos amar, meu pai tinha saído em uma missão e nós estávamos aproveitando.
-Sabe.- eu disse entre suas pernas com a cabeça encostada no seu peito nu.- Eu sempre vou te amar por toda a eternidade e nosso amor será maior que tudo que existir.
- E nosso amor resistirá a qualquer coisa e passará por cima de qualquer ser que tente fazer o contrário, porque você é a minha VIDA, você é o motivo de eu estar vivo.
Nos beijamos e estávamos prontos para uma noite longa de amor.
Hoje é a primeira folha em branco de um livro de 365 paginas... Escreva-o bem!