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Chego em casa para trocar de roupa, pois ainda estou com a roupa que o Raphael me emprestou, mas antes de entrar no quarto fui surpreendido pela minha mãe.
-Chegando a essa hora, onde estava? já estava com macho*? – Diz, friamente.
-Cabei dormindo na casa de uma amiga e não estava com macho nenhum. –
-Thomas, eu te conheço muito bem, sei com quem você anda, então, não venha me enganar. –
-Mãe, não quer dizer que, só porque sou gay vou dormir com todo mundo, você sabe que não sou assim. –
-Não fala esse nome aqui, você sabe que somos família de respeito. –
-O que? Gay? Mas se eu sou, não posso negar o que sou. –
-Você não é gay, só está passando por uma fase. Não tenho filho Viado* e você sabe disso. E o pastor Marcos vem aqui, para oramos por você. –
-A senhora acha que uma oração vai mudar o que sou? A senhora está enganada e, a senhora sabe que não gosto dele, vai chamar em vão, pois não vou estar aqui. –
-Você quer ir mesmo para o inferno, você sabe que Deus odeia os gays, e não estou nem aí para aonde você vai, pois não vai para lugar nenhum, quem manda aqui nessa casa ainda sou eu. Quando terminar a universidade pode vim aqui para a casa para oramos e ponto final. – Diz com a voz estressada e toda vermelha. – E mais uma coisa, a partir de amanhã terá horário para chegar em casa, não quero filho meu andando com viadinhos e influenciando você a ser um deles, um dos pecadores. – Diz, já saindo do quarto.
As vezes fico pensando que, eu nunca deveria ter contando a ela sobre eu ser gay, mas ela sempre falou que não importa o que eu seja sempre, sempre iria me apoiar, mas depois que eu contei isso tudo mudou. Entro no quarto troco rapidamente de roupa e vou para a universidadeChegando na universidade, dou de cara com o pior cara do mundo, Caio.
-Olá florzinha, dormiu bem? Acho que sim. – Diz, com um enorme sorriso na cara.
Finjo que não estou nem aí para ele e saiu para outra direção.
-Não tão rápido assim. – Diz, segurando e apertando o meu braço.
-Me solta, cara. –
-Só vou te soltar quando você falar quem foi que te deixou livre antes do tempo. - Diz, apertando ainda mais o meu braço.
-Não vou lhe dizer, simples assim. Agora solta o meu braço. - Digo tentando sair.
-Você pensa realmente que pode se livra de mim? Está muito enganado. Agora me diga quem te soltou? –
Antes que eu pudesse falar algo, escuto alguém falando atrás de mim.
-Solte ele, agora!! –
-E se eu não soltar, o que vai fazer? –
Olho para saber quem foi a voz que falou, adivinhem com quem eu me deparo, pois é ele, Raphael.
-Caio, Caio, não me subestime, solte ele, agora! –
Caio acabou me soltando, mas antes de ir em bora ele chegou no meu ouvido e falou.
-Ainda vamos nos ver, pode ter certeza disso. – e foi embora.
Olho para Raphael, vejo que ele está com a cara fechada, olhando seriamente para mim.
-Por que você não falou para ele, que foi eu que soltei você? – Diz
-Não sou obrigado a nada, falo o que eu quiser. –
-Você fez essa enrolação por nada? Duvido, e outra, era só você ter falado que foi eu, que no mesmo estilo que ele te pegou iria te soltar, bem rápido. –
-Ele também tem medo de você? Não era de se imaginar que tem mais gente sentindo a mesma coisa. –
-Você também tem medo de mim? –
-Não quero esse papo aqui, vou embora para a minha aula que é melhor. –
-Thomas, abre o jogo para mim, você tem medo de mim? – Diz, ele chegando perto de mais perto de mim.
Olho para ele, vejo aquele cabelo ruivo, aqueles olhos, aquela boca. Senhor, o que eu faço? Será que é melhor eu dizer tudo o que sinto ou é melhor me afastar dele?
-Eu sinto medo de você, ódio, Raiva, InsegurançaMas ao mesmo tempo me sinto Seguro, ao mesmo tempo me sinto em paz quando estou perto de você, alegria, toda a minha tristeza vai embora quando estou no seu lado, fico com os meus sentimentos a mil quando estou com você. –
-Você sente tudo isso por mim? – Diz, com um sorriso na cara.
-Eu não deveria ter falado isso para você. – Digo isso e saiu.
-Não vai embora, me responda. – Diz, ele segurando meu braço.
-Você vai segurar meu braço igual o Caio? –
-Desculpa. –
Ele acabou soltando o meu braço e eu sai dali. Não posso mais aguentar isso, não posso mais ficar desse jeito por ele, por que eu falei aquilo para ele?? Por que?? Ele deve achar que sou um bobo, uma criancinha imatura, pois nem conheço ele direito e já sinto tudo isso, melhor eu esquecer ele, é o melhor que faço se não vou acabar me machucando maisAntes da aula chata do professor terminar, ele acabou passando um artigo enorme para a turma, ele que mesmo que acabou fazendo as duplas, pois uma pessoa sozinha não daria conta, mas a nota será individual. Acabei pegando um cara chamado Luís, ele é alto, forte, usa óculos e parece ter um sorriso encantador, parece ser simples, mas um simples de coração bomPego meu sorvete e me sento perto de uma árvore olhando a paisagem, até que.
-Oi-
-Oi, Luís, né? –
-Sim, Thomas, estou enganado? –
-Não, você é novato aqui? –
-Não, por que? –
-Fui perceber que você estudava aqui hoje, sou meio distraído. – Digo sorrindo.
-Mas desde o começo das aulas eu percebi você. – Diz, sentando ao meu lado. –E aproposito você é muito bonito, adoraria beijar você. –
-Menino atrevido. – Digo com um sorriso no rosto. – Você não vai me beijar. –
-Por que? Sou tão feio assim? –
-Não é isso, é que, eu acabei de te conhecer e tal. –
-Mas se fosse o Raphael você iria, né? Não tente negar vi como vocês se olhavam. –
-Antes sim, mas hoje não, não depois do que.... Nada. –
-Depois do que ele fez contigo? Depois de ter humilhado você? –
-Como soube? –
-Eu vi o que ele fez, eu queria muito te ajuda, mas não deixaram, não acho justo uma pessoa ser trolada desse jeito. –
-Também acho a mesma coisa, mas já foi. – Digo isso com uma cara triste. -Tenho que esquecer tudo isso, tenho que esquecer ele. –
-Nada melhor que esquecer um amor com outro. – Diz, com sorriso na cara e ao mesmo tempo ficando vermelho.
Ele parece ser uma pessoa legal, tem o mesmo ideal que eu tenho, mas tenho que ter cuidado, pois o Raphael também era do mesmo jeito e olha no que deu. De longe vi o Raphael, parece que ele está vindo na minha direção, o que faço? Não quero falar com ele, não quero mais ele perto de mim, quero esquece-lo.
-Se eu pedir para você me beijar você topa? –
-Claro que sim, Thomas! –
-Então, por favor me beijar. –
Antes dele me beijar, olhou para a frente e viu que o Raphael estava chegando, cada vez mais perto.
-Você quer esquece-lo, né? –
-Sim, e também quero que ele me esqueça. –
-Cada vez mais estou amando fazer esse artigo contigo. –
Ele foi se aproximando cada vez mais do meu rosto, colocou sua mão na minha bochecha, acariciou a minha boca, olhou nos meus olhos e, sua boca chegava cada vez mais perto de mim. Mas antes de ele chegar mais perto. Acabo olhando bem rapidamente para o lado e vejo ele lá, parado olhando a cena, Raphael, com seus olhos olhando fixamente para nós.
-Eu gosto de você, desde do primeiro dia que você chegou atrasado lá na sala. –
E foi quando ele me beijou, senti sua língua me invadindo, seus beijos são carinhosos e tem algo a mais, amor, isso são carinhosos e tem amor, no mesmo tempo que ele me beija me sinto amado. Parou de me beijar e olhou fixamente para mim, ele deu um sorriso como uma criança recebendo bombom. É lindo ele com esse sorriso, ficou simplesmente fofo.
Antes de eu falar algo olho para o lado e vejo ele, só que vejo que está com lágrimas nos olhos, não queria machuca-lo, mas é para o nosso bem ou para o meu no caso, ele se vira e sai para outra direção. Olho para o Luís e simples assim saiu correndo para fora da Universidade, para fora desse mundo, para fora desse problema.
ContinuaOlá pessoal, resolvi posta logo, pois já estava morrendo de saudades de vocês. Espero que gostem dessa parte da história, acho que agora a história está seguindo um rumo ou não, né?
