- Terceira fileira horizontal - eu disse - Executam...
- Fazem?! - Alex sugeriu.
- Isso! - escrevi no jornal, completando as palavras cruzadas.
Alex veio até mim e sentou ao meu lado na mesa da cozinha, trazendo duas xícaras de café com leite consigo.
- Obrigado - dei um selinho nele.
Ele sorriu e bebeu seu café.
A chuva constante e serena caía lá fora, o vento que entrava pela janela era fresco e gélido. Tomei um gole do café enquanto observava a chuva cair no jardim.
- Bom dia meus amores - tia Anna adentrou na cozinha e deu um beijo em nossas testas.
- Bom dia - respondemos juntos.
A chuva ficou mais forte e pesada, mas diminuindo em seguida. O cabelo loiro de Anna estava preso num rabo de cavalo desengonçado, o que dava à ela uma aparência jovial, seus olhos azuis se destacavam quando seu cabelo ficava preso.
Começamos a conversar sobre diversas coisas enquanto tomávamos o café delicioso que Alex preparou. Tia Anna era uma pessoa divertida e amorosa, sua voz era animada mas ao mesmo tempo serena.
- Posso ver o horóscopo? - ela estendeu a mão para o jornal repousado em cima da mesa.
- Claro que sim - dei o jornal em sua mão.
Ela pigarrreou.
- Câncer: Época boa para focar em projetos de viagens e fechar negócios importantes. No amor, seja menos exigente e abra seu coração"
- Hummm, viu tia? - Alex sorriu - abra seu coração!
Ela nos olhou e sussurrou:
- Tenho um encontro na sexta, meninos... Acho que vai dar certo, hein.
Sorrimos.
- Com certeza, titia! Você é linda, jovem e incrível, o cara que não consegue ver isso é provavelmente um cego. - falei.
- Awn, obrigada meu amor - ela acariciou meu cabelo.
Tia Anna voltou a focar no jornal.
- Vamos aos seus, do Alex é Touro né, então lá vai - ela estendeu o jornal - Touro: A sua vida social será agitada. Se estiver sozinho, poderá ter sorte no amor, se não, época para tomar decisões importantes à dois. - Uhuuul - ela disse. - Decisões importantes!
Alex riu e colocou seu braço sobre meu ombro, beijando minha bochecha.
- E qual o seu, Louie?
- Escorpião.
Ela tirou os olhos do jornal e focou os mesmos em mim.
- Jura? Nossa, mas você é tão bonzinho.
- Isso é porque você não con... - Alex falou mas coloquei a mão na sua boca impedindo sua fala.
- Deve ser porque meu ascendente é Peixes - sorri.
- Ah sim, tá explicado. - ela voltou ao jornal. - Escorpião: Conflitos amorosos podem se instalar na sua vida, é preciso controle e paciência para superá-los. Na saúde, tome cuidado com os excessos.
Eu ri.
- Olha, eu não acredito muito em horóscopo diário... - eu disse - signos são reais e tudo mais, mas eu não presto muita atenção nesses horóscopos de jornal.
- Também não, na verdade eu nem acredito muito em signos... - Alex disse.
- Alex, você é super taurino, por favor né. - protestei.
- E você é ultra escorpiano minha ervinha venenosa.
Ele me abraçou me dando beijinhos.
Depois do café da manhã, Anna foi trabalhar. Eu e Alex ficamos sozinhos já que os gêmeos estavam provavelmente em coma depois de terem chegado de manhã do lual, e Sophia ainda dormia também.
Fiquei lendo "A Marca de Atena" enquanto Alex assistia TV. Talvez tivéssemos acordado meio cedo demais, ainda era por volta de 10:30, e o tempo era convidativo para dormir agarradinho.
Alex desligou a TV e nos cobriu, pegou meu livro e o colocou na cabeceira da cama.
- Ei, eu tava chegando numa parte boa! - protestei.
- E tem algo melhor que isso? - ele se aproximou de mim e me beijou.
Seus lábios macios em contato com os meus traziam uma sensação gostosa, sua língua pediu passagem e a deixei entrar, nos beijamos de forma apaixonada e lenta. Deslizei os dedos por suas costas enquanto ele estava envolvendo minha cintura com seus braços, me desencostando da cabeceira enquanto me puxava para deitar. Deixei ele me guiar, enquanto me dedicava naquele beijo doce e caloroso, ele respirava fundo enquanto intensificava o beijo, então ele subiu em cima de mim, me beijando com força.
Alex chupou meus lábios gentilmente enquanto a maldita necessidade de oxigênio interrompia nosso beijo.
- Tem razão, não tem algo melhor. - o olhei nos olhos.
- Não tem mesmo - ele me deu um selinho.
- Na verdade, tem sim... - dei um sorrisinho malicioso.
- É? O que é então? - ele se fez de desentendido.
Aproximei meus lábios de sua orelha.
- O que você tem entre as pernas - sussurrei sensualmente.
Ele mordeu o lábio inferior, senti sua ereção por baixo do seu moletom.
- E você gostaria de demonstrar o seu desejo por isso? - as pupilas de seus olhos dilataram-se.
Abri a boca pra falar mas as batidas na porta interromperam. Alex revirou os olhos, mas manteve sua paciência.
Ele deitou de bruços na tentativa de esconder a ereção e fui abrir a porta.
- Oi, Natália...
Dei meia volta e deitei ao lado de Alex.
- O que desejas? - perguntei.
- Podem me emprestar um carregador? Meu celular descarregou e não faço a menor idéia de onde o meu está, o Nico tá usando o dele, e não quero ouvir sermão da Sophia sobre eu ser bagunceira.
Sorri.
- Tudo bem, eu entendo. - levantei e peguei meu carregador na mala, dando eu seguida em sua mão. - Só não perde, por favor.
- Ok, obrigada! - ela voltou ao seu quarto.
Fechei a porta e fitei o meu gato deitado de lado.
- Isto é um coito interrompido - ele falou enfiando a cara no travesseiro.
Não aguentei, o jeito que ele falou foi hilário e me acabei de rir.
- Que foi garoto? - ele sentou rindo também.
- Ai, socorro - gargalhei - melhor frase!
Ele me puxou e deitou minha cabeça em seu ombro.
- Fazer o que, né.
Bocejei.
- Também tá com sono? - ele indagou acariciando meu cabelo.
Assenti.
- Acho que de tanto passar tempo com você absorvi sua preguiça.
Ele deitou e me puxou junto consigo, ficamos um de frente pro outro, nos encarando.
Ele alisou meu rosto.
- Te amo muito, meu canadensezinho...
Sorri.
- Eu também te amo muito, seu lindo. - selei seus lábios.
Ele entrelaçou seus dedos nos meus e beijou minha testa. Era incrível a sensação de estar com ele. Era como se todos os meus pensamentos turbulentos, todos os meus sentimentos ardentes e devastadores encontrassem equilíbrio. Não era como a euforia da paixão, onde ficamos embriagados de tantos sentimentos que não percebemos o mundo à nossa volta, não percebemos que existem defeitos. Mas era sim perceber os defeitos, as manias, o jeito diferente do outro, e mesmo assim aceitá-lo, amá-lo e apoiá-lo da melhor forma que eu podia.
Encostei a cabeça eu seu peito e abracei seu corpo, ele nos cobriu com o cobertor, envolveu seus braços ao meu redor, e encostou seu queixo em meu cabelo.
Adormeci sentindo o calor de seu corpo, e o poder de seus sentimentos.
- Ei, belo adormecido - Alex sussurrou, me acordando.
Me espreguicei e esfreguei os olhos.
- São que horas?
- 14:42, e temos uma emergência.
Sentei na cama assustado.
- O que aconteceu?
- Estamos sem comida pronta, e não sabemos cozinhar, será que você poderia salvar o dia? - ele riu.
Relaxei os ombros.
- Tá, tudo bem, eu cozinho pra vocês, inúteis.
- Já falei que te amo? - Alex me beijou na testa e desceu para a cozinha.
Levantei e fui para o banheiro lavar o rosto, deixei a água gelada levar embora cada resquício de sono.
- Muito bem - examinei o que tinha na despensa - gostam de macarronada?
Todos assentiram.
- Ótimo.
Depois de comermos a macarronada, os gêmeos lavaram a louça enquanto eu mexia no celular. Havia mensagens da minha mãe no WhatsApp, que logo respondi. Sempre aquela coisa de "está se comportando bem?", "quando você volta?", "já almoçou". Coisas típicas de mãe.
Então fiquei conversando com a Bruh enquanto Alex jogava video game com a Sophia.
Eu e Bruna estávamos um pouco distantes, principalmente por estarmos namorando, mas cada vez que nos falávamos era como se nada tivesse mudado.
- Tá falando com quem? - Alex deitou em meu colo.
- Com a Bruh, por quê?
- Nada não.
"Nada não", como se ele não soubesse que eu entendia os ciúmes dele, eu amava o Alex mas às vezes ele era ciumento por nada.
Revirei os olhos.
- Nem vem.
Ele riu e beijou minha mão.
- Que tal se fossemos no shopping? - ele sugeriu.
- Quando?
- Mais tarde . - ele piscou. - E aí?
- Vamos sim.
Alex tomava banho enquanto eu separava minha roupa, escolhi um cardigan vermelho sangue pra colocar por cima de uma blusa e uma calça de brim preta. Demorei pra decidir qual sapato escolher mas acabei decidindo por um tênis cano médio de couro.
- Sua vez - Alex saiu do banho com uma toalha enrolada na cintura e outra secando o cabelo.
"Olhar para ele era como assistir pornô" ri ao lembrar dessa frase de "My Mad Fat Diary".
- O que foi? - ele me encarou.
- Nada não - sorri sarcasticamente.
Ele não entendeu e passou por mim.
Tomei um banho revigorante, lavei bem o cabelo que estava opaco e levemente seco.
Me perfumei na medida certa e me arrumei. Me olhei no espelho, e decidi usar o cardigan fechado. Eu estava casual e levemente elegante ao mesmo tempo.
- Uau - Alex disse sentado na cama. Ele vestia uma jaqueta estilosa por cima da blusa azul marinho e jeans escuro. - Que delícia.
- Pervertido - empurrei sua testa enquanto eu pegava o celular na mesinha de cabeceira. Ele deu um tapa no meu bumbum.
- Essa calça realçou bastante coisa.
- É, eu sei - sorri convencido.
Ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço, me arrepiando por completo.
- Amo seu perfume. - Ele mordeu minha orelha devagar.
Me virei e o beijei calmamente, envolvi meus braços em seu pescoço. Ele agarrou minhas costas e me beijou com vontade. Interrompi o beijo com selinhos.
- É melhor a gente ir logo - mordi o lábio dele.
- Verdade...
No caminho pro shopping escutávamos músicas relaxantes e românticas, cantamos "Lucky" do Jason Mraz juntos, e nos beijamos em cada sinal vermelho. Quando chegamos lá o sol já estava se pondo, meio encoberto por nuvens, e o vento que soprava era gelado. Estávamos andando no shopping lado a lado e conversando quando do nada:
- Alex??? - um garoto lindo parou ele.
Ele parecia um twink de pornô francês. Magro, bonito, de cabelos castanhos e lisos, pele branquinha e lisa, traços delicados e joviais. Ele tinha por volta de 1,70 ou 1,72, possuía olhos castanho claro com um olhar inocente. Ele era exatamente o que eu queria ser: pequeno e delicado.
Me senti subitamente feio. Como se meus 1,80 de altura me fizessem inferior e menos bonito, como se meus cabelos negros e meus olhos verdes não agregassem nada de especial. Como se meu rosto de traços fortes mas ao mesmo tempo frágeis e minha pele morena fosse alguma diferença que me destoava. Me senti inferior a esse twink francês e me odiei por isso.
- Oi, Daniel! - Alex o cumprimentou meio sem graça. - Você por aqui?
- Pois é - Daniel sorriu.
Eles ficaram se olhando em silêncio, até que pigarreei.
- Ah, perdão. Louis, esse é o Daniel, é, hum, um amigo - ele estava realmente nervoso. - Daniel, esse é o Louis, meu namorado.
Forcei um sorriso simpático, mas meu olhar dizia "eu vou te matar e fazer um abajur com sua pele".
Daniel pareceu perceber.
- Prazer em conhecê-lo - ele disse sem me olhar nos olhos. Então voltou-se novamente para Alex.
- Ah, dia 18 é meu aniversário, vou fazer uma festa, caso queira comparecer...
"QUEIRA"
- Ah, dia 18 já não vou mais estar aqui na Barra, mas talvez possamos vir, né Lou?
Concordei para não fazer feio.
"18 de julho. Canceriano...
Amável, carinhoso e romântico, mas manipulador, rancoroso e dramático. Fácil de esmagar." Pensei.
Eles ficaram conversando sobre estarem diferentes e sobre marcarem com um certo pessoal. Daniel se despediu de nós e foi embora.
- Quem era? - perguntei sério.
- Só o Dani, pô.
- O "Dani" é seu amigo?
Ele parou e me olhou.
- Isso é um interrogatório?
Arqueei as sobrancelhas e o encarei.
- Tá legal... O Daniel, ele... ele...
- É seu ex namorado. - Concluí.
- Sim... Como você sabe?
Eu sei de tudo, eu leio sua alma seu cachorro.
- Seu nervosismo denunciou. - eu disse frio - até que ele é bonitinho...
Alex riu.
- Qual a graça? - o encarei.
- Você com ciúmes é tão engraçado - ele deu um sorriso debochado.
- Não é não.
- É sim, devia ver sua cara. - ele riu.
Me senti um idiota.
- É que... Ele é tão lindinho e fofinho e "inho" e eu sou...
- Você é muito melhor, você me completa como ninguém.
Meus ciúmes foram embora rapidamente.
- Te amo - sorri manhoso pra ele.
- Te amo mais - ele beijou minha testa.
Votamos a caminhar pelo shopping, até que decidimos ir ao cinema. Observei a fila.
- Isso tá enorme.
- Que tal deixar os ingressos comigo? Paciência é o meu forte.
- Ok, eu vou ao banheiro e já volto.
Dito e feito, fui ao banheiro e quando voltei para esperar meu namorado, vi que ele já estava vindo com os ingressos.
- Mas já? A fila tava enorme!
- A maioria estava em grupo - ele deu de ombros.
- Ok, qual é o filme e que horas é a sessão?
- Man of Steel, sessão das 17:45.
- Ah sim, vou adorar ver o Henry Cavill - o provoquei.
Ele me olhou sério.
- Hum - foi tudo o que ele disse, mas foi aquele "hum" bem "Aé? Tá bom então seu traidor de meia tigela"
Sorri pra ele.
- Eu te amo, garoto - empurrei seu bíceps. - Tô só brincando.
- Eu sei, até porque sou melhor - ele deu uma piscadela.
Revirei os olhos.
Ele alisou o meu rosto.
- Que tal se a gente fosse comprando a pipoca?
- Ok, meu monstrinho comilão, vamos lá. - sorri.
Ele beijou minha bochecha rindo.
Dessa vez, o pessoal não estava em grupo, e demorou bastante. Tanto que quando conseguimos finalmente nosso combo a sessão já estava abrindo.
Percebi que Alex tinha escolhido lugares na última fileira e bem no cantinho...
A sala não estava muito cheia, acho que por ser um dia "frio" e chuvoso as pessoas preferiam ficar em casa.
Os trailers começaram e a luz ficou baixa, Alex colocou a mão em minha coxa e alisou gentilmente. Dei um risinho baixo. Ele ficou mordendo minha orelha de leve e me arrepiei. O olhei na penumbra do cinema, e o beijei com vontade. Agarrei seu pescoço e ele minha coxa com força, a boca dele era tão suave e gostosa, ele beijava tão bem, e a pegada que agora estava em minha cintura?! Mordi seu lábio e ele sorriu. Rimos baixinho.
Até que o filme era legal, até onde eu sei. Nos beijamos muito, era como um vício. Quanto mais ele me beijava mais vontade dava de beijá-lo e o calor ia subindo mesmo numa sala climatizada. Me controlei e fiz ele sossegar também, só assim conseguimos ver o final do filme. Foi bem divertido até.
Mesmo tendo comido a pipoca ainda estávamos com fome, então fomos ao Outback comermos. Sim, apesar de Alex insistir em pagar tudo, dividimos a conta. Eu não me sentia bem sendo totalmente bancado, então ele não ofereceu resistência.
Já era noite, por volta das 21 horas quando estávamos indo embora. Era incrível estar com ele, ele me fazia bem de uma forma indescritível. Só de estar com ele era o bastante pra mim.
- Amor, me espera aqui que preciso ir no banheiro, tô quase me mijando - ele falou meio angustiado.
- Ok, eu espero... - concordei rindo.
Fiquei mexendo no celular vendo tweets de amigos e um cara me abordou. Ele deu simplesmente um "Oi" carregado de intenções e apenas retribuí com um "oi" antipático, querendo cortar assunto logo. Por pura curiosidade, desviei o olhar do celular para observá-lo. Quase deixei o celular cair.
Era um cara lindo, com um sorriso confiante e brilhante, pele cor de chocolate e olhos negros. Ele tinha traços fortes e angulosos, que davam um aspecto sexy em conjunto ao corpo musculoso. Eu sei que eu tenho um namorado lindo, gostoso e perfeito, mas aquele cara realmente chamou minha atenção. Eu não trairia o Alex (ou qualquer outra pessoa) era só um cara que estava claramente afim de mim, mas que não conseguiria nada.
- Meu nome é Roberto - ele estendeu a mão, que apertei com resistência. - Qual o seu?
- Louis. - fui seco.
- Nome tão atraente quanto você.
Sim, ele foi extremamente cara de pau.
Como se não bastasse ele disse:
- Aposto um beijo que você vai me dar um toco.
Ri debochado.
- Você não tem mais o que fazer não? Tantos outros espalhados por aqui e você vem logo em mim?
- Ui, bravinho. Gosto assim...
O olhei incrédulo.
- Eu tenho namorado. - o encarei.
- Eu não sou ciumento - ele mandou essa.
Revirei os olhos.
- Mas ele é. - voltei minha atenção ao celular.
- Garanto que sou melhor, moreno. Se eu te pego você não esquece...
- Se manca - o olhei sarcasticamente - Você não vai conseguir.
- Viu? Agora quero meu beijo - ele disse presunçoso.
- Eu juro que se você encostar um dedo em mim, eu quebro seu pescoço.
Ele sorriu tentando esconder o quanto estava ofendido. Ele era com certeza o tipo de cara que não sabe ouvir não.
- Ai ai - ele me encarou - adoro um raivosinho, fico gamado pra dominar na cama.
Sorri secamente.
- Você é um doente retardado.
Vi Alex chegando e suspirei aliviado.
- Que porra é essa? - ele me olhou com os olhos queimando de raiva, mas com paciência na fala e no movimento.
- Esse babaca me assediando, vamos logo.
Alex pegou no meu braço com força e me levou pra saída.
No estacionamento, ele me olhava com raiva.
- Eu vi você rendendo pra ele, o que foi, hein? Não sou homem o suficiente pra você? - ele disse muito sério.
- Rendendo pra ele? Você tá maluco? Eu jamais trairia você, Alexander!
- Eu vi você sorrindo, não mente pra mim.
- Não estou mentindo! - elevei meu tom de voz. - Você não confia em mim?
- Eu confio sim, mas... - ele respirou pesadamente.
- Há um "mas"? - o fitei com lágrimas nos olhos.
- Não, não há - ele tentou me abraçar.
- Não, para! - me desvencilhei de seus braços. - Você precisa me dizer se confia ou não em mim! Eu amo você e eu confio em você, pensei que fosse seguro de si.
- Culpa dessa calça que realça sua bunda - ele disse apontando para a peça de roupa.
- Agora vai colocar a culpa na calça? - cruzei os braços. - Justamente na calça?!
- Como você reagiria se um cara mexesse com algo que é seu?
- Algo? - o encarei com raiva - eu não sou um objeto, Alexander! Eu não sou um maldito objeto!!!
O encarei a centímetros de distância, literalmente "peitando ele"
Ele abaixou o olhar.
- Não foi isso o que eu quis dizer...
- Você é inseguro! É sempre assim, você tem essas crises e sai do nada, sem me deixar certezas, sem me deixar respostas.
- Se eu digo que eu te amo é porque eu te amo, porra! E eu não vou desistir de você até que você me mande realmente embora da sua vida!
Ele conseguiu me calar.
- Vamos embora, por favor.
Ele suspirou e pegou o carro.
Em todo o caminho de volta eu secava as lágrimas por puro orgulho. O que mais me irritava era a paciência dele, eu queria ação e ele cortava isso. Achava que não falar nada resolvia.
Me atrevi a olhá-lo e percebi lágrimas em seus olhos também. Ele secava antes que elas se acumulassem.
Brigar com ele era uma morte horrível, doía mais que bater o dedo mindinho na quina de um móvel.
Ao chegarmos, não trocamos uma palavra sequer. Anna até perguntou o que tinha acontecido, mas Alex apenas fez um sinal de "agora não".
Ao entrarmos no quarto, Alex partiu pro banheiro e ouvi o chuveiro ser ligado, respirei fundo e segurei o choro. Droga, eu odiava ser sentimental!
O que eu deveria fazer? Arrumar as malas e chamar um táxi? Ou ser maduro e encarar isso de frente? A primeira opção seria mais fácil, mas, nem tudo que é mais fácil é melhor.
O clima pesado se instalara no quarto. Juro que eu queria ir embora, mas eu me arrependeria, eu jogaria tudo pro alto, tudo o que passei, tudo o que nós passamos.
Eu o amava demais para deixá-lo, ainda mais por uma simples briga. Mas a verdade é que minha raiva era um acúmulo de todas as vezes que fiquei calado perante situações como essa.
Ele me observou encostado à porta do banheiro, os olhos vermelhos e a expressão cabisbaixa. Ele saiu do quarto sem dizer uma palavra.
Me senti horrível, ele estava me evitando.
Decidi tomar um banho, na esperança de que a água gelada levasse a dor embora. Era relaxante, mas a dor estava encravada em meu ser, não em minha pele. Deitei para dormir, trajado de roupas leves, mesmo sendo cedo. Eu não estava cansado fisicamente, mas emocionalmente, eu me sentia drenado. Após adormecer, acabei sendo acordado.
- Louie? - ouvi ele me chamar, deitado atrás de mim.
Fingi que estava dormindo.
- Ei, Louie - ele tentou de novo. - Não me ignora, eu sei que você tá acordado.
Ele suspirou triste, decidi parar de ser alguém tão impossível.
- Hum? - foi tudo o que eu disse.
Ele me abraçou, de conchinha comigo.
- Me perdoa, por favor. Eu te amo muito, só fiquei com ciúmes porque eu tenho medo... Medo de perder você, medo de que um dia você ache alguém melhor e... - ele estava à beira do choro.
- Não sei se devo te perdoar.
- Não diz isso, por favor - ele alisou meu ombro - eu amo você demais..
Suspirei.
- Quem me garante que você não vai fazer isso de novo?
- Eu garanto, e te dou minha palavra.
Me virei pra ele, observado seu rosto melancólico, respirei fundo e o abracei.
Coloquei todo o orgulho de lado, apenas me entreguei ao amor que eu sentia por ele. Ele respirou fundo, beijando minha testa.
- Eu te perdôo, contanto que você pare de ser tão ciumento. Ciúmes é normal, mas odeio quando você me trata como um troféu, como um objeto...
- Perdão, perdão - ele me deu selinhos.
- Não pense que há alguém melhor, porque não há ninguém melhor que você, Alex - alisei seu rosto - Você é aquele que me completa.
Ele sorriu.
- Nos completamos perfeitamente mesmo - ele riu - O que falta de coragem em mim, encontro em você.
- Alex, menos, eu tenho espectrofobia, não sou corajoso. - eu disse sério.
- Eu sei, mas não é disso que tô falando. Você é simplesmente você, não tem medo de ser quem você é, não tem medo do que vão pensar...
Sorri, me aproximei mais dele, alisando seu cabelo.
- E o que falta de paciência em mim, eu encontro em você - entrelacei meus dedos nos dele - Você com esse jeitinho calmo, gentil... É capaz de acalmar o furacão Louis.
Ele riu. Alisou o meu rosto calmamente.
- E você me ensinou que o que importa é o que somos, não o que temos - ele beijou minha testa.
Suspirei.
- E você me ensinou a enxergar o lado belo da vida, e não levar as coisas tão a sério.
Ele me abraçou forte.
- Viu só?! - eu disse - você me completa.
Ele ficou me olhando por um bom tempo, eu alisava seu cabelo macio enquanto mergulhava em seus olhos azuis.
Ele era tão lindo, tão gostoso, mas o que eu mais amava nele era o jeito dele de ser. O meu porto seguro, minha metade.
Se parasse pra pensar eu o conhecia há não muito tempo, mas era algo indescritível, era como se nossos destinos estivessem traçados, como se eu o conhecesse há décadas.
Dei um selinho suave em sua boca.
- Você é incrível - ele beijou minha bochecha.
Sorri levemente, olhando em seus olhos. Ele fazia um cafuné carinhoso em meu cabelo, enquanto compartilhávamos o silêncio da noite e o som de nossas respirações.
Bocejei profundamente, e ele beijou minha testa.
- Boa noite - ele se cobriu.
- Boa noite - fechei os olhos, caindo no sono gradativamente.
- Louis?! - Alex me acordou.
- Hum?? - exclamei sem abrir os olhos.
- Dá pra compartilhar o edredom? Tô morrendo de frio.
Abri os olhos apressadamente, encontrando Alex apenas com uma cueca samba canção e tremendo de frio.
- Por que não me acordou antes, amor? - eu disse preocupado.
- Cê tava dormindo tão bonitinho...
Revirei os olhos, sentando na cama e cobrindo ele.
- Tá melhor? - indaguei.
Ele acenou em concordância.
- Mas pode ficar melhor ainda - ele sorriu sonolento e levantou o edredom, indicando o espaço ao seu lado. Deitei e me aconcheguei em seus braços, tateando suas costas desnudas e levemente gélidas.
- E então? - sorri.
- Perfeito - ele beijou minha testa.
Deviam ser umas 6 da manhã, o sol mal saíra, estava bastante frio, e eu ainda estava sonolento.
Respirei fundo e envolvi meus braços eu sua costela.
- Deveria ter me acordado antes - reclamei.
- Shhh - ele exclamou.
Fechei os olhos e encostei a cabeça em seu peito, o isolamento do edredom absorvera o calor de nossos corpos, se tornando um ninho quente e macio.
O som tranquilo dos seus batimentos cardíacos e sua respiração me embalavam em uma espécie de canção de ninar, e assim, adormeci rapidamente em seus braços.
Abri os olhos devagar, encontrando a claridade do dia e observei a cama, onde havia apenas eu.
Aonde Alex fora?
Dia ensolarado. Tempo fresco. Cabelos bagunçados. Preguiça.
O relógio marcava 11:16, um bilhete no criado mudo tinha as seguintes palavras:
"Fui surfar com o Nicolas, não vou demorar. Desça e tome um café gostoso e espere meus beijos.
Te amo"
Sorri.
Desci, tomei café. Eu estava sozinho, já que as primas de Alex ainda dormiam. As férias escolares faziam isso conosco; um estado leve de hibernação.
O dia estava lindo, o céu estava limpo, sem nuvens. Fazia uns 22 graus e o sol brilhava.
Depois do café decidi tomar um banho. Me despi e entrei no chuveiro, tomando um banho revigorante.
Depois de me secar, escovar os dentes, e como bom viciado passar hidratante no corpo, constatei que eu havia sujado todas as minhas roupas "de ficar em casa" e revirei os olhos para mim mesmo.
Peguei uma blusa preta de Alex que ficava um pouco larga pra mim, já que ele tinha quase 1,90 e eu era da casa dos 1,80. Vesti uma cueca box vermelha e ouvi o som do carro de Alex adentrando no quintal.
Alex adentrou no quarto, me encontrando deitado de bruços e com uma expressão sensual. Ele deitou ao meu lado na cama e beijou minha bochecha.
- Bom dia, amor - ele disse animado.
Um sorriso se formou em meus lábios.
- Bom dia - respondi no mesmo tom. - Como foi lá?
- Foi foda, mesmo a água estando gelada valeu a pena, as ondas estavam muito boas.
- Que bom - alisei seus ombros levemente e fixei meu olhar no seu. - Olha só, tem como a gente ir embora hoje e não amanhã? Descobri que sujei todas as minhas roupas.
- Sério, amor? - Ele disse preocupado, me fazendo lembrar porquê eu o amo.
- Sério! - disse sincero - Só tô com uma roupa só que é mais pra sair.
- Tudo bem - ele beijou minha bochecha - Apesar de que achei você uma delicinha com minhas roupas...
Sorri e afundei meu rosto em seu ombro.
- Safado - sussurrei.
- Você que me causa isso - ele me olhou fixamente, os olhos brilhando.
- É? - me fiz de desentendido.
- É - ele beijou meu pescoço devagarinho, me fazendo respirar profundamente.
Alex alisou minhas pernas desnudas e as segurou com força, enquanto sua boca roçava na minha. Ele me beijou. Beijei sua boca com vontade, sentindo sua língua explorar a minha boca com fascínio. Mordi seu lábio inferior, fazendo ele soltar um suspiro. Alex me puxou para cima dele, suas mãos passeando pelas laterais do meu corpo e segurando minha cintura de forma bruta. Uma mão na minha nuca, me puxando como um imã para o beijo e outra na minha cintura, me puxando para seu corpo enquanto me beijava com desejo.
Levantei sua camisa, beijando seu corpo sarado, até que ele a tirou por completo e explorei seu peitoral, seu abdômen trincado e seus bíceps. Ele sorriu convencido, e eu o beijei. Um beijo voraz que demonstrava o quanto eu o queria.
Alex tirou o apoio dos meus braços, me fazendo deitar por completo em cima dele. Nossas ereções se tocaram e um tremor passou por meu corpo. Eu sentia uma sensação de água na boca, sentia meu corpo formigar. Ele segurou meu cabelo com força e mordeu meu lábio, suspirei profundamente, me deixando ser levado.
- Você gosta assim?! - disse ele numa espécie pergunta que mais parecia uma ordem.
Assenti lentamente, com a boca aberta.
- Eu quero você.- sussurrei.
- Eu vou te fuder com força. - ele disse com os lábios colados nos meus, seu hálito quente e agradável em mim. Então ele encostou seu pau no meu, demonstrando o seu desejo - Sente o jeito que você me deixa? Sente?!
Apoiei as mãos em seu peitoral rijo, o alisando de leve. Beijei sua boca intensamente, como uma espécie de sim. Alex me segurou pela cintura com força e deitou sob mim, se posicionando entre minhas pernas e com os braços ao lado do meu corpo.
Passei a mão pelo seu cabelo, recebendo um lindo sorriso de resposta. Sorri levemente.
- Eu te amo - ele beijou minha boca.
Envolvi seu pescoço com meus braços e o beijei, sorrindo entre o beijo. Suas mãos penetraram minha camisa, sentindo minha pele quente. Suas mãos másculas deslizaram pelas laterais do meu corpo e acariciaram meu peitoral e meu mamilos, me arrancando um leve gemido entre o beijo.
Segurei sua nuca e o beijei calmamente, aproveitando cada pequeno gesto.
Alex sorriu de lado e me olhou nos olhos. Ele me beijou com vontade, me arrancando o ar. Segurei seu cabelo e o beijei devotamente. Nosso beijo era ardente, voluptuoso, intenso, como apenas o beijo de pessoas que se amam e se desejam pode ser. Ele sentou na cama, me puxando para seu colo, agarrei seu rosto e o beijei. Nosso beijo foi interrompido por Alex tirar minha camisa e abocanhar meus mamilos com força. Suspirei e gemi, sentindo meu corpo vibrar e arder. Ele me sugava com força, voracidade, do jeito que eu gostava.
Segurei seu cabelo com força, rebolando em seu colo. Alex me jogou de forma bruta na cama, se apossando do meu pescoço, dando chupões e mordidas.
Alisei suas costas, beijei sua orelha e gemi seu nome baixinho. Lambi sua orelha e assoprei de leve, recebendo como resposta mordidas mais fortes.
Alex me olhou nos olhos, alisando meu rosto, e beijou meu queixo. Sua boca foi para minha bochecha, até que chegou na orelha. Ele chupou meu lóbulo, sussurrou diversas sacanagens eu meu ouvido e voltou a me beijar.
Eu o queria tanto... de todas as formas, com força, devagar, intenso, romântico, bruto.
Alex beijou meu pescoço, meu peito, meus mamilos, até chegar na barriga e dar mordidas fortes que me causaram apenas tesão. Ele beijou meu abdômen, enquanto acariciava minhas coxas e as apertava.
Sentei na cama autoritário. Agarrando ele e o beijando, para logo em seguida jogá-lo com força na cama e o beijar vorazmente.
Enquanto nos beijávamos, Alex puxou minha cueca para baixo, a deixando na altura do joelho e deu um tapa forte no meu bumbum.
Criei uma trilha de beijos ardentes que iam do seu pescoço, peitoral e abdômen, deixando algumas marcas avermelhadas em sua pele clara.
Olhei para ele provocante, enquanto massageava seu pau por cima da cueca, que já não segurava mais o volume do membro embaixo dela.
Alex mordeu os lábios e sorriu pra mim.
- Mama meu pau, vai. - Ele disse sacana.
Tirei sua cueca com a boca, alisando suas coxas no processo. Segurei em sua tora e bati uma pra ele. Seu pau pulsava em minha mão, a cabeça já exibia o brilho do pré gozo.
Passei a língua por toda sua cabeça rosada, em movimentos circulares e olhei para ele. Sua expressão era de "vá em frente"
E fui.
Abocanhei seu pau, introduzindo devagarinho, enquanto observava sua cara que expressava prazer. As sobrancelhas juntas, a boca aberta.
Chupei seu pau com vontade, deslizando minha língua voluptuosamente enquanto fazia movimentos de vai e vem. O seu gosto era maravilhoso, gosto de macho, gosto do meu macho.
Alex alisava meus cabelos enquanto eu mandava ver em seu pau, ele gemia, urrava, sussurrava meu nome.
Arranhei suas coxas e segurei seu pau.
- Filho da puta gostoso, eu quero teu pau pro resto da minha vida.
- Então me engole, amor!
Ele sorriu e guiou minha cabeça de volta ao seu membro. Mamei dengoso, olhando nos olhos dele enquanto abrigava seu cacete na minha boca.
Segurei seu pau e passei a chupar mais rápido, mas com delicadeza, Alex gemeu alto e empurrou minha cabeça de leve, continuamente.
- Engole, vai. - ele pediu safado.
Fui uma putinha obediente.
- AAAAAAH AMOR - ele urrou enquanto eu fazia a garganta profunda - EU TE AMO PRA CARALHO, AAAAAAAAH.
Fiquei mais selvagem e o chupei com velocidade, alisando seu peitoral musculoso seu abdômen.
Alex ofegava, gemia, urrava.
Ele segurou meu cabelo e me fez chupar apenas sua cabeça, fazendo o gemer roucamente.
Engoli seu pau mais uma vez, o surpreendendo, e enquanto todo o seu corpo se tremia e sua respiração era vacilante, lambi suas bolas enquanto abrigava seu pau em minha garganta.
- CARALHO - ele exclamou surpreso - Ah porraaaaaaa.
Alex tirou seu pau da minha boca calmamente e ficou de pé ao lado da cama.
- Vem aqui, vem - ele disse safado.
Ajoelhei na sua frente e coloquei seu "menino" em minha boca novamente, Alex impulsionava o corpo pra frente, quase metendo na minha boca, me fazendo quase engasgar. Então ele segurou meu maxilar e meteu na minha boca freneticamente, me fazendo engasgar.
Por um momento seu olhar mudou de tesão para uma leve preocupação, mas quando abocanhei seu pau com toda a vontade do mundo ele voltou a me olhar com desejo.
Segurei seu pau e lambi suas bolas.
Suas bolas eram grandes e avermelhadas, macias e lisas. Passei a ponta da língua por elas, pra logo em seguida chupá-las devagarinho. Alex gemia meu nome baixinho, suspirava.
Tentei enfiar as duas na minha boca, mas elas eram grandes demais pra isso, então me contentei em chupar uma de cada vez, apreciando o calor em minha língua.
Deslizei a língua pela extensão de seu pau e o enfiei na boca, voltando a chupá-lo dessa vez com movimento frenéticos, rápidos e vorazes. Alex soltou um gemido alto e prolongado, me dando mais tesão ainda.
- Aaah amor, mama o teu homem - ele gemeu alto - Mama, seu gostoso!
Mamei até o talo, fazendo ele se contorcer de tanto tesão. Eu o estava levando à loucura e adorava isso.
Levantei e o beijei com força, antes que ele gozasse e ele me beijou na mesma intensidade, me agarrando pela cintura e roçando nossos membros.
- Eu quero essa sua boca pra sempre - ele disse assertivo.
E me deu um beijo molhado.
- Vem cá - ele me deitou na beirada da cama, deixando minhas pernas para fora da mesma. Alex então ajoelhou entre minhas pernas, abrindo-as ainda mais e caiu de língua.
Alex dava um beijo grego maravilhoso, eu me contorcia de tesão só de sentir sua boca me lambendo com vontade. Ele provavelmente era bom em oral com mulheres mas afastei esses pensamentos logo logo e me entreguei ao prazer. Eu ficava fascinado o quão prazeroso era pra ele, seu olhar encontrou o meu e sorrimos um pro outro. Gemi profundamente demonstrando o quão louco de tesão eu estava, enquanto ele me lambia eu me masturbava e estava tudo maravilhoso.
Sua língua fez movimentos circulares, tentou me penetrar, finalmente me penetrou até meus olhos virarem de tanto prazer. Ao sentir seu dedo entrar eu gemi alto, achei que ia gozar. Alex deixou meu corpo incrivelmente sensível aos seus toques.
Alex deitou de costas, e sorriu:
- Senta na minha cara.
Fiquei excitado e me posicionei numa posição onde eu poderia chupá-lo enquanto ele mandava ver no meu cu.
Nossos gemidos soavam abafados, já que nossas bocas estavam ocupadas.
- Aaah Alex, me come, me fode porra - ordenei.
Deslizei o corpo para frente, até estar sentado de costas para ele. Sentei em seu pau até entrar tudo e esperei a pontada de dor passar. Ele alisou minha cintura e olhei por cima dos ombros.
- Você é uma delicinha - ele riu.
Cavalguei como resposta.
- Isso vai, faz assim pra mim.
Comecei os movimentos de vai e vem, indo pra frente e pra trás levemente até meu corpo se movimentar como estivesse numa dança. Alex urrava enquanto eu o cavalgava, enquanto eu o dava prazer. E sentia, é claro. Eu estava me sentindo nas nuvens, como se estivesse num balanço. A cabeça do seu pau massageava minha próstata perfeitamente e eu não conseguia fazer outra coisa a não ser gemer e sentar na rola dele.
Intenso. Quente. Prazeroso. Selvagem.
Eu me sentia o máximo, endeusado.
Num movimento ousado deitei minhas costas sobre seu corpo, enquanto ainda sentava em seu pau, os joelhos ainda flexionados. Alex beijou meu pescoço, me masturbando e gemendo pra mim. Aquela posição era um máximo, por mais que meus joelhos doessem o prazer era maior.
Eu estava tão excitado que não percebi quando o primeiro orgasmo prostático veio. A visão ficou turva e não senti mais minhas pernas. Alex gargalhou vitorioso como sempre fazia quando conseguia me levar a esse estado. Eu estava entorpecido, até que senti Alex me inundar com sua porra quente.
- Aaaaah caralho!!! Puta que pariu - ele exclamou.
Ele ficou de joelhos na cama, eu de joelhos também, enquanto ele me penetrava. Eu me sentia molhado por dentro, seu membro deslizava com facilidade.
Alex me beijava com tesão, mordia minha orelha, apertava meus mamilos e me masturbava de vez enquando enquanto me metia por minutos a fio. Caí de quatro ao sentir outro orgasmo prostático, e outro. Eu não sabia de mais nada, eu estava alucinado, até que gozei, minha porra jorrando em jatos curtos. Como nunca gozei na vida. Alex meteu com força e mais rápido, até que tirou seu pau e bateu uma, gozando na minha bunda.
Deitei totalmente inebriado, ele sorrindo como um bobo ao meu lado. Beijei sua boca com paixão.
- Um dia você ainda me mata de tanto tesão que me dá - ele riu.
Gargalhei.
- Puta que pariu eu tô em êxtase até agora... - confessei.
Ele sorriu, deitado de frente pra mim e acariciando minhas costas. Acariciei seu cabelo, o famigerado cafuné. Nos olhávamos nos olhos e sorríamos.
- Eu te amo tanto, mas tanto - expressei.
- Eu te amo muito, amor - ele beijou minha testa.
Curtimos esse momento íntimo e transamos na pia do banheiro, onde eu quase morri de tanto tesão, e depois no chuveiro. Estávamos com a corda toda, ainda mais que era sexo de reconciliação.
Nos beijávamos e ríamos na cozinha, enquanto dividíamos os morangos. Eu estava mais apaixonado ainda por ele, como se isso fosse possível.
- Assim que tem que ser, nada de brigas! - disse Sophia ao nos ver juntos.
- Pois é, Sôssô - ele riu.
- Alex, ninguém me chama mais de Sossô!
- Ops, desculpa - ele disse sarcástico.
Ela deu a língua.
Sorri, era engraçado como eu me sentia confortável na sua família, que um dia se tornaria a minha própria também.
Eu e Alex passamos mais uns dias lá, o sol finalmente saiu de verdade e peguei até uma corzinha, Alex também. Mas depois de uma semana lá eu já quis voltar, por mais confortável que fosse estar com sua família.
Quando voltei meus pais não estavam em casa, então Alex obviamente me levou pra sua e ficamos lá.
Enquanto Alex pegava algo pra gente comer observei uma foto que nunca tinha visto direito.
Meus olhos encheram-se de lágrimas ao notar que aquela era a mãe dele, principalmente pela semelhança com sua vó e sua tia. Ela estava grávida na foto, sorridente, ela simplismente gerava o amor da minha vida. Naquele momento a amei também, e agradeci mentalmente por tudo o que ela passou, segundo Alex, todo o relacionamento conturbado com o pai dele, a gravidez de risco, sem nunca perder o sorriso do rosto. Notei que ela tinha o mesmo sorriso de Alex, e os mesmos brilhantes olhos azuis.
- Lou? - ele sentou do meu lado.
- Desculpa, eu só...
- Não, tudo bem... - ele riu sem humor - ela era linda, não?
Assenti.
- Eu me odiava, sabia? - ele disse melancólico. - Por mais que eu tivesse uma família incrível eu sentia que eu fui o culpado dela ter morrido.
Lágrimas escorreram por seu rosto.
- Amor, não. - olhei em seus olhos. - Ela deu o maior presente que poderia ser dado; a vida.
- Eu sei, amor. Eu sei. Mas era muito triste ver que as crianças tinham uma mãe presente no dia das mães e eu não...
Aquilo cortou meu coração, eu amava a minha mãe demais e só de imaginar não tê-la era angustiante.
- Mas eu tive amor, tive uma família, TENHO uma família - ele riu - e eu tenho você...
Sequei as suas lágrimas e o abracei.
- Eu te amo Louis - ele me abraçou com força.
- Eu também te amo - sorri - e eu sempre vou estar aqui pra você.
- Até quando você vai me amar? - ele brincou.
- Até que as estrelas caiam do céu. - disse firme.
- Ooooh que poético! - ele riu e me beijou.
Alex me envolveu em seus braços novamente, e assim permaneceu comigo. O calor do seu corpo me aquecia naquela noite fria, os seus lábios me mostravam o quanto eu era amado. Não havia outro lugar onde eu gostaria de estar se não fosse esse.
Era um estado de graça, uma luta que valia a pena. Um amor valente e selvagem.
Surprise bitch, i bet you thought you'd seen the last of me. Desculpa por ter sumido por TANTO tempo, pessoal. Mas o bom filho à casa (dos contos) torna! Hahaha