Perdi a Memória e Ele me Reconquistou - Parte 3

Um conto erótico de Godoy
Categoria: Homossexual
Contém 1771 palavras
Data: 08/01/2016 00:25:05
Última revisão: 08/01/2016 00:40:21

Sonhei que estava colocando algumas malas num carro grande, ao mesmo tempo que conversava com alguém que estava muito triste por minha viagem.

Ele pressionava as mãos no rosto tentando esconder as lágrimas, mas eu sabia que ele estava chorando por algum motivo.

Quem poderia ser aquele rapaz?

Meu pai, um de meus irmãos, o William, algum outro amigo que eu não lembrava, eu o via alí na minha frente, mas não conseguia distinguir sua fisionomia.

Estávamos nos despedindo, eu estava indo viajar ou indo embora de algum lugar e ele chorava pela despedida.

Era uma cabana, num campo verde repleto de árvores, a casinha pequena com um ou dois quartos, parecia um chalé ou pousada, mas era bastante aconchegante.

Antes de sair ele me entregou algo que coloquei no bolso.

Tentou me beijar, mas eu me afastei e com um tapa no peito o empurrei para longe de mim.

Um último sorriso antes que eu entrasse no carro e pronto eu já estava na estrada, rumo ao meu destino.

E como numa troca de cena eu já estava em outro lugar, um quarto com alguém.

Estávamos muito bêbados e bastante excitados, ele segurava minha cintura com as mãos firmes enquanto eu mordiscava seus lábios.

Instintivamente, comecei a acariciar sua barriga e descer a mão até sentir o volume se formando por baixo da calça social.

Eu apertava, acariciava, imaginava e, atendendo a um pedido não formulado, abri o botão e desci o zíper vagarosamente deixando a mostra a cueca branca com as iniciais CK.

Quando levei a mão para dentro de sua cueca pude segurar o membro rijo e pulsante mais maravilhoso que eu já havia tocado.

Talvez fosse o momento, talvez fosse o desejo, mas parecia que eu havia encontrado a arca do tesouro.

Coloquei o imenso membro para fora e não resisti a aproximar meu rosto, com a desculpa de estar beijando seu peito, para ver aquele imenso colosso duro, com veias grossas em volta dele e uma cabeça enorme.

O cheiro era sugestivo, parecendo me convidar a um beijo na cabeça em riste.

Comecei a masturbá-lo ao mesmo tempo que ele acariciava e beijava meu pescoço, ombro e orelhas.

Falei umas besteiras no ouvido dele e percebi que ele se arrepiou todo.

- Ohhhh!! Estou quase gozando!! Estou com muita vontade de meter! - ele falou rindo enquanto se contorcia de tesão, implorando para que minha mão amiga não parasse de punheta lo.

Quem era aquele rapaz?

Quem poderia ser aquela pessoa que fazia meus instintos borbulharem de tesão a flor da pele.

Meu desejo era que aquele momento não acabasse jamais, mas os sonhos sempre são interrompidos nas melhores ocasiões.

Acordei com a movimentação de pessoas no meu quarto.

Era cedo, eu já tinha tomado meu café da manhã e me preparava para ir para casa.

Não parava de pensar um minuto sequer naquele sonho estranho.

Pedi uma folha de papel e uma caneta, as entreguei para minha irmã e pedi que anotasse nosso endereço e telefone.

Ela o fez e me entregou a folha com as informações.

Chamei a Letícia que era a enfermeira com quem me relacionei melhor no período que estive no hospital, entreguei o bilhete a ela e pedi que repassasse para a Patrícia e a Nandinha.

Eu não saberia como encontrá las, era mais fácil elas me procurarem.

No carro eu olhava para o céu e sorria feito criança, era tudo estranho, os prédios, os carros, as ruas, e as pessoas com sua pressa e mau humor caminhando rápido pelas calçadas.

O barulho alto das buzinas, dos palavrões e ar seco e poluído da grande metrópole se expandiam por todo o território ao redor.

Sem perceber eu comecei a cantarolar baixinho uma canção:

-...."I've been roaming around Always looking down at all I see.

Painted faces, fill the places I can't reach.

You know that I could use somebody.

You know that I could use somebody"....

Minha irmã ficou me olhando como se eu fosse um extraterrestre.

Parei de resmungar para perguntar o porque ela estava me olhando e rindo.

Então ela começou a cantar para que eu percebesse que eu havia me lembrado naturalmente daquela canção, sem antes ter ouvido.

-..."Someone like you, and all you know, and how you speak.

Countless lovers under cover of the street.

You know that I could use somebody.

You know that I could use somebody"....

Começamos a cantar juntos aquela canção no carro, um olhando para os olhos do outro.

Ríamos bastante naquele carro aos berros pela letra contagiante daquela melodia.

Formamos um dueto:

-...."Someone like you.

Off in the night, while you live it up, I'm off to sleep.

Waging wars to shake the poet and the beat.

I hope it's gonna make you notice.

I hope it's gonna make you notice.

Someone like me.

Someone like me.

Someone like me, somebody....

Ohhh, ohhhh, ohhh"....

De fato nossa cumplicidade era muito grande, ela sabia o que se passava na minha cabeça, num olhar e ela adivinhava os meus desejos.

Sara era minha siamesa só podia.

Me contou que aquela fora a canção que marcou nossa adolescência.

Quando chegamos em casa eu fiquei espantado com o tamanho do lugar.

Um condomínio enorme com belas mansões e carros de luxo.

Alguns condôminos caminhavam com seus cães pelas calçadas do local enfeitado por belos jardins repletos de flores coloridas e gramas verdinhas.

Nossa casa era enorme, as portas grandes e pesadas.

O jardineiro limpou as mãos para me cumprimentar, e eu o adverti que não era necessário fazer aquilo.

Seu Joaquim estava conosco a vários anos e me tratava como um menino ainda, era amoroso e muito gentil com as palavras.

Minha segunda primeira impressão foi a melhor possível, aquele senhor tímido e risonho havia ganho minha simpatia.

Ao longe vi duas crianças gritando e correndo pelo jardim com uma bola.

Eram Filipe e Diana que ficaram doidos ao me verem e vieram pulando pra cima de mim, aos berros de tanta alegria.

Nas fotos eram pequenos e já estavam dois mocinhos barulhentos e pesados que acabaram me derrubando no gramado, enquanto gritavam meu nome.

Dona Cida era a cozinheira, uma senhora preocupada comigo, acabou chorando quando me viu e me abraçou.

A Sara me disse que ela foi nossa babá e quando se aposentou, se recusou a parar de trabalhar conosco e hoje continua fazendo todas as nossas vontades.

A amo como minha mãe.

Eu poderia me perder dentro daquela casa, os corredores grandes e compridos.

As escadarias que levavam ao andar de cima e as várias esculturas e quadros espalhados por todos os lados.

A casa era cheia de vida e bastante iluminada!

Fotos de nossa família, tios primos, avós e amigos em todos os lugares.

Quando abri a porta do meu quarto eu pensei estar entrando dentro de uma outra casa, o quarto era enorme, medalhas na parede, fotos minhas em pódios.

Natação, lutas e bike, as atividades pelas quais eu adorava praticar, isso afirmado por Sara enquanto me mostrava as coisas.

Me senti um completo estranho dentro da minha casa, o banheiro imenso com uma banheira e um closet cheio de roupas.

Minha vida deveria ser muito boa.

Descobri que o fato de estar no banco de trás do carro do meu pai com o Zé dirigindo, era porque eu não o fazia, eu tinha medo da direção, preferia ir ao trabalho de bike a ir de carro com o motorista.

Tantas coisas que eu teria que reaprender e me reeducar, mas eu estava maravilhado.

Estava exausto e com muita fome, queria comida preparada por Cida e mais que depressa ela nos acompanhou até a mesa para o almoço.

Um verdadeiro banquete.

Eu não sabia por onde começar.

Filipe e Diana brigavam para poderem sentar ao meu lado e Sara foi obrigada a mudar de lugar para que os dois se acomodassem, um de cada lado.

Aos pouco a mesa era preenchida pelas pessoas que alí residiam.

Jean correu me dar um beijo e um abraço, ele me respeitava.

Luma veio chorando e se desculpando por não ter ido me buscar com a Sara, mas os ensaios do grupo tomavam seu tempo e não podiam ser deixados de lado.

Eu entendi.

Meu irmão mais velho era bonito, um rapaz grisalho e bastante sério.

Não era velho, mas os cabelos estavam grisalhos.

Me deu um aperto de mão seguido de um abraço forte.

Notei seu olhar para os dois pestinhas que faltavam montar nas minhas costas para ficarem perto de mim.

Suzan era linda, um cabelo liso e bastante comprido, o rosto sério de uma descendente de japoneses, mas um semblante harmonioso e digno de admiração dos demais.

Nossos pais estavam viajando e por isso dois lugares ficaram vagos a mesa.

Pra falar a verdade eu me senti um pouco envergonhado por estar cercado de tantos rostos estranhos, me senti como um visitante alí naquela casa.

Após o almoço eu inventei de dar um passeio em volta da casa, reconhecer o ambiente e me deparo com uma linda piscina.

Um bom dia tímido do rapaz que fazia a limpeza e manutenção do local.

Tratei logo de ir perguntar seu nome e o tempo que estava conosco, se eu o tratava bem.

Ele não sabia que eu tinha perdido a memória e me explicou que por diversas vezes eu o ajudei.

Um carro estacionava na vaga ao lado da piscina.

Era o Matheus, com uma regata, short e tênis.

Na certa tinha acabado de sair da academia.

- Olha quem voltou pra casa?

Falou me abraçando e me dando uns tapinhas nas costas.

Era um jovem muito bonito e seu corpo chamava bastante atenção.

Me convidou para um mergulho, mas eu recusei.

Seu Zé veio ao meu encontro todo sorridente, era o mesmo do meu sonho.

Um senhor alto e meio gordo, sorriso bastante encantador, era um senhor humilde e muito brincalhão.

Perguntou se eu me recordava de alguma coisa e quando descrevi meu sonho, ele me mostrou o braço com os pelos arrepiados por se lembrar daquele dia horrível.

Eu precisava falar com a Carol e tentar entender o que de fato tinha acontecido.

Subi para meu quarto, troquei de roupa, peguei meu livro e voltei para o mundo que eu conhecia

...."Quero acordar de manhã com você ao meu lado, quero chegar à noite e jantar com você.

Quero compartilhar com você cada detalhe bobo do meu dia e ouvir cada detalhe do seu.

Quero rir junto com você e dormir com você em meus braços.

Porque você não é só alguém que eu amei no passado. Você era".....

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Comentários

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Louco pro Hick voltar logo ao trabalho pra ficar mais perto do William

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Olá Boa tarde comecei a lê sua história e gostei muito..É bem escrita e cativante,aguardando o próximo capítulo.

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Seus comentários me alertam para melhorar o conto.

Obrigado a todos!

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Espero que ele recupere a memória o mais rápido possível, deve ser horrível passar por isso! Maravilhoso capítulo. 👏👌

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Nossa sua família é muito rica....

Casa comigo kkk

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Deveria estar entre os melhores da casa.

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