TRenattoZ, ola meu querido maldoso, rs. E ai, o Rodrigo sofreu bastante nesse capítulo ou você ainda quer mais sangue? O Antônio esta tentando ser frio mas não é da natureza dele guardar ressentimentos. E ai, Rodrigo sofre mais? Ou já pode ganhar o coração do Antônio?
Luk Bittencourt, calma meu querido, nos próximos capítulos o Rodrigo vai conseguir acabar com o Estado Islâmico e com a guerra na Palestina, rsrs, você ainda vai ama-lo. Ah, Não deu tempo da Maria dar nele no capitulo anterior, mas nesse ela sentou a mão, mas surra dai já é demais né, afinal ela é apenas uma senhora.
CDC✈LCS, pois é as crianças ainda estão com o pé atrás com ele, principalmente o Rafael, e o pior é que ele nem sabe por onde começar, pra consertar seus erros. Sobre o Rodrigo e o Antônio na mesma casa, cuidando dos meninos, sinto lhe informar, mas isso vai acontecer muito antes do que você imagina. kkk
Guiiinhooo, ele quer mudar mas acaba se metendo em mais confusão ainda. Ele não sabe por onde começar.
CrisBR1, Não é da natureza do Antônio guardar ressentimentos, acho que ele vai baixar a guarda a medida que o Rodrigo for provando que merece seu respeito. Grande abraço.
Ninha M, pois é, o Rodrigo vai ter que sofrer pra mostrar que é um ser humano. Os meninos estão tristes com ele mas ao mesmo tempo torcendo pra que ele mude, pois no fundo querem estar com o pai. BeijãO.
VALTERSÓ, VOCÊ NÃO viu nada ainda, o Rodrigo ira mudar da agua pro vinho. Na verdade ele não vai mudar, ele vai voltar a ser o que era, mudar ele mudou quando se tornou essa pessoa horrível.
Martines, claro QUE PERdoo, senti mesmo sua falta. O conto esta chegando na parte mais gostosa, quando os dois irão se descobrir, se apaixonar um pelo outro. Ainda não sei quem dará o primeiro beijo, alias nem consigo ver os dois na cama. Você acha que deve ter sexo entre eles ou apenas deixar no ar? Acho que o Rodrigo deve sim decepcionar o Antônio mais pra frente, mas não da maneira como vc citou, tudo terá um motivo, rsrs, tipo machucar pra lhe proteger. O Rafa é um anjinho dormindo né? O garoto é atentado. O Antônio ira ajudar o Rodrigo a recuperar o amor dos filhos.
Ru/Ruanito, essa Stela é mesmo uma pessoa intragável.
Drica (Drikita), pois é, precisou os filhos dele sofrerem pra ele acordar pra vida. Então, agora começa a parte mais gostosa, o romance entre eles. Na verdade o Rodrigo não vai mudar, ele voltara a ser quem ele era, antes de virar esse homem ruim. Beijos.
Geomateus, nossa, mas ele sofreu pra caramba nesse capitulo né?
LUCKASs, obrigado pela visita meu querido.
R.Ribeiro, então, os garotos são importantíssimos na historia. Acho que não resta duvidas de que o Rodrigo realmente ama os meninos.
Chele, obrigado minha querida, pois é, ele esta mudando sim. Você acha que ele deve sofrer mais ainda? Os meninos são fofos sim, mas umas pestinhas, rsrs. Agora começa a parte mais legal, o romance entre os dois.
Monster e depois desse capitulo? Começou amar ele um pouquinho? Ou ele ainda tem que sofrer mais? Até a Maria se voltou contra ele.
Drica Telles(VCMEDS), ta ai uma coisa que preciso resolver, você acha que devo colocar a parte dos dois transando? Ou apenas deixar no ar? E outra, qual dos dois é ativo ou passivo? Consigo ver os dois nas duas situações. Acho que ele já sofreu muito nesse capitulo, não acha?
Vitor Gabriel, ola meu querido, fico lisonjeado com seu comentário, não imaginava que meus contos fossem tão apreciados assim, apesar dos comentários de todos vocês. Se esse conto conseguir ser metade do que o anterior foi, já ficarei feliz. Obrigado pelo carinho e espero lhe ver sempre por aqui, afinal vocês que ajudam a construir a historia, c om as criticas, elogios, ideias. Grande abraço.
patyvivi, adoro quando vocês ficam assim, mas fique tranquila, nos próximos capítulos vocês irão ficar mais relaxados, afinal os pombinho viverão no puro romance. Você acha que o Rodrigo merece pagar mais ainda? Obrigado pelo carinho.
Helloo, kkkk vcs são pessoas muito vingativas, tadinho do Rodrigo, acha que ele merece sofrer mais ainda?
robinhuu19-87, kkkk. Adoro fazer vocês chorarem. Acho que terá mais alguns momentos que você ira chorar pra valer mesmo, se eu não mudar de ideia, a historia terá um momento muito triste. Então, o Rodrigo acho que sofreu bastante nesse capitulo né? Obrigado pelo carinho, são comentários como o seu que mostra o quando vale a pena escrever pra vocês. Grande abaraço.
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Rodrigo - Antônio, queria lhe agradecer por tudo que fez.
Rodrigo - Você não faz ideia do que você essa noite.
Antônio permanecia frio, pois se nem quando salvou a vida de Rodrigo, ele soube reconhecer, achou que não seria agora que as coisas mudariam.
Rodrigo - Obrigado, obrigado por tudo.
Rodrigo estendeu a mão para Antônio, esperando ser apertada. Antônio ficou alguns segundos parado e também estendeu a mão para o rapaz.
Esperando que Rodrigo o cumprimentasse, Antônio ficou surpreso com a atitude do rapaz.
Rodrigo se aproximou de Antônio e o surpreendendo, lhe deu um abraço apertado, colocando seu corpo junto ao dele.
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Capítulo 14
Antônio ficou parado, enquanto seu corpo era apertado por Rodrigo, que colou suas cabeças naquele abraço.
Antônio podia sentir o peito de Rodrigo, seus músculos, apetando seu próprio peito e também seu perfume, misturado ao seu cheiro natural, que insistia em invadir suas narinas.
Pego de surpresa, Antônio ficou sem reação e abraçou discretamente Rodrigo, se soltando em seguida.
Rodrigo - Obrigado, obrigado por tudo que fez por mim.
Antônio - Fiz pelos meninos.
Rodrigo - Sim, sim, claro.
Antônio não fazia a menor questão de mostrar simpatia, pelo contrário, queria ferir Rodrigo e iria aproveitar todas as oportunidades.
Rodrigo - Desculpa, mas nem deu pra conversar com você la dentro.
Rodrigo - Como eles estavam? Onde os encontrou?
Antônio - Encontrei-os debaixo de um viaduto, como dois mendigos.
Antônio - Eles estavam com muito medo, o Arthur chorava demais, enquanto o Rafael ardia em febre.
Antônio - Eles estavam também com muito frio, fome, mas o pior acho que foi a sensação de abandono, a sensação de não estarem protegidos.
Antônio - Mas agora eles estão bem, eles tem a Maria, os avós e muita gente louca pra cuidar e dar amor a eles.
Rodrigo mudou sua feição, ficando sério, entendendo as intenções de Antônio.
Rodrigo - Olha, eu...
Antônio - Com licença, eu preciso ir embora.
Dando as costas ao rapaz, Antônio seguiu seu caminho, sem olhar pra trás, mas ainda carregando em sua camisa o cheiro do perfume que Rodrigo usava.
Rodrigo voltou para o Hospital e a confusão ainda continuava.
Sidney - Eles vão pra minha casa.
Stela - Não Sidney, la em casa eles tem tudo.
Sidney - Tem sim, tem até um pai irresponsável que é capaz de colocar a vida deles em risco.
Telma - Stela, isso não se discute mais, eles vão pra nossa casa.
Telma - O Sidney já ligou para o advogado, que vai dar entrada no pedido de guarda deles.
Rodrigo - Mas vocês ainda estão discutindo isso?
Rodrigo - Eles são meus filhos e nem você e nem ninguém irão tira-los de mim.
Sidney - Isso nós vamos ver na justiça.
Stela - O médico já liberou o Rafael pra ir embora.
Rodrigo - Maria, pegue as coisas dos meninos e apronte eles.
Telma - Você não vai sair daqui com meus netos.
Sidney - Hoje era nosso dia de ficar com eles e vamos leva-los pra casa, pra nossa casa.
Enfurecido, Rodrigo se aproximou do homem, o ameaçando.
Rodrigo - Meus filhos vão embora comigo, portando abaixe suas asinhas, pois se não faço com que você nunca mais bote os olhos em cima deles.
Sidney fez um escândalo, ameaçou, xingou, mas foi acalmado por Alice.
Alice - Por favor, estamos todos de cabeça quente.
Alice - Entendo a preocupação de vocês, mas os garotos já estão assustados demais. Vamos esperar passar o dia de hoje e depois eu mesmo me comprometo a ajudar vocês.
Com seu jeito doce, Alice conseguiu reverter às ameaças que o irmão fez e visando o bem dos garotos, todos deram uma trégua, pelo menos por enquanto.
Rodrigo chegou em casa com os filhos e ficou surpreso ao ver o pai em pé na sala, como se os aguardassem.
Stela - Carlos, que surpresa, achei que iria demorar mais.
Rodrigo - Oi pai.
Carlos - Pelo visto a família toda resolveu fazer um passeio bem cedo.
Rafael - Vô, eu e o Arthur...
Carlos - Meus querido, vão la pra cima, depois o vô vai levar um presente pra vocês.
Stela - Maria, peça para o Valdir levar as malas la para o quarto.
Rodrigo - Também vou subir, vou para o meu quarto.
Carlos - Espere Rodrigo.
Carlos - Essas malas não são minhas e você não tem mais um quarto nessa casa.
Rodrigo virou-se, encarando o pai.
Stela - Que brincadeira é essa Carlos?
Mudando o tom de voz, Carlos olhou para o filho, explodindo com ele.
Carlos - Eu achei que não iria mais me surpreender com você.
Carlos - Mas você consegue fazer uma burrada atrás da outra.
Carlos - Esquecer os próprios filhos na rua? Nem uma cadela sarnenta faz isso com seus filhotes.
Carlos - Como você pode fazer isso Rodrigo? Responda.
Rodrigo - Então é isso???
Stela - Foi apenas um mal entendido. E como você esta sabendo disso?
Carlos - Eu sei de tudo que acontece nessa casa Stela, sei de coisas que você nem imagina.
Alice - Gente, por favor, não vão brigar.
Stela - Maria, leve essas malas la pra cima.
Carlos - Eu já disse que não.
Carlos gritou com Stela, que tentava amenizar tudo que havia ocorrido.
Carlos - Você não aprendeu nada do que ensinamos a você meu filho.
Rodrigo - E o que você me ensinou papaizinho?
Rodrigo - Agora eu quero que você me responda.
Carlos - Eu lhe ensinei a você ser uma pessoa de bem, e não isso que você virou.
Rodrigo estava exausto, mas ouvindo aquelas cobranças do pai, não ficou quieto e despejou sobre ele tudo que guarda por anos em seu peito.
Rodrigo - Eu não sou o que você desejou?
Rodrigo - Como não papai?
Rodrigo - Rodrigo, você vai ter que estudar administração, pra cuidar das empresas da família.
Rodrigo - Rodrigo, você tem que casar, tem que me dar netos, tem que fazer isso, tem que fazer aquilo.
Rodrigo - Você me infernizou pra que eu desistisse de todos os meus sonhos pra correr atrás dos seus e agora me descarta assim?
Carlos - Do que esta falando?
Carlos - Você entendeu tudo errado, eu sempre quis lhe proteger, sempre quis...
Rodrigo - Sempre quis ser o todo poderoso Dr Carlos né, que manda em tudo e em todos, que faz e acontece, que decide o destino dos outros.
Rodrigo - Mas quer saber, vai ser um alivio ficar longe de você.
Rodrigo - Vou pegar as crianças e ir embora agora.
Carlos - Eles ficam.
Rodrigo começou a gargalhar, debochando do pai.
Rodrigo - Você caducou de vez?
Carlos - Eu vou pedir a guarda deles e ate que isso seja concretizado, meus netos os saem dessa casa sob minha autorização.
Rodrigo - Você não pode...
Carlos - Eu posso tudo que eu quiser.
Rodrigo - Eu vou leva-los e você não vai me impedir, pois se não...
Carlos - Pois se não o que?
Carlos - Você me roubou já se esqueceu disso? Se você insistir com isso eu pego aqueles documentos e levo direto pra policia.
Stela - Carlos, pare com isso.
Rodrigo ameaçou, chingou, mas de nada adiantou. Carlos estava irredutível e sem ter como enfrentar o pai, Rodrigo acatou sua decisão, tentando ao máximo controlar o ódio que sentia do pai.
Rodrigo - Eu odeio você.
Carlos - E eu desisto de você.
Carlos foi para o escritório e segurando um porta retrato, ficou olhando uma foto antiga, com Rodrigo ainda criança, pendurado em seu pescoço.
Stela - Eu odeio você.
Carlos - Me deixe sozinho Stela.
Stela - Como você tem coragem?
Carlos - Eu estou fazendo isso pra protegê-lo.
Antes de ire embora, Rodrigo foi até o quarto dos filhos.
Arthur - Você vai embora papai?
Rodrigo - Vou sim filho.
Rafael - Eu não quero ir com você.
Arthur - Nem eu.
Rodrigo estava triste demais e escutar aquilo dos filhos partiu ainda mais seu coração.
Sem saber o que fazer, Rodrigo abraçou Arthur, dando lhe um beijo e em seguida fez o mesmo com Rafael, que ainda permanecia frio com ele.
Rodrigo - Eu amos vocês viu.
Rodrigo - Eu vou voltar e vamos ficar nos três juntos.
Apesar de ainda estava frio com o pai, Rafael foi até a porta e ficou olhando o pai ir embora, com o rostinho triste.
Rodrigo já estava saindo com o carro, quando Maria apareceu, toda emocionada.
Maria - O meu menino, como que as coisas chegaram a esse ponto?
Rodrigo - Maria, vai ser melhor assim.
Rodrigo - Me prometa uma coisa? Cuide dos meus filhos, eu ainda vou voltar pra pega-los.
Maria - Cuido sim, igual cuidei de você.
Rodrigo deu um abraço na empregada e foi embora.
Sem ter pra onde ir, Rodrigo foi direto para o apartamento onde morava com a esposa. Com algumas coisas ainda quebradas, devido a ultima briga que teve com o pai, Rodrigo deitou-se num sofá e ficou relembrando o passado.
Rodrigo - Até que é legalzinho o ape que o Seu Carlos nos deu de presente.
Elisa - Estando com você, eu moraria até embaixo da ponte.
Rodrigo - Acho que é isso né? Agora somos marido e mulher.
Ainda vestida de noiva, Elisa pegou a mão do marido e levou até sua barriga.
Elisa - Esta sentindo? Ele não para de chutar.
Um pouco sem jeito, Rodrigo começou a sorrir, ao sentir o filho na barriga da esposa.
Rodrigo - Como sabe que é ele e não ela?
Elisa - Apenas intuição.
Não se dando conta do tempo, Rodrigo lembrou-se de quando Rafael nasceu e depois de Arthur. Mas nem só de lembranças boas aquele apartamento lhe trazia, foram muitas brigas e discussões com Elisa.
Sem a presença do filho na empresa, Carlos passou a ir mais ao trabalho, apesar de confiar cegamente em Simone.
Carlos - O Antônio se demitiu? Mas por quê?
Simone - Aconteceram muitas coisas na sua ausência.
Carlos - O Rodrigo tem alguma coisa a ver com isso?
Simone - Bom, os relatórios estão todos ai, prefiro que o senhor mesmo tire suas conclusões.
Carlos se inteirou do que havia acontecido e ficou chocado com as descobertas que fez.
Antônio não teve muita sorte na sua procura por emprego, mas como precisa sobreviver, arranjou um bico em uma obra durante o dia e um de garçom a noite.
Não demorou pra Rodrigo ter que se preocupar com algo que nunca lhe tirou o sono, pagar contas. Sem o emprego na empresa do pai e sem o dinheiro que desviou, viu que suas reservas pessoas não iriam durar por muito tempo.
Stela - Não sei como você consegue trabalhar depois de tudo que fez?
Stela - Eu quero me separar de você.
Carlos - Não fale bobagem Stela.
Carlos - Descobri mais uma do seu filho.
Carlos - Você acredita que ele armou para demitir o Antônio?
Stela - Eu quero que esse sujeitinho se dane.
Stela - Você defende mais esse morto de fome do que o seu próprio filho.
Carlos - Você não escutou o que eu disse?
Carlos - Seu filho não tem caráter. Você consegue entender a gravidade dos atos dele?
Maria escutava toda a conversa do patrão e indo para a cozinha, lembrou-se da conversa de Cris e Bruno no hospital.
Maria - Não pode ser verdade. O Rodrigo não é assim.
Não foi necessário muitos dias, logo Rodrigo percebeu como uma casa funciona e sem empregados, sem pessoas para servi-lo, se viu diante de um caos. Não conseguia encontrar roupas limpas, a casa estava toda suja e seu saldo no banco diminuía a cada dia.
Rodrigo - Preciso dar um jeito na minha vida.
Disposto a resolver uma assunto que ainda não havia digerido, Rodrigo foi até a casa do seu puxa saco mor.
Marcio - Já vai!!
Marcio - Rodrigo!!!
Rodrigo - Surpreso? Disse, já entrando no apartamento do rapaz.
Marcio - E como estão as coisas? Eu fiquei sabendo do que aconteceu e...
Rodrigo - Me poupe dessa sua conversinha. Foi você que mandou aquele dossiê para meu pai?
Marcio - Que dossiê?
Rodrigo - Não me faça perder a cabeça Marcio.
Rodrigo segurou na camisa do amigo, o prensando contra a parede.
Marcio tentou a todo custo se defender, insistindo em sua lealdade.
Marcio - Eu jamais faria isso com você. Até porque se você cair eu também caio.
Marcio - Ainda mais agora que eu e a Alice estamos saindo. A ultima coisa que eu iria fazer era entregar a sua cabeça e de quebra a minha.
Rodrigo - Então quem foi?
Marcio - Você ainda tem duvidas?
Marcio - Quem armou contra você foi a Simone.
Rodrigo - A Simone não ia fazer isso comigo?
Marcio - Será que não?
Rodrigo ficou pensativo e foi embora. Ao fechar a porta, Marcio deu um sorriso perverso.
Marcio - Babaca, o que é seu esta guardado.
Rodrigo pensou em ir no mesmo momento procurar Simone, mas colocando as ideias em ordem, percebeu que aquilo não tinha a menor importância.
Na verdade, ficar sem o dinheiro que roubou do pai, pra ele já era uma maneira de se punir, pelas coisas que estava se arrependendo de ter feito.
Andando pela zona que estava em sua casa, ficou pensando numa maneira de ter os filhos de volta. Sabia que poderia contar com a mãe, com a irmã e também com Maria.
No mesmo instante sua campainha começou a tocar, ficando feliz ao ver Maria a sua porta.
Rodrigo - Maria, que bom que esta aqui.
Rodrigo - Veio me ajudar? Esta uma zona essa casa.
Com cara de poucos amigos, Maria entrou em silencio, deixando o rapaz falar.
Rodrigo - O que foi?
Maria - Rodrigo, me responda com sinceridade. Você planejou para que o Antônio fosse demitido?
Rodrigo - O que? Quem lhe contou isso?
Maria - Por favor, me fale.
Rodrigo - Já sei, coisa do velho né?
Rodrigo - Foi uma bobagem , mas no fim o Antônio mesmo se demitiu e..
Rodrigo nem conseguiu concluir a frase. Maria lhe deu duas bofetadas no rosto, uma em cada face.
Apesar de grande, Rodrigo foi para trás, devido a força que mulher lhe acertou, deixando as marcas de seus dedos em seu rosto.
Rodrigo - O que?
Maria - Como você teve coragem de fazer isso?
Rodrigo - Você me bateu.
Maria - Você merece mais.
Maria começou a lhe dar mais tapas, agora no ombro, braços. Rodrigo tentava se defender e usando sua força, segurou os braços de Maria.
Rodrigo - Pare!!!
Maria - Como você teve coragem de fazer isso? Ainda mais com o Antônio, um rapaz tão bom.
Maria - E eu ainda burra, fui procura-lo pra ele ir atrás de você, quando você se acidentou.
Rodrigo - Maria.
Maria - Cale a boca.
Rodrigo - Deixa eu me explicar? Eu estava com raiva, eu queria...
Maria - Você é mau.
Maria - Tudo que você toca fica feio, morre, apodrece.
Maria - Eu sempre fui a primeira a lhe defender e essa é a minha paga.
Rodrigo - Me perdoa Maria???
Maria - Não sou eu que tenho que lhe perdoar.
Rodrigo abaixou a cabeça, os tapas que levou no rosto ele nem levou em conta. O que lhe machucou de verdade foi o olhar de Maria.
Maria - Seu Carlos tem razão. Infelizmente ele tem razão.
Maria - Você deveria se rastejar no chão que o Antônio pisa e suplicar por seu perdão.
Rodrigo - Maria...
Rodrigo - Meu pai me expulsou de casa, da empresa, meus amigos puxa saco sumiram, meus filhos me odeiam..
Rodrigo - Por favor, não de as costas pra mim.
Rodrigo - Você não Maria.
Com o olhar de desprezo, Maria olhou para o rapaz e sem dizer nada, saiu do apartamento, deixando Rodrigo arrasado.
Rodrigo ajoelhou-se no tapete e pela primeira vez, sentiu-se sozinho. A solidão que sentia era algo que corria seu peito.
Tentando diminuir aquela sensação horrível, abriu uma garrafa de whisky e bebeu até apagar no chão da sala.
Rodrigo acordou só no dia seguinte, no chão, e com uma ressaca terrível, percebeu que beber não resolveu em nada seus problemas. Foi só abrir os olhos e a sensação de solidão e culpa vieram com tudo.
Com preguiça até pra sair pra comer, Rodrigo ficou o dia todo no sofá. Já era fim de tarde quando finalmente tomou um banho e saiu de casa.
Parado com o carro um pouco afastado, ficou na porta daquela creche até que algumas crianças foram saindo.
Com o olhar atento, logo avistou o motorista da família com seus filhos. Rodrigo se debruçou na janela do carro e ficou olhando Rafael e Arthur.
Nem ele mesmo tinha ideia do quanto aqueles dois garotinhos era importante em sua vida. Teve todas as chances de dar amor a eles, de curtir eles, mas jogou todas fora e agora estava li, tendo que se contentar com a presença deles a metros de distancia e por poucos segundos.
Já era noite quando voltava pra casa. Distraído no volante, Rodrigo despertou de imediato quando passou em frente a um restaurante e viu Antônio, trabalhando como garçom.
Rodrigo se culpou no mesmo instante, ao ver o rapaz naquela posição, não que ser garçom fosse algo se pouco valor, mas se não fosse por ele, Antônio poderia estar num cargo elevado em na empresa de seu pai, ganhando bem mais que as gorjetas de alguns clientes.
Antônio - Boa noite, já fez seu pedido?
Antônio levou um susto ao ver Rodrigo.
Rodrigo - Como vai?
Antônio - Quer fazer seu pedido?
Rodrigo - O que faz aqui Antônio?
Antônio - Jura que não deu pra perceber ainda, o que eu faço aqui?
Antônio achava que aquilo era uma provocação e saiu, deixando Rodrigo sozinho. A casa estava lotada e se desdobrando em mil, Antônio não parava, indo de uma mesa a outra.
Rodrigo ficou bebendo o tempo todo e olhando tudo aquilo, lembrou-se de algumas coisas:
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Marcio - Andei por ai e você como o pessoal daqui do escritório adora uma fofoca né? Parece que o Antônio usa toda grana que ganha pra tentar achar um irmão que esta desaparecido.
Rodrigo - Interessante, então vamos fazer com que ele seja demitido por justa causa.
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Maria - Você deveria se rastejar no chão que o Antônio pisa e suplicar por seu perdão.
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Antônio estava tão atarefado que quando se deu conta Rodrigo não estava mais na mesa.
Se sentindo um canalha, Rodrigo viu o quanto havia prejudicado o rapaz e parando em outro bar, continuou bebendo até se embriagar.
Antônio chegou em casa muito tarde, estava tão cansado que tomou um banho e já foi pra cama. Vestindo apenas um short curto e uma regata, deitou-se, mas nem deu tempo de cochilar.
Sua campainha começou a tocar insistentemente com seu nome sendo gritado.
- Antônio!!!
Antes que a vizinhança toda acordasse, Antônio correu para abrir a porta.
Antônio - Você!!!
Antônio - O que quer aqui Rodrigo?
Rodrigo - Preciso falar com você.
Totalmente bêbado e cheirando a bebida, Rodrigo mal conseguia parar em pé.
Antônio - O que você quer cara? Você tem ideia de que horas são?
Rodrigo - Eu preciso me desculpar com você.
Rodrigo entrou na casa, não falando coisa com coisa.
Antônio - Olha seu estado!! Como conseguiu chegar até aqui?
Como todo mundo que bebe fica chato, Rodrigo não fugia a regra. Tentando se desculpar com Antônio, não teve muito sucesso, deixando o rapaz cada vez mais irritado.
Antônio - Vai embora, não quero conversar com você.
Rodrigo - Que saber, vou mesmo!!!
Trançando as pernas, Rodrigo conseguiu chegar até seu carro. Antônio ficou observando de longe e com raiva de si mesmo, não conseguiu assistir tudo aquilo sem fazer nada.
Indo até Rodrigo, puxou as chaves de sua mão, voltando pra dentro de casa.
Rodrigo - Me da a chave.
Antônio - Olha como você esta? Quer se matar no volante? Pior, quer matar alguém
?
Rodrigo - Eu vou embora, você não vai me impedir.
Antônio - Você não vai sair dirigindo desse jeito, seu irresponsável, seu...
Rodrigo partiu pra cima de Antônio, que se negava dar as chaves de seu carro.
Perdendo o equilíbrio, Rodrigo derrubou Antônio no chão, caindo por cima dele.
Diferente de quando se conheceram, dessa vez Antônio não levou um soco. Com Rodrigo sobre seu corpo, Antônio só conseguia olhar para aquele par de olhos verdes que o encarava.
Continua...
