Velha infância - Penúltimo Capítulo

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 1300 palavras
Data: 08/01/2016 23:38:30

Boa noite meus leitores. Muito obrigado por me acompanharem e obrigado por sempre comentarem. Como vcs estão?? Eu vou muito bem, obrigado. ;)

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Sabe aquela sensação de ter parado no tempo? Eu estava assim: completamente em transe e sem saber o quê dizer ou fazer.

Talvez eu devesse dar uma resposta imediata, mas não, eu estupidamente exitei. Quando alguém quer que você responda o que ela quer ouvir, não pense, apenas diga sim; depois, sozinho, você resolve como sair da sua própria armadilha, caso contrário, você terá quelivar com a frustração de imediato e isso, não é nada bom.

— então... que você acha da gente morar juntos? Sei lá, a gente podia tentar.

— acho que tá bom do jeito que está. — a expressão do Bruno mudou e eu falei o quê ele não queria ouvir. — Você não acha?

— é, pode ser. Bobeira minha, deixa pra lá.

Eu queria dizer mais alguma coisa, mas ele escostou a cabeça no meu peito e acabou pegando no sono. Não estava nos meus planos morar com alguém, embora esse alguém fosse ele. Não tinha passado pela minha cabeça dividir a mesma casa e cama todos os dias. Ele me pegou de surpresa e eu acabei magoando o cara que eu amava.

Acabei cochilando e acordei de madrugada com uma dor nas costas horrível. Acordei o Bruno e chamei ele pra irmos dormir na cama.

— apaguei. — ele disse e estendeu a mão pra que eu pudesse me levantar.

— eu também. Sobre aquele assunto...

— macho, esquece. Sério, ta tudo bem. — eu sabia que não estava e o beijei.

Ele se rendeu e me beijou com o mesmo carinho de sempre. Suas mãos passeavam pelo meu corpo nu e suas pernas grossas entrelaçavam nas minhas. Seu corpo forte batia contra o meu e sua boca ávida em querer a minha, me enlouquecia. Que homem delicioso!

— você se amarra me vendo assim né, Téo? — ele me encarava e mordia meus lábios.

— me amarro. Porque você não precisa ser outra pessoa quando está comigo. E é desse Bruno que eu gosto, desse homem que me dá tesão e diz que e ama sem medo. Sabe, eu te amo. Sempre te amei; e meu maior erro foi ter deixado você escapar de mim.

— caralho, poderia ser por qualquer outro primo nosso, mas foi justamente por você que eu me apaixonei. Vem, vamos dormir.

Ele me levou até a cama e se deitou novamente com a cabeça no meu peito. Meus pensamentos estavam fervilhando na minha cabeça e quando notei, ele já dormia. Esperei um pouco mais e tirei ele de cima de mim; ajeitando ele na cama.

Pela manhã, acordei e já passava da uma da tarde. Senti um cheiro vindo da cozinha e antes de falar com ele, fui tomar banho.

Assim que pisei na cozinha ele abriu aquele sorriso maravilhoso que eu amava tanto. Veio até mim e me dando um beijo na boca, disse que o almoço estava quase pronto.

— deveria ter me acordado pra te ajudar.

— não, você estava cansado. Quer uma cerveja?

— quero sim.

— ta bem gelada, do jeito que você gosta.

— e você? — ele me olhou apertando os olhos.

— eu o quê?

— ta do jeito que eu gosto?

— hahaha, só provando, safado.

Ele sentou no meu colo com as pernas abertas e me beijou, mordeu meu pescoço, lambeu minha orelha e eu me divertia com seu jeito. Olhei pra ele e me lembrei da proposta dele em morarmos juntos. Não imagiva ouvir isso dele tão cedo e confesso que me deixou meio assustado. Não era só por minha causa, mas também pela família. Assumir pra todos que ele e eu estavamos nos relacionando seria meio confuso pra todo mundo.

Uma vez, quando o Bruno e eu ainda éramos bem amigos, antes de nos afastarmos, escutei os pais do Bruno e os meus conversando. Minha tia dizia que desconfiava que nós dois estávamos "de graça" pelos cantos. Meu pai disse que era coisa de moleques e que ela não deveria se preocupar. Eu ouvia e me perguntava se era certo o que fazíamos. Fiquei confuso.

— está pensando em que? Está tão longe. — ele me abraçou e acariciava minhas costas.

— nada não. Lembrei que esqueci umas contas na minha gaveta.

— você já mentiu melhor. Se for por causa da proposta que te fiz, esquece macho. Já falei que não importa. Venha, me ajuda a terminar o almoço.

Fui lavando a louça pra não ficar tanta bagunça, enquanto ele terminava o almoço.

O fim de semana foi maravilhoso. Pena eu ter que voltar e cuidar dos negocios.

— me liga quando chegar, tudo bem?

— ligo sim. Vou morrer de saudade.

— vai mesmo?

— vou sim. Volto final de semana.

— ta bom. Te amo cara.

— também, cara.

Cheguei em casa e fui tomar banho. Deitei na cama pra relaxar e acabei dormindo. Acordei e tinha umas quinze chamadas perdidas do Bruno. Caramba, esqueci de ligar pra ele. Liguei e ele atendeu de primeira. Brigou comigo.

— Téo, sacanagem isso.

— eu peguei no sono, desculpa. Não foi de propósito.

— eu sei, mas puta merda, fiquei preocupado contigo. Já é uma hora da manhã, o que você queria? Poxa, me mandasse uma mensagem pelo menos. Essas rodovias são perigosas. Não faz mais isso, cara.

— ei, calma amor. Vacilei, desculpa. — ele respirava rápido e parecia andar pra lá e pra cá. Ele se acalmou.

— caramba, Téo. To parecendo um moleque. Jura que não está fugindo de mim por causa da proposta que eu te fiz?

— minha nossa, claro que eu não to fugindo de você. Não comece a pensar coisas que não existem. Eu apenas dormi, só isso. Cheguei cansado, tomei um banho e quando deitei pra ligar pra você, acabei pegando no sono, só isso.

— tudo bem. — ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Bruno, vamos fazer sexo por telefone? — binquei pra ver se ele se animava.

— caralho, viado. Você é um puto.

— vamos....

— hahaha, não. Vou dormir, você é o chefe e está com a vida ganha. Já eu... tenho que ralar amanhã.

— hahaha, eu também trabalho. Mas tudo vem, vá dormir. Amanhã te ligo, boa noite.

— boa noite.

A semana começou cascuda. Minha empresa começava a se tornar revendedora autorizada das melhores marcas de peças para arcondicionado automotivo e agrícola da cidade. Passei a manhã toda em reunião com os fornecedores e a tarde, fui até uma imobiliária negociar a compra de um terreno ao lado da minha empresa; onde seria a revendedora. Embora meu dia estivesse sendo corrido, não deixei de lembrar um minuto sequer no Bruno e na proposta que ele me fez. Ele me pegou de surpresa e não consegui pensar direito. Na verdade, eu estava com medo de entrar numa relação de cabeça, ainda mais com meu primo. Não sei se iria conseguir lidar com ideia de ter outra pessoa dividindo a mesma casa comigo.

Cheguei em casa e a primeira coisa que fi, foi ligar pra ele. Me joguei no sofá e ele atendeu no terceiro toque. Eu achava engraçado ele querer parecer não se importar tanto, mas no fundo, sentia que ele vibrava quando ele ligava.

— muito serviço hoje? — ele perguntou e parecia comer alguma coisa.

— bastante. — contei sobre a revendedora e a compra do terreno.

— uau, ta querendo dominar mesmo o mercado heim?

— tenho que garantir nosso pé de meia né?

— hum, nosso?

— claro, você é meu gerente, se tudo der certo, dobro teu salário.

— Ahh, agora entendi. — ele não parecia tão animado, e eu sabia o por quê.

— diz que ama.

— amo demais.Você não tem noção.

— você é um homem incrível, Bruno.

Ele sorriu. Ficamos conversando por um bom tempo. Eu meio que parei de prestar atenção no que ele me falava e lembrei da proposta que ele havia feito. Eu me perguntava se estava mesmo preparado pra dar um passo tão importante.

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive LuCley a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

penúltimo já???? E tbm acho que casamento seria legal...

0 0