Eu acordei de manhã, estava ainda com aquela preguicinha de manhã. Estiquei meu braço pra abraçar meu menino, mas ele não estava ao meu alcance, passei a mão por toda a cama e não o senti. O que é bem estranho, porque ele toma conta da cama praticamente inteira, eu fico com um pedaço que mal cabe metade do meu corpo, eu retangulozinho no canto da cama, e ainda por cima o Enzo jogar perna, braço em cima de mim a noite inteira, me abraça, em empurra quando fica com calor. Se mexe mais do que uma minhoca no sol, se enrola na coberta e me deixa sem nada pra me cobrir, rouba meu travesseiro no meio da noite porque o dele caiu no chão, quantas vezes ele já não me chutou dormindo, me fazendo cair no chão e nem acordou com o barulho. Pior ainda é quando ele acorda primeiro que eu, ele sobe em cima de mim, me abraça, me beija e fica todo dengoso querendo que eu acorde pra tomar café com ele, só pra ter minha companhia, meu garoto manhoso ♥ Mas querem saber? Eu me acostumei tanto com isso que quando eu durmo sem ele, não consigo dormir direito, acordo toda a hora de noite, fico com insonia, me acostumei com ele me perturbando de madrugada e sinto falta disso, como agora.
Abri meus olhos, olhei por todo o quarto e não vi nem sinal dele. Porra...
Me levantei e fui atras dele, andei pela casa toda e não achei ninguém, isso mesmo. Ninguém! Numa casa com quatro homens, não é normal ter silencio, ainda mais quando se trata do Enzo, o garoto mais barulhento do mundo kk’s
Eu fui até a geladeira pra tomar uma água e vi um bilhete colado nela: “Amor, nós fomos jogar bola, daqui a pouco a gente volta. Tô com meu celular, beijos. Te amo.” E desenhou um coração, eu fiquei todo bobo e com um sorriso de orelha a orelha.
Aproveitei que os bagunceiros não estavam em casa e decidi fazer uma faxina, isso mesmo, sou eu que sempre arrumo aquela casa, sempre fazendo faxina e os três bagunceiros deixam tudo de pernas pro ar quando chegam.
Conectei meu celular ao rádio e selecionei a playlist do Maroon 5 e Coldplay pra tocar enquanto eu deixava aquela casa brilhando, coloquei as roupas pra lavar, passei pano no chão, tirei a poeira, troquei os lençóis e lavei o banheiro. As únicas coisas que eu não faço é arear panela e fazer comida, essas duas coisas o Enzo faz perfeitamente bem, ele deixa uma panela parecendo um espelho, e faz a melhor comida do mundo.
Quando eu estava terminando de estender as roupas na corda, ouço uma gritaria no portão e vou correndo, penso logo “Meu namorado barraqueiro se envolveu em briga no jogo e eu vou chegar dando voadora em quem tiver peitando meu amor!”, mas quando eu chego, vejo que é só minha família chegando, nossa, como eles são barulhentos e como o Enzo esta gostoso, cara… Ele estava usando só um short fino de jogar futebol, com o cós um pouco baixo, mostrando suas linhas em V que iam em direção a virilha, o corpo brilhante de suor, me deu vontade de passar a língua por todo aquele corpo moreno delicioso. Com as chuteiras em uma mão e a outra ele segurava o Gustavo em seu colo, que estava usando suas chuteirinhas, muito fofo. E o pequeno parecia cansado, mas mesmo assim estava feliz, pois estava devorando um pacote de pipocas.
-Chegamos. - Disse ele vindo até mim e me dando um selinho, Allex via nossas demonstrações de carinho com naturalidade, o que me deixava surpreso e feliz.
-Então quer dizer que vocês foram jogar bola e nem me chamaram né? - Perguntei eu.
-Pô cunhado, eu até ia te chamar, mas o Enzo não deixou. - Disse Allex. - E ele estava certo, você trabalhou muito ontem, merece dormir até tarde no fim de semana.
-Meu homem trabalhador. - Disse Enzo, podia sentir o orgulho dele em mim. Eu também me orgulho muito dele, trabalha e ainda consegue cuidar da família e da casa.
-Mas uma bolinha não mata ninguém né? Só essa camisa feia do Gus que mata! - Disse eu zoando ele por usar uma camisa do Botafogo.
Ele apenas mostrou a língua pra mim, ele estava muito fofo com aquele mini uniforme de futebol, meião, chuteira e tudo mais.
-Foi uma partida de “Pais e filhos”, organizada pela escolinha do Gustavo. - Disse o Enzo.
-E você se divertiu? - Perguntei eu olhando pro Gus.
-Ahh, eu me diverti muito! - Disse o Enzo. - Tinha cada pai mais gato do que o outro, quase que eu perguntei se um deles não queria me adotar kkk’s - Disse ele rindo e me mostrando a língua, eu sorri e dei uma tapa em sua bunda.
-Eu perguntei pro Gus, mas depois eu e você vamos ter uma conversa sobre esse seu “desejo” de ser adotado! - Disse eu rindo.
-Eu me diverti muito, fiz até um gol! Num foi Allex? - Perguntou o pequeno olhando pro irmão.
-Fez mesmo, o moleque puxou o irmão aqui, bom de bola pra caralho! - Disse Allex estufando o peito.
-Olha a boca viado, já disse pra não xingar na frente dele! Lembra que outro dia mesmo ele xingou? Eu disse pra ele que se xingasse de novo eu ia dar uma tapa na boca dele, mas você fica dando mal exemplo, que merda! - Disse o Enzo, e pude ver o peito estufado do Allex murchar kk’s. - Eu vou dar um tapa é na tua boca, pra ver se você começa a dar o exemplo pra ele. Imbecil!
-Você vive por ai xingando, quer falar de quem? - Disse Allex.
-Isso é mentira, eu raramente deixou um palavrão sair da minha boca! - Disse Enzo, eu não queria me meter. Por isso só observei, e eles continuaram discutindo.
-Quer pipoca, Joshua? - Perguntou o Gus me oferecendo sua pipoca. Mas nem tive tempo de aceitar, Allex parou de discutir assim que ouviu Gus me oferecer pipoca.
-Ah, pra ele você oferece né? Tu viu isso Enzo? - Disse Allex.
-Tô vendo, pra nós que somos IRMÃOS dele, ele nem fez questão de oferecer, muito pelo contrário, quando a gente ameaçou pedir um pouco, ele só faltou rosnar pra gente, as vezes não sei se tenho uma criança dentro de casa, ou um filhote de pitbull, porque come mais do que nós três adultos juntos e outro dia mesmo, eu flagrei ele roendo a quina do móvel! - Disse Enzo, Gus apenas mostrou a língua pra ele. - Tô brincado contigo, irmão. - Disse Enzo pegando ele mordendo sua bochecha. O pequeno riu e tentava se soltar.
-Uns e outros, comem que nem um esquilo as coisas, só pra não oferecer pra gente kk’s E quando alguém pede, ele enfia tudo na boca e fica com as bochechas cheias de comida kk’s - Disse Allex apontando pro Gus.
-Eu? - Perguntou ele. E eu pude jurar que vi o pequeno arquear as sobrancelhas que nem o Enzo faz, mas acho que foi impressão minha.
-É, fica comendo pelos cantos só pra não oferecer. - Disse o Enzo se metendo.
-Como mesmo! Vocês pedem tudo, meu danone, meu Nescau, meus “biscoito”, meu toddynho, meu pão! - Disse ele todo emburradinho.
Allex e Gustavo foram tomar banho de mangueira no quintal dos fundos, e Enzo foi na cozinha beber água, mas eu estava com muito tesão nele e não ia deixar essa rara situação de estarmos sozinhos passar em branco.
-Então quer dizer que tinham muitos pais gatos lá? - Perguntei eu o abraçando por trás e sentindo o quão quente ele estava, e esse cheiro de macho misturado com o perfume dele, estava me deixando alucinado.
-Muitos, um mais gato que o outro. - Disse ele enquanto eu beijava eu pescoço.
-E você todo gostosinho assim, deve ter chamado atenção né? - Disse eu apertando sua bunda por cima do tecido fino do shorts e sentindo a firmeza das suas carnes.
-Com certeza, mas eu não estou disponível pra nenhum deles. Eu posso ser desejado por todos os homens, mas eu desejo só um deles, e meu coração e meu corpo pertencem só a ele. - Disse ele se virando e me dando em selinho.
-Hmm, e quem seria esse homem de sorte? - Perguntei eu o pegando pela cintura, o encostando na pia e o pressionando com meu corpo.
-Channing Tatum ♥ - Disse ele mordendo os lábios.
-Me poupe né? - Disse eu rindo, o peguei pela cintura e o joguei em um dos meus ombros, como se ele fosse um saco de arroz, meu namorado não mostrou resistência e se deixou ser carregado por mim. Eu o carreguei até o nosso quarto, o joguei dentro dele e tranquei a porta.
-Daqui você não sai! - Disse eu, ele se deitou na cama e me encarou mordendo os lábios.
-Eu não quero a lugar nenhum… - Disse ele, eu andei lentamente até ele, vendo seus olhar em chamas percorrer todo o meu corpo, me deitei sobre seu corpo quente e comecei a beijar seu pescoço. - Posso pelo menos tomar um banho primeiro? - Disse ele quase num gemido.
-Não! - Disse eu lambendo seu pescoço e sentindo o gosto do meu Enzo. - Eu quero você assim.
Juntei meus lábios ao dele, primeiro com selinhos, mas logo nossas línguas estavam enroscadas e ele chupando meus lábios, dava leves mordidas que me faziam tremer de tesão.
-Gostoso… - Sussurrou ele no pé do meu ouvido mordendo minha orelha. Senti um arrepio correr minha espinha.
Eu beijava seu pescoço, fui descendo pelo seu corpo, arrastando meus lábios pela sua pele, sentindo seu cheiro de homem, meu homem! Que vontade de devorar seu corpo, eu mordia suas carne e ouvia ele gemer, tão gostoso.
Eu chupava seu mamilos e acariciava seu pau por cima do tecido fino do shorts. Fui descendo com beijos por todo o seu corpo, até chegar na barra do seu shorts, eu desci um pouco e beijei sua virilha, arranquei seus shorts e tive uma surpresa.
-Que safado você, saiu pela rua sem cueca né? Mostrando todo o teu “conteúdo” pro mundo! - Disse eu caindo de boca no seu pau que pulsava colado a minha bochecha, ele deu um gemido que foi abafado por sua mão. Eu chupava com vontade, aproveitando o gosto do pau dele e querendo manter aquele gosto mais e mais tempo em minha língua.
Ele se contorcia na cama e isso me deixava com mais tesão ainda.
Ele me puxou pelos cabelos pra cima de si, cara, que garoto selvagem.
-Vem aqui. - Disse ele, eu encaixei meu corpo no dele e voltamos a dar uns amassos bem quentes, ele prendeu suas pernas em minha cintura e virou o corpo, ficando por cima de mim. - Espero que não se importe, mas eu gosto de manter o controle! - Disse ele colocando a mão por dentro da minha bermuda e massageando meu pau, o colocou pra fora pelo velcro da bermuda e sem nem me avisar, posicionou na entrada do seu cuzinho e forçou a entrada, eu apenas mordia os lábios sentindo o quão quente ele estava por dentro, parecia em chamas, e tão apertado…
Ele começou uma cavalgada alucinante, nem deu tempo de eu me recompor, subia e descia com força, minha virilha fazia um estalo gostoso quando batia contra sua bunda. Ele é um profissional nisso, eu coloquei minhas mãos uma em cada lado da sua bunda e apertei, dei uns tapas nela e vi ele morder os lábios. Ele começou a rebolar e cavalgar ao mesmo tempo, eu fiquei em êxtase. Envolvi meus braços em sua cintura e me sentei na cama com ele ainda em meu colo, ele apoiou as mãos em meu peito e continuou seu trabalho, eu chupava e mordia de leve seus mamilos.
Eu dei uma tapa em seu rosto e mordi seus lábios.
Ele saiu do meu colo, ficou de quatro na cama e me olhou por cima dos ombro.
-VEM! - Disse ele firme, quase como ordem. Me mostrando que esta pronto.
Eu dei uma tapa estalada em sua bunda e uma mordida em sua carne durinha. Posicionei meu pau na entrada do seu anelzinho e meti tudo de uma vez.
Eu não decepcionei, metia com raiva, vendo ele suar, o lugar onde minha virilha batia em sua pele, estava vermelhinha.
Eu segurava em seus quadris e investia forte nele, meu garoto gostoso. Ele me olhava por cima dos ombros e sorria, caralho, que tesão esse garoto me dá. Eu o segurei pelo pescoço e o trouxe pra mim, colando meu peito suado em suas costas quentes, eu continuava metendo forte, eu rosnava mordendo seu pescoço; Segurei seu rosto e o virei pra trás me afogando naqueles lábios carnudos.
Ele rebolava e me encarava, eu segurei com firmeza em sua cintura e dei uma estocada profunda, fazendo ele dar um grito.
-Não me faça gritar! - Disse ele mordendo os lábios.
-Você me deixa assim, garoto gostoso! - Disse eu lambendo sua orelha.
Eu o levei até a parede, ainda engatado nele, ele apoiou as mãos na parede e eu continuei metendo forte nele, pelo menos não fazíamos tanto barulho assim, eu pingava de suado e ele não estava tão diferente.
-Porra, que delicia. - Disse ele enquanto eu investia firme nele.
Ele simplesmente me empurrou, eu sai de dentro com meu pau pulsando. Ele se deitou na cama e me chamou com os dedos, eu entendi o recado e fui até ele, coloquei suas pernas em meu ombro e meti gostoso nele de “frango assado”, era lindo ver a carinha dele de tesão, seus olhos escuros de tanto desejo, sua pele brilhando de suor e se arrepiando a cada estimulo meu, ele passava a mão pelo meu tórax e pela minha barriga.
-Gostoso pra caralho… - Disse ele, eu beijei sua perna que estava em meu ombro.
-Você que é. - Disse eu, ele começou uma punheta frenética, eu tirei sua mão e assumi essa função, bater uma pra ele, ele mordia os lábios de olhos fechados, sentindo meu pau entrando e saindo dele e minha mão em seu pau.
Ele deu um grito que logo foi abafado, mordeu os lábios e vi seu corpo tremer. Logo ele jorrou todo o seu gozo em sua barriga, ele fica muito lindo quando goza.
Eu passei minha mão em seu gozo e passei em meus lábios sentindo seu gosto, e é delicioso. Afundei meu pau nele e jorrei tudo dentro dele, um três jatos fortes. Depois disso eu despenquei em cima dele, nós dois estávamos ofegantes e mal nos aguentávamos. Ele ainda dava uma tremidinhas e parecia extasiado.
O cheiro do nosso sexo estava impregnado nas paredes naquele quarto e os lençóis encharcados com nosso suor e nosso gozo.
Droga, esse garoto me derruba.
Eu fiquei deitado sobre ele, beijando de leve sua bochecha. E essa ´a ultima coisa que me lembro antes de pegar no sono.
Lembro da primeira vez que eu vi o Enzo, eu naquela praça, fardado fazendo ronda, fui dar uma “dura” num grupo de pivetes e dei a sorte de um deles ser parente dele, lembro de ficar surpreso com a atitude daquele garoto marrento e valente, quando eu vi ele atravessar a rua, eu pensei “Uau, que garoto LINDO!”, mas quando ele abriu a boca eu fiquei apavorado com a braveza dele kk’s Garoto de atitude. Tão lindo, mas tão desbocado.
Foi tesão a primeira vista, eu sempre tive uma queda por “garotos maus” e ele é um desses. Naquele momento eu só pensava em fuder ele, mas quando eu conheci ele de verdade, e passei a admirar ele, eu realmente me apaixonei por aquele garoto marrento e me apaixono por ele todos os dias quando abro meus olhos e vejo seu rosto. E percebi que a beleza interior dele é ainda maior que a exterior.
Acordei com ele enrolando os dedos no meu cabelo, fazendo cachinhos com os dedos. Meu cabelo preto e cacheado já estava precisando de um corte.
-Meu cabelo tá grande né? - Disse eu me espreguiçando na cama e bocejando.
-Muito, já tá precisando de um corte! - Disse ele afundando o rosto em meu cabelo e cheirando. - Pelo menos tá cheiroso ♥ E gostoso de passar a mão…
-Hmm… - Gemi eu todo manhoso por ele estar mexendo no meu cabelo e fazendo um cafuné gostoso. Abracei sua cintura e encostei minha cabeça em seu peito, ele tirou sua mão da minha cabeça e parou de mexer no meu cabelo, eu me chacoalhei inteiro, peguei sua mão e coloquei de volta nos meus cabelos, obrigado ele a voltar pro cafuné kk’s Sou desses. - Já tá dando até pra fazer coque no meu cabelo.
Eu peguei um elástico na gaveta do criado mudo e fiz um coque no topo da cabeça, pra ele ver que meu cabelo estava realmente grande.
-Viu? - Disse eu.
-Tu não tem noção do quanto fica gato de coque! - Disse ele, eu corei kk’s
Tirei o elástico e soltei meu cabelo, chacoalhei ele com a mão deixando ele com mais volume ainda.
Enzo me olhou com os olhos brilhando, tipo “vomitando arco-íris”, deu um sorriso fofo e pulou em cima de mimim e se sentou em minha barriga.
-Parece um leão! - Disse ele todo fofinho me mordendo, simulando um ataque de leão.- Gosto muito de você leãozinho… ♫ ♪ - Cantou ele voltando a enrolar os dedos em meu cabelo.
A noite estávamos nós dois na sala, abraçadinhos vendo o filme “A mulher de preto” com o Daniel Radcliffe, e o Enzo LITERALMENTE não foi feito pra se ver filmes de terror.
-Misericórdia senhor, tenho pavor desses negócios de espirito. Ahh lá Joshua, a piranha de preto vai pegar ele agora, tenho certeza! CORRE LERDEZA! - Dizia o Enzo, ele é daqueles que comenta o filme inteiro e literalmente vive aquilo. -Jesus que caminha nas águas, proteja o Harry Potter!
-Ele não é o Harry Potter nesse filme Enzo. Ele é o advogado.
-Não importa quantos filmes ele faça, esse branquelo vai ser PRA SEMPRE o Harry Potter! - Disse ele e voltou sua atenção. - Ahh tomei um susto, ahh lá Joshua, ele entrando naquela fossa preta! Misericórdia… Olha, uma criança fantasma toda de chocolate ali no berço, queima Jeová!
-Enzo, posso assistir esse filme? - Disse Gustavo vindo do quarto com o DVD de “Procurando Nemo”.
-Já chega desse filme né amor? Depois você vai ficar abalado, com medo de ir no banheiro e eu vou ter que te levar lá, vai querer chamar o pastor pra orar a casa e tirar o espirito da “Anabelle” daqui, lembra o que aconteceu quando você viu esse filme? - Disse eu rindo. Nós tiramos antes das cenas mais fortes, acho que meu namorado desmaiaria. Kkk’s
-Mas eu juro que eu vi, só de lembrar eu tremo… - Disse ele.
-Era o Gustavo andando pela casa, lembra? - Disse eu revirando os olhos.
-Bota lá seu desenho, bebê! - Disse o Enzo, deitado no sofá e eu ao seu lado.
Gustavo já sabia mexer no DVD, colocou seu filme e veio correndo pro sofá, deitou em cima do peito do Enzo e ficou deitadinho assistindo seu filme, e nós também.
Quando se tem criança em casa você se torna criança também, as vezes ele esta assistindo os desenhos dele, eu e Enzo as vezes começamos a prestar atenção nos desenhos e quando percebemos, já estamos “amarradões” no enredo dos desenhos.
Estávamos apenas nós três, Allex tinha saído com uma garota que ele estava ficando e disse que só voltaria no dia seguinte kk’s.
Algumas semanas depois o Enzo tinha ido buscar uns documentos do Gus que estavam na creche antiga, pra poder inscrevê-lo na escolinha nova, mas ele estava demorando muito, ele foi com o Gustavo de manhã e já era fim de tarde, eu estava ficando preocupado. O telefone de casa começou a tocar, espero que seja o Enzo.
-Alô?
-Joshua… - Disse o Enzo com. - Sou eu.
-Enzo, aonde você esta garoto? Eu estou preocupado contigo… - Disse eu.
-Promete que não vai brigar comigo? - Disse ele, quando seu namorado diz isso, você já quer brigar com ele mesmo sem saber o que ele fez, não é verdade?
-O que você fez Enzo? - Disse eu já serrando os pulsos e contando até dez mentalmente pra não gritar no telefone.
-Amor… Promete. - Disse ele com a voz manhosa.
-Tudo bem, eu prometo.
-Eu tô na delegacia. - Disse ele em tom baixo de voz.
-Fazendo o que na delegacia? O que você fez? - Perguntei eu, eu nem tinha como brigar com ele, eu estava é preocupado.
-Eu não fiz nada, foi o inspetor lá da escola do Gustavo que começou a me ofender. Amor, ele feriu meus sentimentos. - Disse ele forçando o choro.
-E é claro que você não levou esse desaforo pra casa né? - Disse eu revirando os olhos e respirando fundo.
-Claro que não, eu não poderia deixar ele me ofender na frente do meu irmão. - Disse ele.
-O que você fez?
-Enfiei a porrada nele. - Disse o Enzo, cara, quando é que ele vai aprender que nem tudo se resolve no tapa.
-BURRO PRA CARALHO! - Gritei eu.
-Você disse que não ia brigar comigo. - Disse ele.
Eu desliguei e fui pra delegacia aonde ele estava, coincidentemente era a delegacia do bairro, onde eu trabalhava quando nos conhecemos, antes de eu ser transferido pra área administrativa da corporação. Mas antes eu tomei um remédio, esse garoto me fez ficar com dor de cabeça.
Cheguei em frente a delegacia, estacionei meu carro e vi meus antigos colegas policiais parados perto das suas viaturas.
-Olha aê nosso “patrão” kk’s Agora ele não usa mais farda, fica no ar-condicionado no escritório! - Disse um deles me abraçando.
-Vocês são um bando de viados, em vez de estar por aê prendendo bandido, tão moscando aqui. - Disse eu rindo.
Ficamos conversando um tempo, até me esqueci do meu amor.
-Como é que esta o teu macho? - Perguntou um deles. Eles sabiam da minha opção sexual, eles estavam na minha festa de ano novo. - Gente fina ele viu?
-Na verdade eu vim aqui buscar ele.
-Como assim?
-Ele esta aqui na delegacia porque brigou na escola do irmão dele.
-Cara kk’s - Disse meu amigo. -Isso é a cara dele, teu namoradinho é marrento!
Eles me acompanharam até o interior da delegacia, e cara, eu já podia ouvir os gritos do meu namorado.
-Se me atacar, eu vou atacar! - Disse o Enzo sendo segurado por dois policiais.
-Ei, ei! Solta ele. - Disse eu abrindo minha carteira e mostrando minha identificação policial.
-Joshua? - Disse o Delegado. - Como vai rapaz?
-Muito bem senhor. - Disse eu apertando sua mão.
-O que faz aqui? Você conhece esse rapaz? - Perguntou ele.
-Sim senhor, esse é o meu namorado. Lembra que eu falei dele pro senhor? - Perguntei eu. Enzo só observava tudo, Gustavo estava brincando com os meus amigos policiais e encantado com a farda deles, contando que queria ser policial, ele estava usando a boina de um deles.
-Ahh, sim. Você me disse que ele era “complicado”, mas eu não achei que era tanto. Ele quebrou três cadeiras da recepção tentando bater em outro individuo que chegou aqui junto com ele.
-Meritíssimo, ele me ofendeu. - Disse o Enzo.
-É delegado. - Disse ele.
-Desculpa, delegado. Ele me ofendeu, meus pais são falecidos e quando eu levei meu irmão na escolinha, esse inspetor perguntou onde estavam nossos pais, eu disse que tinham falecido, e ele riu da minha cara, perguntou se eu não tinha vergonha de inventar mentiras, se eu realmente ia ficar matando minha família. Eu tentei explicar, mas ele começou a disparar ofensas contra mim, meu irmão começou a chorar e eu com o sangue quente, voei em cima do inspetor. - Disse o Enzo, meu Deus, que garoto barraqueiro. - Ele me xingou de verdade, usou termos pejorativos pra se referir a minha sexualidade, na frente das crianças e dos outros pais.
-Eu te entendo, seus pais são realmente falecidos? - Perguntou ele olhando pro Enzo.
-Sim, vai fazer dois anos. - Disse meu namorado.
-Isso procede? - Perguntou o delegado me encarando.
-Sim senhor, ele é órfão. - Disse eu.
-Bom, se é assim. Nesse caso, realmente você esta certo garoto, por outro lado você perdeu a razão por agredir um profissional em seu ambiente de trabalho. - Disse o delegado. - Mas, por consideração ao Joshua que é um grande amigo. Você esta liberado.
-Tá vendo? Sou FODA! Caralho! - Disse ele olhando pra um homem que parecia ter uns trinta anos e estava com o olho roxo, depois descobri ser o inspetor. - Eu sou demais, porra! Aceita que dói menos. - Disse ele começando a dançar na delegacia e a bater na mão dos meus amigos que se contagiaram com a animação dele - Peita bebê, agora chora paixão! Foi se meter comigo, se fudeu e bem gostoso!
-Rapaz, tenha postura na minha delegacia, aqui não é o quintal da sua casa. - Disse o delegado. - Você ainda esta sendo uma má influencia pros meus policiais.
-Desculpa, meritíssimo… Quer dizer, delegado! Desculpa, delegado. - Disse ele.
-Espero não te ver aqui de novo, porque eu tô te liberando em consideração a um dos meus policiais, um policial exemplar dessa corporação, se eu te ver de novo aqui não vou deixar passar, estamos entendidos?
-Estamos, muito obrigado. - Disse o Enzo pegando o Gustavo no colo.
-A gente já vai embora? - Perguntou ele triste.
-Graças a Deus menino, quer ficar aqui? - Disse tirando a boina de policial da cabeça dele e devolvendo pro meu amigo.
-Quero! - Disse ele sorrindo, todo feliz.
-Mas não vai! - Disse Enzo fazendo o sorriso do pequeno murchar. - Era só o que me faltava…
Nos saimos da delegacia e entramos no meu carro, em silencio.
No meio do caminho ele colocou a mão na minha coxa e sorriu pra mim.
-Esta chateado comigo? - Perguntou ele.
-Não.
-Tem certeza?
-Tenho.
-Então fala direito! - Disse ele.
-Direito. - Disse eu.
-Tô falando sério Joshua, eu não gosto de ficar brigado contigo amor.
-Eu não tô chateado contigo. Só decepcionado, você precisa aprender a controlar o seu gênio forte, nem tudo se resolve na violência, eu sei que as vezes todo perdemos a cabeça, mas não devemos deixar a ira tomar conta de nós, porque perdemos a razão quando partimos pra violência. Você me entende? - Disse eu o encarando.
-Entendo, amor. - Disse ele.
-No seu lugar eu faria a mesma coisa com aquele homem, mas perderia a minha razão, além de bater nele e quebrar a delegacia, você fez isso no ambiente de trabalho dele e poderia ser preso por isso caso o delegado não me conhecesse.
-Eu prometo que você passar a controlar meu gênio e tentar resolver as coisas no dialogo daqui pra frente. É uma promessa. - Disse ele. - Me desculpa por te dar tanta dor de cabeça.
-Você vale a pena! Amor, você não me da dor de cabeça, só fico preocupado. - Disse eu dando um selinho nele, tenho medo de alguém fazer uma covardia com ele. Conheço o gênio forte dele e sei que ele é inteligente e “safo” o suficiente pra sair de todas as situações, mas eu como policial vejo tanta coisa ruim acontecer nesse mundo.
Do nada eu tive uma crise de riso lembrando do que aconteceu e do comportamento dele na frente do meu chefe, cara, eu acho que nunca vou ficar entediado perto desse garoto.
-Tá rindo do que? - Perguntou ele.
-De você, do quão louco você é kkk’s Meu Deus, e eu sou mais louco ainda, louco de amor por você, encrenqueiro. - Disse eu rindo e dando um selinho nele.
Continua…
Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por terem lido o meu conto! XOXO ♥