Ola pessoal como vão?
Bom, o Rodrigo aprontou todas e a maioria que comentam aqui no conto, ainda não esta satisfeita e quer mais sangue, mais vingança, quer ver o Rodrigo na sarjeta, sofrendo horrores, kkkk. Por isso não comecei o namoro dos dois, estou seguindo as sugestões de vocês.
Mas não demore hem, quero fazer os rapazes se beijarem logo, kkk;
Monster, nossa, nesse capitulo ele mostrou mais vontade de mudar, você acha que tem que ter mais sofrimento? Abração.
Vitor Gabriel, o Rodrigo irmão do Antônio, mas como seria isso? Tem que ter uma historia que justifique, mas não se você esqueceu, tem o Guilherme, uma terceira pessoa, rs.
Já ouvi sim falar de watpad, tentei por meu conto anterior la mas não deu certo, pois tem limite de caracteres e meus contos são bem extensos, eu teria que picota-lo, dai desisti. Quando você voltar, você me diz o que achou do capitulo. Mais uma vez obrigado pelos elogios.
Helloo, então, ninguém muda assim da agua para o vinho, essa mudança será aos poucos, ele ainda era errar, mas agora querendo sempre acertar. Mas se ele sofrer nas mãos do Antônio, isso fara com que o Antônio se iguale a ele nas maldades.
Martines, então, é um conto erótico, kkk, e já estamos no capitulo 15 e ninguém até agora pediu sexo, tenho medo de colocar e o pessoal achar desnecessário. Mas não será todos os capítulos, será intercalado com a historia. Bom, o Rodrigo fara algo, que deixara o Antônio profundamente triste, mas até la ira acontecer muitas coisas, que farão vocês questionarem o porque o Rodrigo fez essa tal coisa. Também gostaria de ser pai, acho que se eu tivesse um filho iria participar até da primeira vez dele, assistindo só pra ter certeza que a rapariga não vai maltratar meu filhote, kkkk. Pois é , acho que a Maria não conseguira ficar muito tempo brigada com o Rodrigo, afinal ela ama ele. O Marcio é o típico amigo da onça, mas porque será que ele odeia o Rodrigo? Bom, a cada encontro do Rodrigo e do Antônio, fica sempre uma brecha que serve como motivo pra eles voltarem a se ver. Ai aia, descrevo eles o tempo todo, mas vou lhe dar uma ajudinha, rsrs. O Antônio, 34, 35 anos + ou - corpo legal, torneado, mas sem ser musculoso, corpo peludo, sem barba, com cabelo do tipo cheio, meio cacheado. Já o Rodrigo é grandão, peito largo, liso, uns 32, 33 anos, ele usa cabeça sempre raspada com maquina 1 ou 2, e usa uma barba rala. O Guilherme como ainda não apareceu, não tem como eu dizer.
Stark01, mas e ai? Acha que o Rodrigo já sofreu bastante ou ele merece mais? Deixa ele e o Antônio se entregarem ao amor. Kkkk. Que bom que esta gostando. Grande abraço meu querido.
TRenattoZ, kkk, sabe que já pensei numas coisas estilo 50 tons de cinza, para os momentos quentes dos dois, acho que vc poderá me ajudar com algumas ideias, kkkk. O Antônio quer ser frio com ele, quer feri-lo, mas ao mesmo tempo tenta lutar contra isso, pois ele já ama o Rodrigo.
VALTERSÓ, obrigado meu querido, Grande abraço.
Ru/Ruanito, que rapaz maldoso você, kkk, tadinho deles.
Guiiinhooo, obrigado rapaz, que bom que esta gostando, Grande abraço.
Geomateus, então, ele esta aprendendo isso, mesmo o Antônio com raiva dele, ainda assim esta o ajudando. O Rodrigo terá que reconquistar o Antônio, e de maneira indireta, reconquistando os filhos, ajuda a conquistar o Antônio, pois ele adora as crianças. Acho interessante deixar o Rodrigo mais pobre ainda, ele vai experimentar o amor e vera que é muito mais gostoso que o dinheiro. Então, o Guilherme ainda é uma incógnita, primeiro vou deixar o Rodrigo e o Antônio se acertar, depois coloco o Guilherme na roda.
Luk Bittencourt, pois é, já deu pra perceber que existe uma historia mal resolvida entre o Rodrigo e o pai. Ta certo que não justifica, mas o Carlos fez uma coisa chocante com o filho, alias fez com outra pessoa também, mais pra frente vc saberá. Ele foi bem fofo nesse capitulo, pode parar de ser ruinzinho, kkkk
Tay Chris, sabe que você me deu uma excelente ideia, imagina o todo poderoso Rodrigo vestido de garçom kkkk. Sim, agora será só o romance do Rodrigo e o Antônio e depois que eles estiverem bem feliz, dai o Guilherme entra na historia. O Rodrigo e o Carlos tem muita coisa mal resolvida e terá sim um momento que eles irão resolver ou não isso, o Rodrigo guarda muitas magoas do pai. Nossa, eu pensei em fazer um conto curto, mas já veio tantas ideias, que pelo visto esse conto não acaba tão cedo.
Drica Telles(VCMEDS), então, a parte do sexo, dedico o capitulo inteiro só pra isso, com todos os detalhes bem detalhadamente detalhados, kkkk. Falo de ativo e passivo pois sempre começo o conto com um deles sendo apenas uma coisa, pois fica mais na hora de escrever, pois se não teria que mostrar o Rodrigo sendo ativo, depois ele sendo passivo, depois vez do Antônio, começo assim e ao longo da historia eu inverto as posições. A Maria não vai sustentar a raiva por muito tempo, logo ela perdoa o Rodrigo. O Marcio é o típico amigo duas caras, mas por qual motivo ele odeia o Rodrigo? Mas só um aviso, o Marcio é o mais inofensivo dos inimigos que o casal terá, kkkk.
CDC✈LCS, calma, seus pedidos serão atendidos, vc vara muito os dois brincando de casinha com os filhos. Grande abraço meu querido.
Gabee, Obrigado pelo carinho, que bom que esteja gostando. O Rodrigo acho que já esta pagando por tudo, mas o pior foi perder o amor dos filhos, da Maria, a indiferença do Antônio. As crianças são sinceras até demais, mas no fundo esperam ansiosas pela mudança do pai. O Rodrigo vai descobrir a verdadeira felicidade e de quebra fazer o Antônio feliz também, até que...kkk. Grande abraço meu querido.
CrisBR1, sim, ele vai penar bastante, mas no final terá sim a recompensa. Imaginei que fosse você mesmo mas fiquei na duvida, kkkk. Bom te ver por aqui novamente, também sou seu fã. Abração garoto, rs.
Drica (Drikita), ainda não será dessa vez, o Antônio esta com o coração de pedra. O Rodrigo não esta sofrendo, mas esta fazendo o bem pra quem ele prejudicou, será que isso não compensa? Acho que o Antônio vai pisar nele um pouco sim. Beijao minah querida.
Ninha M, acho que o susto que ele levou foi grande o suficiente né, agora é a hora dele correr atrás do prejuízo. Beijao minha querida.
robinhuu19-87, então, pois é, ele vai sofrer e ao mesmo tempo fazer coisas boas, dai vcs irão se rendendo a ele. Bom, acho que eles não precisam de uma outra pessoa pra apimentar, até porque quando eles se acertarem, será pimenta pura, rsrs. Bom, quanto ao Marcio, fique sabendo que ele é fichinha, perto do grande inimigo do casal. Vou pensar no seu caso, vou deixa-lo sofrer mais um pouco. Bom, nada justifica o Rodrigo ser um mau caráter, mas o Carlos fez sim algo terrível, pra alguns pode ser uma bobagem mas para o Rodrigo não foi e ainda tem mais uma outra coisinha, que mais pra frente eu conto. Ah, quando seu ultimo comentário sobre o Carlos e o Rodrigo, vc foi preciso, kkkk, eu diria que o Rodrigo nunca foi esse cara ruim, ele apenas mudou pra agradar ao pai, mas só que exagerou tanto na mudança e virou esse monstro.
Plutão, olá meu querido, fico feliz que tenha gostado da historia e espero mantê-lo por aqui. Kk Então cara, já estou na capitulo 15 e até agora ninguém me cobrou por sexo, isso é bom pois consigo desenvolver a historia que imaginei, sem atropelar as coisas. Mas pra alegria acho que da maioria, os dois irão se entregar em breve aos prazeres da carne, rsrs. Adorei sua observação sobre a cartomante, realmente tudo que coloco no conto, não coloco por colocar, tem um motivo pra eu ter escrito. Bom, o Antônio terá que fazer essas escolhas o tempo todo, a primeira ele já fez, quando foi atrás do Rodrigo e deixou de ir atrás do irmão, que acabou sumindo novamente. Sua teoria é bem interessante mas como você explicaria o fato de que o Guilherme entrara na historia daqui alguns capítulos? kkkk. Sou eu sim que escrevi o Além da vida, não sei o que houve com o site mas não consegui recuperar minha senha, dai criei essa nova conta. Se esse conto for 10% do que foi o anterior, já ficarei feliz. Grande abraço.
LUCKASs, obrigado meu querido, grande abraço.
R.Ribeiro, que bom que esteja curtindo, mas nesse capitulo o Rodrigo foi bem fofo né?
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Rodrigo - Me da a chave.
Antônio - Olha como você esta? Quer se matar no volante? Pior, quer matar alguém?
Rodrigo - Eu vou embora, você não vai me impedir.
Antônio - Você não vai sair dirigindo desse jeito, seu irresponsável, seu...
Rodrigo partiu pra cima de Antônio, que se negava dar as chaves de seu carro.
Perdendo o equilíbrio, Rodrigo derrubou Antônio no chão, caindo por cima dele.
Diferente de quando se conheceram, dessa vez Antônio não levou um soco. Com Rodrigo sobre seu corpo, Antônio só conseguia olhar para aquele par de olhos verdes que o encarava.
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Capítulo 15
Antônio estava deitado no chão da sala, sentindo o peso do corpo de Rodrigo sobre o seu. Aquela par de olhos verdes parecia hipnotiza-lo, o deixando sem reação.
Separados por apenas alguns centímetros um do outro, Antônio sentia o perfume de Rodrigo, misturado ao seu hálito com cheiro de bebida.
Rodrigo também parecia hipnotizado, mesmo estando muito bêbado ficou com o olhar fixado nos olhos de Antônio, como se estivesse olhando sua alma.
Rodrigo apertou os braços de Antônio e sem dizer nada, aproximou ainda mais seu rosto, ao dele.
Saindo daquele transe, Antônio começou a fazer força com Rodrigo, que apertava seu braço ainda mais.
Antônio - Me largue.
Disse bravo, empurrando Rodrigo de cima de si.
Antônio - Você ficou louco?
Rodrigo - Eu, eu..
Antônio - Olha pra você cara!!! Seu estado.
Rodrigo - EU só vim pedir desculpa.
Antônio - Dispenso suas desculpas, me joga no chão e vai fazer o que agora? Me dar um soco como da outra vez?
Antônio se levantou, enquanto Rodrigo permanecia de joelhos no chão, não falando coisa com coisa.
Antônio - Você tem ideia de que horas são?
Antônio - Amanha trabalho bem cedo, não sou um filhinho de papai como você.
Rodrigo - Cara, desculpa, eu lhe machuquei?
Rodrigo foi até Antônio que se desvencilhou. Rodrigo estava tão bêbado que acabou caindo no sofá.
Antônio - Vou fazer um café forte pra você e chamar um taxi pra levar você embora.
Antônio - Você não vai sair daqui dirigindo.
Antônio foi até a cozinha, pensou em ligar para Maria, mas achou melhor não ligar àquela hora, com medo de assusta-la.
Quando voltou a sala com o café, Rodrigo já estava dormindo, esparramado no sofá, totalmente apagado.
Antônio - Acorda cara.
Antônio o sacudiu, mas sua reação foi apenas balbuciar algumas palavras.
Antônio - Rodrigo, acorda cara, você tem que ir embora.
Sem sucesso, Antônio acabou desistindo, dando graças a Deus dele ter apagado, evitando mais confusões.
Antônio foi para a cama, mas ainda estava incomodado. Levantando-se novamente, foi até a sala e estendeu um lençol sobre o corpo de Rodrigo e em seguida retirou seus sapatos. Ficou por alguns segundo olhando para o rapaz, que dormia como um anjo.
Mesmo sendo madrugada, Antônio não conseguia dormir e antes de pegar no sono de vez, ainda foi mais duas vezes até a sala, observando Rodrigo dormir.
Quando acordou de manhã, a primeira coisa que fez foi ir até a sala, ver seu “hospede”.
Antônio - Rodrigo!!
Para sua surpresa, Rodrigo não estava mais no sofá. Antônio foi até a rua e viu que o carro também não estava mais em sua porta.
Antônio voltou a lembrar-se dos dois caídos no chão, mas apagou aqueles pensamentos, buscando as lembranças negativas que tinha do rapaz, como se tivesse que ter a obrigação de odiá-lo.
Rodrigo foi para a casa e só saiu no final da tarde. Todos os dias ia até a porta da creche e ficava de dentro do carro olhando os filhos. Sua vontade era ir até lá, colocar os meninos em seu colo e dar um abraço bem forte neles, mas algo o segurava, o impedia.
Com a necessidade de desabafar com alguém, viu que não tinha ninguém pra isso, nem mesmo Maria.
Deixando o orgulho de lado, arriscou uma pessoa, mesmo achando que levaria um fora.
Simone - Rodrigo!!! O que faz aqui?
Rodrigo - Desculpa, estava aguardando você chegar do trabalho.
Rodrigo - Eu vim em paz Simone.
Simone resolveu dar um crédito ao amigo e o convidou para entrar em sua casa.
Simone - E como estão as coisas?
Rodrigo - Tirando o fato que estou sem trabalhar e que todo mundo me odeia e me acha um monstro, acho que o resto esta tudo bem.
Simone - Você fez por merecer né?
Rodrigo - Você me acha um homem tão ruim assim?
Simone sentou-se ao seu lado e segurando em suas mãos, respondeu ao rapaz.
Simone - Apesar de você não acreditar, sou sua amiga, lhe quero bem, por isso vou ser sincera.
Simone - Você é um cara prepotente, soberbo, babaca, mau educado.
Simone - Você é um trator que sai atropelando as pessoas, machucando elas e nem olhando pra trás.
Rodrigo ficou em silencio, ouvindo tudo aquilo de Simone, que realmente não poupou criticas.
Simone - Você fazia daquele escritório um inferno.
Simone - Quando souberam que seu pai lhe demitiu, muitas pessoas não conseguiram nem disfarçar a felicidade que sentiram.
Simone - O ambiente la está mais leve, mais alegre sem sua presença.
Rodrigo - Fale mais Simone!!!
Simone - Ninguém pode contar com você Rodrigo, ninguém confia em você.
Simone - Você não consegue ser feliz com nada de bom que esta ao seu lado, não consegue rir por uma bobagem qualquer.
Simone - Mas sabe o que é pior? Você não é apenas uma pessoa amarga, você não tem caráter.
Simone - O que você fez com o Antônio é imperdoável.
Simone - Sem contar o que você fez com aquele estagiário, o Lucas.
Rodrigo - Eu me arrependi disso.
Simone - AH é? E o que você fez?
Rodrigo - Eu procurei o Antônio, fui me desculpar.
Rodrigo - Mas fiz tudo errado.
Rodrigo - Ele salvou minha vida, depois encontrou meus filhos e eu não consigo dar nada em troca pra ele.
Rodrigo contou sobre a tentativa de se desculpar com Antônio, deixando Simone irada.
Simone - É impressionante sua capacidade de só piorar as coisas. Eu no lugar do Antônio, teria jogado você bêbado na rua.
Simone - E até quando você vai ficar nessa? Tenho certeza que se você pedir desculpas ao seu pai, se mostrar arrependido, ele te aceita na empresa novamente.
Rodrigo - Nunca, jamais vou me curvar a ele.
Simone - E vai viver de que? Você acha que seu dinheiro vai durar até quando? Ainda mais levando esse seu estilo de vida.
Rodrigo - E vou fazer você mudar de opinião sobre mim.
Simone - Rodrigo, eu ficaria muito feliz se você fosse a metade daquele Rodrigo que eu conheci, aquele Rodrigo doce, amigo.
Rodrigo - Simone, eu te fiz sofrer né?
Simone - Do que esta falando?
Rodrigo - Sobre nós dois, de quando eu..
Simone - Olha só, isso é passado e hoje não existe mais nós dois.
Simone - E acho que já esta na hora de você ir embora e já que você quer fazer a linha orgulhoso, acho bom você acordar bem cedo e buscar um emprego.
Rodrigo deu um sorriso para a amiga, saindo de la mais leve.
Rodrigo acordou bem cedo no dia seguinte e resolveu tentar consertar um pouco seus erros.
Rodrigo - Luiz, como vai? É o Rodrigo Santarém.
Rodrigo - Estou te ligando pra cobrar aquele favorzinho.
Rodrigo - Preciso que você empregue um rapaz. Mas de uma oportunidade boa pra ele, porque o rapaz é fera.
Rodrigo - Ah, e pague um salario legal também, você não irá se arrepender.
Rodrigo - Vou passar o currículo dele em seu e-mail, o nome dele é Lucas, mas isso fica entre nós, ok?
Falando com um diretor de uma multinacional, Rodrigo no mesmo instante arranjou um estagio para Lucas, tentando assim diminuir um pouco de seu erro.
Infelizmente a mesma sorte não servia pra ele. Mesmo tento muitos contatos e ser altamente qualificado, isso mais atrapalhava do que ajudava.
O nome de seu pai era muito conhecido no meio empresarial e de cara o questionavam o porquê de ter saído da empresa da família. Pra piorar ainda mais sua situação, ao ligarem na empresa, as ligações eram direcionadas para Marcio, que maldosamente falava horrores de Rodrigo.
Rodrigo - Como assim? Eu falei com o diretor, estava tudo certo pra trabalhar aqui.
- Sinto muito, mas aconteceu algumas mudanças repentinas.
Rodrigo - Você sabe quem eu sou?
Rodrigo - Alguém aqui leu meu currículo?
- Como lhe disse, sinto muito, mas quem sabe em uma outra oportunidade...
Mostrando seu lado arrogante, Rodrigo deixou a secretaria falando sozinha, achando um absurdo não terem lhe contratado.
Não foram poucos os “nãos” que recebeu na cara. Rodrigo perdeu muitas vagas, pois as empresas sempre descobriam seu desentendimento com o pai e nenhuma delas queria bater de frente com o poderoso empresário, já em outras situações, era Marcio que dava uma forcinha para ferrar ainda mais o amigo.
Pra piorar ainda mais sua situação, não parava de chegar contas em seu apartamento.
Rodrigo - Droga, como vou pagar tudo isso?
Antônio - Boa tarde!!!
Shirley - Antônio, que surpresa boa.
Antônio - Como vai a senhora?
Shirley - Cada vez mais acabada, essas crianças estão impossíveis.
Antônio - Depois vou lá brincar um pouco com elas.
Antônio - Só vi confirmar, o próximo domingo solidário está em pé.
Shirley - Mas não devia estar no trabalho agora?
Antônio - Eu sai lá do escritório, estou fazendo uns bicos ai, só entro mais tarde hoje.
Shirley - Saiu do escritório por quê?
Antônio - Não estava legal lá, e me fez bem, estou mais feliz hoje.
Shirley - Você fez bem, seu mundo é diferente do daquelas pessoas.
Shirley - Acho melhor mesmo você se afastar deles.
Antônio - Mas por quê? Foi a senhora que conseguiu esse emprego pra mim.
Shirley - Por que......Porque como você mesmo disse, hoje você esta mais feliz.
Shirley mudou completamente de assunto, levando Antônio até o refeitório. Ao ver o rapaz as crianças pararam tudo que faziam e correram até ele.
Antônio se ajoelhou e aquelas criaturinhas o derrubaram no chão, com um abraço atrás do outro.
Rodrigo estava determinado a se redimir com Antônio, sabia que dinheiro não lhe ajudaria, portanto teria que partir para o bom e velho “obrigado” e “desculpa”.
Antônio - Você de novo?
Rodrigo - Posso entrar?
Antônio - Eu tenho que ir pro restaurante daqui a pouco e...
Rodrigo - Por favor? Prometo que não vou tomar muito seu tempo.
Meio a contra gosto, Antônio permitiu que o rapaz entrasse.
Rodrigo - Primeiro queria pedir desculpas por aquela noite que vim aqui bêbado.
Rodrigo - Queria pedir desculpas...ou melhor, primeiro queria lhe agradecer por ter me tirado daquela estrada quando cai de moto e por ter me levado ao hospital.
Rodrigo - Queria pedir desculpas por ter lhe oferecido aquele cheque.
Antônio - Esquece isso cara, vamos tocar a vida pra frente.
Rodrigo - Não tem como esquecer isso, principalmente porque tenho uma duvida impagável com você.
Rodrigo - Além de salvar minha vida, você encontrou meus filhos perdidos. Isso não tem preço.
Antônio - Fiz por eles, você não precisa se sentir em divida comigo.
Antônio - Acho que tudo isso tem que servir pra alguma coisa, pra algum crescimento.
Rodrigo - Esse meu erro esta custando muito caro.
Antônio estava o tempo todo frio, mas ao falar dos garotos, puxou assunto com Rodrigo.
Antônio - E como o Rafa e o Arthur estão?
Rodrigo - Bem, acho que bem, não tenho ficado com eles.
Antônio - Como assim não ficado com eles?
Rodrigo - Não estou mais morando na casa do meu pai.
Antônio - Mas e dai? Nada impede de você conviver com eles.
Rodrigo - Acho que não é segredo pra você que meu pai me expulsou da empresa porque eu desviei recursos.
Antônio - Porque você roubou ele né?
Rodrigo ficou sem graça, mas Antônio fez questão de feri-lo.
Antônio - Sei sim, a Maria me contou, quando você caiu de moto.
Rodrigo - Meu pai me expulsou de casa e me obrigou a deixar o meninos lá, caso contrario me entregaria pra policia.
Não acreditando no que ouvia, Antônio explodiu com Rodrigo.
Antônio - Como é que é? Você abandonou seus filhos novamente?
Rodrigo - Não, não, eu fui obrigado...
Antônio - Que obrigado o que, você abriu mão deles com medo de ir pra cadeia, com medo de assumir seus erros.
Antônio - Realmente você não muda né.
Rodrigo - Porque esta falando assim comigo? Você não tem ideia do quando estou sofrendo por estar longe deles.
Antônio - Você só sofre por você mesmo. Você esta mais preocupado com você do que com seus filhos.
Antônio - Eu nunca abriria mão de um filho, seja qual fosse a ameaça que me fizessem.
Antônio - Você desiste fácil demais das coisas, das pessoas.
Antônio - Por favor, vá embora daqui.
Antônio abriu a porta, mandando Rodrigo ir embora novamente.
Rodrigo foi embora morrendo de raiva, ainda não entendendo a revolta de Antônio, já que ele foi até lá pedir desculpas.
No dia seguinte, Rodrigo resolveu ficar em casa, não tinha nada pra fazer e acabou pegando um álbum de fotos na estante, que sua falecida esposa montava.
De cara viu várias fotos de Elisa gravida, tanto de Rafael como de Arthur. Devagar foi folheando as paginas e aquele homem grandão foi desmontando, sorrindo e ao mesmo tempo se emocionando.
Primeiro achou graça, numa foto de Rafael na banheira, cheio de espuma, depois se emocionou em outra, quando Arthur começou a chorar, por ter sido tirado do seu colo pra fazer pose para a câmera.
Como se tivesse acordado para a vida, Rodrigo lembrou no mesmo instante o que Antônio lhe disse:
Antônio - Eu nunca abriria mão de um filho, seja qual fosse a ameaça que me fizessem.
Saindo no mesmo instante de casa, resolveu tomar uma atitude drástica, não medindo as consequências dos seus atos.
Minutos depois já estava na porta da creche dos filhos e foi só os garotos aparecerem na saída, ajoelhou-se os abraçando.
Rodrigo - Meus filhos!!!
Arthrur - Papai!!!
Rafael - Cadê o Valdir?
Rodrigo - Hoje vocês vão pra casa do papai. Mas antes vamos fazer uma coisa bem legal.
Rodrigo deu um beijo nos garotos e colocou a mochila deles nas costas e saiu o mais rápido que pode dali, antes que o motorista aparecesse.
Rodrigo levou os garotos ao shopping e pediu um sorvete pra cada um. Os garotos grudaram ao seu lado, deixando ele confuso.
Rodrigo - O que foi?
Rafael - Você vai perder a gente de novo?
Rodrigo - O filhão, nunca, nunca mais o papai vai desgrudar de vocês.
Rafael e Arthur se divertiram e depois de se lambuzarem todo, foram para a casa com o pai.
Rodrigo - Vocês se lembram dessa casa?
Rafael - Eu não.
Arthur - Nem eu.
Rodrigo - A gente morava aqui, eu vocês e a mamãe.
Rafael - A gente não vai voltar pra casa do vô?
Rodrigo - Hoje não.
Na mesma hora sua campainha começou a tocar e já sabendo muito bem quem era, Rodrigo levou as crianças para o quarto.
Rodrigo abriu a porta e Carlos entrou nervoso, dando ordens, seguido por Stela.
Carlos - Traga as crianças agora, pois vamos embora.
Rodrigo - Primeiro, não lhe convidei pra vir até minha casa.
Rodrigo - Então abaixa esse tom de voz, porque aqui você não da ordens.
Stela - O que aconteceu meu filho?
Carlos - Rodrigo, não me faça perder a paciência, achei que eu já tivesse sido claro, caso você insistisse nisso.
Rodrigo - Vai fazer o que papaizinho? Me colocar na cadeia porque lhe roubei?
Rodrigo - Vai!!! faça isso, não passe vontade.
Carlos - Não me provoca.
Stela - Carlos, para!!!
Rodrigo - Deixa mãe, esse dai não me põe medo.
Rodrigo - Se quiser, pegue aqueles documentos e leve até a policia.
Rodrigo - Meus filhos são minha responsabilidade e só vão sair daqui quando eu permitir.
Sem esperar por isso, Carlos ficou sem ação, não sabendo como agir.
Rodrigo - Se tiver que ir preso, eu vou, mas você acha que vou ficar quanto tempo la?
Rodrigo - Agora de meia volta e saia quietinho daqui, não quero assustar meus filhos com discussões.
Com muita raiva e sem alternativa, Carlos saiu de la.
Rodrigo - Fique tranquila mãe, só quero ficar um pouco com eles, depois os levo pra casa de vocês.
Stela - Fique tranquilo, não vou deixar seu pai cumprir a ameaça que fez.
Rodrigo - Quer saber, deixa ele fazer o que quiser, não estou me importando com isso.
Rodrigo se despediu de Stela, estava se sentindo radiante e finalmente entendeu a bronca de Antônio. Sua vontade era de ir até a casa do rapaz e novamente lhe agradecer, mas agora de joelhos.
Arthur - A gente vai ficar aqui?
Rafael - Acho que sim.
Rafael - Eu não lembro mais da mamãe.
Arthur - Eu também não.
Rafael pegou um porta retrato com a foto de Elisa e ficou olhando pra ela.
Arthur - A mamãe é bonita.
Rafael - Eu queria estar com a mamãe, não com o papai.
Arthur - Ela ia cuidar da gente.
Rodrigo estava na porta, ouvindo a conversa dos filhos e viu que ainda teria que se esforçar muito pra reconquistar os garotos.
Rodrigo - Bom dia!!!
Rodrigo - Tem alguém com fome aqui?
Rafael - Eu.
Famintos, os meninos foram para a sala, enquanto Rodrigo preparava o café.
Rafael - Cade a Maria?
Rodrigo - Esta na casa do vô.
Rafael - E quem vai fazer comida pra gente?
Rodrigo - Ué, eu mesmo.
Arthur - Mas você não sabe, a gente vai morrer de fome.
Rodrigo deu um sorrisinho e quando botou a mesa, os meninos ficaram espantados.
Arthur - Esta cheiroso.
Rafael e Arthur atacaram a mesa, comendo bolo, suco, tudo que podiam.
Rodrigo - Sabe Arthur, esta chegando o aniversario de alguém.
Rafael - É o meu!!!
Arthur - O vô disse que vai fazer uma festona pro Rafa.
Rodrigo - Ah é?
Rodrigo ficou meio desanimado, pois ele queria planejar tudo, mas preferiu ir com calma, ganhar espaço aos poucos e não brigar o tempo todo.
Rodrigo arrumou a zona que os filhos fizeram na mesa e depois foi até Rafael que estava calado no sofá.
Rodrigo - O que foi filho?
Rafael - EU não quero ficar aqui, eu quero ira pra casa do vô.
Rodrigo - Mas logo hoje, nós vamos fazer um passeio bem legal agora a tarde.
Arthur se juntou a Rafael e acompanhando o irmão, também ficou com um bico.
Antônio estava descansando, quando tocaram a campainha. Ao abrir a porta não acreditou.
Antônio - Você de novo?
Antônio - Eu acho que não temos mais assuntos pra conversar.
Rodrigo - Então vou embora.
No mesmo instante Rafael a Arthur correram até o rapaz, grudando em suas pernas.
Rafael - Tio Tonio.
Antônio abriu um sorriso, abraçando os garotos.
Rafael e Arthur não paravam de falar, deixando Antônio tonto, sem conseguir acompanhar o ritmo deles.
Antônio - Que surpresa boa.
Depois que os garotos mataram a saudade, dai finalmente Rodrigo conseguiu conversar com o rapaz.
Rodrigo - Vim aqui lhe agradecer, pedir obrigado.
Rodrigo - Pelo visto esta virando rotina isso né? Eu pedindo desculpas ou pedindo obrigado.
Antônio - Não entendi.
Rodrigo - Você estava certo, não tem nada nesse mundo que faça com que eu abra mão deles.
Antônio ficou feliz ao ver a atitude de Rodrigo, mas por fora manteve sua frieza.
Antônio - Que bom, se os meninos estão felizes, isso que importa.
Rodrigo - Queria aproveitar e lhe fazer convite.
Rodrigo - Semana que vem é aniversario do Rafael, sua presença será importante.
Antônio pensou em negar, afinal não queria retornar a mansão daquela família, mas Rafael reforçou o convite de Rodrigo, sendo impossível Antônio negar.
Rafael - Você vai né tio?
Antônio - Claro que vou.
Rafael e Arthur se afastaram, deixando Rodrigo e Antônio novamente sozinhos, e sem assunto.
Rodrigo - Não sei o que vou dar a ele, mas vi um videogame de ultima geração, custa uma fortuna mas ele...
Antônio se irritou, quando Rodrigo novamente falou em dinheiro.
Antônio - Você vai dar um presente desse? Pra que? Será que é isso mesmo que ele quer?
Rodrigo - Qualquer criança adoraria ganhar isso.
Antônio - Eles já têm de tudo, porque não de algo que realmente irá deixa-lo feliz.
Rodrigo - Mas o que?
Antônio - Use a imaginação.
Conforme prometido, dias depois Rodrigo levou as crianças para a casa do pai e ficou aguardando o dia do aniversario do filho para vê-lo novamente.
Carlos não economizou e fez uma festa de sonhos para Rafael, com direito a palhaços, brinquedos no jardim e muitos doces.
Maria fiscaliza tudo, certificando que tudo desse certo. Só deu uma pausa para arrumar os meninos.
Maria - Estão dois gatões.
Rafael - Mas esta calor Maria, quero tirar a roupa.
Maria - Aguenta um pouquinho, a casa esta cheia de gente que veio pra lhe ver.
Arthur - Parabéns irmão.
Arthur deu um abraço no irmão e em seguida foram para o jardim.
Stela - Que bom que vieram.
Sidney - Como vai Stela?
Telma - Cadê os meninos?
Stela - Estão correndo por ai.
Antônio se arrumou e colocando uma roupa bem bonita, ficou irresistível. Com os cabelos levemente cacheados, colocou um jeans e uma camisa branca, mostrando um pouco dos seus pelos saindo pelo colarinho.
Para não ficar totalmente isolado naquele lugar, chamou Cris e Bruno pra irem com ele.
Cris - Essa casa é fantástica hein!!! Aquele dia nem deu pra reparar, por causa da confusão.
Bruno - E essa piscina, é a minha cara.
Antônio - Vocês dois se comportem.
Cris - Fique tranquilo, eu sei frequentar.
Stela - Vocês? O que fazem aqui?
Antônio - Tem um aniversario aqui, não é?
Cris - Olá querida.
Ignorando a cara de nojo de Stela, Cris deu dois beijinhos na mulher, como se fossem amigas intimas.
Bruno - Maneira sua casa em tia.
Stela ia expulsar os três, mas Rafael apareceu, recebendo um abraço de Antônio.
Carlos - Antônio, quanto tempo!!! Seja bem vindo.
Antônio pegou Rafael no colo, lhe dando um presente.
Rafael - Que legal tio, a roupa do homem aranha.
Antônio - Você disse que gostava dele.
Rafael - Adorei tio.
Maria também recepcionou o rapaz, mostrando-se feliz com sua presença.
Alice apareceu de mãos dadas com Marcio, deixando Carlos irritado.
Marcio - Como vai seu Carlos?
Carlos - Quem lhe convidou?
Alice - Pai, que isso!!!
Simone - Ola a todos.
Carlos - Simone, venha comigo, quero lhe apresentar a umas pessoas.
Marcio - Seu pai não vai mesmo com a minha cara.
Alice - Não esquente com isso, meu pai é assim mesmo.
Cris - E o bad boy? Até agora não apareceu?
Antônio - Não acredito que o Rodrigo vai fazer isso.
Antônio já estava irritado, achando que Rodrigo havia esquecido o aniversário do próprio filho.
Rafael - O papai não vai vir?
Carlos - Não sei meu querido.
Mesmo ainda chateado com o pai, Rafael ficou o tempo todo esperando por sua presença.
Aos poucos começaram os comentários de sua ausência e para surpresa de todos Rodrigo finalmente chegou, indo direto até o filho.
Rodrigo - Filho, feliz aniversario.
Pegando o garoto no colo, Rodrigo lhe deu um beijo, seguido de um abraço bem apertado.
Rodrigo - O papai te ama.
Antônio sentiu um alivio e uma sensação de felicidade, que nem ele conseguia explicar.
Sidney - Ele veio mesmo.
Rodrigo cumprimentou algumas pessoas e quando chamaram para cantar o parabéns, ele interrompeu.
Rodrigo - Filho, seu presente esta chegando.
Segurando um controle remoto, ficou manuseando até que uma carreta de brinquedo enorme foi entrando no salão.
Rodrigo - Olha filho, da pra controlar por aqui.
Antônio fez uma cara de reprovação, pois Rodrigo não havia entendido nada da conversa que tiveram.
Rodrigo - É seu filho. Vai la pegar.
Sem muito entusiasmo Rafael foi até o brinquedo passando a mão na cabine do caminhão. Mexendo na caçamba, o menino teve uma surpresa:
Com os olhinhos brilhando Rafael ficou eufórico e olhando para o pai, abriu um sorriso de orelha a orelha.
Continua....