Will: Explica essa história? Eu ouvi bem? Seu pai...
Kauã levantou. - Eu sinto muito Will! Não pude enfrentá-lo... Eu...
Will: Kauã seria mais digno se a verdade realmente fosse você ter terminado comigo pela Sofia, mas terminar porque seu pai exigiu? Você é ridículo, covarde e imbecil! Só o que posso dizer é que chore bastante pelo que perdeu, porque sou demais para você. Vamos amor!
Saiu puxando JP pelo braço.
JP: Você exagerou bastante!
Will: Ele merece!
JP: E como sabe se nem o deixou se explicar?
Will: Não quero saber! O pai dele mandou e ele obedeceu, me largou fácil e não lutou por nós. Ele que vá para o inferno.
No outro pátil Kauã sentou no banco derrotado, e depois de tudo que aconteceu na sua vida pela primeira vez se permitiu chorar. Estava se sentindo sozinho, ninguém estava ao seu lado apoiando-o e nem poderia pois não pode falar toda a verdade.
Longe dalí...
Kaio no momento estava estacionando o carro em frente a casa dos pais, respirou fundo e entrou com sua chave...
Sabia que naquele momento sua mãe não estava em casa pois havia ligado para ela antes, queria ficar a sós com o pai.
Da sala mesmo começou a gritar. - PAI, APAREÇA QUERO FALAR COM VOCÊ!
Nada.
Continuou. - VAMOS, APAREÇA!
O pai saiu de dentro do escritório. - Qual é o seu problema? Deixe de escândalo!
Kaio: Como pôde fazer isso comigo? Seu próprio filho? E ainda quer fazer o mesmo com o Kauã!
Robson: E o que foi que eu fiz? Arrumar uma boa mulher para os meus filhos e ainda lucrar com isso? Esse é o meu pecado?
Kaio: Você é uma vergonha, tenho pena de mim mesmo e do Kauã por termos você como pai!
Robson começou a rir.
Kaio: Vim te informar que não vou me casar com a Carol, todo o respeito que ainda sentia por ela foi para o inferno junto ao que sentia por você!
Robson ficou sério. - Você não pode voltar atrás, tem que casar.
Kaio riu. - Agora sou eu que dou risada de você.
Deu meia volta e saiu pela porta.
Robson: Veremos se não casa! - Falou sozinho.
Longe dalí, na escola...
Os meninos estavam no pátio e Kauã sozinho dentro da sala, o intervalo havia passado e estavam entrando para assistir aula de matemática...
Todos entraram e sentaram esperando a professora, mas de repente surge um homem alto, ruivo, olhos azuis, corpo legal e simplesmente lindo! O diretor vinha logo atrás...
Diretor: Turma, quero lhes apresentar o novo professor de matemática, A professora Carmem teve que se afastar da escola, espero que se dêem bem.
Saiu.
O homem se dirigiu ao centro da sala e começou: Bom dia turma? Meu nome é Daniel, mas podem me chamar de Dani, espero que tenhamos um ano produtivo... Agora quero que se apresentem a mim.
As meninas estavam suspirando pelo homem, Daniel era absurdamente lindo!
Todos se apresentaram e as aulas se passaram rápido, pois pela primeira vez adoraram assistir a aula de matemática, Daniel era simpático, divertido e carismático...
Todos saíram falando sobre ele que se tornou o assunto do dia.
Os meninos foram para frente do colégio e Will deu um beijo em JP para se despedir, logo após entrou no ônibus.
Kauã estava triste, não falou com ninguém, só esperou o carro, entrou e foi para casa, com Sofia e sua irmã no pé...
Chegando em casa correu para o seu quarto.
De repente seu pai adentra. - Eu avisei para não contar ao seu irmão do noivado dele não?
Kauã: Ele merecia saber!
Robson: Pois agora vai enfrentar as consequências da desobediência!
Robson se aproximou de Kauã e desferiu um soco em seu rosto fazendo-o cair no chão, Kauã levantou pronto para brigar com o próprio pai, porém um homem entrou...
Robson: Pronto, pode segurá-lo!
O homem segurou Kauã por trás enquanto ele se debatia.
Robson: Agora você vai aprender que quem manda aqui sou eu!
Robson começou a bater em Kauã como um louco, não se importava com nada, batia em seu rosto, em sua barriga, peito... Só desferia socos e mais socos sem parar.
O homem soltou Kauã que já estava sangrando, seu rosto estava todo machucado, banhado em sangue. Kauã caiu no chão e o seu pai destribuiu chutes e mais chutes, quando viu que Kauã não aguentava mais e já tinha desmaiado, saiu do quarto!
Robson: Seu viado imundo.
Fechou a porta.
O tempo passou, já era noite quando a mãe de Kauã chega em casa, porém encontra a casa arrombada com a porta aberta, entra desesperada e encontra a casa revirada, só queria ter certeza que Kauã estava bem.
Correu para o quarto do filho, abriu a porta e encontrou Kauã estirado no chão banhado em sangue.
Longe dalí...
Kaio estava em casa, no momento estirado no sofá com JP entre suas pernas fazendo oral...
Seu cel toca e ele estica o braço pegando-o na mesinha ao lado do sofá onde fica um abajur.
JP para e olha para cima. - Eu paro?
Kaio: Não precisa, pode continuar.
JP voltou a chupar Kaio com gosto.
Kaio olhou para o cel e deu de cara com a palavra "pai" no visor.
Kaio: O que você quer?
Robson: Dei uma lição no seu irmão para ele aprender a nunca mais me desobedecer. Eu disse para ele não te contar nada.
Kaio teve um susto e saiu afastando JP. - O que você fez com ele?
Robson: Ligue para sua mãe, a essa hora ela já sabe. Ah e não diga que fui eu, fiz parecer que foi um assalto, se disser já sabe.
Desligou.
JP: O que foi?
Kaio: Meu irmão!
JP: O que aconteceu com o Kauã? - Falou preocupado.
Kaio: Vou saber agora. - Ligou para sua mãe.
Marília estava chorando bastante. - Morri de te ligar mas só dava ocupado!
Kaio: O que aconteceu? - Falou nervoso.
Marília: Invadiram nossa casa, roubaram algumas coisas e feriram seu irmão. Kaio ele está todo machucado, o encontrei estirado no chão do quarto banhado em sangue!
Kaio: Onde vocês estão?
Marília disse o nome do hospital e Kaio deligou.
JP: E?
Kaio: Nossa casa foi assaltada e feriram meu irmão.
JP e Kaio correram direto para o carro e partiram para o hospital.
Kaio sabia que no fundo não poderia fazer nada contra o pai pois não tinha provas e principalmente porque ele é influente e pode muito bem não ser preso, principalmente em um País como o Brasil.
JP e Kaio chegaram ao hospital e Kaio foi abraçar sua mãe.
Kaio: Como ele está?
Marília: Costelas quebradas, golpes na cabeça, lesões externas, mas o médico disse que graças a Deus nenhum órgão foi atingido ou nada do tipo. Mas ainda estão esperando ele acordar!
Kaio: Meu Deus. E o Pai? Cadê?
Marília: Viajou hoje a poucas horas, antes de eu encontrar o Kauã.
Kaio achou melhor, pois ao menos não o encontraria alí.
Kaio: Vou vê-lo.
Marília: OK.
JP ficou sozinho, pois a mãe dos meninos foi tomar água.
Pegou o Cel e ligou para Will.
Will: O que foi amor?
JP: Preciso te contar algo do Kauã.
Will: Nada do que diz respeito a ele me importa! E você sabe.
JP: Invadiram a casa e quase o matam.
JP despejou tudo de uma vez, pois conhecia Will e sabia que não o escutaria nunca.
Will: Como?
JP: Isso mesmo que ouviu.
Will sentou na sua cama pois não conseguiu ficar em pé.
JP: Corre pra cá!
Will: Onde vocês estão?
JP disse onde estavam e Will correu pra lá.
Com uns 10 min Will chega no hospital e JP corre para falar com ele.
JP: Ele já pode receber visitas, vem.
JP levou Will até o quarto e ele adentrou sozinho.
Will foi andando até a cama devagar, se assustou com o estado de Kauã, seu rosto estava completamente roxo, o olho esquerdo fechado, a cabeça enfaixada, ataduras no abdômen...
Se aproximou da cama e pegou em sua mão.
Kauã foi abrindo o olho direito e acordando devagar. - Hum. - Gemeu.
Will: Sssshhhh. Calma...
Kauã falou baixinho. - Will?
Will: Sim, sou eu.
Kauã: Porque está aqui?
Will: Fiquei preocupado.
Kauã: Preocupado comigo?
Will: Sim.
Kauã: E o JP?
Will sorriu triste e balançou a cabeça em negativo. - Não temos nada. Era tudo mentira... Eu inventei tudo, estava com raiva.
Kauã: Me perdoa? Juro que não queria juro.
Will: Calma, calma...
Kauã: Meu pai me ameaçou em me levar para longe e senti medo. Ele é um monstro. Eu o odeio!
Will: Ele te ameaçou?
Kauã: Sim, disse que tinha que acabar com você e começar algo com Sofia.
Will sentiu raiva na hora. - E você não poderia infrentá-lo? Não é homem o suficiente? Primeira vez que ele te ameaça e você se rende?
Kauã: Você não conhece o meu pai!
Will: Por Deus Kauã! Você queria era terminar mesmo e essa história do seu pai...
Kaio interrompeu Will entrando na mesma hora. - É verdade.
Will virou.
Kaio: É tudo verdade. Ele fez o mesmo comigo e Carol, minha noiva. Fui infrentá-lo e ele descontou no Kauã.
Will ficou chocado. - Ele que bateu no Kauã desse jeito? Fez isso com o próprio filho?
Kaio: Não era para eu ter te contado, mas eu vi que você não iria perdoar meu irmão e ele não pode sofrer mais do que já está sofrendo, você precisa saber. Nosso pai é doente William! Ele fez com que me casasse com Carol e que Kauã namorasse essa garota por dinheiro.
Will: Mas...
Kaio: O Kauã não tem culpa de nada, dessa vez ele não terminou o relacionamento porque te trocou por outra pessoa, dessa vez ele foi obrigado.
Will se aproximou de Kauã.
Kauã chorava.
Kaio saiu do quarto deixando-os só.
Will: Me perdoa?
Kauã: Você não sabia de nada, não tem do quê te perdoar.
Will deu um selinho em sua boca e Kauã gemeu pois estava machucada.
Will: Depois vamos falar mais sobre o seu pai, mas agora não. No momento só quero cuidar de você.
Will sentou na cabeceira da cama e ficou fazendo carinho em Kauã.
Dois dias depois...
Kauã havia recebido visitas de todo mundo e naquele dia recebeu alta.
Kaio resolveu levá-lo para seu AP e como Kauã também pediu a sua mãe, ela deixou.
No momento Will estava dando comida em sua boca.
Will: Abre a boca menino.
Kauã: Da para parar de me tratar como criança?
Will: Estou te mimando porque te amo e você está doentinho.
Kauã abriu a boca e Will colocou a colher com sopa, depois limpou com um guardanapo.
JP estava na cozinha almoçando com Kaio.
Kaio: Queria te dá um beijo.
JP: Se controla, Will e Kauã estão aí.
Kaio deu um Celinho rápido em JP que teve um susto, depois os dois riram.
O cel de Kaio toca e ele atende.
Carol: Oi amor?
Kaio: Carol!
Carol: Voltei hoje.
Kaio: Mesmo?
JP ficou triste.
Kaio: Pode passar aqui em casa daqui a pouco?
Carol: Claro, estou com saudades.
10 minutos depois...
A campainha toca e Kaio vai atender, Carol o beija e ele a empurra.
Carol: O que foi?
Kaio: Descobri que nosso casamento é um negócio.
Carol ficou branca como um papel.
Kaio: Quero você longe da minha vida, está tudo acabado entre nós.
Carol: Você não pode fazer isso! E tudo que a gente viveu?
Kaio: Uma mentira.
Carol: Não Kaio, eu te amo.
Kaio: E eu sinto nojo de você, da sua família e principalmente do meu pai por ter feito uma coisa dessas.
Carol: Kaio...
Kaio: Carol se algum dia senti alguma coisa por você, este sentimento já está morto e enterrado, agora olho para você e só consigo sentir nojo. Você comprou um marido!
Carol: Por favor...
Kaio: Some.
Carol: Se fiz isso é porque me apaixonei, e....
Kaio: Porque não se aproximou de mim como uma pessoa normal? Você pediu para seu pai falar com o meu pai... Agora entendo todas aquelas viagens e jantares que as nossas familias faziam juntas, era tudo para nos aproximar! Eu burro caí como um patinho. Sempre nos deixavam sozinhos...
Carol: Mas você gostou!
Kaio: De burro, hoje percebo como você é ridícula, some da minha casa.
Carol saiu chorando desesperada e batendo a porta.
JP estava na cozinha e ouviu tudo.
JP: Você acabou com ela?
Kaio: Sim.
JP: E essa história do seu pai?
Kaio: Tudo verdade. Senta, vou te contar!
JP sentou e Kaio foi contar toda a história...
Will, Kauã e JP haviam faltado aqueles dias para cuidar de Kauã, mas na escola estavam tendo aulas normais...
No momento era aula de matemática e Bruno, um dos gêmeos estava com dúvidas.
Bruno: Professor, pode me tirar uma dúvida aqui por favor?
Daniel: Claro Bruno, puxa uma cadeira.
Bruno puxou a cadeira e sentou em frente ao birô.
O professor começou a explicar, mas tudo que Bruno conseguia fazer era olhá-lo e olhá-lo, o cara era um gato...
Daniel: Entendeu?
Bruno: É... Não, desculpa.
Daniel: Você está com dificuldades, que tal nos encontrarmos após as aulas todos os dias na biblioteca?
Bruno: Sério mesmo? Você faria isso?
Daniel: Claro que sim.
Bruno: Obrigado.
Pegou seu caderno e saiu....
Sentou em sua cadeira e ficou olhando-o ao longe. Será que ele ao menos conseguirá se concentrar nas aulas particulares com aquele professor gato? Será difícil, hein?
Ficou pensando e olhando-o de longe.
∵∵∵∵∵∵∵∵∵∵∵∵∵
Então gostando?
Beijos gente.