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‡‡ Capitulo VI – Tetas-de-Mel: Árduas Preleções ‡‡
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O Tic-Tac do relógio era meu inimigo, batalhava para vencê-lo há algum tempo. Antes que o ponteiro ultrapassasse os segundos cruciais do limite imposto perdia o fôlego e todo meu esforço ia por água abaixo. Sabia que ele não me deixaria em paz até que conseguisse os cinco minutos inteiros com seu pau na boca. Concentre-se Jody, esvazie o pensamento, ignore o ronco da barriga que clama por comida, lembre de que isto não é nada comparada a brutal foda anal; desapegue do passado cuja lembrança incide: eu tinha na palma das mãos todos os gatinhos da escola, agora a única mão que me importa é essa que pressiona minha cabeça contra o pênis ereto; dos banquetes, jantares apetitosos nos fins de semana e datas festivas, meu único nutriente precioso é o esperma do Mestre; da cama imensa e confortabilíssima em que dormia, meu único espaço de conforto é o baú ou onde ele me queira; das corridas e exercícios diários pra boa forma, meu único exercício necessário é o de agradá-lo em todos os sentidos, para isso vença o tempo e por Deus que ele passe rápido pois já não aguento apanhar por algo que duvido ser fisicamente possível, a marca maldita dos cinco minutos.
Já era a quarta tentativa da manhã, estava de joelhos ao lado da cadeira de balanço, as mãos amarradas pra trás porque gosta sempre de controlar todos os meus movimentos. Já aprendi isso, já passei por isso, só mais um pouco e estarei livre da obrigação temporária, eu sou forte, eu consigo.
— Está um belo dia não acha? Um bom café, ótimo desjejum e minha pica recheando sua jovem garganta Tetas-de-Mel.
RRRFFF!
— Apenas oito segundos mais, guria... Seis, cinco, quatro, três, dois, um... E você está livre. Bom trabalho, Tetas-de-Mel. Eu estava começando a pensar que não poderia manter sua garganta quieta por cinco minutos. Ótimo! Mais tarde, vamos começar a treinar para seis.
UHHHH… UHHHHHH... AHHHH!
Arfei sem o fôlego de qualquer resposta. Meus pulmões em chamas, o maxilar dolorido, a garganta seca com o gosto dele. Sabia que meu descanso seria temporário, mas fiquei agradecida por que ia ter uma breve paz. Um bocado de saliva ainda grudou na ponta do pênis, imediatamente suguei, poderia pensar mal de mim, que fiz de propósito, que cuspi no prato em que comi. O Mestre Rockwell tinha variações de humor imprevisíveis.
— Agora se levante com a bunda de frente para mim. Eu posso até deixá-la saborear uma banana de verdade se continuar se comportando bem.
— Sim Mestre.
Fiz o ordenado. Levantei, abri as pernas aprumando a bunda próxima a sua mão, de modo que poderia me acariciar a hora que quisesse do jeito que desejasse. Não era como se eu ainda tivesse a tola vergonha de estar nua, ou acuada em abrir-me ao seu prazer, em suas mãos aprendi a docilidade, só assim evito frequentes castigos.
Sarah ainda está presa lá fora. A tola já completava o segundo dia ali, considerando que foi pega pela noite. Tento cuidar dela o melhor que posso, três vezes lhe dei água para beber, levei os restos de comida que nem tenho autorização de comer. Ela havia acabado de chegar e podia roer o osso do filé do Mestre, lamber os nutrientes que ficam no molho do prato, um pouco de arroz e um pedaço, ainda que pequeno, de brócolis. Enquanto por ser mais treinada tenho de seguir à risca a dieta: esperma e nutrientes do seu pau. Não sei nem como não fiquei doente ainda, mantendo-me comportada e seguindo direitinho o treinamento ele enche minha tigela com comida de verdade uma vez a cada quatro dias, no resto vivo com sobras dele, do cão, folhas e pequenas frutinhas que encontro quando vou buscar lenha.
Ainda está lá porque não aprendeu que não há saída, apesar dos meus conselhos, teima em não respeitá-lo, em não tratá-lo com a autoridade exigida. De certo pensa que alguém magicamente aparecerá para salvá-la. Se soubesse que há meses espero meu pai em vão, apesar do poder de suas empresas, com tanto dinheiro que tem não me alcançou com um tostão.
— Eu acho que hoje é o dia de descobrir se a Lábios-de-Açúcar é digna de dormir no quarto. Já é quase o fim do verão e vai ficar frio aqui fora em poucos dias. Então, hoje é o dia para o ritual de iniciação... Lembra quando foi a sua vez? Incline-se agora!
É claro que lembrava, não poderia jamais esquecer aquele dia fatídico em que fui oficialmente batizada de Tetas-de-Mel. Todavia estava mais interessada na banana prometida, aguardava ansiosa, com água na boca. Quando veio a ordem me inclinei com prazer, enfiou-me a banana descascada dentro da vagina, estava macia e suculenta, meu desejo de comer só aumentava o ronco da barriga. Espero que ele não invente alguma desculpa como já fizera antes, pra dar minha comida ao Roscoe. Minha fome é tanta que mal estou conseguindo me manter na posição.
— Aqui está, Tetas-de-Mel. Você pode engolir a saliva agora.
Jogou a banana no chão ao seu lado. Não podia acreditar em como se pode ser tão feliz com uma banana. Era comida de verdade, não a interminável dieta de sêmen. Abaixei do jeito que deu, cuidei para que meu cabelo não caísse por cima, seios encostados no chão e olhos sempre na direção do Mestre, com o tempo aprendi o olhar que ele gostava de ver no meu rosto, a mistura da gratidão com humilhação, procurava demonstrar ainda mais quando apetecia meu estômago.
— Esta puta é eternamente grata por sua generosidade, Mestre.
Tinha um pouco de terra e o gosto da minha vulva; não era problema. Na posição em que estava me arrastei aos pés dele para agradecer mais de perto lhe beijando os dedos.
— Banana cristalizada com sumo de buceta, gotejado diretamente de uma prostituta arrebitada! É um especial que só se encontra aqui na Ilha dos Tubarões Mortos. Vá até a garota. Você pode começar tirando a calcinha dela enquanto pego minhas coisas.
— Sim Mestre.
Tinha pena e torcia pra ela ser mais esperta hoje. Usei a boca pra abaixar a calcinha, me deixando frente a frente com sua vagina rosada e pequena. Assustou-se pensando que ia ser chupada de novo; azar o dela. Também não gostei daquilo, ajudava-a como podia e a vadia ainda ficava de melindres comigo, deveria saber que só cumpro ordens.
— Jody, por favor... Diga-me o que ele está vindo fazer.
— Quieta Sarah! Aí vem ele e pode ouvi-la.
De certo já estava logo atrás, trazia a maleta com os instrumentos masoquistas que tanto conhecia, um já vinha na sua mão tinha o formato de dois pênis. Deixou a mala azul de lado me mandando abrir a boca.
— Outro velho brinquedo que encontrei no sótão. Costumava me divertir com isso há muito tempo atrás quando tinha duas cadelas à minha disposição. Isso foi antes vocês nascerem. Desde então não usei mais. Tenho certeza que vou gostar de ver vocês duas brincando com isso!
O consolo tinha duas faces eretas e grandes. A primeira foi enfiada na minha boca, prendendo na minha coleira. Era bastante incômoda, nunca havia visto aquele instrumento antes, nem sei de onde tirara. A outra extrema ponta era uma representação fálica de se tremer. Fiquei com a boca cheia e uma pica vermelha de borracha na ponta do meu nariz. Explicava a origem do objeto enfiando tudo procedendo como seu eu fosse um pedestal onde se põe uma vela.
— Uhhhhhh! Nããão, por favor!
Pressionando meu rosto na boceta de Sarah o Mestre me fazia penetrá-la. Não estava em meu poder negar qualquer coisa, a pressão exercida pela vagina não lubrificada aumentava a da minha boca. Se o desconforto dela era visível, o meu piorava, havia-se arranjado um jeito de humilhar nós duas.
— Mantenha sua cara traçando forte Tetas-de-Mel! Abra os olhos, está vendo isso? A boca diz "Não", mas o suco na outra boca diz o contrário.
—UUHHHHH… AHHHHHH… NÃÃÃOOO! UUHHHHH… AHHHHHH…
Na medida em que penetrava mais forte Sarah excitava-se com o consolo, de pernas pra cima amarrada na torneira de água entregava-se ao prazer daquele ato. Tentava disfarçar, contudo lubrificava-se gemendo mais forte, eu era uma mera ferramenta usada pelo Mestre para estimulá-la.
— Foda ela mais forte, Tetas-de-Mel. Lábios-de-Açúcar está com a respiração pesada. Um sinal claro de que quer que dê tudo de si.
Embora suas palavras fossem de incentivo não deixou que ela gozasse, tirou-me de perto empunhando meu cabelo, como a crina de uma égua, eu só precisava não esboçar reação, doía quando não sabia pra onde me levaria, tendo consciência era só não criar atrito.
— Deixe-me ver isto um momento. Interessante! Essa buceta tá bem molhada. Essa vadia selvagem está jorrando como uma porca cheia de tesão! A Lábios-de-Açúcar aquece mais rápido do que eu pensei. Talvez já esteja em tempo de receber alguma coisa real.
O consolo estava tão úmido que chegava a pingar nas minhas bochechas, Sarah arfava querendo chegar ao ápice de seu prazer. Parecia ter entendido que não adiantava lutar, ficou calada quando Mestre Rockwell cortou as cordas que mantinham suas pernas presas pra cima.
— Isso vai esfriar você por fora, só quero sua buceta e bunda quente!
Abrindo a torneira Sarah tomou o primeiro banho em dias, ensopando toda a roupa que usava. Ela pareceu gostar, aproveitou pra beber um pouco d’água. Permaneci parada esperando minhas ordens, já sabia basicamente o que a esperava, quando ele começa a ser gentil é mau agouro. Pressentia isso com um frio na espinha.
— Vamos ver esses seios, cadela! Ah, não são tão grandes como os melões da Tetas-de-Mel, mas aposto que os mamilos são tão doces quanto para morder.
— NÃÃÃÃOOOOO! Deixe-me em paz!
A garota mostrou-se espevitada. Gritou esperneando que nem uma donzela sendo atacada. O Mestre rasgou ao meio sua linda blusa exibindo seus seios pela primeira vez. Realmente os meus eram bem maiores e belos, por isso mesmo ostentavam anéis de ouro, os dela pequenos careciam de movimento quando se apertava. Se ela não tinha uma boa comitiva de frente era certo que a de trás iria penar muito num futuro próximo.
— Ainda está respirando aí? Deixe-me tirar isso.
— UHHHH!!!!
Por fim fui lembrada. Tossi um pouco quando a mordaça foi retirada, sem perder tempo ele enterrou uma das partes na terra deixando a ponta maior, a vermelha, pra cima. Posicionando-me a vagina na entrada do instrumento salivava meu ombro me apertando o seio.
— Desça sua buceta até embaixo, cadela! Eu quero que foda esse vibrador na minha frente igual uma puta excitada. Faça um bom show e te deixo comer mais algumas bananas! Enquanto isso eu darei um bom trato aqui, concederei a Lábios-de-Açúcar uma foda da qual não vai esquecer tão cedo!
Quando achei que já sofri de tudo esta garota surge envenenando a cabeça do Mestre com loucas fantasias. Fiquei de cócoras, a base negra do consolo que antes me amordaçava agora sustentava a ponta mais grossa que penetrou Sarah, meus grandes e pequenos lábios foram se abrindo e lentamente fui cavalgando frente ao Mestre. Competia atenção com Sarah, suas pernas foram abertas em “v” curvadas para trás, a visão da minha autodefloração pleiteava desvelo com a vagina apertada que conhecia pela primeira vez o pênis do nosso dono.
— AHHH! NÃÃÃÃOOOO!
Percorria toda a extensão da ferramenta, subia e descia totalmente aberta, balançando os anéis nos meus seios, segurando a vontade de chorar diante de tanto rebaixamento, exprimindo felicidade inexistente no rosto, meu sorriso era de dentes fechados. Ao olhar minha vagina expandida percebi toda a excitação que provocava no Mestre que por sua vez se encarregava de meter fundo na novata que esperneava tal qual fosse currada no ânus. Não sabia a sorte que tinha de estar sendo poupada.
— Oh Deus... Isso é tão bom, Mestre. Está me fazendo ansiar por seu pênis dentro de mim!
Há uma distinção explícita entre foder e ser fodida. Numa o indivíduo exerce força e poder, noutra recebe cabendo uma ordem natural ajuizada aos princípios morais e sociais os papéis ao masculino e feminino. Com o Mestre este axioma se expande ao campo das probabilidades inexploradas partindo da premissa que a fêmea não tem escolha; ao me abusar, penetra-me como quer, no buraco que lhe agrade, há dor e degradação, fadadas na inércia do regime imperante na ilha a qual era submetida retirando-me os direitos de posse e repassando-me como propriedade doutrem. Quando eu sou obrigada a efetuar ação estou nos dois lados, exercendo e recebendo, dialogando com o falo e o meu corpo, estabelecendo uma relação de posse, não de Mestre-Escrava, mas de Escrava-Escrava, de Jody com Jody, a obediência estava me levando a um refúgio que o Mestre controlava e a ideia Escrava era acolhida; isso estava adoecendo meu coração, eu me repugnava, eu me humilhava, nestes momentos ficava mais claro que havia trocado toda minha dignidade feminina por um mínimo grotesco de beneficio cuja obrigação mínima era provisão. Estar cavalgando naquele objeto nada mais significava do que eu me prostituindo por alguns pedaços de banana.
— Sempre tinha alguém metendo na sua buceta? Sabe que dizem que quando as putas estão sufocando elas apertam mais as genitálias! Sinta isso, vagabunda! Essa é a cabeça do meu pau batendo no seu colo! Talvez isso te ajude a apertar mais. Você sabe quantas terminações nervosas existem na sua bunda? Eu também não sei, mas eu aposto que cada uma está gritando de dor agora! Vamos ver se podemos fazê-las gritar mais alto!
Um calor incendiava meu clitóris, gemia alto atenta ao objetivo, não me importava estar longe das mãos do Mestre, cumprir sua ordem era prioridade. Encarava isso como forma de comércio. Da sociedade em que fui extraída havia dólar, euro, uma gama atrelada de valores; os abastados viviam, os desafortunados sobreviviam. O que a escrava usa para alimentar-se? Na ilha não existia qualquer coisa, nem meu corpo era meu, a submissão transformou-se em moeda, trocava orgasmos e excitação pela comida que necessitava. Minha vontade era o soldo, o ganha-pão, enquanto a mantivesse frente o desespero dos longos dias e noites, das fustigações e estupros eu não seria abalada; meu lucro exíguo no pedaço de banana quem sabe não cresceria para um pão seco, uma maçã, um pedaço de chocolate, o que não daria por uma lasca sequer...
Minhas reflexões só eram interrompidas quando percebia que o olhar não me perseguia e era hora de soltar uma ou outra expressão depravada para que ele visse-me satisfazendo sua vontade. A arte que aprendi à duras penas era mais difícil que o garimpo ou mineração uma vez que no coração do Mestre não existiam preciosidades, só mercúrio e chumbo grosso.
Sarah era enforcada, a perna esquerda apoiada no ombro direito dele, havia posto a língua pra fora a fim de respirar, sua vagina exposta estufava a cada penetração intensa, meus gemidos eram só pano de fundo, apesar do esforço era a figurante no teatro daquele gozo, uma vadia barata que não merecia gozar num pau de verdade.
— Eu sinto que estás quase se regalando rapariga! Eu sei que você está prestes a ter um orgasmo como nunca teve em sua vida.
Gradualmente o órgão do Mestre foi substituindo as notas de dor por acordes de gemidos prazerosos; na solitária atividade presenciei a metamorfose. Sarah já abria voluntariamente as pernas, da boca grunhidos arfantes faziam-na tremer, inclinava o quadril o máximo que podia, cerrava os dentes, fechava os olhos lívida, na voz suas súplicas já não exoravam a interrupção do ato mas interpelavam à continuidade da selvageria.
— HAHAHAHA! Lábios-de-Açúcar você está segurando meu pau como uma puta sedenta por picas! Está jorrando como um rio!
— AHHHHH! AHHHHH! MEU DEUS! OOOOOOOOOOHHHH! AHHHHH!
— Sente esse liquido putinha? Essa é a minha semente inundando sua buceta. Nossa! Sua vagina é quase tão apertada como sua bunda! Você foi muito bem minha nova escrava.
Ele sugou de um jeito carinhoso as mamas de Sarah que estavam muito eriçadas, a forma como ela contemplava o Mestre tirando o pênis de dentro dela denunciava que aquele foi o melhor orgasmo que já havia tido, estava toda mole, desfalecida, fraca; eu fazia o melhor que podia com o que tinha. Desejava a mão, a língua que afagava aqueles seios nos meus tão carentes de carinho, delineando as curvas, encaixando-me as nádegas conduzindo meu corpo nalgum membro que me fizesse sentir viva. Dizem que a grande questão para uma mulher é encontrar o prazer; neste momento sou uma filósofa.
— Ainda vindo é... Bem, não vou deixar isso ir para o lixo. Esse foi apenas o aperitivo. Temos tempo para o prato principal. Vou prender seus pés no chão, desta forma eu tenho todos os seus buracos prontos para uma boa batida. Olhe para as duas. Como seus corpos estão estremecendo de tantos orgasmos múltiplos. Eu não poderia ter escolhido um par de escravas melhor. Ia perguntar se você quer isso na sua flor apertada ou cu dolorido, mas você não deve falar com a boca cheia.
Um estado que julgava não ser possível alcançar se assomava no horizonte, diante de tantas privações é difícil uma mulher estimular sua sexualidade, as fantasias esvaíam-se na areia da ampulheta quebrada levada pelo vento, os rapazes que me atraíam perdiam os nomes, os rostos, os traços, o mundo tornava-se um oceano das memórias perdidas, daquilo que sequer cheguei a conhecer o lugar ocultado, o consorte abandonado, a cama despojada, a paixão nunca amada; eu sou bela e de quê adiantou? Conveio o cabelo loiro-dourado, os olhos pequenos, a íris amendoada, o nariz arrebitado, os dentes alvos, os lábios úmidos, a boca pequena, os seios voluptuosos, as coxas grossas, os glúteos rotundos, as ancas arredondadas, a vagina virgem raspada? Não fiquei nua a ninguém, meus lábios só encontraram com beijos dóceis, minhas curvas só tiveram o meu cuidado, nem sequer a sombra do lado oposto, cheia de afinco me preservei desejando dos frutos do amor o mais-perfeito e o que auferi? O avesso de toda parte, se servindo das minhas mechas de Rapunzel pra rédea e guia, dos meus olhos pra colheita de lágrimas, da minha íris como espelho do terror, do meu nariz pra aspirar seu miasma, dos meus dentes para esmigalhar seus restos, dos meus lábios pra florear seu pênis, da minha boca para aquecê-lo e perdê-lo garganta adentro, dos meus seios para adorno infame, das minhas coxas para impossíveis agachamentos, dos meus glúteos pra abrir e arrombar, da minha vagina pra desvirginar e abandonar, estava me flagelando para o único homem a quem pertencia, o que me pôs no seu poleiro, à sua garra encoleirada, presa na vigilância do esquecimento, desumanizando-me os tolos caprichos, os sonhos vis de liberdade, ensinando as façanhas das técnicas de oralidade, empalando-me num estalar de dedos, adestrando-me os buracos à suas medidas; eu que não conhecia o aconchego, o esmero, a brandura de tantas idas e vindas finalmente gozava. Sarah desperdiçava seu orgasmo com lamentações puritanas; eu me deliciava com aquele prazer raro na gênese do claustro.
Usando um gancho de ferro o Mestre prendeu os pés de Sarah na altura de sua cabeça, ela ficou bem de lado, toda exposta e sem dúvida com a costa numa tensão sobre-humana, se seu corpo não se adaptasse logo, a elasticidade muito exigida cobraria seu preço e iria extingui-la em mil pedaços. O Mestre brincava metendo na boca dela um vibrador cheio de bolas de silicone, seus dedos deslizavam na sua vagina, estufava os lábios emporcalhados.
— Hum, já que sua buceta parece querer vamos apenas colocar isso no local para o qual foi concebido.
— UHH! AHHHHHH! AHHHHHH!
Enfiou o vibrador na vagina de Sarah que devia estar inchada e metia o dedo no seu ânus, dava para ouvir o barulho do aparelho, deveria estar no máximo já que ela não conseguia controlar os impulsos.
— Eu não me esqueci de você, Tetas-de-Mel. Levante-se mas sem perder a aderência do consolo, se por acaso não tirá-lo de onde enterrei ou deixar cair pode dar adeus a suas bananas! Assim isso mesmo, puxe-o pra cima do chão. Mostre a força que essa buceta de vadia tem, deixe cair e se arrependerá de ter nascido.
Meu gozo lambuzou tudo tornando difícil a tarefa. Pela mecha dourada afundou-me até o talo no consolo me puxando na ordem de que por meio dos músculos vaginais o erguer-se de onde afundara, apertei com toda força que tinha, um resquício da minha recente felicidade resvalou no momento do aperto e recordei do melhor beijo que já tinham me dado, de um rapaz bonito, bem de vida, quase meu vizinho, estudávamos na mesma escola, lhe fui loucamente apaixonada, um par perfeito caso eu não fosse uma escrava sexual e caso tivesse uma vida própria. A base estava muito firme, meus movimentos colaboraram enterrando mais no chão, comprimi meus músculos, apertei o quanto pude, meu próprio suco e o de Sarah deixaram-no mais liso, se não estivesse bem fundo em mim teria caído quando umas ondas de choques corporais percorreram da vagina a ponta dos meus cabelos; mordi os beiços rezando a Deus que me concedesse energias para fazer o que me foi dito, sob muita dificuldade obtive sucesso, exibia entre minhas pernas o grande troféu: o consolo peniano erguido pelas minhas genitálias, sua exibição me mortificava mas para o Mestre era a genuína prova do verdadeiro poder feminino.
— Bravo, Tetas-de-Mel! Vejo que treinaste bem! Você sabe o que eu quero que faça agora, não é? Ou eu tenho que te dizer?
— Sinto muito, Mestre, mas esta escrava não sabe...
— Assim você me desaponta, Tetas-de-Mel. Está vendo muitos buracos abertos perto de você? Obviamente não, então conecte a ponta do seu vibrador no único buraco possível. Eu vou me ligar ao mais próximo buraco aberto também.
Isso era perverso demais até para seus próprios padrões, fiquei bem na direção do ânus de Sarah e como não tinha escolha fui descendo de cócoras, penetrava nós duas num só golpe, ela me implorava com os olhos lacrimejantes para que não fizesse. No mundo de imaginação que teci sozinha havia perdido algo da essência do Mestre, acreditar que tinha direito ao mínimo que fosse naquela ilha assemelhava-se a crença no papai-noel, na fada dos dentes, no resgate... Talvez o Mestre me conhecesse melhor que eu mesma, bastava a menor lembrança do que Jody já fora, do resquício sugerindo ressurreição que insurreto demonstrava por A+B que eu sou a loira no baú, a bela enjaulada, a mulher vagabunda, a escrava pessoal, a sua Tetas-de-Mel. Obrigando-me a olhá-lo foi enfiando o pau duro na minha bunda, a tripla penetração exigia que exercesse mais força contra Sarah aumentando meu padecimento tendo a vagina preenchida diminuindo o espaço de expansão do seu pênis dentro de mim.
— Você gosta disso, Tetas-de-Mel? Sim? Você é uma puta de uma gostosa, prepare-se escrava, eu vou virá-la e enfiar meu pau até as bolas.
A dor que me rasgava exauriu rapidamente a parca força que me restava, ele puxou o anel de uma das minhas mamas, beijava meu pescoço, minha bunda sofria com a intensidade típica de sua virilidade, algo no movimento do consolo na minha vagina e o puxão abrupto permeou meu corpo de prazer máximo, apertei o esfíncter gozando novamente, honrada com sua atenção; atirou-me ao chão montando a virilha no meu pescoço afundando todo seu pau. Não demorou a ejacular me enchendo a boca, pincelando esperma no meu rosto como se pintasse a Monalisa, esculpisse a Pietá ou escrevesse a versão grotesca da Odisseia dos meus tempos de escrava. Quando ele me fazia gozar era um veneno que corroia lentamente a alma, como se tocasse na única coisa que ainda guardava em mim, já não havia um pedaço meu que não dispusesse, tendo o meu corpo buscava minha alma, alimentado-a de esperma, queimando-a no fogo do seu pau.
— Parabéns, Lábios-de-Açúcar. Você acaba de ganhar o direito de dormir no quarto de agora em diante.
Atrelou minha guia deixando Sarah presa com os consolos nos buracos, ainda faltava muito até a noite. De cabeça baixa deitei no meu canto ao lado de Roscoe. Estava tão mais quente ali que dormi até ser acordada com o grunhido do cão que reclamava mais espaço. O Mestre desceu tirando tudo do meu corpo deixando só a coleira. Reuniu o material de banho, havia sabonetes, xampus, algumas lâminas, esponja, esponja interna e escova. Enchi as bacias enquanto ele foi buscar a Sarah, arrastada pelos braços não parecia fazer tanta força. Penso que estava até agradecida de finalmente poder caminhar um pouquinho. Primeiro deu banho nela, praguejava que teria de aumentar os produtos de higiene na próxima remessa. Rasgou os trapos das roupas de Sarah, do que trouxe consigo só lhe ficaram os bonitos sapatos de couro preto e salto alto, lavou todas as partes, escovando bem a pele, as costas, parecia arrancar o couro, depilou-a toda já que chegara com alguns pelos apesar da moça evidentemente ter o hábito de raspar-se, ensaboou-a quase metendo o sabão todo dentro da vagina e ânus dela, que se debatera mas depois da palmada ficou quieta, enfiou a escova interna, ela era cheia de cerdas feitas especialmente para fazer minha limpeza. Com o tempo ele havia deixado meu banho por minha conta realizando uma inspeção quando terminava.
— Tetas-de-Mel, os próximos banhos você se encarrega e se as duas não estiverem limpas vão ser punidas. E mais rápido com esses baldes.
— Sim Mestre.
— Ainda pensa em fugir Lábios-de-Açúcar?
— Não Senhor.
— O que tá olhando, tá com inveja, quer que eu te dê banho também?
— Se não for incomodá-lo Mestre, esta escrava ficaria honrada...
— Agacha logo aí!
De quatro lavou-me, raspando-me, tocando cada extensão atento as marcas deixadas, aos estragos feitos, do meu comportamento em suas mãos; se retesasse apanhava, se gostasse me beliscava, puxava meus mamilos. Àquela hora me era importante, me sentia limpa apesar das depravações, meu cabelo ficava cheirando a lavanda. Ficamos lá fora até ficarmos enxutas, vesti novamente minha meia calça e meus sapatos vermelhos, Sarah ganhou uma coleira com o dispositivo GPS, as coleiras não podiam ser retiradas porque tinham chaves que ele guardava consigo em um molho numa das gavetas da escrivaninha, ela era oficialmente uma escrava do Mestre Rockwell, com direito a tigela ao lado da minha talhada com seu nome: Lábios-de-Açúcar. Uma mísera ração de cachorro nos foi dada, na minha tigela tinha uns pedaços de banana. Quando acabamos penteamos o cabelo uma da outra, ela tinha um bem cuidado, passamos batom nos lábios. Subismo de quatro pro seu quarto para mais uma noite pavorosa de macerações.
(continua)
Mais um capítulo das desdita de Sarah e Jody. Deem sua opinião, se estão gostando, comentem e atribua estrela, eu como autora fico muito feliz por proporcionar entretenimento para meus leitores. Qualquer contato deixe seu email nos recados! Beijos!