Estava caminhando numa rua que nunca tinha visto na minha vida, era fim de tarde e eu caminhava pela calçada, não sabia para onde estava indo e muito menos por que estava ali, mas, sentia uma calma que em muito tempo não sentia, me sentia feliz, como se toda a felicidade do mundo estivesse a minha volta. Quando virei a esquina, avistei de longe o Eri na calçada me esperando, estava embaixo de uma árvore, sorrindo para mim, quando me aproximei dele o seu sorriso desapareceu e deu lugar a uma expressão de dor e tristeza, me aproximei rapidamente dele a fim de saber por que ele estava com aquele rosto de desespero? Quando me aproximei, ele olhou para mim e colocou as mãos na barriga e olhou para a mesma. Percebi que saia muito sangue de sua barriga e ele começou a cair na minha frente, segurei ele em meus braços enquanto aos poucos íamos ao chão, comecei a pedir para ele aguentar, mas ele não correspondia, comecei a gritar para ele acordar...
G: ACORDA! – senti uma bofetada forte no meu rosto.
Eu: AU! Que droga!
Quando abri os olhos, estava no meu quarto, ainda era noite, o Guilherme estava sentado do meu lado e com uma cara de medo...
G: você estava sonhando, estava desesperado, falando “não, não, não” eu fiquei com medo, tentei te acordar, mas você só acordou quando te dei um tapa na cara.
Eu: Desculpa, tive um pesadelo.
G: oxi, você me deu medo cara – ele falou voltando a se deitar e se cobrir com o lençol – agora vamos voltar a dormir, olha a hora – quando olhei para o relógio eram quase 4:00 da madrugada.
Eu: vamos, mas antes, vista sua cueca, você esta pelado.
G: não gosto de dormir de roupa...
Eu: então não vamos dormir mais.
G: esta bem, me da minha cueca – dei a cueca para ele que a vestiu na minha frente.
Eu: ótimo, agora vamos voltar a dormir.
Desliguei a luz e voltamos a dormir, logo o Guilherme caiu no sono, mas eu não consegui mais dormir, por que sonhar aquilo com o Eri? Que droga, agora isso vai ficar na minha cabeça, passei o resto da madrugada pensando nesse sonho e tentando buscar um motivo de eu ter sonhado com o mesmo, mas não cheguei a nenhuma conclusão. As 6:30 da manhã o alarme do meu celular tocou e tive que acordar o Guilherme para se arrumar par ir para a escola, coisa que ele fez com muito custo, menino preguiçoso, pelo menos ele não tirou mais a cueca.
Me levantei com ótimas e perfeitas olheiras por causa da noite mal dormida, fui para a cozinha enquanto o Guilherme estava no banho e comecei a preparar o café da manha, ouvi a porta da sala se abrindo e constatei que minha mãe chagara do trabalho, ela entrou na cozinha...
L: bom dia filhote!
Eu: esta animada – falei ligando o liquidificador com a vitamina da banana e olhei para ela.
L: menino, você esta horrível, que olheiras são essas?
Eu: não dormi quase nada, a noite foi um pouco agitada.
L: bom, estou com sono, mas vou escutar o que você tem pra falar.
Contei tudo para ela, sem omitir nada, desde a hora que o Erivaldo me ligou, até o sonho que eu tive, ele ouviu atentamente, sentou a mesa, pegou um copo da vitamina que eu fiz, deu um gole e começou a falar...
L: lá vamos nós de novo, filho, toma cuidado – o Guilherme apareceu vestido com seu uniforme, deu um beijo na mãe e começou a comer – como ia dizendo, se você vê que esse tal de Erivaldo é problema, sai fora, não deixe nem começar nada...
Eu: mas esse é o problema, eu não sei o que sinto por ele, confesso que ele mexeu comigo, mas não sei o que sinto.
L: bom, vou dormir, pois estou exausta, mas filho, tome cuidado, depois conversamos melhor e chame ele para almoçar aqui em casa no domingo, quero conhecê-lo.
Eu: esta bem – ela foi para o seu quarto.
Deixei o Guilherme tomando seu café e fui tomar meu banho, quando terminei, fui para o meu quarto, coloquei uma camisa branca, calça jeans azul bem coladinha e meu tênis da coca-cola Branco, aquela calça deixava minha bunda enorme, até que eu fiquei gostosinho.
Voltei para a cozinha, tomei meu café da manhã as pressas, ajudei o Guilherme a amarrar os cadarços dos sapatos, escovamos os dentes e saímos, deixei ele na escola e rumei para a faculdade.
Quando entrei na faculdade mandei uma mensagem para o Arthur me encontrar perto do restaurante universitário, quando cheguei no restaurante avistei de longe o eri sentado numa mesa com Thais, me aproximei, ele estava com uma camisa branca e blazer preto, calça jeans preta, sapatos all star pretos, óculos de só com lentes redondas e um chapéu preto, ele estava com uma cara péssima e tomava café junto com sua melhor amiga, a Thais estava linda como sempre, com seus cabelos castanhos claros e ondulados, sua pele morena e olhos verdes, usava uma camisa vermelha, calça jeans preta e estava de óculos, o que lhe deixava com cara de nerd mas que combinava muito com ela, eu cheguei por trás sem ele perceber...
Eu: esta de luto meu filho? – falei isso perto de seu olvido esquerdo e um pouco alto.
E: Ai meu deus! Não faça isso, minha cabeça vai explodir – protestou colocando as mãos nas orelhas.
T: pensasse na ressaca, entes de beber feito louco, né meu amor? – falou Thais calmamente enquanto dava um gole em seu café.
E: me lembre de nunca mais beber assim.
T: você disse isso da ultima vez e ai esta, bebeu de novo, acho é pouco essa ressaca.
Eu: ela esta certa Eri, você mereceu essa ressaca.
E: o que é isso agora? Um motim? To ferrado com vocês, a propósito, Diego, me desculpe por tudo o que aconteceu ontem e essas olheiras?
Eu: sem problemas, ajudei de coração, você tirou meu sono...
A: oi gente! – Arthur chegou.
E: Não fale muito alto, por favor.
A: já sei, o Diego me passou todo o ocorrido pelo whats hoje de manhã (só não falei do sonho, isso só contei pra minha mãe), uma dica, deixe de beber.
E: obrigado – falou colocando as mãos na cabeça.
Eu: olha, não é querendo apreçar não, mas as aulas já vão começar, temos que procurar nossos respectivos prédios.
T: verdade, vamos Eri?
E: vamos – ele se levantou calmamente.
Fomos caminhando devagar, o Arthur ia caminhando do meu lado, em silêncio, fomos conversando banalidades até que o Arthur e a Thais foram para um lado e eu e Eri fomos para o outro, fomos caminhando em silêncio até que chegamos no prédio do Eri, paramos para nos despedir...
E: obrigado por ontem, estou morrendo de vergonha hoje – falou isso tirando os óculos.
Eu: não foi nada, gosto de você, vejo que você não é uma má pessoa, por isso que te ajudei.
E: só por isso? Tem certeza que não tem nada mais? – falou isso se aproximando perigosamente de mim.
Eu: é... não sei – fui caminhando para trás até que encostei na coluna atrás de mim.
E: sei que você quer isso.
Ele colocou as mãos no meu rosto e aproximou nossos lábios, coloquei minhas mãos em sua cintura e colei nossos corpos, ficamos nos beijando ali no corredor, não me importei com as pessoas que passavam e pelo visto ele não estava nem ai também, eu fiquei com medo de alguém tentar fazer algo contra nós por conta daquele beijo em público, pois enquanto nos beijávamos, muitas pessoas passavam pelo corredor, indo para seus respectivos prédios, mas o que me surpreendeu foi que as pessoas que assavam por nós, pareciam não se importar, fingiam que nada demais estava acontecendo e isso me deixou aliviado e me fez curtir mais o beijo...
Eu: ta bom, eu tenho que ir – falei nos separando.
E: só mais um pouco, por favor, você esta uma delicia nessa calça.
Eu: obrigado – falei sem graça e sentindo meu rosto esquentar - não, vamos nos atrasar desse jeito.
E: esta bem, mas, mais tarde eu quero mais.
Eu: vou pensar no seu caso.
E: não pense muito – falou isso entrando no seu prédio.
Eu fui caminhando para o meu prédio, seguindo as indicações, quando num momento de distração em que olhei para trás, esbarro em alguém e quase caímos no chão...
- tá maluco moleque? – os amigos dele e ele olharam para mim, o cara era fortão, do tipo que me deixaria em coma com um só murro na cara.
Eu: desculpa cara, me distraí e sem percebe esbarrei em você – eu já estava com medo dele.
- ta bom, desaparece e vê se não esbarra em mim de novo otário.
Eu: ta bom, desculpa – sai de lá quase que correndo e eles ficaram rindo da minha cara.
Entrei na sala de aula e o professor ainda não estava na mesma embora já estivesse em horário de aula, como a sala já estava um pouco cheia, acabei sentando no fundão...
Eu: o professor ainda não chegou na sala? – perguntei para uma garota que eu achei com cara de simpática enquanto eu ia para a ultima cadeira da fila.
- Não, pelo o que foi dito agora a poço ele já esta vindo, ele ligou dizendo que o pneu do carro furou.
Eu: bom, então vamos esperar, me chamo Diego.
- Laura, é um prazer Diego – ela falou se levantando e se aproximando para me beijar no rosto.
Eu: o prazer é todo meu Laura – beijei suas duas bochechas – bom, vou lá para a ultima cadeira me sentar, depois a gente conversa.
L: esta bem, até daqui a pouco.
Eu: até.
Fui lá para a ultima cadeira, sentei, agasalhei minha mochila na cadeira, cruzei meus braços no apoio e deitei minha cabeça sobre eles, estava sentindo o sono vindo quando de repente sinto mãos firmes apoiando-se em meus ombros...
- olha só quem esta aqui! O nosso amigo distraído – ele deu um sorriso para os seus amigos que estavam sentando perto de nós.
Eu: cara, eu já pedi desculpas, foi um acidente, agora todos vocês me deixem em paz – falei com calma para não demonstrar estar nervoso e fui me levantando para trocar de lugar.
- Pra onde você vai senhor desastrado – falou isso forçando meu braço para que eu me sentasse de novo – vamos ser bons amigos, todos nós.
A essa altura algumas pessoas da sala olhavam de canto de olho para nós, demonstrando não querer se envolver para não acabar na mira deles, como eu estava, a Laura me olhava com um olhar tipo “sai logo daí”, voltei a sentar e fiquei calado olhando para frente, sem prestar atenção neles.
- Então amigo qual seu nome? – um dos garotos perguntou.
Eu fiquei calado.
- é falta de educação não falar com um amigo quando ele fala com você – o cara que eu esbarrei nele falou.
Eu: eu não sou amigo de vocês, nunca vou ser e vocês me deixem em paz.
Me levantei rápido e troquei de lugar, quando vi que ele iria se levantar para vir até mim, o professor chegou na sala e ele voltou a se sentar “salvo pelo professor”, as primeiras aulas correram tranquilamente, sem nenhum problema, os idiotas me deixaram em paz e todos estavam prestando atenção nas aulas, na hora do intervalo marquei de encontrar com o Arthur, a Thais e o Eri no restaurante para comermos juntos. Quando sai da sala para ir para o restaurante, sinto meus braços sendo neutralizados o cara que eu esbarrei segurava de um lado e outro de seus amigos segurava do outro.
- o que vamos fazer com esse viadinho, Ricardo?
Então esse é o nome desse idiota? Ricardo.
R: vamos para um lugar mais reservado, me sigam, sei exatamente onde ir, vamos ensinar para nosso amigo a ter boas maneiras e a tratar bem os amigos...
<3 Gente ai esta mais um capitulo, obrigado por todos os comentários e logo voltarei com mais, até a próxima então. <3
P.S. Jardon: procurei teu face, mas não achei ninguém com esse nome por lá, me manda um email que a gente conversa melhor, então aguardo o seu email, BJS.
TRenattoZ: vamos deixar os fatos se desenrolarem, vamos ver o que vai acontecer kkkkkk obrigado pelo seu comentário amigo.
Geomateus: querido, obrigado pelo seu comentário, espero que esteja gostando.
Martines: querido, obrigado pelo seu comentário, espero que esteja gostando do rumo que estou dando para a história.
Ru/Ruanito: cara, também odeio gosto de bebidas em beijos, bebidas e cigarro, é nojento beijar alguém com esses gostos na boca kkkk ECA! Obrigado pelo comentário. Uma coisa já sei, se algum dia quiser te conquistar, devo descartar toda e qualquer bebida ;)
LuckinhasS: meus agradecimentos te mando pelo whatsapp, BJS amore.