Como o combinado Marcio levou-me até a capital , assim que ele partiu liguei para dona Cida avisando-a que estava no hospital.
_ Em 20 minutos eu chego Gustavo.
_ Vou espere-la na entrada do hospital dona Cida.
Pontualmente uma senhora se aproxima de mim com um lindo sorriso.
_ Você é o Gustavo, muito prazer garoto.
_ O prazer é todo meu dona Cida, e como sabia que era eu?
_ De tanto o Leandro falar de você logo imaginei que seria, vou subir para liberar os pais dele depois você sobe comigo.
_ Tudo bem fico aqui aguardando.
Cida voltou acompanhando os pais do Leandro, eles estavam tristes e abatidos, assim que entraram no taxi ela chamou-me e eu acompanhei até o quarto onde Leandro estava, tive que me segurar ao vê-lo seu estado era triste de se ver.
A cabeça enfaixada o rosto muito inchado com alguns aranhões realmente foi triste vê-lo assim, Cida tirava panos de sua sacola depois saiu e voltou com uma bacia com água que colocou ao lado da maca.
_ Você me ajuda dar banho nele Gustavo?
_ Claro Cida é só falar como fazer.
_ Eu vou explicando enquanto faço fica mais fácil.
Ela molhou um pano torceu e com muito cuidado passou no rosto e no pescoço do Leandro em seguida com outro pano seco ela o secou, pediu-me para ajuda-la tirar a camisa mais uma vez outro choque o tórax dele esta todo roxo devido a pancada no volante e sua barriga com um corte grande, com o mesmo cuidado Cida passou o pano no corpo dele braços axilas depois secou-o.
_ Você esta bem garoto, quer esperar lá fora depois você volta?
_ Estou bem Cida é que vê-lo assim me deixou um pouco nervoso mas estou bem.
Com delicadeza ela ergueu a cintura do Leandro pedindo-me para puxar suas calças nessa hora não consegui controlar-me as pernas dele estavam com horríveis cortes profundos parecia que alguém tinha enfiado uma faca e foi cortando por todos os lados, Cida quis que eu saísse mas continuei ajudando-a, além da calça tiramos a fralda, ela fez toda limpeza nele e depois passou o pano molhado em seguida secou-o, colocamos outra fralda e roupas limpas nele, Cida saiu para jogar a água a fralda e os panos sujos, sentei-me ao lado dele segurei sua mão e resolvi fazer uma oração quando abro os olhos Cida esta parada ao nosso lado.
_ Isso mesmo garoto peça para que ele sai bem e volte logo para a gente o Leandro é muito especial para estar assim.
_ Não sou medico Cida mas algo me fala que ele vai ficar bem e não vai demorar.
_ Também tenho o mesmo pensamento Gustavo.
_ Cida o Leandro tem problema de pressão?
_ Que eu saiba não, se tivesse ele me contaria o Leandro nunca me escondeu nada principalmente sobre sua saúde,
_ Mas porque você perguntou isso Gustavo?
Contei para ela sobre o desmaio dele no riacho e falei que ele fez exames e não contou nada de errado, Cida achou tudo muito estranho.
_ Vou falar isso para o medico, daqui a pouco ele vem ver como Leandro esta aproveito para falar com ele sobre isso.
O medico chegou examinou Leandro aplicou uma injeção fez umas anotações, quando estava para sair Cida contou-lhe sobre o desmaio.
_ Bem dona Cida tudo indica que ele teve um mal súbito antes da batida talvez ele tenha tido outro desmaio repentino pelos exames o Leandro tem descontrole da pressão mas isso com tratamento tem cura, só quando ele sair do coma induzido para sabermos o que realmente aconteceu o bom é que ele esta reagindo muito bem ao tratamento.
Agradecemos o medico e ficamos felizes por saber que Leandro estava se recuperando rápido, ficamos conversando por um longo tempo, Cida contava-me sobre Leandro percebia-se o quanto ela gostava dele, eu também falava sobre mim minha família com isso as horas voaram.
_ Gustavo vou almoçar e volto logo qualquer coisa chama algum enfermeiro para te ajudar, mas não vou demorar quando eu voltar você vai almoçar também.
_ Pode ir tranquila, quando você vier eu vou embora falei para meus pais que não ia demorar para eles não ficarem preocupados.
Logo que ela saiu voltei sentar-me ao lado do Leandro, peguei sua mão e dei-lhe um beijo na testa e no rosto, resolvi conversar com ele mesmo estando em coma.
_ Reaja meu amor, seja forte como sempre foi, sinto muito sua falta professor não paro de pensar em você um só minuto sei que é egoísmo de minha parte mas por favor volte logo te amo muito professor para te ver assim e não sofrer, não sei se esta me ouvindo mas se tiver tudo que estou falando é de coração por favor não me deixe professor eu te imploro.
Eu falava com ele segurando sua mão e com meu rosto em sua testa afim de esconder minhas lágrimas caso alguém entrasse, assim que terminei de falar sinto a mão dele apertar a minha pensei que estivesse imaginando mas novamente ele aperta minha mão só que desta vez com mais força e mais demorado, fico olhando para sua mão depois olho para seu rosto e vejo escorrer uma lágrima de seus olhos.
_ Você me ouviu eu sei que você me ouviu professor é o melhor presente que você poderia me dar hoje meu querido, tenho certeza que você vai se recuperar e sair logo desse hospital professor.
Cida chegou e me viu chorando ao lado dele, contei o que tinha acabado de acontecer e mostrei para ela o rosto dele ainda molhado pela lagrima que escorreu, ela também começou a chorar e foi chamar pelo medico que ao ver Leandro nos falou que ele iria sair do coma induzido que aquela reação era sinal de que ele estava começando recuperar a consciência, despedi-me da Cida combinando de voltar dois dias depois para visitar Leandro, sai do hospital e fui direto a igreja agradecer pela recuperação do Leandro depois peguei o ônibus e fui para minha casa, chegando lá contei para meus pais e amigos do colégio sobre como o Leandro estava e sobre sua recuperação.
Continua.