2 Capitulo
Em brasas
O jantar com anuência de Brena ficou marcado para as oito horas da noite; claro que minha filha estava num estado de nervos que misericórdia... Até parecia que desse jantar dependia vida ou morte de alguém. Ela estava tão nervosa que a partir da tarde não parou de vibrar o meu celular, na verdade era ligações de 10 a 10 minutos querendo saber os mínimos detalhes de como ia o andamento do jantar, encerrava as ligações sempre exigindo perfeição.
Nas varias vezes que a atendi expliquei que Juliana e eu estávamos resolvendo tudo. A fim de acalmá-la pedi pra relaxar que daria tudo certo, ressaltei que estávamos bem adiantados, principalmente daríamos conta do recado, contudo a ansiedade falava mais alto.
Entendia muito bem o nervosismo da minha filha. Era seu primeiro namorado que seria apresentado aos seus Pais, antes nunca havia passado por essa situação, provavelmente havia o receio de Arnaldo não aceitar o relacionamento somado a preocupação de agradar o namorado, de gerar boa impressão acima de tudo. “a cabecinha da minha menina deve tá uma confusão só.” Pensei comigo mesmo encerrando o momento de devagar a respeito do estado de espírito de Brena para levar ao forno uma torta ao molho de maçã especialidade de Juliana.
Ás oito horas da noite, como planejado, tudo estava pronto.
Arnaldo, Vinicius e eu estávamos sentados à sala de TV a espera de Brena e Claudio, minha filha passou em casa lá pelo final da tarde trocou de roupa e saiu no propósito de encontrar o namorado para virem juntos. Combinaram assim.
Arnaldo como sempre elegante vestia calça preta discreta e camisa social branca, embora não fosse roupas sofisticadas como de costume quando saia para almoço de negocio ou a eventos do Banco em que trabalhava, o fato é que ele estava lindo, a opção de discrição consistia no pensamento de deixar Claudio a vontade.
Às oito e vinte da noite Brena e o namorado chegaram.
Na sala principal Brena fez as apresentações.
Disse ela olhando para Arnaldo:
-Esse é o Claudio... Meu namorado.
Brena apresentou primeiro Claudio a Arnaldo por motivos óbvios: Seria o pai que bateria o martelo se aprovava ou não o rapaz. Desta decisão dependia a vida de seu relacionamento.
Claudio aproximou-se de Arnaldo e o cumprimentou estendendo a mão, que por sua vez foi pega por meu marido que segurou e não soltou.
-Você trabalha meu rapaz?
-Papai. – Protestou Brena fazendo beicinho.
-Não é hora pra isso Arnaldo. -Asseverei tocando o ombro do meu marido afim dele soltar a mão do rapaz.
Claudio era um jovem de uns 20 anos de idade, malhado, peitoral definido. Percebi tudo isso assim que pus os olhos nele, principalmente porque a camisa pólo que usava salientava essas características, bem como o vestia bem, ainda mais, pelo realce da calça Jeans azul apertada formando a altura da genitália um volume consideravelmente grande. Meus olhos o analisaram pormenorizadamente involuntariamente, e agradou-se da altura, um metro e setenta, do peitoral, das mãos enormes, do rosto de astro de novela, enfim meus olhos se agradaram daquele rapazote com cara de homem.
- Prazer senhora Angélica. -Claudio me cumprimentou.
-Prazer é todo meu. - Peguei a mão dele enorme enquanto meus olhos perscrutaram o volume formado na calça. Realmente era enorme. Levantei os olhos e trocamos dois beijos no rosto formalmente.
Pronto. Os pensamentos que moravam na minha cabeça apareceram, avaliaram o rapaz e bateram o martelo: Claudio era o cara ideal. O cara perfeito para dar asas aos meus desejos por muito tempo reprimidos.
Balancei a cabeça como se o gesto fosse capaz de me livrar desses pensamentos feios, afinal Claudio era namorado da minha filha. Impossível, portanto a idéia de extravasar os desejos reprimidos com ele. Também foi Impossível num gesto consegui destruir, me livrar tais pensamentos.
Arnaldo com a mão na minha cintura levou-me a sentar do seu lado no sofá, sendo que a posição que fiquei ao lado do meu marido me deixava de frente para Claudio que se sentou, no outro sofá, ao lado de Brena, que por sua vez era só alegria. Vinicius sentou no mesmo sofá que sentamos, de forma que, ficou ao lado de Arnaldo. Ou seja, Arnaldo encontrava-se entre o filho e eu, sua esposa.
Frente a frente, embora distante por um espaço significante e sob olhares. Embora ele nada desconfiasse que estivesse sendo perscrutado, desejado, querido. Discretamente meus olhos atentamente continuaram a observá-lo. Sobrancelhas feitas, nariz afilado, queixo fino, lábios vermelhos proeminentes, carnudos. Involuntariamente mordi os lábios efeito enfurecedor de imaginar aqueles lábios contra o meu amassando-o.
-Estuda o que mesmo, meu rapaz? – Inquiriu Arnaldo curioso cruzando as pernas ao mesmo tempo em que mantinha a mão direita repousada no meu colo.
- Administração. Estou no quinto período de Administração. – Respondeu Claudio aparentemente seguro de si.
- Ótimo curso. Vou formar em Administração. – Comenta Arnaldo satisfeito pela resposta.
Brena não tirava as mãos de sobre o namorado.
-Ele é muito estudioso, pai. -Completou Brena exalando orgulho.
Vinicius não gostou do comentário meloso de Brena e rebateu, dizendo:
- É preciso tanto?
Brena o ignorou.
-Quando formado vou trabalhar na Empresa do meu pai, na verdade estou sendo preparado para assumir os negócios da Família.
-Humm, isso é bom muito bom. - Ateve-se a dizer isso para não demonstrar nenhum interesse, a fim que Claudio não pensasse que Brena estivesse à venda. Ele aceitaria ou recusaria o relacionamento baseado se Claudio era ou não uma boa pessoa, logo, o fator dinheiro não era preponderante, sim, o caráter.
- Gosto da sua filha... –Enquanto Claudio falava, fascinada, eu continuava apreciando sua beleza. Continuava tendo pensamentos feios, continuava em brasas, fixa olhando-o. - Gosto muito de sua filha. – Ele percebe que eu estou lhe olhando, pois nossos olhares se cruzaram, por isso imediatamente abaixei a cabeça envergonhada.
“Meu Deus será que fui indiscreta?” pensei preocupada. “Certamente concluirá que estou o sondando na qualidade de mãe de Brena. Jamais pensará que o estou desejando” Concluir num misto de medo e desejo.
-É muito bom saber disto. Quero que minha filha seja feliz.
-E eu sou feliz. E essa felicidade é graças ao Claudio, papai. – Informa Brena em tom de confessionário.
- Rapaz, meus filhos são as coisas neste mundo mais importante, portanto...
Interferi, pois sabia que Arnaldo iria iniciar um discurso cheio de advertência que não teria fim. Disse:
- Há uma champanhe preparada para o momento de alegria em que ti recebemos Claudio, aqui em nossa casa, né Arnaldo?
- Sim. – Concorda.
-Vou pedi que Juliana nos sirva.
Quando faço menção de levantar Claudio intervém, e diz:
-Dona Angélica, por favor, eu sirvo.
-Eu o ajudo. – Se oferece Brena muito solicita.
-Tá bem. - Concordo.
Ambos levantam rumo à cozinha. Aviso-os:
-O balde com o champanhe tá na geladeira.
-Ok, mãe. - Diz Brena transbordando contentamento.
Em segundos estão de volta. Claudio abriu a Champanhe, que estoura espumando.
-Amor eu ponho nos copos e você serve. Tá bom?- Sugeri Brena com o champanhe numa mesinha, onde ficava o telefone, próximo ao sofá.
-Ok. -Concorda.
Na vez de me servir a temperatura do meu corpo subiu. Claudio parou na minha frente com a taça de champanhe na mão sem obedecer nenhuma formalidade, e ante de se curvar para me entregar a taça, por ser alto... Sei lá... O fato é que a região da genitália dele ficou a altura do meu rosto, o ângulo perfeito para mais de perto apreciar o volume formado naquela região. Momento oportuno que não deixei passar despercebido, pelo contrario aproveitei. Avalie novamente o tamanho do pau dele. Tudo indicava que era enorme.
Ele estendeu a taça de champanhe. Eu estava entretida avaliando seu pau e não vi.
-Dona Angélica. – Claudio me chamou.
Levantei o rosto lentamente ruborizada de vergonha, mas também repleta de tesão.
Recebi a taça, mas não sei como explicar ele tocou-me de relance acendendo o fogo dentro de mim. Foi um toque, simplesmente um toque, mas capaz como dinamite de proporções gigantescas tal qual um vulcão adormecido que entra em erupção.
A taça caiu da minha mão e espatifou.
Meu corpo estremeceu, subiu a temperatura, visivelmente mudei fiquei agitada, por isso na perspectiva de me controlar usei o pretexto da queda da taça como justificativa para me retirar, uma vez que se permanecesse ali com certeza Arnaldo iria perceber, desta maneira pedi licença a todos e fui direto ao banheiro de visitas próximo a cozinha.
Continua...
Obs : O que vcs estão achando da historia? Seria bacana a opinião de vcs, pois me daria motivação para continuar a escrever.