Nanda saiu da casa de Ariana e foi ao seu ateliê. Estava extremamente nervosa e, mal entrou em seu quarto, desabou em um choro convulsivo. Meia hora depois, Liana, sua sócia, chegou e estranhou encontrá-la por ali. – O que você está fazendo aqui? Pensei que estaria bancando a babá da filha da sua namoradinha – ironizou, com todo o peso do seu ciúme de Ariana. – Para com isso, Liana. A última coisa que eu preciso agora é do seu sarcasmo – respondeu Nanda. Liana percebeu a fragilidade da amiga e foi até ela, abraçando-a. – O que houve, Nandinha? Por que você está chorando, amor? – perguntou, carinhosamente. – Eu to grávida, Liana – respondeu e desabou no choro novamente. – Grávida? Como assim? – estranhou a garota, pois sabia que Nanda não se envolvia com homens. – Na minha viagem, eu cometi a maior burrada da minha vida. Na última noite, conheci uma travesti e me deixou ser seduzida por ela. Acabamos transando e... você sabe do meu fraco por travestis. Mas, que merda. Como pude ser tão burra? – gritou Nanda.
Liana estava perplexa e abraçou a amiga ainda mais forte. – A Ariana já sabe? – perguntou. – Não. Sabe da travesti, mas não da gravidez. Ela vai me odiar quando descobrir. Eu vi a decepção no rosto dela quando eu contei da traição. E agora que eu estou grávida... esse maldito fetiche que eu tenho. Por que não caiu um raio naquele quarto bem na hora? E por que tinha de ser justo no meu período fértil? Por que eu não usei a caralha da camisinha? – se recriminava Nanda. – Ei, calma, para com isso. Você cometeu um erro sim, mas já passou. Você tem um bebê crescendo aqui dentro. Pense nisso – falou Liana, pondo a mão na barriga de Nanda. – Não vou ter esse bebê por muito tempo não. Vou tirá-lo – afirmou. – Vai o quê? Que história é essa, Fernanda? Não se brinca com essas coisas. Você vai fazer o pobrezinho pagar pelo erro que você cometeu? Acha que é justo? Ele é uma vida, uma vida inocente – argumentou Liana. – Uma vida inocente que vai acabar com minha chance de felicidade. Assim que a Ariana souber disso, nunca vai querer olhar na minha cara – disse. – Você não sabe disso. Se ela amar mesmo você, vai entender e vai querer criar esse bebê contigo – disse Liana.
Nanda estava apavorada com a ideia de perder Ariana e, por essa razão, decidida a não contar nada. Tinha certeza de que ela não aceitaria. Além do mais, aquele não era o momento certo para revelar essa história. – Façamos o seguinte, então. Você vai dizer a ela que precisa viajar e vai passar uns dias na minha casa. Você se acalma, coloca a cabeça no lugar e decide de maneira mais racional. Se ela não entender e não quiser aceitar, você sabe que sempre me terá do teu lado. Só não quero que você se precipite, amor – aconselhou Liana. Nanda aceitou a sugestão da amiga e sócia. Naquela tarde, como ela sabia que Ariana dormiria no hospital, foi até a casa dela falar da viagem. – Você vai viajar de novo? E justo agora, Nanda? Pra onde? – perguntou Ariana. – Desta vez, é viagem de família. Surgiu um problema de última hora e tenho de ir. Não foi programado, eu juro – respondeu. – E como você está se sentindo? Por que você estava vomitando hoje de manhã? – perguntou Ariana. – Devo ter comido algo ruim, mas estou bem agora. Não se preocupe. O Alberto vai voltar pra casa amanhã, não é? Você não teria tempo mesmo pra mim – falou. – Eu sempre terei tempo pra você – afirmou Ariana.
Alberto voltou pra casa depois de uma semana internado. Precisaria ainda passar mais algumas semanas de molho antes de retomar suas atividades normais. Teria uma dieta especial, exercícios e muito descanso. De fato, Nanda tinha razão. Ariana teria muitas dificuldades em se dedicar a ela naquele período. Enquanto ficou em casa, Alberto se distraía com Léa e a pequena Lúcia, que estava adorando brincar de enfermeira do pai. Ariana agendou consultas no fisioterapeuta pra ele e passou a levá-lo três vezes por semana. Em uma dessas idas, se surpreendeu ao ser abraçada por trás e receber um beijo molhado no pescoço. – Ô saudade desse pescoço cheiroso – disse Octávia, a africana que Ariana conheceu em um bar. – Octávia. O que você está fazendo aqui? – perguntou ela, espantada. – Vim trazer minha sobrinha, que machucou a perninha, para fazer fisio. A bichinha tá sentindo muita dor, mas agora estou feliz de ela ter se acidentado. Pude rever você – falou.
As duas se sentaram pra conversar. – Eu ainda estou te devendo um fisting de mão completa, lembra? – sussurrou Octávia no ouvido de Ariana. Ela sentiu um arrepio na espinha ao ouvir aquilo e teve uma pontada na sua boceta. – Tá doida de falar isso aqui? – reagiu Ariana, nervosa e disfarçando o tesão que sentiu. Octávia riu, olhou para a recepcionista e voltou a se curvar no ouvido dela. – Eu to doida pra ter você naquele meu quartinho de novo, isso sim. E mais doida ainda pra cumprir minha promessa – falou baixinho. – Não posso, Octávia. Meu marido tá se recuperando de um enfarto e estou cuidando dele, 24 horas por dia. Além do mais, existe uma garota com quem eu namoro. E eu a amo muito – respondeu. – Qual o problema? Eu não estou pedindo você em namoro, minha linda. Estou só propondo uma brincadeirinha deliciosa como naquele dia. Quando teu marido melhorar e você estiver precisando desestressar, me procura – disse Octávia. Sua sobrinha apareceu e ela se despediu de Ariana com uma piscada de olho, indo embora em seguida.
Voltaram pra casa e, caminhando na direção da porta, Ariana viu Léa saindo da casa de Sônia. Estava acompanhada da delegada e beijou sua mão na despedida. Ariana ficou pasma ao ver aquilo. Olhou rápido para Alberto e deu graças a Deus ao ver que ele já tinha entrado. Léa se despediu de Paloma e se virou pra ir pra casa, dando de cara com Ariana. A garota se aproximou, constrangida, e a cumprimentou, passando direto. Ariana a seguiu até o quarto dela e trancou a porta. – O que foi aquilo lá fora, Léa? Você ainda está saindo com a Sonia? E aquele beijo na mão, como se fosse estivesse pedindo a bênção, sei lá – perguntou. – Era isso mesmo que eu estava fazendo. Ela gosta que as cadelinhas dela beijem sua mão quando chegam e quando vão embora. Um sinal de respeito e adoração – respondeu Léa. Ariana se lembrou de quando ela mesma beijou a mão de Sonia um tempo atrás. – Léa, não acho que ela seja uma boa companhia pra você. Eu a acho estranha, esquisita, assustadora – disse Ariana. – Pois eu estou completamente apaixonada por ela. Faço tudo o que ela quiser e mandar. Inclusive eu pretendo ir morar com ela e servi-la o dia inteiro – revelou Léa.
Ariana se sentou na cama, meio tonta da história de Léa. – Eu não estou acreditando nisso. É muito surreal – disse ela. Léa a abraçou por trás. – Ela é minha dona, Ari, e eu amo essa sensação de pertencer a alguém. Quando toca meu celular e eu ouço a voz dela, meu coração dispara. Quando a vejo, sinto o cheiro dela, o beijo, meu mundo se torna ela. Eu obedeço a tudo que ela mandar, faço tudo que ela desejar. Ela mandou eu terminar com o Hans e eu terminei. Ele não gostou, sofreu, chorou, mas nem liguei. Eu estava obedecendo a minha dona, fazendo-a feliz e era só o que me importava. É como uma droga. Eu preciso dela pra viver. Se me tirarem, eu morro – falou Léa, baixinho, no ouvido de Ariana. O corpo desta começou a reagir e ela gemeu, amolecendo o corpo. Léa percebeu e começou a passar a língua no seu pescoço, suavemente. O coração de Ariana acelerou e seu corpo parecia uma brasa. Léa acariciou seus seios com a pontinha dos dedos e continuou beijando o pescoço de Ariana e mordendo a pontinha da sua orelha. Léa tirou sua calcinha e passou no nariz de Ariana. – Sente como eu fico melada só de falar da madrinha. Agora, imagina como eu fico quando estou na cama com ela. É algo inimaginável – disse Léa. A calcinha estava ensopada.
Lúcia entrou no quarto da irmã e interrompeu o jogo de sedução. Ela vinha avisar que o pai estava chamando pela mamãe. Ariana, mais que depressa, se levantou e foi até o marido. Mais tarde, no chuveiro, se masturbou e teve um orgasmo forte. Ela precisava de Nanda urgentemente. Ligou pra tatuadora, mas seu celular caiu na caixa postal. Desde que viajara, não conseguira falar com ela nenhuma vez. A família foi jantar e Léa se sentou bem em frente à Ariana. Durante a refeição, começou a alisar suas pernas com o pé, subindo até suas coxas. Ariana tomou um susto e a encarou. Léa sorriu e disfarçou, puxando assunto com o pai. Continuou acariciando as pernas da madrasta por baixo da mesa, deixando Ariana fervendo de tesão. Após o jantar, recolheram as coisas da mesa e Alberto foi à sala com as filhas. Ariana ficou lavando a louça quando Léa chegou por trás, colocando as mãos em sua cintura. – Depois que o papai tomar o remédio pra dormir dele, vai até meu quarto. Quero muito foder você esta noite. Chupar você demais até te fazer desmaiar de prazer – sussurrou.
Ariana estava se sentindo confusa e perdida. Estava subindo pelas paredes de tesão desde que reencontrara Octávia e agora Léa a provocando o tempo todo. Alberto anunciou que iria se deitar e tomou seu remédio. Ele dormia dopado toda noite desde a cirurgia. Ariana se deitou com ele e logo viu que o marido ressonava. Imediatamente, sua boceta estremeceu e os bicos dos seus peitos endureceram. Lembrou do cheiro da calcinha de Léa e não resistiu. Saiu do quarto e foi até o da enteada. Abriu a porta devagar, torcendo para que ela estivesse dormindo, porém não estava. Ao contrário, Léa estava bem acordada, completamente nua na cama, de pernas bem abertas. – Vem, Ari. Vem me chupar – chamou. Ariana fechou a porta e foi até ela. Ajoelhou-se ao lado da cama e mergulhou o rosto na boceta da menina, sugando seus grandes lábios e grelinho. Léa prendia sua cabeça com as coxas e as mãos, forçando-a mais contra si. Ariana agarrava as coxas dela e chupava com força, com sede, com paixão. Estava com muita saudade de uma boceta e daquele jeito, meladinha, suculenta e cheirosa.
Léa gozou copiosamente e puxou Ariana pra cima da cama. Rasgou a camisola dela em vários pedaços e a imobilizou com seus joelhos. – Agora, vou te mostrar um pouquinho as maravilhas que minha madrinha faz comigo pra você entender por que eu a amo tanto e por que eu a obedeço cegamente. Esta noite, e até o retorno dela, você será minha cadelinha. Vai dormir comigo todos os dias e passará o dia ansiando pela chegada da noite e pelos prazeres que eu lhe darei. Entendeu? – perguntou Léa. Ariana estava assustada. Nunca viu a enteada agir daquela forma. Demorou a responder e levou uma tapa. – Eu fiz uma pergunta, cadelinha. Quer apanhar? – perguntou Léa. – Não. Eu entendi sim – respondeu Ariana. Léa sorriu e a beijou, enfiando a língua em sua boca. Se beijaram por muitos minutos, de maneira intensa e ardente. As mãos de Ariana permaneciam presas e seu corpo queimava, sua boceta gotejava. Léa deixou os lábios dela de lado e passou a chupar seu pescoço, com força, deixando uma marca vermelha bem visível. Em seguida, desceu para os seios e os sugou também, mordendo os mamilos e arrancando grunhidos de dor e prazer. Antes de ir à boceta de Ariana, se ajoelhou em seu rosto e mandou que ela a chupasse mais uma vez. Ariana obedeceu e Léa teve mais um orgasmo. Finalmente, se dirigiu à xoxota dela e fez um oral de primeiríssima qualidade, levando Ariana a gozos profundos e violentos, chegando a desfalecer na cama.
Ariana cumpriu a profecia de Léa, voltando ao seu quarto todas as noites e sempre tendo relações memoráveis e prazeres febris. Ariana, todos os dias, dizia a si mesma que não voltaria, porém lá estava ela outra vez, se encaminhando ao quarto de Léa. Nos dois últimos dias, já foi nua, atendendo a um desejo de Léa e também porque ela gostava de rasgar as roupas de Ariana. Léa era criativa nas maneiras que fazia Ariana gozar. Ela nunca sabia o que encontraria e a surpresa era sempre maravilhosa. – Léa, você já parou pra pensar no que estamos fazendo? Seu pai está dormindo no quarto ao lado. Além disso, você está pensando em me transformar em sua cadela? Em ser minha dona? – perguntou Ariana. Léa sorriu e se virou por cima dela. – Não, Ari. Eu não tenho a competência da minha madrinha. Só quero fazer você entender um pouquinho do que eu sinto. Com ela longe, eu preciso de um corpo macio pra me esquentar e me dar prazer. Esse corpo é o seu. Mas, quando ela voltar, eu serei dela outra vez – respondeu Léa. – Foi ela quem mandou você fazer tudo isso? – perguntou Ariana novamente. – Não. Ela não sabe de nada, mas vai saber – respondeu.
Nanda acordou cedo em uma manhã e encontrou Liana na cozinha, tomando café. – Bom dia, Lili – cumprimentou. – Bom dia, amor. Sua namoradinha ligou de novo. Já são mais de vinte telefonemas dela. To de saco cheio – disse. – Ainda não quero falar com ela. Não tá na hora – falou Nanda, sentando-se para comer. Liana foi trabalhar e, como fazia todos os dias, levou o celular de Nanda. Porém, naquele dia, resolveu fazer algo fora do comum. Mandou uma mensagem pra Ariana como se fosse Nanda, dizendo que queria vê-la e mandou seu endereço. Ariana ficou super contente e foi. Tocou a campainha da casa e Nanda abriu, tomando um susto ao vê-la. – Ariana? O que você está fazendo aqui? – perguntou. – Como assim? Eu vim porque você me mandou uma mensagem, me convidando – respondeu. – Mensagem? Eu não mandei nada – afirmou Nanda. Ariana pegou seu celular e a mostrou. – Então, o que é isso? – perguntou. – Liana. Eu não acredito que ela fez isso – disse Nanda. – Liana? Sua sócia, aquela doida que é apaixonada por você? – estranhou Ariana. – Ela mesma. Filha da puta. Eu disse a ela que não se metesse, droga. Eu ia te contar na hora certa – disse Nanda.
Ariana não entendeu o que ela disse e entrou na casa atrás dela. – Me contar o quê, Nanda? O que está acontecendo e que casa é essa? Você não tinha viajado? – perguntou Ariana. – Não. Eu inventei essa viagem porque eu precisava de tempo para te contar uma coisa muito importante, Ariana. Você vai me odiar e nunca mais vai querer me ver. Me perdoa, por favor. Eu to grávida – contou Nanda, começando a chorar. Ariana caiu sentada numa poltrona com a revelação, completamente estarrecida. Nanda chorava sem parar, desesperada, e Ariana não conseguia dizer nada. A situação perdurou por um bom tempo até Ariana conseguir dizer alguma coisa. – Grávida? A transa com aquela travesti engravidou você? – perguntou. Nanda respondeu que sim com a cabeça. Ariana se levantou e caminhou pela sala da casa. – E por que você diz que eu vou odiar você? Por que não me contou antes, Nanda? – perguntou. – Eu te traí, Ariana. Traí você e agora eu carrego a prova disso. Como é que você pode me perdoar? Sempre que você olhar pra essa criança, vai lembrar da minha traição – falou Nanda.
Ariana olhou pra ela por alguns segundos e se aproximou e se ajoelhou na frente dela. Enxugou suas lágrimas e tocou sua barriga. – Ah, meu amor. Eu fiquei magoada sim com a história da sua transa com a travesti. Mas, foi ciúme. Medo de perder você. Jamais foi raiva ou nada que eu não pudesse perdoar. E agora, um bebê? Bebê é motivo de alegria, meu anjo, nunca de sofrimento. Nós sabíamos que, pra termos um bebê, seria preciso inseminação, doador, sei lá. Você só se antecipou – brincou Ariana, sorrindo pra Nanda. – Eu te amo, Nanda. Te amo muito. E nós vamos amar essa criança, juntas. Mas, antes, eu preciso te confessar uma coisa. Sobre traição...
P.S. Olá, pessoal. A história se encaminha pro fim e eu gostaria de saber suas opiniões sobre que fim deveria ser. Deixem suas sugestões e acessem https://mentelasciva.wordpress.com