No capitulo anterior:
R: vamos para um lugar mais reservado, me sigam, sei exatamente onde ir, vamos ensinar para nosso amigo a ter boas maneiras e a tratar bem os amigosEle foram me guiando pela faculdade enquanto me seguravam, tentaram ser os mais naturais possíveis para que ninguém suspeitasse do que estava acontecendo, enquanto andávamos, um deles me falou que se eu chamasse atenção eles iriam acabar comigo no meio de todo mundo mesmo. Eu estava nervoso, pensava em como sair ileso daquela situação, entramos numa sala vazia, tinham algumas carteiras guardadas umas por cima das outras, pelo visto aquela sala era um deposito de carteiras...
R: Dei uns pegas uma mina aqui ontem, gostei da sala porque é distante e quase ninguém passa aqui por perto – ele falou isso e me soltou e outro amigo dele segurou meu braço.
Eu: Ricardo né? Cara, eu não fiz nada pra vocês, por favor deixa eu sair daqui e eu juro que não digo nada pra ninguém.
- E perder a chance de descer o pau nesse viadinho, só sai daqui quebrado – falou um dos garotos.
Eu me apavorei na hora, pelo visto eu ia ter uma péssima experiência com aqueles rapazes, o Ricardo começou a se aproximou de mim e cerrou os punhos na minha frente e rapidamente me acertou um murro no estomago que me fez perder meu ar, fiz menção de cair de joelhos, mas os dois rapazes que seguravam meus braços me seguraram em pé, percebi que ele não bateu com muita força, doeu, mas ele não bateu com força, deve ser com a intenção de me manter firme o máximo de tempo possível com a intenção de me espancar pela maior quantidade de tempo possível, mas claro que eu não ia deixar assim.
Quando o Ricardo se aproximou de mim, se preparando para bater mais uma vez, eu não esperei nada, dei um chute com toda a força que pude reunir em meu pé e acertei em cheio no meio de suas pernas que estava parcialmente aberta. Ricardo caiu de joelhos com as mãos no saco e protestando de dor, eu comecei a me debater enquanto os garotos me seguravam, parei de me debater quando o Ricardo se levantou e veio para cima de mim, nesse momento ouvimos uma voz na porta da sala...
L: Ricardo, para!
...
Algumas horas antes:
...
- Acorda para o segundo dia de aula preguiçosa! – minha mãe me acordava sentando-se ao meu lado na minha cama.
Me chamo Maria Laura de Souza, tenho 17 anos, nascida e criada no recife (no bairro de Casa Forte), sou loira natural, cabelos lisos, olhos castanhos claros, e até que tenho um corpo bonito, mas me acho muito magra, bem que eu poderia ter mais carne e sou muito branca, muito branca mesmo, as vezes chego a parecer que estou morta de tão branca que sou. Meu pai é arquiteto e minha mãe professora do curso de Letras da Universidade de Pernambuco, então temos uma vida que considero muito boa, principalmente pelo histórico da minha família, a quase 100 anos fizemos nosso nome no interior de Pernambuco como donos de terras que ainda possuem a minha família. Bom, a quase um ano o meu tio Oswaldo (ele e meu pai são donos da fazenda deixada pelo meu avô para eles, é tudo bem dividido sem brigas), mandou o seu filho, o meu primo Ricardo para morar conosco, Ricardo queria morar só, mas meu tio não queria, temendo que ele fizesse besteira, então meu pai lhe ofereceu apoio, deixando ele morar conosco.
Bom, eu e meu primo sempre nos demos bem, mesmo ele sendo um perfeito idiota, passamos o ano todo estudando para conseguir alcançar nosso principal sonho, estudar medicina na UFPE, meu pai sempre disse para nós dois: “Todas as pessoas da família que possuem um diploma de curso superior, cursaram em uma universidade pública, não manchem o nome da família e passem em uma universidade publica”, então a pressão era muito grande porque nós sabíamos que nunca nossos pais iriam pagar uma faculdade particular para a gente, tudo para não manchar a porcaria do nome da família. Quando conseguimos passar na UFPE (o Ricardo passou por um fio), foi a maior festa, todos da família vieram de todos os buracos que não sei nem onde ficam para a comemoração que nossos pais fizeram, sinceramente achei isso muito desnecessário, o Ricardo adorou, não iria perder por nada a chance de passar o rodo nas primas, mas eu, preferiria dar o dinheiro da festa para caridade...
Eu: Quero dormir mais! – falei me cobrindo e virando de costas para ela.
- Não mesmo...
Minha mãe se levantou, me pegou pelos pés e me puxou com força, cai com tudo no chão, ela sempre fez isso, desde que eu era adolescente e não queria levantar...
Eu: obrigado, agora vou toda roxa para a faculdade.
- Você foi quem pediu, agora missão impossível, acordar seu primo.
Quando ela saiu do meu quarto, vi que ela pegou um balde eu estava ao lado da minha porta e entrou no quarto dele que fica de frente para o meu, em segundos só ouvi o grito dele, corri para o seu quarto e constatei que minha mãe derramou toda a água do balde nele, fazendo ele acordar na mesma hora. Bom, meu primo é o típico rato de academia, puxou as características da sua mãe (o que faz ele se diferenciar no meio da família), moreno, musculoso (as vezes brinco de dar murros nele, ele parece nem sentir minhas mãos se chocando contra seus músculos), rosto bonito, cabelo liso e pretos, olhos castanhos escuros, quase pretos.
R: tia você ficou louca?
- Ontem não teve aula, mas hoje vai ter, então é melhor acordar cedo meu bem – falou isso se retirando do quarto com uma cara de vitoria.
Eu: Pelo menos comigo foi mais tranquilo, ela só me puxou da cama e me jogou contudo no chão – falei sentando num canto de sua cama que não estava molhada – deixa o colchão ai, depois a Zélia (empregada) tira e bota no sol.
R: esta bem, vou tomar meu banho – ele se levantou de cueca na minha frente e atirou e pegou a toalha para entrar no banheiro.
Uma coisa legal entre eu e o Ricardo, a gente praticamente cresceu junto, é o primo que mais tenho ligação, temos uma relação muito intima, eu não tenho problema em ficar pelada na frente dele e nem ele na minha frente, mas nunca houve nada entre nós, nunca mesmo, acho que mesmo que acontecesse, não seria aprovado e o mais importante, ele é um idiota metido, só vejo ele sendo legal comigo, meus pais e seus amigos, fora isso é mais um riquinho esnobe para o mundo.
Depois de prontos, meu pai nos levou para a faculdade, ontem fomos, mas foi apenas trote, me fodi toda, fiquei toda acabada e fedendo, assim como o Ricardo, enfim, chegamos e logo fomos para a sala de aula, eu entrei e fiquei e logo me sentei para esperar o professor chegar, o que logo soubemos que iria demorar para chegar pois ele ligou para a faculdade informando que o pneu de seu carro tinha furado e estava providenciando a troca de pneu, o Ricardo ficou lá fora conversando com uns caras da nossa sala que ele fez amizade, ele se integrou fácil fácil no grupo.
Já estava ficando entediada sentada na carteira sem fazer nada, quando um garoto entra na sala de aula me chamando a atenção, fiquei olhando para ele enquanto ele passava por todos, branco, cabelos pretos, rosto bonito (rosto de menino), olhos com uma expressividade que me cativaram, acho que xonei nele, quando percebi ele se aproximando de mim, eu disfarcei o olhar para ele não se tocar que eu o admirava...
- o professor ainda não chegou na sala? – Ele me perguntou, parecia um pouco perdido com tudo, assim como eu.
Eu: Não, pelo o que foi dito agora a pouco ele já esta vindo, ele ligou dizendo que o pneu do carro furou.
- bom, então vamos esperar, me chamo Diego.
Eu: Laura, é um prazer Diego – falei me levantando para lhe cumprimentar e sentir o toque dos meus lábios em seu rosto.
D: o prazer é todo meu Laura – Falou isso e logo me beijou nas bochechas também – bom, vou lá para a ultima cadeira me sentar, depois a gente conversa.
Eu: esta bem, até daqui a pouco.
D: até.
Como as carteiras mais a frente já estavam ocupadas, o Diego sentou na ultima carteira, não demorou muito e o meu primo e seus novos amigos entraram na sala, sentaram perto do Diego e começaram a provocar ele, achei estranho, o Ricardo não é de mexer assim com as pessoas, pelo visto eles devem se conhecer e já deve ter acontecido algo entre eles, em um momento o Diego olhou para mim e parece ter percebido meu olhar de preocupação com o que estava acontecendo, logo ele se levantou e foi para outra carteira e o professor chegou na sala.
As primeiras aulas correram tranquilamente, o Ricardo parecia bastante concentrado em todos os informes iniciais que os professores falavam sobre o que iríamos fazer no decorrer das disciplinas, o Diego fazia o mesmo, olhei disfarçadamente para aquele garoto e meu coração começou a acelerar, será que estou gostando dele? Porra, nunca acreditei em amor a primeira vista, será que é isso mesmo produção?
Na hora do intervalo acompanhei o Diego caminhando até a saída da sala, até o jeito dele andar é lindo! Logo o Ricardo e seus amigos passaram por mim e ouvi um deles falando para o outro em voz baixa “vamos pegar ele de jeito agora”, ao ouvir aquilo eu esperei eles saírem e fui atrás deles, presenciei o momento em que eles pegaram o Diego e saíram com ele pela faculdade, depois de andar um pouco eles entraram numa sala que parecia desocupada e um pouco distante de onde os alunos circulavam, fiquei na porta ouvindo tudo até que ouvi um gemido de dor vindo do Diego, seguido de um forte gemido de dor vindo de Ricardo, não esperei mais nada e abria a porta. Quando vi o Ricardo se levantando e indo para cima do Diego, eu resolvi acabar com aquela brutalidadeDIEGO:
...
L: Ricardo, para!
Olhei para a porta e vi a Laura de pé com uma cara de raiva, o Ricardo parou de dar atenção a mim e ficou olhando sério para ela enquanto seus amigos ficaram me segurando, apenas esperando para a ação continuar, Laura se aproximou devagar do Ricardo, olhando sério em seus olhos, ela não disse nada, moveu a mão com rapidez acertando um tapa no rosto do Ricardo...
L: você esta louco? O que pensa que esta fazendo?
R: estamos ensinando bons modos para esse viadinho otário! Laura fica na tua e deixa a gente!
L: Deixo, não se preocupem, mas Diego vai sair daqui comigo, o que você esta pensando seu cabeça de minhoca, que vai agredir o garoto e vai ficar por isso mesmo? No mínimo você e seus amigos iriam presos por agressão física e homofobia, isto é, se ele for mesmo gay né?
Eu: eu sou gay sim Laura, e sim, eu iria denunciar vocês pelo o que estão fazendo comigo e vocês dois idiotas, me soltem – eles me soltaram e eu fui para o lado da Laura percebi que ela parecia triste depois que soube que eu sou gay.
L: olha ai, o que você acha que o tio Oswaldo iria fazer com você? O filho único dele preso e processado por mais uma de suas imprudências, seria uma vergonha – O Ricardo baixou a cabeça, ele parecia escutar ela.
L: nós vamos sair daqui, eu e Diego – estava desapontada por ele ser gay, tomei um balde de água fria na cara – e vocês deixem ele em paz, se não eu mesma acabo com a vida de vocês e você primo, vai ser o mais afetado, vê se cresce e aparece garoto, ta na hora de começar a agir feito gente grande.
R: Com quem você acha que esta falando? Eu não te dou direito de falar...
Ela acertou outro tapa na cara dele...
L: o que eu fiz por esse garoto, eu faria por qualquer um, tome cuidado com suas ações primo, elas podem ser catastróficas pra vocês, vamos Diego.
Ela falou isso e me puxou pelo braço para fora daquela sala, caminhamos um pouco em silêncio até que chegamos perto do restaurante universitário...
Eu: obrigado por me ajudar, como uma garota tão legal pode ser prima de um idiota daquele?
L: não sei, a gente não pode escolher a família não é? Mesmo assim, eu gosto dele, é um bom primo.
Eu: só pra você né?
L: para a família – ela falou isso com um sorriso – mas, foi um prazer te ajudar.
Eu: muito obrigado mesmo, fico te devendo uma, bom, agora deixa eu ir me juntar aos meus amigos.
L: esta bem, também vou encontrar com os meus, até daqui a pouco na sala.
Eu: até.
Nos despedimos e eu fui entrando no restaurante, procurei pelos meus amigos, queria muito ficar perto deles, quando os avistei, fui na direção deles, quando cheguei perto da mesa, uma garota se aproximou da mesa, sentou ao lado do Eri e lhe deu um beijo na boca, beijo esse que ele correspondeu, a Thais ficou de boca aberta, o Arthur soltou um típico “BABADO!” e eu, eu fiquei sem chão na hora, senti meu corpo tremer e minhas pernas ficarem moles, quando o beijo acabou o Eri olhou involuntariamente na minha direção e logo seu sorriso se desfez de seu rosto dando lugar a uma expressão de medo, ele se levantou e veio em minha direção, mas eu não esperei e saí correndo, lagrimas escorriam do meu rosto quando virei na esquina do corredor em direção a minha sala e esbarrei com toda força na pessoa que vinha em direção ao restaurante, nós dois caímos no chão, um ao lado do outro, quando abri meus olho para pedir desculpas...
R: De novo seu viado? Meu Deus, o que é que você tem contra mim que só acha de esbarrar em mim?
Eu olhei para ele com uma expressão neutra enquanto as lagrimas escorriam pelos meus olhos, o Ricardo calou a boca, se levantou e me ofereceu a mão para me ajudar, eu aceitei a ajuda e segurei em sua mão...
R: pelo visto você já foi humilhado demais para um dia.
Eu: você ajudou bastante.
R: é, só queria um pouco de ação e você foi o idiota que passou no caminho, mas agora só quero distancia de você cara, na primeira vez você esbarrou em mim e quase me derrubou, na segunda vez conseguiu me derrubar no chão e olha que doeu, não quero que aconteça uma terceira vez, vai que você me mata.
Eu comecei a rir com esse comentário dele.
R: olha ai, consegui arrancar um sorriso dessa cara de tristeza.
Eu: obrigado, mas ainda sim estou com raiva de você, minha barriga esta doendo por causa do murro que você deu.
R: estamos quites, você deu um chute nas minhas bolas.
Eu: é verdade, desculpa.
R: esquece, eu mereci, mas me fala, por que você estava chorando?
E: Diego, temos que conversar, eu...
Eu: por causa dele.
Ricardo e Eri se olharam...
R: bom, acho que vocês tem mesmo que conversar, como não é da minha conta, vou vazar, tchau.
Eu: Tchau.
Ele saiu e nos deixou a sós, o Eri olhou para mim com cara de triste e eu não pude conter uma lagrima que escorreu dos meus olho esquerdo...
E: vamos conversar num lugar mais reservado?
Eu: vamos.
Fomos caminhando até perto de onde o Ricardo e seus amigos me levaram para me bater...
E: Diego, me desculpa, deixa eu te explicar tudo o que aconteceu nos mínimos detalhes...
Eu: não deixo explicar nada! Como você diz que estava gostando de mim e faz uma coisa dessas comigo, eu estava gostando de você seu cretino!
<3 Boa noite meus amores, ai esta mais um capitulo, espero que vocês estejam gostando, quero dizer que possivelmente eu só volte a postar depois do dia 24, pois amanhã eu vou para a casa da minha família na praia de Itamaracá (litoral norte de Pernambuco) e só volto pra minha casa dia 24, então até lá! Bjs e muito obrigado pelos comentários, poucos mas muito importantes pra mim <3
TRenattoZ: Querido, obrigado pelo seu comentário, esses panacas sempre vão existir, na faculdade que eu estudo tem um que vive pegando no meu pé, melhor dizendo”vivia pegando no meu pé” porque ele parou depois que eu fiz ele passar vergonha na frente de um monte de gente na faculdade.
Jardon: Gostou do capitulo? Foi o máximo que pude fazer para salvar o Diego kkkkkk, aguardo a resposta do e-mail, pedi que você mandasse o link do seu face para o meu email.
Martines: “Puta que pariu” kkkkkkkk é muito eu usar essa frase kkkkkkkkkkkkk gostei kkkkkkkkk quem sabe o sonho é um aviso...
Gatinhoo2gatinho02@hotmail.com
