A mesa farta de tantas guloseimas preparadas pelos irmãos. O William apreciando os quitutes enquanto eu o analisava calmamente.
- Você está me deixando constrangido Henrique! Para de me encarar rsrs.
Eu: Desculpa, é que eu estou com a cabeça cheia de coisas.
Era uma bela de uma mentira, eu estava secando o rapaz mesmo.
Olhei pelas persianas e, vi que o sol estava gritando lá fora! Convidei ele para nadar.
- Vamos dar um mergulho William?
Ele parou de mastigar, me olhou colocando a mão na boca antes de responder.
- Vamos sim! Cadê sua família Hick?
Eu: Estão na praia! Foram aproveitar o final de semana já que domingo meus pais desembarcam no porto e provavelmente voltem no mesmo dia ou na segunda feira.
Ele: Verdade né? Eles foram ver o Roberto Carlos! Hum, então a casa é só sua meninão?
Eu: Exatamente William, o final de semana toda minha ou nossa né? Se você quiser ficar aqui comigo!
Ele: É um convite bastante interessante, vou pensar com carinho no seu caso rsrs.
Ele respondeu rindo ao meu convite, mas com um certo brilho no olhar que me deu a entender que ele ficaria.
Subimos até meu quarto para pegar as sungas e toalhas para nadar.
Eu estava de costas revirando as gavetas procurando as danadas e nada de encontrar.
- Está precisando de ajuda aí?
Sem me virar para trás eu respondi a pergunta feita por ele.
- Nossa o quarto é meu, mas eu não sei onde estão guardadas as minhas próprias roupas, caraca rsrs!
- Você guarda suas sungas nesta gaveta aí no lado esquerdo Hick!
Quando eu olho para trás, para ver qual local ele apontava. Tomei um susto com a cena que me deparei.
Ele estava dobrando a calça dele, só de cueca box vermelha.
Cheguei a engolir seco, com a visão do paraíso alí na minha frente. Posso dizer que se eu fosse menina, teria saido uma cachoeira de água por minha pepeka rsrs (zueira).
A luz do sol refletido pela porta que dava acesso a sacada, iluminava seu corpo, contornando todos os músculos. Eu podia ver os pelos cheios das pernas e dos braços daquela bela escultura humana.
- O que foi Henrique? Por que está me olhando assim? Desse jeito eu fico sem graça.
Eu, me senti sem graça, por babar enquanto olhava para o corpo, que, por diversas vezes eu me recusei a amar.
Acordei do transe e abri a gaveta correta! Pegando vários modelos na mão.
- Que cor você prefere William?
Ele: Escolhe uma pra mim, eu deixo rsrs.
Sabendo que eu tinha gostado do que vi, ele quis se aproveitar da situação e disse:
- Qual você acha que fica melhor em mim Henrique? Eu gosto de estilo shortinho!
Eu respondi bem ordinário:
- Essa cueca vermelha que você está usando é melhor que qualquer sunga aqui da minha gaveta.
Ele riu! Veio andando com uma cara de safado e parou bem de frente a mim.
Ajeitando o bicho e dando umas coçadas no saco esperando que eu olhasse alí embaixo.
Não olhei "nos olhos dele" rsrs, olhei direto na fonte e me arrepiei inteirinho.
Peguei uma sunga branca e esfreguei no peito dele.
- Essa vai ficar boa em você William.
Ele riu enquanto enfiava os dedos na cintura da cueca empurrando para baixo, ficando completamente nú na minha frente.
"Talvez fosse algo normal para o Henrique antigo, mas para aquele Henrique que estava alí naquele momento? Foi uma espécie de tortura psicológica rsrs. Ele era muito lindo, dos pés a cabeça.
Colocou a sunga branca e jogou a cueca em cima das roupas dele, que estavam sobre minha cama.
Descemos e seguimos até a piscina rindo e falando sobre coisas bobas.
O céu azul indicava que o dia seria quente e abafado, mas concerteza a noite teríamos chuva.
A água estava gelada, mas ele me pegou pelos braços e juntos, nós pulamos.
Ele emergiu de dentro da piscina e sacudiu a cabeça expelindo água pra tudo que é lado.
Me olhou firme e abriu um belo sorriso. Como eu poderia ter deixado aquele homem perfeito, me esperando? Eu deveria ter merda na cabeça.
Pensei alto: - Perfeito, ele é perfeito!
Ele: O que você disse Henrique?
- Nada não!
Ele: Haa, seu bobo! Eu ouvi o que você disse, só queria confirmar!
Eu: E o que você ouviu William?
- Que sou perfeito rsrs.
Ele ficou empolgado com as minhas palavras e me abraçou com muita vontade dizendo:
- Sabe o que eu mais gosto em você?
Eu: Não, o quê?
- Você é transparente, não esconde o que pensa, não deixa nada pra depois.
Eu fiquei feliz em saber que ele ainda sentia uma certa admiração por mim.
Eu: William e como eu sou com você? Como é nossa relação de amizade?
Ele respondeu sem precisar pensar:
- Você é atencioso, cuida de mim, me defende, nunca me deixa sozinho, chama minha atenção para algo errado que faça ou pense fazer. Você está ao meu lado o tempo todo Henrique e foi exatamente por isso que fui encontrando em você, o amor que eu precisava. Nós já somos como um casal, mas você não me deixa oficializar isso.
Eu fiquei ouvindo tudo com um enorme sorriso no rosto! Ele continuou:
- Você não dá o braço a torcer, não me escuta, não me olha com outros olhos e isso me deixa muito triste. Eu já lhe disse várias vezes que te amo, mas sou sempre surpreendido com um sorriso sem graça e a frase "também gosto muito de você". Não é isso que eu quero ouvir Henrique!
Fiquei meio apreensivo e também sem chão ouvindo as coisas que ele dizia.
Me recordei de algumas vagas lembranças que eram recentes, mas a maior parte, ou as coisas mais antigas ainda eram turvas e indecifráveis.
Eu sabia que gostava do William mas, tinha medo de me entregar e no fundo não ser real ou sei lá, ser passageiro.
O fato que me amedrontava era meus irmãos, as nossas orgias a três, as noites com rapazes em hotéis baratos. Isso me deixava com os dois pés atrás.
Num momento de impulso perguntei;
- William você disse que sabia das minhas escapadas! E mesmo assim ainda queria ter algo comigo?
Ele: Sim, antes de mais nada Henrique, nós somos amigos e confidentes. Você sempre me contou sobre todas as suas viagens com rapazes, mulheres e seus irmãos.
- Meus irmãos? Você sabe sobre isso também?
Ele: Sei sim, você me contou tudo! Desde a primeira vez que ficou com o Gabriel até a noite que se deu de presente de aniversário ao Jean! Na noite em que você e o Gabriel tiraram a virgindade dele. Você me contou tudo, sempre!
Eu: Jesus William! Eu e meus irmãos somos "doentes" e você ainda quer me dar crédito?
- Eu te amo Henrique e até que você se toque e entenda isso, eu vou continuar dando mostras de meu amor por você.
Ele estava determinado a me conquistar e aquilo estava me deixando contente e me dando coragem para me assumir e revelar todas as verdades a minha família.
Passamos algumas horas na piscina e depois de muita conversa eu percebi que eram duas horas da tarde. Minha barriga estava implorando por almoço.
- Está com fome William? Vamos em algum restaurante para almoçar?
Ele: Restaurante? E por que você não me deixa cozinhar para você?
Eu: Pois bem meu amigo, fique a vontade para me surpreender com um almoço bem gostoso rsrs.
Saímos da piscina e subimos até meu quarto para um banho.
Já no quarto eu peguei um short e uma camiseta para que ele pudesse ficar mais a vontade.
- William use essa roupa! Com esse calor absurdo, você não vai querer cozinha de roupa social né? rsrs.
Ele novamente segurou as roupas, mas dessa vez me puxou contra o corpo ainda úmido.
Os olhos verdes me hipnotizavam e quase podia ver meu reflexo naqueles pequenos espelhos!
Ele disse: - Você não precisa ter medo de me amar, eu te assumo perante a tudo e a todos, basta você dizer sim.
Um beijo no canto do meu rosto me deixou ligado.
Eu segurei seu rosto e dessa vez me entreguei ao beijo do William.
Era diferente! Nem rápido demais, nem forte demais, não era violento e nem tão pouco lambuzado. Era leve, simples e bastante envolvente, gostoso, carinhoso e demorado.
Eu comecei a passar minha mão por todo seu corpo, apertando, massageando e procurando uma coisa que já começará a cutucar minha perna lá embaixo.
Eu peguei o pau grosso, apertei e punhetei por algum tempo, sem parar de beijar sua boca.
De repente ele para e me fala:
- Henrique eu não posso fazer isso, não quero!
Eu: Como assim não quer?
Ele: Eu quero muito que isso aconteça, mas não nessas condições! Eu quero que você se lembre de tudo primeiro e aí sim você me diz que quer! Você vai me dizer Henrique.
Ele era um homem honesto, correto, inteligente e muito romântico. Cada minuto junto me fazia apaixonar por ele.
Ele entrou no banheiro tomou um banho rápido, vestiu as roupas que eu emprestei e desceu para a cozinha.
- Vou esperar você pra me ajudar ouviu?
Eu: Ta bom, eu só vou tomar um banho rápido e já desço.
Ele riu e caminhou pelo corredor e escadas abaixo.
Eu corri para o banheiro tomar um banho e pensar um pouco sobre as lições que tinha acabado de aprender.
Eu ia contar pra todos, abriria o jogo sobre minha vida e o passado que ficasse no passado.
A primeira coisa a fazer seria conversar com a Carol, me explicar e acabar com qualquer dúvida ou mal entendido que estivesse perturbando a cabeça dela.
Depois eu iria conversar com o Gabriel e o Jean, nossos encontros não poderiam continuar mais.
E por último meus pais! Eu não sabia qual a reação dos dois, mas eu precisava decidir e ir até o fim.
- Não vai descer não!!!
Escutei o grito do William e me apressei para descer.
Me troquei e desci correndo pelas escadas até chegar na cozinha.
Ele ia preparar um salmão com molho de ervas e eu ia ter um final de semana maravilhoso ao lado do William!