[E AI PESSOAL TUDO BOM, ENTAO EU DESAPARECI UM TEMPO PORQUE ESTAV VIAJANDO E DESCULPE POR NÃO AVISAR É QUE FOI TUDO DE REPENTE QUE NEM EU MESMO ACREDITEI QUE EU IA, MAS ESTOU DE VOLTA E GLUE CONTINUA XXX].
[GLUE] 14
Fiquei imóvel o rosto do Luan era indecifrável – O que esta fazendo aqui o perguntou. Eu continuava imóvel – Me desculpe; respondi. Passei por ele aumentei meu passo a casa dele ia ficando cada vez menor, eu não sabia o que pensar tudo aquilo ainda estava entalado na minha garganta cada passo que eu dava eu me sentia cada vez menor.
Menor em pensar o que o Luan passava nas mãos daquele homem, o pensar de como ele sofria e a única pessoa que ele tinha era eu e agora ele não tinha ninguém. Comecei a sentir raiva de eu mesmo por não ter ido fundo na historia dele quando estávamos juntos de sempre deixar a vida dele de lado e que eu talvez fosse egoísta. O tempo começava a mudar nuvens negras corriam o céu o vento assoviava nas minhas orelhas. – Júlio! Júlio. Ouvi uma voz ao longe me chamando quando me virei lá vinha ele correndo ao meu encontro, ele parou em uma distancia de dois metros e ficou me olhando, o vento soprava mais forte passando por seus cabelos ele me encarava de uma maneira que eu nunca havia visto era uma mistura de sentimentos. – Porque nunca me disse que nada mudou Luan por quê? Ele continuava imóvel. – Poderia ter me dito, nos poderíamos dar um jeito Luan. – Um jeito em que Júlio? O respondeu; Ninguém pode nos ajudar, todo fico pior depois que seu pai morreu e eu não disse nada por não querer te preocupar. O vento soprava mais forte e secavam sua lagrimas antes que elas pudessem tocar o chão. – Devia ter me dito, deveria ter dito respondi. Larguei minha mochila no chão e fui a sua direção, o vento soprava mais fortes pingos de chuva nos acertavam, coloquei minha mãos em volta de seu pescoço e o abracei. Ele começou a chorar, - Me desculpa me desculpa o disse enquanto chorava.
Depois de algum tempo a chuva caia forte, estávamos debaixo da proteção de uma pequena conveniência, estávamos em silencio ele parecia estar melhor. – Vou ajudar você eu disse a ele. – Não precisa, já estou quase com dezoito, logo saio daquela casa o respondeu. – Ate nos completarmos dezoito vai demorar um pouco não acha. – Não faz mal, já aguentei até aqui, alguns meses não vai me matar. Ou vai pensei comigo mesmo. A chuva começava a parar olhei no relógio eram quase cinco da tarde. – Júlio o Marcelo sabe que você esta aqui? O perguntou. Senti-me culpado pela pergunta e por não ter dito ao Marcelo o que realmente eu iria fazer. – Não, ele não sabe respondi.
Ele se pôs a minha frente e me olhou nos olhos ele parecia nesse momento tão pacifico nem parecia o garoto que tinha desabado de chorar momentos atrás. – Você tem que ir embora o disse. Nesse momento tudo ficou escuro, claro que eu nunca imaginei que tudo que eu sei ate agora sobre a família dele iria mudar o que somos. – Você quer que eu vá embora de novo? Respondi. Ele sorriu passou a mão sobre meu queixo, eu nunca quis que você fosse embora, nem antes nem agora, mas esta tudo confuso entre você e eu e ainda tenho coisas a resolver, e realmente agora preciso que você vá.
Praticamente não entendia essa filosofia dele, mas tinha comigo que algo havia mudado e de que ele realmente agora esteja querendo seguir em frente e me deixar para trás, talvez ele realmente quisesse ter uma vida com a Juliana e tentar ser feliz desse outro modo. Dei-me de costas e comecei a caminhar não disse mais nada depois do que eu ouvi ele segurou na minha mão nessa hora não me voltei para olhar nos seus olhos – Eu nunca me arrependi de ter te conhecido o disse. Baixei minha cabeça e dei um sinal de concordância e segui meu caminho de volta.
O tempo começa a clarear, mas minhas ideias não e nem meu coração acho que nunca vou entender essa fase sem o Luan sem o que ele realmente significava para mim, mas de uma coisa eu sabia eu tinha que ajuda-lo. Cheguei em casa minha mãe estava na cozinha fazendo o jantar sentei-me sobre uma das cadeiras e disse a ela que tínhamos que conversar. Após eu contar a meia verdade que eu conhecia e escondendo certos fatos como o pai do Luan tentou me matar ela ficou pasma com tudo que eu a disse. – Temos que ajuda-los mãe. Ela se levantou da cadeira se pôs de frente a pia e ficou parada por alguns momentos. - Vou ver o que posso fazer a disse. O fato de minha mãe ser egoísta às vezes não implicava de ela ser realmente uma pessoa de mau coração, mas com certeza pude sentir que podia contar com ela para resolver essa situação do Luan. Terminamos o jantar a oito da noite, mas ainda sentia que deveria fazer algo, voltei ao meu quarto me arrumei atravessei o corredor e sai de casa.
O endereço que a Ana me mandou pelo celular não era exato mais pelo que estava escrito era a casa se localiza próximo à esquina perto do bairro nobre. Segui caminhos que ainda não conhecia passei por pessoas que voltavam de seus afazeres ate chegar a uma rua larga com muitas casas de médio e grande porte. Havia duas casas de cada lado na travessa da esquina e uma delas era do Marcelo. Segui ate a azul que se localizava no canto direito toquei o interfone por varias vezes ate perceber que não havia ninguém em casa, assim fiz com as outras duas e claro que pensei teria que ser a ultima. Toquei uma vez, depois outra e ninguém respondeu já estava me dando de costas ate que alguém atendeu. – Oi? Disse uma voz ao fundo. Voltei-me ao interfone – Por favor, poderia me informar se o Marcelo mora nesta casa? A voz fez uma pausa. – Marcelo é para você a disse. Pude ouvir seus passos chegando – Quem fala o respondeu. – Sou eu Júlio. Ouvi a trava do portão soltando fiquei parado por um momento e por de trás dele ele apareceu. Estava sem camisa e descalços, com um short de malha mole igual aos que eles usam para jogar futebol.
- Isso que eu chamo de uma bela surpresa o disse. Continuei imóvel por uns momentos – Marcelo temos que conversar. Sua feição mudou de repente ele me convidou para entrar e me adentrei ao seu mundo.
Passamos pela garagem e depois porta adentro que chegava a uma sala com dois sofás e um enorme tapete branco de pelo grosso na parede havia dois quadros largos um de por do sol com uma moldura branca e o outro com um desenho de um navio ancorada em meio a uma praia seguido de uma moldura acinzentada que combinava com os sofás. Atravessamos outro corredor chegamos à cozinha onde havia uma senhora de meia idade. – Vó esse aqui é meu amigo Júlio. Ela se virou e com certeza era a avó mais nova que eu já havia visto em minha vida, ela abriu um sorriso seu cabelo todo branco escovado se alinhava com seu rosto, suas rugas não eram aparente e um batom rosado bem claro cobriam seus lábios.
- Como vai Júlio prazer Dinorá. Com isso ela estendeu a mão em sinal de comprimento. Apresentamo-nos ela fez algumas perguntas sobre a escola e como eu tinha conhecido o Marcelo e como eu era bonito, em meio a risadas sem graça me despedi dela ate o Marcelo me levar a seu quarto. O quarto dele eras imenso ambas as paredes eram brancas nas paredes havia quadros de super heróis assim como o meu, havia vários livros em uma das prateleiras que ficavam penduradas no teto na parede do meio havia uma mesa suspensa que corria uma pede e meia que ficava seu computador seguido de uma lousa branca que estava escrito duas letras um J e um M. No outro lado um guarda roupa preto e branco corria a outra parede seguindo pela sua cama de solteiro e uma janela de vidro acompanhada por uma cortina. – Você nunca me disse que era rico. Ele deu risada. –Não sou rico, meu mais trabalham fora e me mandam dinheiro assim vivo com minha avó. Fiquei por mais uns momentos analisando seu quarto lendo os títulos dos livros que estavam empilhados de maneira uniforme. – O que quer falar comigo Júlio espero que não veio aqui terminar comigo. Na hora veio o Luan na minha cabeça. Virei-me a ele – Hoje na hora que saímos da escola e eu disse que ia visitar um amigo, eu fui ver o Luan. Suas feições mudaram e ele ficou imóvel. – Devo me preocupar o disse. – Não, de maneira nenhuma (nem eu sabia se isso era verdade) eu só quis te dizer por que me senti mal de ter mentido e tem outra coisa que preciso falar. Algumas horas depois estávamos sentados na cama discutindo a real situação do Luan.
- Vou ajudar disse ele em um tom de altruísmo. – Não precisa respondi minha mãe já esta tomando providencia. – Não amor o respondeu, eu vou ajudar porque eu quero e eu também sei que ele significa algo pra você e não estou falando no verbo amar e sim como alguém que você quer bem. Dei um sorriso bobo – Porque você não foi assim desde o dia que te conheci. – Porque disse ele, eu tinha uma reputação a zelar aquela época e eu tinha que ser o cara ótario que pegava todas as garotas do colégio. Eu frisei minhas sobrancelhas. - Mas nenhuma delas chega a você. E com isso ele me beijou. - Amanhã vai ser nosso passeio o disse e eu espero que possamos passar um bom tempo juntos. – Meu Deus eu esqueci completamente, não arrumei nada, tenho que ir embora disse eu saltando da cama. – Calma o respondeu achei que íamos brincar. Com isso ele encostou seu pau por trás de mim podia sentir o quanto eu o excitava. – Hoje não garotão tenho coisas a fazer, com isso me voltei e o beijei.
Despedimo-nos e voltei para casa, me deitei na cama e percebi que estava começando a sentir algo mais pelo Marcelo.