Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 107

Um conto erótico de Antoine G.
Categoria: Homossexual
Contém 2329 palavras
Data: 16/01/2016 17:07:11

Na varanda de casa, havia espaço para colocar uma rede, aqui no Norte é muito comum as casas terem escápulas para atar redes. Jujuba tinha atado a rede durante a madrugada para ela e para a Loh. Quando todos haviam ido embora, Bruno e eu deitamos nessa rede.

- A gente tem que sair daqui a pouco, praticamente, e ainda não dormimos nada.

- Verdade! E ainda estamos cheirando a vinho.

- Eu nem vou dormir, por que se eu dormir eu não acordo às 8h.

- Eu acho que eu também, não.

- A gente nem assistiu aos filmes.

- E nós temos que devolver amanhã, não sei pra quê a gente pegou tanto filme.

- Tu e o Dudu são dois exagerados.

- Pelo menos não escolhemos filmes de qualidade duvidosa.

- O quê? Meus filmes são ótimos, ok? Vocês é que não tem maturidade suficiente para assisti-los.

- Isso que dá ser velho!

- Quem é velho, aqui?

- Tu, senhor ancião.

- Eu só tenho um gosto muito mais refinado que vocês, bebês!

- Eu não sou bebê!

- É sim... é meu bebê, mozão! – Ele me abraçou e cheirou me pescoço

- Amor, sabe o que eu lembrei agora?

- Do quê?

- Eu lembrei da nossa viagem para Fortaleza, lembras? Era bem no inicio do nosso namoro.

- Claro que eu lembro! A gente poderia programar mais uma viagem como essa.

- A gente acabou de voltar de Paris e tu queres viajar novamente?

- Claro! A viagem para Paris não conta como viagem turística, nós fomos trabalhar para lá. Eu quero viajar pra gente só passear, viajar só nós dois como nós fizemos em Fortaleza.

- Bom, quando tudo acabar a gente pode ir.

- Isso!

- Amor, não balança tanto! – Era ele quem nos embalava na rede

- Tá com medo?

- Não, mas é melhor não embalar tão forte.

- Como assim? – Ele começou a embalar mais forte ainda

Eu amava quando ele agia como moleque, mas às vezes, eu tinha vontade de dar uns tapas nele.

- Bruno, para!

- Tá com medo, mozão! – Ele me apertava

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaah, Brunooooo!!!

Ele se divertia, e não parava de embalar.

- Eu vou te jogar dessa rede!

- Eu sei que tu não jogarias teu marido da rede, e se eu caísse?

- Ia ser bem feito! Aaaaaaaaaaaah, paraaaaaaa!!!

- Amor, deixa de ser bobo! – Ele falava rindo demais de mim e embalando ainda mais forte e rápido – AiiiiiiiiiiIIIII!!! – Ele gritou do nada

- O que foi?

- Eu bati a cabeça na parede!

- Bem feito! Quem manda não me ouvir!

- Au! Tá doendo, amor!

- Deixa eu ver! – Eu falei passando a mão na cabeça dele

- Auuuuuu!!! – Ele gritou quando eu apertei em uma parte

- Tá vendo? Machucou mesmo, quem manda não me ouvir! Vou lá na cozinha pegar gelo.

Fui até a cozinha, peguei o gelo e um saquinho térmico que tínhamos, ele era próprio para fazer compressas frias.

- Vem cá, amor! Sai da rede senão eu não consigo fazer a compressa!

- Ai, tá doendo! – Ele resmungava

Ele sentou em uma cadeira e eu comecei a fazer a compressa fria na cabeça dele.

Eu fiquei em pé durante um tempo, mas logo eu cansei e resolvi me sentar. Eu sentei na perna dele, de frente para ele, pois assim eu poderia continuar fazendo a compressa.

- Amor, tu estás esfriando uma cabeça e esquentando a outra.

- Safado!

- Quem mandou tu sentares assim em mim? Eu já começo a imaginar várias coisas.

Eu me mexi e acabei batendo a cabeça dele, a de cima.

- Ai! Isso foi de propósito!

- Claro que não! Só estava desconfortável. Agora está melhor!

- Huuum... tá mesmo!

Eu comecei a me mexer de propósito.

- Amor, aiiiii... isso aí tá ficando bom.

- Já passou a dor na cabeça?

- Já!

- Que bom! – Eu disse me levantando

- Tu vais me deixar aqui assim?

- Vou!

- Bebê mau, muito mau!

- Velhinho tarado, muito tarado! – Eu entrei em casa para deixar a sacolinha térmica.

Quando eu voltei, ele já estava na rede novamente.

- Veio judiar ainda mais de mim?

- Eu não vim judiar de ti, mozão.

- Deita aqui, deita.

Eu me deitei com ele novamente.

- Olha como o céu está bonito!

- Verdade! Daqui a pouco o dia amanhece.

- Eu não sei se eu quero que esse dia amanheça.

- Nem eu! Essa, talvez, possa ser a minha última noite assim. Minha última noite bebendo e brincando contigo e com nossos amigos...

- Essa semana mesmo a gente começa com a quimio.

- Eu sei!

- Vai dar certo! – Ele falava olhando para o céu, ele falava muito mais para ele do que para mim

- Sabe, tem alguma coisa estranha, Mamam e Papa ainda não me ligaram, não falaram nada, tia Joana tá sumida também, meus irmãos idem. Está acontecendo alguma coisa e eles não me falaram.

- Imagina, amor!

- Tá, sim! Mamam não ficaria sem vir aqui, muito menos sem me ligar. Tu sabes muito bem como ela é, ela já teria vindo aqui saber se estamos vivos, ver se não acabou a comida, etc.

- É verdade, ela deve estar ocupada, só isso.

- Atah, Mamam ocupada? Não existe nada mais importante na vida dela do que nós, os filhos, e o Papa. Ela larga qualquer coisa por nossa causa. Tem alguma coisa estranha! Amanhã eu descubro!

- Isso mesmo, amanhã... agora, vamos só aproveitar esse momento nosso.

Eu fiz o que ele pediu, nós ficamos abraçadinhos na rede, ele não quis mais saber de nos embalar, até o dia clarear. Nós ficamos observando o céu ir clareando aos poucos, fomos vendo o sol nascer preguiçosamente.

- Que horas são?

Eu olhei para o relógio de dentro de casa.

- 6h30

- Vamos tomar banho?

- Tá muito cedo ainda, amor.

- Mas a gente tem que sair de casa às 8h.

- Mas dá tempo...

- Amor, não dá tempo para tomarmos banho, nos arrumarmos, fazermos nosso café...

- Aaaah, mas tá bom demais aqui. Não quero tomar banho, agora!

- Eu vou te levar...

- Tu não dá mais conta de me carregar!

- Eu não sou fraquinho, não! Eu tenho isso aqui, ó? – Ele me mostrava os bíceps

- Eu também tenho os meus e é por isso que tu não vais dar conta de me carregar.

- Dou, sim!

- Não dá, não!

- Dou, sim!

- Bom dia!!!

- AI, MEU DEUS! – Eu peguei um susto com a dona Cacilda surgindo do nada

- Bom dia, dona Cacilda! – Bruno disse rindo de mim

- Que foi, seu Antoine?

- A senhora quase me mata de susto.

- Me desculpe... – Ela me parecia muito abatida

- Dona Cacilda, que bebê é esse?

- Ela é minha sobrinha neta.

- E o que a senhora faz com ela?

- É que... é... – Ela começou a chorar

- Dona Cacilda, o que houve? – Eu me levantei em um pulo da rede

- Ah, meus filhos, uma tragédia! – Ela disse em prantos

Eu peguei a bebê do colo dela e o Bruno foi levando dona Cacilda para dentro de casa. Nós todos fomos para a sala. Ela estava bem emocionada.

- O que aconteceu, dona Cacilda?

- Esse final de semana... minha sobrinha... ela... ela... – Ela não conseguia construir a frase

- Tente se acalmar um pouco para poder falar, ok? – Bruno tentava tranquiliza-la.

Ela inspirava e expirava como Bruno mandava ela fazer.

- A senhora está mais calma?

- Sim!

- Consegue contar o que houve?

- Meus filhos, esse final de semana, minha sobrinha... A casa dela foi assaltada, só morava ela e a bebê. Eu tentei fazer com que ela se mudasse para mais perto de mim, mas ela não quis. Os bandidos não se contentaram em somente roubar as poucas coisinhas que ela tinha, eles ainda tiraram a vida dela.

- Meu Deus!

- Ela deixou essa bebê, meu Deus, o que eu vou fazer? Eu tenho meus filhos, vai ser mais uma para eu cuidar...

- Se acalme, tudo vai dar certo. Nada acontece por acaso, tudo faz parte de um plano maior, um plano divino.

- Eu sei, eu sei... não é que eu não queira ficar com a bebê, é que eu não tenho condições mesmo.

- Se acalme, dona Cacilda! – Bruno falou – A senhora sabe que pode contar conosco! Vamos fazer o seguinte, hoje a senhora vai pra casa, cuidar de seus filhos, a senhora volta amanhã, ok? E se ainda não estiver bem, só nos avise, assim nós iremos até a senhora ver como está.

- Não, não, eu prefiro trabalhar. Eu só peço permissão para ficar com a bebê aqui, não tenho onde deixa-la ainda, e eu não posso deixa-la com meus meninos.

- Não se preocupe, pode ficar com ela. Ela é linda! – Eu estava encantado pela aquela princesinha, ela era linda

- Obrigada! Obrigada por tudo!

- A senhora tem certeza que quer ficar? Não prefere ir para casa?

- Não, não, eu prefiro ficar.

- Tudo bem! Mas, se a senhora não se sentir bem, a senhora me avisa imediatamente.

- Sim, senhor!

- Me dê ela aqui, seu Antoine.

- Olhe, se a senhora quiser, ela pode ficar um pouquinho comigo. Eu iria adorar!

- Imagina se eu ia lhe dar esse trabalho.

- Que trabalho? Como uma gostosura dessas dá trabalho? Olha, amor, ela é linda!

Bruno se aproximou de mim e olhou para a bebê.

- É mesmo! Que princesa mais linda do tio. – Ele falava com voz de bebê

- Amor, olha só ela tá rindo pra ti.

- Claro que ela ri pro tio, o tio é bonito que nem ela, né meu amor?

- Convencido! Dona Cacilda, pode deixa-la conosco, não se preocupe. Daqui a pouquinho nós vamos sair, mas voltamos rapidinho, ok?

- Sim, senhor! Eu vou fazer o café.

Ela se levantou, olhou para a bebê no meu colo e foi para a cozinha.

- Bruno, eu não sei se ela devia trabalhar, hoje...

- Eu também acho que ela deveria ir para casa, mas se ela deseja trabalhar, o que podemos fazer?

Bruno foi o primeiro a tomar banho, enquanto isso eu fiquei brincando com a bebê. Ela tinha no máximo dois meses, ela ainda era bem pequenina e molinha.

- Qual será o teu nome, coisa linda?

Ela me olhava e sorria. Linda!

- O tio vai te chamar de Sophie... sabias que eu acho esse nome lindo? Se eu tivesse uma filha e ela fosse tão linda como tu, eu daria esse nome.

Ela segurou meu dedo com as mãozinhas. Por que bebê são tão gostosos? E em pensar que aquela pequenina ia crescer sem a mãe. Ia crescer sem ela por que um bandido resolveu tirar a vida dela por puro prazer. Onde esse mundo vai chegar?

- Amor, pode ir. Deixa que eu fico com essa gostosura, agora.

- Mas tu ainda vais te arrumar.

- Então, espera aí rapidinho.

Ele correu até o guarda-roupas e colocou uma cueca e uma bermuda.

- Depois eu me arrumo, me dá essa princesa aqui. – Ele a pegou no colo

Eu fui tomar banho e ele ficou falando com a Sophie. Tomei um banho rápido, afinal, nós ainda tínhamos que ir ao hospital. Quando eu saí do banheiro, Bruno estava deitado na cama com a Sophie em cima dele. Eu achei aquela cena linda demais. Eu fiquei admirando-os de longe. Ele nem percebeu que eu estava olhando.

Eu fui devagarinho e deitei ao lado deles.

- Amor, ela é linda demais!

Sophie era gordinha, gostosa, tinha os cabelinhos pretinhos e os olhos azuis. Ela era linda demais. Tinha conquistado os corações dos titios. E o melhor de tudo, ela não era aqueles bebês chorões, todo aquele tempo que ela estava com a gente, ela ainda não tinha chorado. Ainda não tinha sentido falta da mãe, por incrível que pareça.

Como não tínhamos mais tempo, enquanto Bruno ficava com Sophie, eu me arrumei. Depois nós trocamos. Descemos para tomar café e a mesa já estava pronta. Mesmo sofrendo, Dona Cacilda era impecável no serviço.

- Agora, me deem ela aqui, tomem o café de vocês tranquilos.

- Como se essa gostosura não transmitisse tranquilidade... – Eu disse

- Ela não chorou?

- Não!

- Nossa, isso é quase um milagre. Esses dias que ela ficou em casa, ela não parava de chorar, deveria estar sentindo falta da mãe, não é? Ela ainda é tão pequenina.

- Ela tem quantos meses?

- Ainda não fez nem dois.

- Nossa! Eu achei ela molinha mesmo, mas eu pensava que ela já tinha pelo menos dois meses.

- Não, senhor. Ela ainda vai fazer dois meses.

- Como ela se chama?

- Ela não tem nome ainda, a mãe não a batizou. Eu a chamo de Carla. Bom, vamos deixar vocês tomarem o café de vocês.

- Nós vamos ajuda-la, não é? – Eu perguntei ao Bruno enquanto tomávamos café

- É claro que sim, só não sei como.

- Será que a bebê tem as coisinhas dela?

- Não sei! Mas deve ter, sim. Viu como ela está toda arrumadinha e cheirosa.

- É verdade!

- Bom, vamos? Senão vamos chegar atrasados!

- Mas eu ainda nem terminei o café.

- Termina rapidinho então, amor. Enquanto isso, eu vou dar um último cheiro na bebê.

- Eu a chamo de Sophie.

- Mas ela é a Carla.

- Esse nome é feio pra ela. – Eu disse baixinho

Bruno riu e foi atrás da Sophie. Eu terminei meu café rapidinho e gritei para ele. Nós tínhamos que correr, pois já eram 8h30 e minha consulta era às 9h.

- VAMOOOOOOOOOS, BRUNOOOOOOO!!!

- JÁ VOOOOOOU! – Ele gritou da cozinha

- Nós estamos atrasados!

- Eu sei, eu sei! Vamos!

Nós entramos no carro e o Bruno rapidamente deu a partida. Ele acelerou um pouquinho mais do que o de costume e o permitido, não podíamos chegar atrasados. Em 15min nós já estávamos estacionando na garagem do hospital. Nós saímos correndo pelos corredores, as pessoas queriam parar o Bruno, mas ele só dava bom dia e seguia em frente. Depois de tanta correria, nós conseguimos chegar a tempo.

Às 9h em ponto, nós entramos no consultório.

- Bom dia, doutor! – Eu falei

- Bom dia!

- Bom dia, Antônio. – Bruno cumprimentou o colega

- Bom dia, Bruno!

- E então? Quais são os resultados?

- Bom, antes de falarmos sobre os resultados, eu preciso te informar uma coisa, Bruno.

- E o que seria?

- Tu vais ficar fora desse caso, eu sei que tu és chefe do nosso departamento, mas são regras do hospital.

- Tudo bem! Eu já esperava por isso! Vais ser tu quem vai cuidar do Antoine?

- Isso mesmo!

- Fico mais tranquilo, então!

- Bom, vamos lá...

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Comentários

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Huuum, estou sentindo cheiro de "adoção", se não formal, com registro e tudo, pelo menso de coração. Que seja bem-vinda esta filha para o casal fofura. Um beijo carinhoso aos dois,

Plutão

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Adorei o capítulo! E a Sophie, que linda! Bjs

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Ótimo capítulo, pelo visto um bebê encontrou vocês, dizem que são as crianças que nos escolhem e a Sophie encontrou vocês. Ansiosa pelo próximo!!

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Linda essa Sophie hein, fiquei imaginando ela kkkk. Tomara que esses tratamento seja básico e que nada dê errado. Ansioso pela continuação!!! 👌👏

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