Hello, obrigado pelo carinho e a todos que lêem. Espero que gostem. Até o próximo. bjs :)
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Fiquei esperando do lado de fora do quarto, apreensivo e preocupado com o depoimento do Matheus. Ele poderia se emociomar e passar mal. Fiquei mais calmo quando, depois de quase uma hora e meia, vi o delegado abrir a porta e se despedindo de mim. Pediu que não nos ausentasse da cidade por um tempo.
Entrei e meu amor chorava. Ele estava magoado, claro. Embora a bala não fosse pra ele, o pai teve a coragem de um dia, puxar a porra de um gatilho. E o motivo? Se amar demais é motivo suficiente para alguém ter a coragem de apertar a porra de um gatilho, então, estamos todos perdidos nesse mundo.
Me sentei a beira da maca e ele caiu em meu peito. Senti minha camiseta molhar e o segurei pela face avermelhada..
— não chore mais... — beijei sua boca enlagrimada/salgada.
— está bem. Pode pegar um lenço de papel? Está naquela mesinha.
Sequei seu rosto e perguntei se queria tomar um banho. Ele me olhou nos olhos e sorriso safado pulou em mim.
— não me venha com suas ideias, Theus.
— se você fizer, eu vou morar contigo, assim que eu sair daqui.
— você não tem vergonha nessa sua cara? Seu pivete de merda...
— kkkkkk, meu Cado... não fale assim com o moribundo.
— você não é um moribundo, é um puto! Vá logo tomar seu banho. Vou te contar heim...não te deixo meter o dedo em mim nunca mais. Isso que dá, deixar você fazer o que quiser comigo...
— kkkkk, tudo bem... não precisa apelar.
— paspalho, venha amor.
Ele queria que eu o deixasse bater mim no banheiro. Não deixei e ainda por cima tive que levar uma surra de pica enquanto eu estava abaixado lavando seu mastro ereto.
Ele brincava, sorria, mas eu sabia que dentro de si existia uma tristeza eterna.
Peguei uma toalha e sequei todo o seu corpo. Mordi seu abdomem lisinho e ele me prendeu em seu corpo.
— o que seria de mim sem você?
— você tem tanta convicção de que sua vida depende da minha...
— e depende. Eu não sou o tipo passional, mas se um dia acabar, eu vou me trancar num quarto e chorar até secar.
— então você não vai secar, nunca.
Vesti nele uma boxer e o avental do hospital. Peguei ele no colo e me esqueci que ele estava com o peito enfaixado, mas mesmo assim ele gargalhava. Rodopiei com ele, não uma vokta completa, pois ele estava com um aceaso na veia; e parei para lhe dar um beijo. Nessa hora, a enfermeira entrou e nos pegou no flagra.
— estou vendo que o senhor já está bem melhor, mas vamos maneirar? Se o médico pega vocês dois fazendo essa festa toda, vão levar uma bronca. — ela disse e colocou os remédios na mesinha.
— é o amor. — ele disse e ela saiu rindo.
Deitei ele e o cobri com o lençol. Ele ficou pensativo e perguntei se estava bem.
— não quero passar o Natal aqui, Cado.
— tenha paciência. Se for pela tua saúde, nós passamos. Não importa o lugar, desde estivermos juntos.
O médico nos liberou às dezoito horas do dia 24 de dezembro. Pediu que o Matheus não fizesse esforço e que continuasse em repouso. Fomos direto pra minha casa e arrumei minha sala do jeito que ele gostava quando ia ficar comigo. Joguei um colchão de casal sobre o tapete Persa e peguei todas as almofadas que ele adorava e acomodei todas elas sobre o colchão. Ele se sentou e se arrumou do jeito que ficasse mais confortável, lhe dei um beijo e liguei no restaurante. Uma semana antes eu tinha encomendado a ceia de Natal e não cancelei com a esperança de passarmos o Natal em casa. Disseram que entregariam às vinte e duas horas. Fui até a cozinha e a mãe do Matheus disse que ia dar uma ajeitada em tudo e pediu pra eu ficar com ele na sala.
Ele assistia TV e me sentei atrás dele. O envolvi em meus braços e sentir ele tão perto era um alívio. Comecei a beijar seu pescoço e desci os lábios em seu ombro.
— você reclama quando te provoco, mas isso é uma tortura.
— to com uma vontade absurda de você; não de meter, mas de sentir a textura da tua pele, o calor do teu corpo sobre o meu, da sarração gostosa dos nossos corpos...sinto falta disso. Gosto do teu jeito moleque de brincar com meu cacete e saco depois que a gente se ama por uma tarde inteira.
— sabe do que eu mais gosto? Do sexo sem penetração...
— hahaha, aí ficamos a noite toda no sexo oral, porque ao contrário do que muita GE t diz, sexo oral não é preliminar, é sexo e ponto final. Adoro isso, adoro quando você me domina, porque sei que depois, você se entrega pra mim sem nenhuma reserva.
— somos excelentes fodedores e maravilhosos amantes. Porque quando nos amamos, Ahh Cado, nada e ninguém nos supera...Quero trepar!
— quer descansar, isso sim.
— você me aborrece as vezes... — se deitou no meu colo e afundou a cara na minha barriga.
— isso sim é tortura...
— cheirar teu não tanquinho...tá nascendo uma barriguinha aqui, amor. Dad body!
— hahaha, não me coloca medo que começo a malhar.
— não... não. É um charme, eu gosto. Sem importa se eu dormir um pouco, antes da ceia?
— não. Vou tomar um banho enquanto isso. Te acordo e te banho também. Pode tirar cochilinho.
Ainda era oito e meia. A mãe dele fazia ligações para a família do meu escritório e um comentário me fez ficar intrigado.
" é difícil ainda pra mim, me acostumar com tudo isso, mas eu preciso de um teto".
Foi como levar um soco na boca do estômago. Difícil era acreditar que ela apenas nos suportava por não ter onde morar. Eu não sabia o que fazer, dizer e pensar, mas não podia contar pro Matheus, Ahh, como ele ia ficar decepcionado, arrasado e de coração partido.
Tome meu banho com um nó na garganta e troquei de roupa rapidamente. Fui até a sala e acordei o Matheus. A mãe veio e peguntou se queria ajuda e disse que não precisava. Ele, em sua mais completa igenuidade, me beijou a bochecha e mãe foi a cozinha.
Levei ele pra banheira enquanto esperava que enchesse, fiquei pensativo sobre o que acabara de ouvir.
— Cadão, desliga ou vai acabar transbordando... — ele disse, m fazendo acordar se um transe.
— verdade, vou soltar um pouco mais de água, ou vai molhar a faixa.
— você está bem? Parece que está aborrecido, é comigo?
Segurei seu rosto de forma delicada e dando um selinho, disse:
— você só me trás paz. Não tem nada que ver contigo.
— jura, amor?
— juro. É que são essas datas, sabe como é? Não tenho família, tirando você, mas não se preocupe, é só eu olhar pra você e sentir como me ama que fico bom rapidinho.
Recebi em seguida o mais sincero e honesto dos abraços. Relaxei meu corpo sobre o dele e ouvi um "ai, amor", o soltei rapidamente e ele riu do meu mal jeito.
Ajudei ele a se trocar e ouvi a campainha. Era a ceia que havia chegado. O cheiro estava maravilhoso, mas a minha vontade parecia ter acabado. A mãe já arrumava a mesa do jantar e perguntou se já podia servir. Não queria esperar, o Matheus precisava descansar e eu também. Disse que sim e para festejar a volta do Matheus, abri um vinho de excelente qualidade.
Nos sentamos a mesa e fui tomado pela surpresa, quando o Matheus disse a mãe em alto e bom tom, que havia salvo a vida do homem que ele amava. Ela sorriu, não mais que um sorriso amarelado e falso. Comi, mas não degustei. Eu estava vestido de indignamento e raiva, mas pelo meu rapaz, eu faria qualquer coisa.
Esqueci um pouco da raiva e me concentrei apenas na alegria que o Matheus emanava por estar em casa.
Cuidei dele até o dia que foi tirar o curativo. Ele estava bem, mas seu coração com certeza não sentia a paz que tanto queria. Embora me falasse que estava na mais completa felicidade em estar comigo, seu cuore estava dividido ao meio.
Depois das festas de fim de ano, ele estava forte como um touro, novamente. Nos arriscamos a dançar em uma noite de sábado chuvosa. O lugar estava lotado e corpos sem camisa esbarrava em nós e eu, me sentindo um garotão.
— tire a camisa, Cado.
— não. Isso combina com você, não comigo. Se quiser, pode tirar.
Ele continuou dançando e se colocou atrás de mim, encostando seu corpo no meu. Me abraçou e dançava comigo acariciando meu tórax. Foi subindo devagar minha camisa e sarranso seu mastro duro na minha bunda. Não me atrevi em fazê-lo parar e me deixei guiar por ele.
Ele havia me deixado com o peito nu e seu ritmo frenético me envolvia ainda mais. Sentia sua língua ligeira percorrer meu pescoço e costas, até a altura do cós da calça jeans apertada, escolhida a dedo por ele.
— ta gostando?
— estou. É bom sairmos do ninho as vezes.
— eu estou feliz contigo, muito mesmo.
Lhe respondi com um beijo carinhoso e ele pediu que fossemos embora. Queria fazer amor, trepar, sarrar nossos cacetes a noite toda e de imediato o levei.
Nessa noite ele foi meu, somente. Não
houve brincadeiras de sua parte, apenas o desejo em ser meu homem, e ele foi.
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Continua...