Foi inevitável não rir daquela incrível coincidência, não poderia ser Augusto, Pedro sei lá mas tinha que ser logo Daniel?
Eu: Desculpa, eu me lembrei de um situação. Fica a vontade a casa é tua e se precisar de algo é só avisar.
Dan: Pode deixar, vizinho.
Porquê ele tinha quer ser casado? hétero ainda vai, mas casado nem rola. Fiquei mais um pouco na sala admirando aquele cara. Resolvi para de imaginar coisas e fui para o meu quarto. Entrei e me joguei na cama e foi inevitável não pensar no Bruno. Liguei o meu not e selecionei as músicas quanto eu ficava na bad. Fiquei olhando pro teto, quando a porta do meu quarto abriu e o Daniel entrou segurando um copo na mão. Ele ficou me olhando com uma cara de pena, era tudo que eu não precisava era que ele sentisse pena.
Eu: O que tu quer Daniel? - disse me sentando na cama.
Daniel: Posso entra?
Eu: Se tu não percebeu, mas tu já entrou.
Ele riu e foi se aproximando mais, ele olhou todo o meu quarto assim como fez a primeira vez que entrou. Puxou a cadeira que ficava perto da mesa de onde eu fazia meus trabalhos do trabalho e do mestrado e ficou me olhando.
Eu: Sim, vai ficar me olhando com essa cara?
Daniel: Garanto que tu ficaria feliz se olhasse o tempo todo pra essa cara que Deus caprichou - disse ele rindo.
Eu: Ah pelo amor de Deus - me levantei da cama.
Eu: Sai do meu quarto!
Daniel: Tu leva tudo a sério.
Eu: Daniel, sai da porra do meu quarto - falei sério com ele.
Daniel: Tudo bem - disse ele levantando da cadeira.
Daniel: Eu vou pq sei que o manezão lá de deixou mal.
Assim que ele passou por mim, eu fechei a porta com força. Essa cena passaria a se torna rotineira! Aliás ele passou a ser uma cena presenta em minha vida. Ele passou a frequentar todos os lugares que eu ia. Mas o local que ele preferia era lá em casa, de certo ele fazia aquilo pra me provocar. Terça pela manhã, sai de casa pra ir pro trabalho. Fiquei esperando o elevador chegar, eu olhava no celular quando o elevador chegou. Abrir a porta e dei de cara com a melhor coisa que eu poderia ver naquela manhã. O Dan sem camisa, saindo do ele e ainda por cima suado. Que homem era aquele? Meu Deus.
Dan: Opa cara. beleza? - disse ele passando a mão pelo cabelo e riu.
Eu: Opa, tranquilo!
Não teve como não olhar o corpo dele. A sorte que eu tava de óculos escuros.
Dan: Fui dar uma corrida, pq se não a barriga cresce. - falou passando a mão pela barriga.
Não tive uma ereção ali pq Deus não quis. Sorrir e não sabia se agradecia por ele morar em frente de casa ou não.
Dan: Tá indo pra faculdade?
Eu: Não, trabalho mesmo!
Passei por ele, segurei a porta do elevador que até então tava aberta.
Eu: Apareça lá em casa qualquer dia, mas vai cedo pra não perde o ônibus.
A gente riu e eu entrei no elevado e fui trabalhar até motivado rsrs. No final de semana teve o aniversário do Ricardo amigo nosso e foi na casa de praia dele. Eu fui com a Maria e o Dani, João foi com o André e o Daniel, sim o Daniel também ia. Cerca de uma hora depois nós chegamos, a casa era linda. O Daniel desfilava de sunga pra lá e pra cá.
Maria: Ele pode ser o que forma, mas é gato não tem como nega!
Acabei rindo com o que ela disse. Bebida rolava desde quando a gente chegou lá. Isso era final de tarde um por do sol lindo diga-se de passagem. Eu sentado no porta malas do carro bebendo cerveja, Maria na minha frente em pé o Dani ao lado dela, Jana falava sobre o ex que traiu ela. Derepente começou uma gritaria a gente saiu de onde nós estava -mós e fomos em direção a confusão. Era entre o Daniel e o André.
André: Calma cara, era só uma brincadeira! - disse o André tentando evitar confusão.
Daniel: Eu te dei confiança pra ti tirar essas brincadeiras comigo o filho da puta? - ele empurrou o André que revidou.
Foi quando o Daniel acertou um soco no rosto do André que caiu no chão, eu corri pra tentar desaparta a briga. Foi quando eu coloquei a mão no ombro do Daniel virou o braço e acertou um cotovelada no meus rosto, pegando na minha sobrancelha. A dor foi tão forte que eu me abaixei apoiando uma mão no chão e outra onde ele atingiu. Por um momento o barulho que se havia se formado pelo confusão tinha se calado, sentir algo escorrer pelo meu rosto até que caiu no chão, era sangue. A Porrada foi tão grande que chegou a abrir, ouvir outras vez o barulho começar. Levantei minha cabeça e vi o Dani acertando um soco no rosto do Daniel, o João correu e segurou o Daniel que não esboçou nenhuma reação ao soco do Dani, ele me olhava pra ser mais sincero. O Dani veio até mim, tirou a camisa e colocou no meu rosto tentando estancar o sangue.
Dani: Porra alguém faz algo, pega o carro porra! - Dizia ele gritando
Eu: Calma, Dani.
A Maria me ajudou a levantar junto com o Dani. O Daniel continuava envolto dos braços do João, os dois me olhavam.
Dani: Se tu chegar perto dele eu acabo contigo filho da puta! - disse ele apontando pro Daniel.
Nós entramos no carro, Maria que foi dirigindo. O Dani veio comigo no banco de trás, ele me olhava como se eu fosse morrer.
Eu: Dani eu não vou morrer.
Dani: Eu sei, mas é que foi um corte profundo! Tá doendo muito?
Achava tão fofo a forma que ele se preocupava comigo.
Eu: Deixa eu te dar uma cotovelada pra te sentir a dor que é!
Maria: Gente, eu não sei onde fica o hospital daqui - disse ela parando o carro.
Maria: Já sei!
Ela parou o carro perto de umas pessoas e perguntou onde ficava alguma clínica ou hospital. Cerca de 5 minutos ela achou o local onde as pessoas informaram. Era uma clínica particular, resumo de tudo levei 6 pontos e o meu final de semana tinha acabado antes de começar. Quando nós voltamos pra casa do Ricardo o Daniel tinha ido embora.
João: Vinícius, ce tá bem? - ele me abraçou.
Eu: Vou sobreviver.
Ele segurou meu rosto e ficou me olhando.
João: Me desculpa?
""
Conheci o João na época do colégio, ele formava o trio junto com o Daniel e o Léo. Nós nunca fomos amigos, ele implicava comigo assim como o Daniel. Mas o sacana do destino quando quer algo é foda! Ele acabou passando também em Ciências Contábeis. No primeiro dia assim que entrei na sala ele já estava lá me viu e meio que sorriu, acabei sentando perto do Dani. Aos poucos ele foi tentando se aproximar, mas de fato a gente começou a trocar conversas mesmo depois de 1 ano de curso. No final do 2 ano eu poderia dizer que nós era-mós amigos. Nesse mesmo ano meus pais mudaram de estado devido a profissão deles. Na Universidade era eu, João, Daniel. Nós fazia-mós os trabalhos juntos e tudo mais. A gente conversa sobre tudo e numa dessas conversas ele me disse que queria sair da casa dele pq a convivência com o pai ia de mal a pior, ele perguntou se eu não tinha algum lugar que não tivesse pra alugar.
Eu: Até conheço mas..
João: Mas?
Eu: Meus pais foram embora tem pouco mais de um mês e com isso acabei ficando só em casa e se tu quiser sempre teve um quarto sobrando em casa e ele continua lá!
João: Tá falando sério?
Eu: O aluguel nem é tão caro assim! - disse rindo.
Ele me abraçou e me deu um beijo no rosto. Em menos de 15 dias ele já morava comigo, no começo o Dani não gostou muito da ideia mas com o tempo ele viu que não era tão má a ideia. ""
Eu: Relaxa Joãozito
Peguei minhas coisas e voltei pra casa junto com o Dani e a Maria. Minha cabeça doía quando cheguei em casa.
Dani: Amor eu vou dormir aqui! - disse ele falando com a Maria.
Eu: Não precisa, eu tô bem gente! - me deitei na cama.
Ele deitou do meu lado direito e ela do meu lado esquerdo. Ele me deu um beijo no rosto e eu rir. Logo depois a Maria foi embora assim ficando só eu e o Dani. Ele disse que ia tomar um banho, tirou a camisa na minha frente.
Eu: Ah se eu tivesse em condições..
Dani: Se tivesse em condições ia fazer o que?
Ele veio engatinhando na cama e ficou por cima de mim, o rosto dele ficou bem próximo do meu.
Eu: Daniel não provoca!
Ele riu e beijou meu pescoço.
Dani: Me chamou de Daniel, é pq tá falando sério.
Ele chupou meu pescoço e aquilo me fez arrepiar.
Eu: Dani tu não é gay! - disse quase suplicando.
Dani: Eu sei, mas pra fazer isso eu não preciso ser gay!
Ele mordeu minha orelha. Aquilo me fez treme.
Eu: Nós somos amigos!
Ele riu e ficou me olhando. Saiu de cima de mim e se espreguiçou.
Eu: Eu te odeio sabia?
Ele riu e tirou a bermuda ficando só de cueca, era normal ele fazer isso na minha frente ou eu.
Eu: Se não fosse a Maria, juro por Deus que eu fazia uma loucura.
Dani: É, se não fosse a Maria eu aceitaria essa tua loucura! - Falou isso e entrou no banheiro.
Rir daquilo e fechei os olhos minha cabeça doía bem menos, o remédio começava a fazer efeito, acabei pegando no sono. Me espantei com o copo gelado do Dani me abraçando.
Dani: Tá melhor? - perguntou ele me olhando.
Eu: A dor passou.
Ele passou a mão pelo me cabelo e ficou me olhando. As vezes eu me perguntava o porque dele me olhar daquela forma.
Dani: Eu te amo, cara!
Eu: Também te amo, Dani!
Ele passou o Domingo comigo. A Maria pareceu no final da tarde. Ele ligou pro pai dele avisando do ocorrido, claro que não falou sobre a briga, disse que foi um acidente. Acabei ganhando a semana de folga. Nesse período que fiquei em casa, em nenhum momento ouvi algum barulho no apartamento do vizinho novo. Perguntei algo pro João que riu e me disse que o Dan tinha viajado. Havia cerca de 10 dias que o Daniel não aparecia lá por casa, acho que a culpa tinha batido nele. Era uma quinta feira, 19 horas e eu ainda no escritório, eu tinha que entregar um relatório de finanças de um empresa cliente do escritório, eu não tava nem na metade inda.
Antônio: Ainda por aqui Vinícius?
Eu: Pois é, tenho que terminar isso pra amanhã!
Antônio: Teu amigo foi embora e te deixou só!
Eu: O Dani já tinha terminado o que ele tinha pra fazer.
Antônio: Tu sempre protegendo ele, incrível.
Eu só fiz rir. Ele mandou eu ir pra casa e no outro dia não seria preciso eu ir pro escritório trabalhar. Acordei no outro dia por volta das 10 da manhã tomei meu café e voltei pro relatório. Tava concentrado querendo terminar o mais rápido possível, quando ouvir duas batidas nas porta.
Eu: Entra!
A porta se abriu e ele entrou no meu quarto. Ele ficou parado próximo a porta.
Daniel: Oi, o João teve que dá um saída e eu vim sabe como ficou teu rosto.
Me virei em direção a ele e tirei meu óculos.
Eu: Nossa, valeu pela preocupação!
Ele fechou a porta e foi se aproximando da minha cama e sentou. Ele ficou me olhando e por um momento cheguei a acreditar que ele realmente ficou preocupado.
Daniel: O João me disse que tu tava trabalhando. Aliás ele me falou que nesse tempo o que tu mas fez foi trabalhar e estudar.
Ele sorriu e olhou pro chão.
Daniel: Duas faculdades e um mestrado! Sempre foi assim né? Me lembro da época do colégio que tu sempre foi nerdão, gostava de estudar.
Eu: E tu se aproveitava disso!
Daniel: Como assim?
Eu: Segunda ano, mamãe bateu no meu quarto e disse que um amigo do colégio queria falar comigo. Fiquei assustado até pq eu não tinha amigos além do Gabriel, mas mandei ela deixar subir foi quando tu apareceu.
Ele me olhava como se lembra-se conforme eu ia falando.
Eu: Todo sem jeito, perguntado se podia falar comigo e eu inocente deixei. Tu chegou até me pedi desculpa pelas coisas que fazia comigo e ainda prometeu que não faria mais, e eu idiota, não, idiota não! Até pq eu só tinha 13 anos e não sabia ver as maldades nas pessoas acreditei em ti.
Dessa vez eu rir.
Eu: O que a gente não faz pra conseguir algo né Daniel? Naquele caso era o trabalho de química. Deixei tu copiar o trabalho de química e logo depois tu foi embora. No outro dia a primeira coisa que eu recebi quando entrei na sala foi um empurrão logo seguido por um " sai da minha frente, magrelo".
Ele já não olhava pra mim e sim pro chão.
Eu: Mas sabe, eu te agradeço por todos os empurrões, xingamentos. Mesmo não sabendo tu me ajudou a ser uma pessoa mais forte. Ah! isso de ser uma pessoa mais forte foi o meu psicólogo que disse. Sim eu fazia análise pq eu não conseguia entender o fato de ser alvo daquilo sendo que eu nunca tinha feito nada pra vocês me tratarem daquela forma.
Eu falava tudo que tinha ficado preso por anos, mas falava sem me exaltar.
Eu: Agora se me de licença eu tenho que trabalhar! - coloquei meus óculos e me virei ficando de costas pra ele.
Tentei me concentrar e voltar ao relatório e quando realmente fiquei mais calmo ele começou a falar.
Daniel: Me desculpa por tudo. Quando digo tudo é tudo mesmo! Principal tudo que eu fiz contigo na época do colégio, eu era só mais um garoto que fazia as coisas por fazer. Eu não tinha a ideia de que tudo que eu fazia era tão pesado, eu fazia aquilo zuando mesmo. Não sabia dessa parada de psicólogo.
Me virei e olhei pra ele.
Eu: Daniel eu te desculpei tem muito tempo! Se eu não tivesse te desculpado tu não estaria deitado na minha cama nesse momento, tu não teria nem entrado aqui em casa mesmo que se Papa tivesse pedido!
Voltei a me concentrar no relatório.
Daniel: posso ficar aqui até o João voltar? Prometo que não atrapalho!
Eu: Tu tá me atrapalhando falando.
Ele riu e não falou mais nada, voltei a me concentrar. Estranhei o silêncio dele e quando me virei vi que ele dormia todo aberto na minha cama, e ele tava sem camisa. Ele tinha tudo que eu não gostava em alguém mas não tinha como negar que o corpo dele era a coisa mais incrível. Sair do quarto e fui até a cozinha onde encontrei o João comendo. Ele perguntou se eu queria e acabei almoçando com ele.
João: Cara o Daniel tava aqui, mas acho que ele cansou de me esperar foi embora.
Balancei a cabeça negando.
Eu: Foi não, ele tá lá no meu quarto.
João: Como? Fazendo o que?
Eu: Vai lá ver!
Ele levantou da cadeira e foi lá. Voltou com uma cara bem engraçada.
João: Que porra é aquela ?
Bem galera tá ai mais um, desculpa a demora e os erros, Abraços!