Alexander No País de Oz (2ª temporada) Capítulo 10

Um conto erótico de ©@M£;)
Categoria: Homossexual
Contém 5012 palavras
Data: 02/02/2016 22:58:05

Capítulo 10

Alec decide cavalgar na nevasca.

Alec acordou com uma cara de Zumbi. Seu nariz ardia como se houvesse levado um jato de spray de pimenta na cara. Seus olhos estavam inchados e sentia dores pelo corpo como se houvesse levado uma surra de moer os ossos.

- Nossa, que beleza! Estou gripado - gritou, sozinho no quarto. Olhou para a culpada do acontecido com ódio. A janela aberta deixava entrar um ar congelante. Alec correu para fechar a janela e desceu para o banheiro. Mastigou aquelas ervinhas estranhas que espumam na boca e têm gosto de creme dental. Cuspiu e usou a água do jarro na mesinha ao lado da pia para lavar o rosto.

Assim que pisou na cozinha, todos o encararam como se ele estivesse usando um chapéu com uma roda gigante iluminada na cabeça.

- Bom Dia Alec! - disse Sam com um sorriso inventivo. Aquilo fez o estômago de Alec retorcer. Ele não parecia nada triste mesmo depois da conversa triste do Dia anterior. Ao contrário, havia um brilho genioso ofuscando em seu olhar.

E aquilo dava medo em Alec ao lembrar que ele que Sam decidira ser seu cupido.

- Alec - disse Yruf num tom de preocupação - preciso de um favor seu.

Depois de explicar todo o "favor" Alec sentiu que não havia só uma ação de Sam naquilo. Havia uma sequência inteira de movimentos dele envolvidos naquela história.

- Então... Eu tenho que acompanhar o Tsol hoje? - Alec disse sem disfarçar a irritação.

- Exato. Eu, Cam e Sam temos que ajudar a mamãe a fazer uma faxina completa no restaurante. E ele precisa de ajuda para recolher as frutas nas árvores e você seria uma ótima ajuda.

- Porquê EU?! - Resmungou Alec, engolindo um pedaço de panqueca da pilha que Srta. Dorothea pusera na mesa enquanto Yruf falava.

- Nossa, o que tem demais nisso? Parece até que eu estou lhe enviando para o matadouro.

" É tipo isso " Alec sentiu vontade de fazer como nos desenhos da TV e retirar um revólver do bolso e disparar diretamente na nuca.

- Não não é nada - disse sem pensar. Alguma área do seu cérebro formulou isso sem o seu consentimento.

- Então isso significa que você fará isso por mim?! - exclamou Yruf um pouco desnecessariamente alto demais.

Alec iria falar algo quando a mão enorme de Tsol se aproximava da bandeja de Panquecas. Srta. Dorothea surgiu da cozinha como se houvesse sentido as mãos não lavadas dele se aproximando da comida. A colher de pau que ela carregava na mão acertou a dele e Tsol pulou para trás.

- Ow! - ele resmungou - qual é, mãe!

- Tsol Cawthon Odidrep, olha lá como fala comigo! Vá lavar essas mãos imediatamente!

Tsol resmungou alto e foi lavar as mãos.

- Alec? Você tá bem? - perguntou Came - ALEC!

Alec se alvoroçou tanto por ter estado tão perto de Tsol por um momento que deixou o garfo que espetava um pedaço de panqueca no chão. Acabou dando o pedaço para Tony que o observava comer atentamente.

- Droga, eu tô ouvindo! - resmungou, pegando o último pedaço de panqueca fo seu prato e comendo - vou calçar minhas botas e prepararLanche? Já fiz! - disse Srta. Dorothea dando para Alec dois pacotes de comida.

" Porra... Estão determinados a te empurrar pro cara, hein? " zombou Shulåãn " é só partir pra cima "

" CALA A BOCA " implorou Alec em pensamentos, sentindo que a qualquer momento vomitaria todo o café da manhã. Ainda não estava pronto para lidar com Tsol. Ele sempre se atrapalhava e ficava nervoso " só vou fazer desastre ajudando ele nessa colheita ".

" Não fique assim. Você foi desastrado a vida toda. E isso não vai mudar agora "

* Nossa, que belo apoio moral! * Alec pensou em dizer, mas Tsol sentou-se onde ele estava antes, colocou uma pilha de panquecas no prato em que ele havia comido e pegou...

O mesmo garfo.

" meu detector de beijo indireto apitou... " falou Shulåãn com maldade.

Alec sentiu que se o seu rosto ardesse mais de vergonha ele explodiria. Ou então iria desmaiar.

Aquilo não podia estar.

-NÃÃÃÃÃOO!! - Berrou. Todo mundo encarou ele e isso o fez perceber que a sua maravilhosa missão de ser o maior trouxa das galáxias na frente de todo mundo havia sido um sucesso. Agora sim ele devia ter virado o próprio “tocha humana” do quarteto fantástico - não foi nada... É que eu... - Alec agarrou o pé esquerdo - bati o pé na escada.

- Ugh, deve ter doído a beça - disse Yruf.

- Pois é... - Alec se jogou no corredor que dava passagem para a porta de entrada. Agarrou o seu par de botas e começou a calçá-las, começando pelas meias. Ele pôde ouvir a voz de Tsol vindo da sala de Jantar.

- Nunca mais fale meu nome e inclua o nome “dele” - resmungou.

- Tsol! Cawthon é o nome do seu pai! - inconformou-se Srta. Dorothea.

- EU NÃO LIGO! - Tsol berrou - EU NEM QUERO LEMBRAR QUE TENHO FAMILIARIDADE COM ESSE CARA!

Ele levantou e saiu batendo o pé casa afora.

- Se não quiser ficar pra trás anda logo - rosnou pra Alec.

" Se deus realmente existe, que ele tenha piedade de minha alma " pediu Alec em pensamentos.

- As vezes você me decepciona tanto... - disse Srta. Dorothea, sentida. Alec foi até a cozinha. Yruf abraçava a mãe e Sam servia a ela uma xícara de chá.

Ela parecia tão desolada que aparentemente estava prestes a entrar em prantos.

Do nada, ela abriu os olhos e agarrou a colher de pau como se fosse uma espada.

- É BOM ESSE GAROTO VOLTAR PRA CASA DE ARMADURA, SENÃO ELE MORRE - disse ela. A visão foi tão assustadora que Alec jurou ter visto fogo saindo da boca dela.

" ISSO sim, que eu chamo de incorporar o Demônio " zombou Shulåãn.

" Melhor irmos embora " Alec se aproximou cautelosamente da mesa e pegou os lanches. Srta. Dorothea o encarou e ele quase entrou em pânico como na primeira vez que jogou queimada na escola e acabou desmaiado e com o nariz sangrando.

- Tenha um bom dia de trabalho, querido - disse Alegremente.

" Agora eu sei de onde vem essa essência diabólica de Tsol " pensou Alec, engolindo em seco e correndo casa afora.

Ele jurou ter visto o olhar calculista de Sam brilhando.

" Você me paga... " Choramingou em pensamentos.

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A caminho do trabalho, Tsol ficou com um olhar distante, como se estivesse estivessem planejando como esquartejar a pessoa mais próxima e isso incomodou Alec por demais.

Porque ELE era a pessoa mais próxima.

Ao chegarem, os Trigêmeos Azzel, Uxirr e Masprh conversavam algo bobo e riam escandalosamente, socando os braços uns dos outros e fazendo caretas.

O Chefe da Madeireira e seu castor gigantesco e peludo operavam na produção de móveis e várias pessoas andavam de lá para cá.

Tsol, os trigêmeos e mais onze pessoas trabalhavam numa área ainda cheia de árvores.

Várias pessoas derrubavam árvores organizadamente e outras recolhiam alguns brotos da árvore derrubada e replantavam nos buracos que os Trigêmeos cavavam.

Tsol e mais três pessoas partiam os pedaços de madeira e empilhavam para os carroceiros levarem para o armazém.

Tsol apontou uma macieira imensa para Alec recolher os frutos. Ele subiu por uma escadinha e várias maçãs pendiam a sua volta. Ele decidiu começar pelas que estavam mais perto e arrancou uma maçã.

- EI! - uma voz tão fanha quando a de Shulåãn resmungou - GERALMENTE AS PESSOAS PEDEM ANTES DE ARRANCAR TODOS OS FRUTOS COM TODA ESSA SELVAGERIA E BRUTALIDADE!

Alec quase caiu da árvore, mas se agarrou num galho que parecia balançar para fazê-lo cair.

- Você... FALA? - ele se sentiu meio idiota perguntando isso a uma árvore.

Uma expressão se formou no rosto da árvore igualzinho a quando ele assitia a primeira versão de Vila Sésamo.

- Ah, eu não deveria falar? - replicou a árvore - MIL DESCULPAS, DONO DA RAZÃO E DAS EXISTÊNCIAS.

- Para com isso. Ele não é desse mundo; e no mundo dele, as árvores não falam - Tsol falou, ainda partindo madeira em pedacinhos e empilhando todas no mesmo tamanho.

- Terráqueo? - vários galhos soltaram suas folhas e começaram a cutucar Alec como se ele fosse uma geléia espacial altamente radioativa que veio enjoar a árvore - quanto tempo faz que não vejoEu sinto muito por arrancar sua maçã sem pedir - disse Alec.

- Sem problemas - o rosto começou a sumir da árvore - lembre-se de pedir e esperar uma cutucada no braço antes de começar.

Alec passou a "pedir" autorização a todas as árvores para pegar seus frutos e ia enchendo cestos com eles que eram pegos por uma garota chamada Alrac que fora a única que conversara com Alec durante o trabalho. Ela explicou que as árvores cujas as raízes não tinham mais forças eram derrubadas e seus brotos recolhidos para o reflorestamento. E as árvores e madeira fina como pinheiro, carvalho e o mogno passavam pelo mesmo processo.

- Não queira ver a extração do caldo de Boldo - falou ela, apontando pro nariz - o caldo sai de um lugar do rosto bem sugestivo.

Depois de recolher a maior quantidade de frutos de sua vida, os braços de Alec ruíram de cansaço quando um apito gigante anunciou que a hora do almoço havia chegado. Sem ter o restaurante da Srta. Dorothea para ir, muitos trouxeram almoços feitos para o trabalho. Quando Alec pegou o saco imenso do almoço e as garrafas de néctar de fruta, perguntou-se se não havia um porco dentro daquele saco.

Haviam dez sanduíches. Inclusive, grandes demais para um sanduíche normal. Do tamanho de um melão. Alec mal aguentou comer um e meio... Mas Tsol comeu tudo. TUDO MESMO. inclusive a metade que Alec não quis do segundo sanduíche.

" Porra... Tem um buraco negro no estômago? " questionou Shulåãn.

" Com esse apetite ele pode falir um supermercado " pensou Alec.

" E Provavelmente três restaurantes de linha fast-food só para arrematar "

Tsol se sentava literalmente de costas para Alec. Comia sem pressa e olhava para a floresta densa e gigantesca coberta de neve que se estendia pelo horizonte.

- Tsol? Você tá bem? - Alec perguntou tentando lembrar da Consulta com o Dr. Dodds para auxiliar.

Ele não respondeu nada. O vento soprava o cabelo fofo e amarelo dele.

" meu deus, como pode ser tão lindo até quando tá sério?! " perguntou-se Alec em devaneios.

- Você tá perturbado porque sua mãe falou sobre seu pai?

Mais silêncio. Alec sentiu vontade de jogar aquela garrafinha de néctar da cabeça dele por não estar cooperando.

- É... - disse por fim - eu odeio esse cara.

- Por quê?

- Ele abandonou a mim e a minha mãe quando ela estava grávida do Yruf, cara - disse com raiva - só disse que " precisava ir" e nunca maia o vemos. Passamos fome, frio e eu tive que começar a trabalhar com catorze anos pra não deixar minha mãe morrer de fome. Ou melhor, para que todos nós não morrêssemos de fome... Tudo por culpa dele.

Bem, aquilo é BASTANTE perturbador. Tsol segurou a cabeça com as mãos como se sentisse dor de cabeça. Ele fungou.

Ele estava chorando?

" Nossa, parabéns, Doutor! " congratulou Cëla " Tu fez o cara chorar. Que merda hein?! "

Alec deixou a garrafa de lado e abraçou as pernas. Tsol não de movia e não emitia um som sequer.

" ele passou por tanta coisa ruim... " pensou " não é a toa que vive tão na defensiva "

" Vocês dois tão tudo no mesmo barco " disse Shulåãn.

Alec queria dizer algo para confortar Tsol mas estava sem palavras. Meio que se sentia mal por ter um pai em depressão e uma mãe desaparecida.

- desculpa se eu despertei memórias ruins - disse sem jeito.

- Fica tranquilo - Tsol jogou a garrafa de néctar pela metade ao lado dele - eu que sou um otário.

- Tsol, eu... - "te amo! Eu te amo! Diga! - gritava sua mente" - queria saber onde fica o banheiro.

Tsol explicou que era passando pelo corredor da recepção do armazém e indo à esquerda já tinham placas sinalizando. Depois de seguir até o local, entrar no banheiro e garantir que a porta estava bem fechada, lavou o rosto e então...

Aprontou um berreiro, chutando e esmurrando as paredes como se elas houvessem o agredido.

- IDIOTA, IDIOTA, IDIOTA!! COMO EU SOU IDIOTAAAAAA - começou a bater a cabeça na parede também - EU TAVA TÃO PERTO!! COMO EU SOU COVARDE!

" Tirou as palavras de minha boca, gênio " apoiou Shulåãn.

- Idiota... Idiota... Burro... Covarde... - Alec murmurava com a cara jogada na parede.

Quando abriu a porta, um dos trigêmeos, Uxirr, esperava a vez dele e ficou com cara de medo quando Alec saiu.

- Você tá bem, Alec?

- Hã... Claro - ele parecia estar verde de enjôo.

Quando voltou ao trabalho, Alec sentia que iria vomitar. Tsol não lhe disse nem sequer uma palavra a mais. Provavelmente ainda pensava no pai.

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Quando o trabalho acabara, às 17:30 e meia, Tony surgiu dos arbustos latindo e correndo em volta de Alec que ainda assim não conseguiu recuperar o ânimo.

Quando andavam o caminho de volta, seguiam por uma trilha estreita. Ela fora minerada numa pedra gigantesca que formava um extremo da montanha na direção oposta. Um caminho estreito à beira de um precipício.

Durante todo o caminho, Tsol o olhava como se fosse matá-lo.

Aquilo deixava Alec nervoso.

- O que foi? - perguntou.

- Tem certeza que não lembra de nada? Porque, por mais que você diga eu não posso acredi... Tar... - Alec parou de andar e Tsol esbarrou nele - Que é?

Ele se virou e o encarou. O enjôo tinha ido embora. Agora o que ele sentia era RAIVA.

- Eu tenho cara de Mentiroso? - perguntou andando em sua direção. Tsol começou a recuar.

- Não... - uma careta se formou em seu rosto.

- Você já me viu mentir?!

- Acho que não.

- ENTÃO POR QUÊ VOCÊ FICA INSISTINDO NESSA MERDA DE ARGUMENTO?!! - Berrou Alec. Tony ganiu.

Tsol agora encarava Alec. Os enormes olhos castanhos faiscavam. Alec estava vermelho como um tomate

- Eu não queria...

- FODA-SE O QUE VOCÊ NÃO QUERIA!!! - Alec cortou, batendo o pé no chão - VOCÊ VIVE REPETINDO, REPETINDO, REPETINDO E REPETINDO ESSAS MESMAS COISAS, EU NÃO AGUENTO MAIS!

Tsol ainda fazia careta, porém não fazia nada. Alec, aos poucos ia ficando calmo por estar pondo toda a Raiva para fora.

- Eu tive que suportar você falando isso por MAIS DE UM MÊS! Sabe como isso é irritante?!!

- Tá, desculpa - resmungou Tsol, desviando o olhar.

- DESCULPA É O CARALHO! - Berrou Alec se enfurecendo novamente - VOCÊ SEMRPE FAZ ISSO! DÁ UMA DE MAIORAL E QUANDO PERCEBE QUE FEZ MERDA, CAI FORA OU ENTÃO INVENTA UMA DESCULPA.

- OLHA AQUI, ALEC! DEIXA DE SER EXTRESSADINHO, JÁ PEDI DESCULPA! - berrou Tsol em resposta.

- Ah, é assim?! Vai ser teimoso e se recusar a admitir seu erro?! - Alec rosnou, dando um soco no peito de Tsol.

- Qual é, cala a boca - Tsol resmungou.

- Deixa de ser teimoso! Que raiva! - Alec acertou um soco no estômago de Tsol que realmente doeu.

- Deixa de ser criança! - berrou Tsol o empurrando e Alec sentiu que não havia chão atrás dele.

Não havia mesmo. Ele não pôde fazer nada, nem se agarrar a nada. A única coisa que pôde sentir fora as suas costas deslizando pelo lodo, raízes e pedras. Antes que pudesse tentar qualquer coisa, caiu numa queda livre e aterrissou de cabeça no chão coberto de folhas podres, neve e terra.

" Você tá vivo ainda? " perguntou Shulåãn.

" Se eu não abrir os olhos e ver tudo coberto de uma névoa branca da morte, acho que sim " Alec abriu os olhos e sentiu que sua cabeça doía como se houvesse sido aberta ao meio.

" Sua cabeça está sangrando. Melhor Você ir pra casa da Dorothea pra ela te tratar " aconselhou ele.

Alec se sentou no chão. O mundo rodava como se estivesse num carrossel. Algo quente caiu por cima de sua pálpebra esquerda. Ele tocou com a mão e a cor escarlate de sangue tingiu sua mão pálida.

Tony latiu ao longe.

- Tony? - Alec gemeu - Tony!!

O gigantesco cachorro negro saltou dos arbustos e correu na direção de Alec. Quando viu o rosto de Alec ensanguentado começou a auivar.

- Eu estou bem - ele acariciou a cabeça do amigo. Arfou quando a cabeça deu uma pontada - é sério. Só estou meio tonto.

Enquanto a visão de Alec fazia ver asas pretas nascerem no lugar das orelhas de Tony, Alec ouviu passos apressados.

- Hã? - falou bobo. Tsol saltou da mesma trilha de onde viera Tony. Agarrou Alec, jogou nos ombros e saiu correndo - Ei! Eeeei!! - berrou - me larga. Eu não sou um saco de batatas!

- Cala a boca - Tsol falou, correndo mata adentro - vamos ter que fazer um desvio. Eu acabei acordando uns ursos que já estavam em estado de hibernação. E... Eles não estão muito felizes.

- O QUÊ?! - o coração de Alec quase saiu pela boca. O estômago dele embrulhou e o que saiu da boca dele foram pedaços de pão - ai, que droga...

- .Melhor você ficar quieto. Isso tudo aconteceu por sua culpa - Tsol censurou.

- MINHA CULPA?!!! Veja só se fui eu que saí empurrando as pessoas de penhascos! - Alec gritou, mas teve que se segurar para não fazer outra rajada de vômito.

- VOCÊ QUE ME TIROU DO SÉRIO! Você que me bateu, eu só te empurrei pra você parar!!!

- Ah, claro! Eu sou Abraham Lincoln - Alec ironizou - eu sou um presidente importante, sabia?

- Você já está delirando.

- Calado. Você envergonha nossa pátria!! - berrou Alec meio grogue. O berro de um urso fez vários pássaros voarem em fuga dos galhos de árvores - COOORREEEEE!!! - ele dava socos nas costas de Tsol - corre rápidoooo!!!

- Argh, cala a boca ou te largo no chão! - Tsol resmungou.

Eles entraram novamente na trilha em que vieram para o trabalho.

- Sorte que você é leve - Tsol arfou - logo logo chegaremos.

Depois de um tempo correndo, Tsol e Alec alcançaram a trilha que se liga à floresta ao lado da casa dos Odidrep. Quando chegaram, Tsol desabou e largou Alec no chão, exausto. Srta. Dorothea cortava algo numa tigela e conversava com Marceline. Came tomava chá acompanhado de Yruf e Sam se empenhava em misturar algo numa tigela com a colher de pau.

- Hã... O que tá acontecendo? - Sam olhou assustado - e porque vocês estão com essa cara de defunto?

Tsol lançou um olhar destrutivo para Sam.

- Pergunte ao Alec. Afinal ele que causou tudo isso - resmungou.

- EU?! - Alec olhou como se Tsol houvesse massacrado a família que ele mal tinha. Ele fechou os olhos e respirou fundo - chega... CHEGA! Não vou mais suportar isso... - ele tinha que usar rapidamente a coragem que tinha antes que acabasse - você... VOCÊ É... - ele apontouCOVARDE, UM TROUXA, BABACA, INSENSÍVEL, BIPOLAR, MENTIROSO E... CANALHA!!

Yruf quase deixou cair a xícara enquanto Alec continuava.

- Nossa, QUE MERDA! O que eu tenho ns cabeça quando isso aconteceu? Como eu fui capaz de amar uma pessoa como você?! - Tsol perdeu a cor - mas não se preocupe. Você mesmo me ajudou a mudar isso, quando quase me matou. Eu te odeio, Tsol Odidrep.

Tsol ficou lá no chão, cansado e surpreso. Por fim ele levantou e pegou no braço de Alec que andava pro quarto.

- Espera...

“Mate-o... ” - algo sibilou em sua mente - “ acabe com a raça dele... Mate-o... ”

O punho de Alec atingiu com potência o maxilar de Tsol e o arremessou pro corredor de entrada. Alec caiu no chão surpreso, enquanto todos olhavam estarrecidos. Seu rosto queimou de vergonha.

- Me desculpem - pediu enquanto corria para o quarto. Ele tinha que ir embora ou acabaria louco e teria que passar os últimos cinco meses de aula enfiado na sala do Dr. Dodds.

Limpou o rosto e o corpo coberto de lama. Vestiu a farda escolar que vestia quando veio para o País de Oz. O mundo ainda girava. Um relevo no bolso de sua calça. As moedas que Valete havia dado a ele.

" Meu deus, o que eu estou fazendo? " pôs o rosto atrás das mãos e surgiu a vontade de voltar a ser apenas o garoto pálido, nanico, de olhos enormes e devorador de doces... Que vivia com seu pai pintor e escrevia livros...

- Alec?

Seus olhos encontraram os de Came e ele sentiu que tudo ficaria bem novamente.

- Came... - antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, começou a chorar. Cameron o abraçou. Era engraçado como Came havia crescido. Alec mal alcançava seus ombros. O cabelo dele já alcançava o maxilar.

- Eu estou aqui... - ele deu tapinhas constantes nas costas de Alec - estou aqui... Com você.

- Por quê amar dói tanto?

- Se amar fosse fácil não seria amor - Came disse - fique tranquilo. Você vai superar.

- Não sei se vou conseguir...

- Você VAI - Came afirmou - Você já passou por coisas piores. Isso não é nada, entendeu?

Os tapinhas de Came pareciam ter conseguido retirar todo o peso de suas costas. Alec respirou fundo.

- Obrigado por tudo. Não mereço Você... Nem o Sam.

- Ninguém se merece - Came zoou - ei, Você quer mesmo voltar para casa?

- Não precisam vir comigo - disse Alec, se recompondo - vocês se deram tão bem com todo mundo... Não quero estragar tudo.

- Viemos juntos, voltamos juntos - Came teimou. Só naquele momento ele percebeu que seu amigo japonês já estava vestido com a blusa listrada que usava quando veio parar no castelo do Príncipe Vermelho - o Sam está terminando de se arrumar. Não vamos te abandonar.

- Mas...

- É perigoso ir sozinho. Eu sei que se nos apressarmos em meia hora estaremos no terminal.

Sem muitas conversas, Alec saiu acompanhado dos amigos. Lá fora o ar estava frio e nublado.

- Melhor se apressarem para não serem pegos pela nevasca - disse Dorothea - tem um Único trem que vem buscar recursos. Eles também levam pessoas. Podem pegar o das 21h.

Alec mal conseguia olhar nos olhos de Yruf, Marcy e Dorothea que estavam em frente ao jardim onde tudo começara.

- Eu... Sinto muito mesmo - falou - eu não sei onde eu estava com a cabeça quando...

- Ei, fica calmo. Todo mundo sente raiva. Você não é excessão - Yruf disse sorrindo.

- Tsol está bem?

- Ah, aquele rato vai sobreviver. Mas provavelmente deslocou o maxilar com aquele golpe - Yruf olhava pro nada sorrindo maleficamente como se já imaginasse como se aproveitar dessa situação.

- Obrigado por me emprestar as roupas e me ajudar - agradeceu, voltando-se para Srta. Dorothea - muito obrigado por me acolher. E Marcy... - Marceline fazia uma careta estranha, esforçando-se para não chorar - também te agra...

- ALEEEEEEC!! - ela chorou alto - Você não pode iiiiir.

- Eu tenho que ir...

- Você vai voltar pra mim? - ela olhou com o rosto sujo de lágrimas de sangue.

- Não sei se vou voltar - Alec suspirou - mas não Vou me esquecer de Você - ele a abraçou - muito obrigado por se tornar minha amiga.

- Fique bem - Marceline se desequilibrou, chorando alto enquanto Sam e Came despediam-se. Sam havia meio que despertado um vínculo de amor materno com Dorothea e Came e Yruf... Bem, não é preciso nem ao menos dizer. O jeito como eles se olhavam denunciava tudo.

Depois de mais abraços, partiram nos cavalos negros que foram dados por Ás.

•♪•

~Narrado por Tsol.

- Alec... Esse garoto estúpido... - resmunguei deitado em minha cama.

Ele surgiu de sabe-se-lá-onde e me derrubou de minha carroça a dois anos atrás. Desde que me envolvi com esse cara só tenho passado maus bocados. Fui obrigado a participar do torneiro sangrento do reino vermelho por culpa dele. O estranho é que só lembro ter feito dupla com ele pra sobreviver e depois de tudo Marceline e uns amigos estranhos dela apareceram. O torneio terminou e voltei para casa.

Estive vivendo normalmente até então...

" Aí ele aparece pra dar uma de bom moço trazendo meu cavalo de volta "

O pior de tudo é que a minha lembrança está vaga demais... Eu as vezes vejo oscilações nos meus pensamentos, e de alguma forma eles envolvem Alec.. mas não tenho certeza do que é...

" Eu te odeio " ele dissera. Por que isso me incomodou tanto? Por que eu me importo tanto com isso.

Minha cabeça doía. Parecia que uma agulha a atravessava bem devagar.

- Que drogase vulto passou pela minha mente.

" Ele é tão... Ele é tão bonito... " - veio a lembrança do aniversário de Alec, quando ele tivera um ataque de hipotermia e eu cuidei dele. Aquele cheiro doce que exalava de Alec...

Mais lembranças viam

" - Obrigado, baixinho...

- De nada, Grandão... " a memória de quando Alec me abraçou pela primeira vez após me salvar da bruxa da floresta.

" - Mastiguei o suficiente? - havia resmungado quando Alec lhe fez uma sopa enquanto se recuperava do veneno da bruxa " - Hm. Sim. Bom Menino! " lembrei que Alec havia brincado comigo.

" Nem eu nem você vamos morrer enquanto eu não te provar que sou mais forte do que você! " lembrei do que Alec me falou no caminho de volta ao casarão durante o torneio.

" Não toque seu braço direito. Ele está cicatrizando. Realmente coça, mas você tem que se aguentar! Minha perna coça, mas eu nem toco nela! " lembrou da censura de Alec quando ele coçou o braço ferido " - Eu vi você coçando a perna com um garfo nessa noite "

As risadas... Os olhares... A cumplicidade... Eu compartilhei algo assim com Alec?

" - Obrigado, Tsol... você é uma boa pessoa. Espero que a gente consiga terminar o torneio... " lembrei-me de quando Alec fora recuperar as mochilas dele.

" Vou ficar bem, seu chato. Não se preocupe - Alec me disse. - Não consigo parar de me preocupar com Você e muito menos parar de te... de te... amar. Eu te amo, Alec " lembrei de ter lhe dito antes dele partir.

" Então vamos fazer o seguinte: vamos terminar esse torneio, vamos sobreviver e vamos ficar juntos. o que me diz? " disse na caverna a ele...

Então tudo caiu em cima de mim. Como uma cachoeira. Uma cachoeira de lembranças de todas as coisas que aconteceram desde que Alec fora levado forçadamente embora. Aquela sensação estranha de ódio súbita...

- quem fez isso?! - rosnei, sem fôlego. Calcei minhas botas e disparei escada abaixo. Meu maxilar doía... Doía muito. Mas eu havia merecido aquele soco. Eu e Alec já havíamos brigado muito mais vezes e eu tinha certeza daquilo.

Porque finalmente eu lembrava!

- Mãe! O Alec, onde ele está?! - perguntei alarmado.

- Ele foi embora - disse Marceline que tomava o caldo das cerejas em conserva da mamãe enquanto conversava com a mesma.

- Não era isso o que você tanto queria, Tsol?! - rosnou Yruf pra mim.

- Não, não era - falei sério. Expliquei tudo o que acontecera e falei sobre o torneio, Alec, meu relacionamento com ele e tudo mais.

- Se a Marcy não confirmasse eu diria que você inventou - disse Yruf.

- Finalmente! - berrou Marceline largando a xícara na mesa - vamos, vou levá-lo voando.

- Pra onde? - resmunguei preocupado demais com meu Namorado Pra entender o que ela queria.

- Resgatar o Alec, duuuh! - ela me deu um cascudo - você já está a salvo. Falta ele.

Enquanto eu vestia meu agasalho e pegava mais três, Marceline me explicou que Alec também havia esquecido-se de tudo. Marceline me agarrou por trás e me ergueu sem dificuldades. Então disparamos pela campina já coberta de uma fina camada de neve que caía...

~ volta a ser um narrador observador.

Alec cavalgava com um olhar perdido. Um espirro o fez voltar a realidade. Sam o olhava como de fosse chorar.

- Olha, Alec... - disse ele - eu havia planejado toda esse seu tarde com o Tsol.. Mas eu não sabia que acabaria assim. Eu imaginei que vocês se entenderiam...

- Tudo bem - Alec falou rouco. Sua cabeça estava doendo e coberta de neve - vou ficar bem.

- Alec, você está péssimo. Vai ir ao médico assim que voltarmos - disse Came.

- Tá, tanto faz - a neve caía violentamente. O frio atravessava Alec.

" Você ainda tem alma? " Shulåãn resmungou " vamos lá, reaja! "

" Me deixa em paz. Você não entende. Ninguém entende... " Alec se interrompeu.

Alec ouviu um grito. Parecia seu nome. Mas não havia sentido.

" ALEC!! " ele ouviu de novo.

Não podia ser... Ele olhou para trás junto com Sam e Came.

Um loiro de olhos azuis voava pelo céu com a ajuda de uma garota de cabelos negros gigantescos e pálida.

- É a Marcy! - disse Came.

- E o Tsol - completou Sam.

- Alec, espera! - Marceline gritou. Os cavalos pararam.Tsol desvencilhou-se e correu até Alec e o desmontou do cavalo.

- Alec... - ele o abraçou com força. O cheiro de açúcar desprendeu-se dele - Pensei que iria te perder...

- O que você quer? - Alec desviou o olhar.

- Quero te ajudar.

- Pensei que me odiasse - Alec ironizou, com o rosto inchado de tanto chorar.

- Não te odeio...

- Então porque me tratou daquele jeito?!... - Tsol abraçou Alec de novo.

- Me desculpa, por favor, me desculpa! - ele tremeu - Alec, amo você mais do que qualquer outra coisa. E além disso você prometeu. Prometeu que ficaríamos juntos depois que tudo de ruim acabasse!

- Não sei do que você tá falando - Alec queria empurrar Tsol mas estava paralisado com o cheiro de Hortelã que exalava dele... Aquele odor era tão nostálgico... - Tsol, por favor...

- Não! - Tsol segurou o rosto de Alec em suas mãos - Não, não e NÃO! Não vou deixar que parta novamente.

- Por que você...! - se Alec se tinha qualquer coisa a dizer, esqueceu-se. O beijo de Tsol parecia ter feito o mundo pegar fogo. O mundo girava como um pião em alta velocidade.

Os lábios de Tsol eram tão macios... Como nuvens ou seda. Quando o beijo acabou Alec sentia que iria vomitar. Acabou tossindo. Uma fumaça negra saiu de sua boca.

Então começou uma crise de tosse. A fumacinha negra escapou pela boca de Alec, que exausto cambaleou para a esquerda.

- Alec! - Tsol aproximou-se e o agarrou antes que ele se espatifasse no chão - Você tá bem?

- Bem louco, cara - Alec gargalhou.

- Consegue se lembrar do torneio agora? - Alec o encarou como se ele houvesse o perguntado se ele conseguia beber uma caneca de mostarda com os dedos do pé.

- Tem como não lembrar desde inferno? - disse ele perdendo os sentidos.

- Alec?! Alec! - Tsol o abraçou, tremendo.

- Ele vai ficar bem. Porém temos que levá-lo de volta rápido - Marceline disse.

O coração de Tsol batia rápido... Finalmente... Tudo estava de volta ao normal... Mais ou menos.

" Vamos ficar bem, Alec... Eu te prometo... "

Continua...

Gente,eu viagei pro Canadá e sinceramente eu queria ficar lá <\3

Cara, neve é uma coisa diabólica. tive que usar QUATRO agasalhos '-' (paq isu?)

dps conto mais sobre as minhas férias :3 Até dps amores ♥

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Comentários

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MDS... CHOREI AQUI, MELHOR CONTO, MELHOR HISTÓRIA, MELHOR CENÁRIO, MELHOR TUDOOOO! FINALMENTE SE LEMBRARAM DOS DIAS DE INFERNO E AMOR RECÍPROCO, DOS DIAS DE SOFRIMENTO MAS TAMBÉM DE GRANDE ALEGRIA!!! NÃO AGUENTAVA MAIS... LINDOOOOOS. AGORA RESTA SABER TODA A VERDADE.

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meeeeeeuuuu Deeeeeuuuusssss to xonadoooooo que coisa lindaaaaaaaaaaaaaa! Melhor conto, melhor história, melhor tudooooo! Finalmente eles recuperaram a memória <3 agora resta saber pq Cela fez oq fez!

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Que saudade que eu tinha do seu conto,do Alec e do Tsol.Eu adoraria conhecer o Canada e eu tambem amo neve.Fiquei feliz que eles tenham lembrado de tudo e fiquei mais feliz ainda pelo teu regresso.Espero que voçe não suma outra vez

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