- E aí, novato? Q que vc tá achando da nova escola? – perguntou Ben ao meu ouvido em uma voz de quem era meu amigo de infância.
- boa. Eu... ainda não conheci muita gente. Mas... o pessoal parece ser boa gente. – O cheiro do suor dele tão próximo a mim me deixava doido e eu tentava não respirar para não dar pinta. Mas estava tremendo dos pés à cabeça. Ou melhor, às cabeças.
Ele deslizou a mão pelas minhas costas enquanto caminhávamos em direção ao vestiário. Passou a mão para a minha cintura e me apertou forte enquanto que com a outra mão batia no meu peito – Todos nós somos gente boa aqui, brother. – ele ficou de frente para mim. Paramos. Seus olhos olhando fundo nos meus. Me chacoalhou pelos ombros e eu já estava mais mole que manteiga derretendo. Ele sorriu um sorriso torto que me atingiu como um choque. Meu cuzinho estava pulsando pela primeira vez na vida. – Acho que vc é um cara legal, novato. Vc tem potencial de entrar pro nosso grupo. E se vc me alcançar eu vou te dar um presente especial pra garantir vc no nosso time.
Ele saiu correndo em direção ao vestiário. Por dois segundos milhares de coisas passaram pela minha cabeça. Será que aquilo significava o que eu achava que significava? Eu não tinha experiência nenhuma com nada sexual. Embora algumas vezes tarde da noite eu já tivesse introduzido um dedo em mim mesmo e gozado assim sob os lençóis.
Eu desejava tanto aquele cara ele era perfeito e eu faria tudo o que ele me mandasse. Eu fui andando rápido. Sem correr, mas o mais rápido que eu pude. Eu não era muito bom em corridas e não queria que ele pensasse que eu estava desesperado.
Ben sumiu dentro do vestiário que parecia estar deserto. Apenas compridos corredores com armários cinza. Algumas roupas sujas caídas nos cantos e o que parecia ser uma montanha de protetores de saco.
- Ben?
Ouvi um barulho de chuveiro aberto atrás de uma das portas e abri. A água caía solta. Ali o espaço era dividido em várias cabines de azulejos brancos sem portas. Caminhei até ver a que estava com a água caindo.
- Ben. Eu vou voltar quando você acabar seu banho, ok?
Falei mas continuei caminhando. Eu queria ver o que me aguardava no box. Eu poderia apostar que ele não teria me chamado ali e entrado no chuveiro sem segundas intenções, e eu estava certo.
Quando alcancei o box e olhei para dentro a água caía mas a cabine estava vazia. Fiquei sem entender por um segundo, mas no próximo várias mãos me agarraram por trás, me segurando e eu me debatia. Todas as minhas coisas caíram no chão e então eu soube que tinha caído em uma armadilha.
O time inteiro dos garotos de ouro estava ali. Dois deles me seguravam. Um ruivo que parecia ter uns dois metros de altura e um negro que era da mesma altura de Ben, mas era quase o dobro de sua largura. Mais tarde eu saberia que se chamavam Todd e A.J..
Os outros estavam encostados na parede, uns sem camisa, outros enrolados em toalhas e Ben estava de pé no centro, como o líder de todos. Seu sorriso torto adorável agora se contorcia de forma absolutamente sexy, mas sádica. Seus olhos me devoravam.
- É, novato. Você vai adorar essa sua nova escola. – Disse ele e sua voz ecoou pelas paredes do vestiário.
- Para com isso Ben. - tentei manter uma postura como se estivesse tudo bem me soltar. Eu tinha entendido a brincadeira
e o susto que eles me pregaram. – Ok. Ok. Foi engraçado. Agora eu tenho que ir.
- Que isso, Brother – disse A.J. me apertando mais forte e me sacudindo. - você não pode sair sem receber a nossa benção. Vc é um novato.
- Caras... Ben... você... por favor deixa eu ir. – eu estava absolutamente assustado em não saber o que aqueles caras queriam fazer comigo. Só ficava pensando em como eu ficaria se os sete resolvessem me violentar ali mesmo no chão daquele vestiário. Meu corto entrou em choque e eu não conseguia gritar ou me mexer.
Ben se aproximou caminhando. Eu não conseguia deixar de notar o balanço dos músculos do corpo dele. E que corpo. Caminhando numa ginga ao meu encontro. Todo ele emanava poder e testosterona. Seu corpo suava. Seus olhos se divertiam com o meu desespero.
Ele segurou minhas bochechas com uma mão apertando meu rosto.
- É HORA DO BATISMO DO NOVATO.
Todos começaram a urrar em uníssono e rir como doidos se cutucando.
- Qual é o seu nome, Novato? – Perguntou o braço direito de Ben, Nick. Um cara alto e igualmente atlético, porém mais magro. Seu cabelo preto espetado destoavam do azul claro perturbador de seus olhos.
- Guilherme... caras, sério... por favor...
Ben segurou meus cabelos e me colocou de joelhos todos os caras se puseram em um círculo ao meu redor gritando “hu hu hu”
Todos silenciaram juntos.
- Seja bem vindo, Guilherme. – Disse Ben. Eu ajoelhado ali de frente para ele, não esmoreci nem me acovardei. Pela primeira vez tomei coragem. Olhei direto nos olhos dele. Desafiador.
Todos os caras abriram os zíperes das calças, alguns desataram o nó da toalha. Ben, abaixou o calção com a mão esquerda e colocou o pau pra fora segurando com a direita.
- Essa escola é meu território, seu mané. E agora vc tbm vai ser parte do nosso gado. Nós mandamos nessa porra toda. Eu te batizo mais novo escravo dos Golden boys.
Para todos os lados que eu podia olhar estavam homens absurdamente gostosos com as pistolas armadas em minha direção. Eu nunca havia visto outro homem nú antes, eu os via pela minha visão periférica, mas o único que eu focalizei e registrei cada milímetro de pele, foi o Bem. Sete pirocas mirando em mim. De repente fui atingido por um dos jatos de mijo, os garotos riam e caçoavam. E logo todos estavam mijando em mim. Minhas roupas ensopadas de urina. Ben fez questão de mijar bem na minha cara. Ele pensou que eu fosse me esconder. Mas eu fiquei imóvel como uma estátua e olhei bem em seus olhos quando sua urina acertou meus lábios. Passei as costas da mão limpando ao fim e olhei para ele com fúria e desafio.
Fiz mil planos de vingança naquele momento. Mas olhar para a aceça da pica cabeluda de Ben sacudindo as gotas finais, me extremeceu por dentro. Eu estava com ódio mortal. Eu estava no fundo do poço. Completamente humilhado. Os caras saíram correndo e Bem saiu por último. Olhou pra trás a tempo. Eu precisava mostrar pra ele que isso não ficaria assim. Desafiá-lo de alguma forma. Sendo idiotice ou não. Lambi os lábios e sorri maliciosamente para ele. Ele pareceu chocado por um segundo, pensei que ele fosse voltar e me espancar, mas ele correu atrás dos outros.
Era isso. Eu estava ali todo molhado. Não tinha uma muda de roupa ou ninguém a quem recorrer por socorro.
Levantei cambaleante. Peguei minhas coisas e segui o caminho do qual eu não deveria ter me distanciado. Pulei a cerca e evitei que as pessoas se aproximassem de mim até chegar ao pequeno rancho do vovô. Atravessei a entrada correndo. Um os rapazes que trabalhavam ali me viu. Eu parei de súbito. Ele me olhou de baixo a cima. Ele ficou mudo. Noel Harris era seu nome. Tinha apenas 19 anos e uma vida determinada. Trabalharia nas fazendas para sempre a troco de quase nada. Afinal era tudo o que as pessoas daquela região podiam pagar. Seu cabelo era preto e liso, não falava muito, tinha a pele morena e olhos negros. Desde que eu cheguei ali trocamos dois ou três “ois”, eu permanecia quase sempre dentro de casa.
Ele não me perguntou se eu estava bem. Apertou os lábios e assentiu olhando nos meus olhos. Ele sabia o que tinha acontecido. De alguma forma ele sabia. Todos sabiam quem eram aqueles rapazes e do que eles eram capazes. Só eu que não. Ele se virou e seguiu na direção das pilhas de feno. Até agora eu estava apenas enfurecido, mas nesse momento eu me senti muito envergonhado. Abaixei os olhos e corri pra dentro de casa.
Aquela noite eu não quis descer para jantar e ninguém se importou de perguntar o porquê. Fiquei na minha cama olhando o teto. Lembrei de cada detalhe do dia inteiro. Do toque sutil e carinhoso do Ben ao primeiro momento e da mudança brusca para um demônio no segundo. Mas a lembrança me trouxe raiva, depois uma onda de um sentimento que não podia colocar em palavras, em seguida me lembrei do modo como ele baixou o calção, expondo um caminho de pentelhos que descia do umbigo e se tornava vasto na região pubiana. Pentelhos louros sobre uma piroca que caía pesada. Mole já media quase o tamanho da minha dura e meu pau tinha uns 15cm. Eu era pouco desenvolvido pra idade. A lembrança daquele movimento chacoalhando. Do mijo quente em meu rosto e seu semblante de prazer sádico que excitaram absurdamente. Babei em meu dedo médio e desci a mão esquerda às minhas nádegas. Penetrei meu ânus com o dedinho, um raio de prazer e culpa cruzou meu corpo. Lembrei do modo como lambi os lábios salgados com o sabor de Ben e como ele me olhou chocado e assustado, quase admirado. Gozei na minha barriga experimentando depois uma sensação de pura culpa. Como eu poderia imaginar esse cara de novo? Como podia fantasiar com ele?
continua...