O AFRICANO – Parte I
Meu nome é Sérgio. Basta que vocês saibam disso, pois eu não gostaria de comprometer a minha identidade. No decorrer dos capítulos vocês irão saber o porquê da minha discrição.
Eu poderia dizer que a minha história começou quando conheci minha esposa Rita, numa festinha de aniversário. A aniversariante, que eu conhecia desde garoto, havia se tornado minha amiga, depois que tivemos um arremedo de namoro. Ela, no entanto, preferia homens mais experientes e “pegadores”, e isso com certeza eu não era. Naquela noite ela me chamou ao seu quarto, em plena festa, para me dizer que uma amiga dela havia visto uma foto onde aparecíamos juntos e demonstrou interesse por mim. Queria me apresentar a ela. Concordei em conhecer sua amiga, mas estava receoso. Imaginava que a tal fosse uma feia solteirona encalhada, como se dizia à época. Qual não foi a minha surpresa quando a vi, com aquele sorriso acanhado no rosto? Ela, a Rita, era linda!
Mas a história que vou lhes contar não começa no momento em que me apaixonei pela Rita. Não. Começa quando conheci o africano. E não pensem as senhoras e senhores leitores que sou homossexual. Nada disso. É que o cara marcou muito as nossas vidas, a minha e a da Rita, e com certeza não iremos esquecê-lo.
Conheci o africano quando desci de um táxi, no estacionamento do Galeão, no Rio de Janeiro, cidade onde moro. Eu estava contando o dinheiro para pagar a corrida quando ele se aproximou. Falou algo que eu não entendi. Vendo minha cara de surpresa, repetiu:
- Do you speak English, friend?
Continuei sem entender bulhufas. O motorista do táxi, no entanto, traduziu:
- Ele pergunta se você entende inglês.
O negrão, então, passou a se dirigir ao taxista. Eu fiquei ali, vendo os dois conversarem num outro idioma, sem saber o que fazer com o dinheiro para pagar a corrida que tinha em mãos. O cara finalmente voltou-se para mim com um sorriso que mostrava seus dentes alvíssimos. Bateu no meu ombro e disse:
- Thank you, very much. Goodbye, my friend.
O taxista mais uma vez traduziu. Disse que o cara me agradecia por desocupar o táxi e que eu não precisaria pagar pela corrida. Ele continuaria de onde parei. Fiquei perplexo. Nunca ninguém havia pago nada por mim, salvo meus pais, claro. Ia agradecer, quando alguém apareceu correndo e gritando:
- Táxi. Táxi. Espere por mim, please.
O homem negro se alarmou com o loiro que se aproximava correndo. Mas o outro já estava muito próximo para qualquer reação dele. Ouvi um som abafado, como um PLOP, e o negrão estremeceu. No entanto, recuperou-se imediatamente e soltou o pé contra o outro sujeito. Este dobrou-se, atingido pelo coice na barriga. Soltou a arma que empunhava, e esta caiu no chão, debaixo do táxi. Ele quis pegá-la de volta, mas levou um murro do negro que parecia já estar meio zonzo. O loiro, então, desistiu de recuperar a arma e correu desajeitadamente para longe do táxi. O afrodescendente, finalmente, desmoronou no chão.
Tudo aconteceu muito rápido e nem eu nem o taxista pudemos intervir na briga, nem que fosse com um aparte. Ainda estávamos estupefatos quando o negrão pronunciou algumas palavras em inglês. O motorista, imediatamente, desceu do veículo e o pegou pelas axilas. Pediu que eu o segurasse pelos tornozelos, de modo a podermos colocá-lo no táxi. Aí o taxista disse:
- Entra aí atrás. Ele diz que estamos em perigo e está pedindo para o tirarmos imediatamente daqui.
Entrei no carro quase sem pensar. Ainda estava atônito com os acontecimentos. Perguntei:
- Levamos o cara para um hospital, ou para uma delegacia?
O negro, quase desmaiando por causa do balaço que recebera, disse com voz arrastada:
- Not hospital. Not police. But, go out, please...
Então eu me lembrei que a arma do agressor havia caído sob o carro. Tornei a abrir a porta do veículo e rapidamente a recuperei. Era um revólver de cano curto com silenciador acoplado. Coisa de espiões – foi o que logo pensei.
Vamos sair depressa daqui – disse o taxista – já está se formando um grupo de curiosos e não estou afim de prestar depoimento para os meganhas.
Concordei com ele. O cara manobrou rápido e saiu do estacionamento do aeroporto, perdendo-se entre os carros que por ali trafegavam. Mais calmo, ele perguntou para mim, que estava acomodado no banco de trás:
- E agora, nós o levamos para onde?
Estive um tempo pensativo, depois respondi:
- Levemos o cara para a minha casa. Minha esposa é enfermeira, deverá saber o que fazer.
- Tem certeza de que quer se envolver nisso, cara? Nem sabemos quem é o sujeito. E, ainda por cima, arrisca-se a envolver tua esposa, que está alheia a toda essa história...
- Ela irá me entender. Não posso deixar o cara baleado por aí. E ele não parece ser um marginal.
O motorista averiguou se o cara ainda estava desperto. O negro havia perdido os sentidos. Então o taxista pegou uma valise que havia sido jogada apressadamente no tapete do carro e me entregou.
- Abra e dê uma olhada. É do nosso negrão. Vejamos se tem algo interessante dentro.
- Está querendo roubar o cara? – Perguntei.
- Não, estou querendo saber quem é ele. Deve ter passaporte ou algum documento aí dentro que nos diga com quem estamos lidando...
Tentei abrir a valise de todas as maneiras, mas não consegui. Devia ter algum segredo. O taxista aproveitou um engarrafamento para tentar também, sem lograr êxito.
Chegamos, finalmente, à minha residência. Pedi que o taxista me ajudasse a carregar o negrão para dentro. Deitamo-lo de bruços encima da mesa da sala. Minha esposa veio ver o que estava acontecendo. Fiz-lhe um resumo da situação e ela exigiu que eu ligasse para a polícia enquanto ela cuidava do ferimento do cara. Pegou uma tesoura e cortou sem pena a camisa do sujeito, descobrindo o ferimento a bala que ele tinha no flanco direito. Eu tinha que acertar a corrida com o taxista. Este, no entanto, disse que estava atrasado para uma nova corrida já acertada antes dele ter me transportado até o aeroporto. Depois, já que sabia o endereço, voltaria para acertarmos nossas contas. Imprimiu o valor e me entregou o papelzinho. Guardou o canhoto da corrida. E foi-se embora antes mesmo que eu conseguisse dizer que precisava viajar de qualquer jeito. É que eu sou representante de vendas, e havia marcado com um cliente do Recife para fazer umas demonstrações de produtos. Ainda bem que costumo marcar minhas visitas com antecedência. A reunião com o pernambucano era ainda no outro dia à tarde. Eu tinha planejado ficar numa pousada em Recife aguardando a reunião com o tal cliente. Portanto, ainda faltava mais de 24 horas para o encontro. Aí, me lembrei de que não havia pego a valise do negrão. Ficara no banco de trás do táxi. Olhei o cupom que tinha em mãos e havia nele o telefone da agência locadora e o número do táxi. Relaxei. Depois, o próprio negrão ligaria para ele – pensei.
Quando voltei para dentro da residência, para guardar a arma recolhida do loiro que eu carregava às costas, minha esposa acabava de costurar o cara. A bala havia entrado por um lado e saído pelo outro. Mas, segundo minha esposa, sem afetar nenhum órgão vital. Em breve o cara estaria bem. Quando eu ia telefonar para a polícia, como ela mesma havia sugerido, eis que minha Rita mudou de ideia. Pediu-me para eu dar um tempo até o cara acordar. Se ele contasse alguma história escabrosa, aí sim, deveríamos ligar para a as autoridades policiais. Achei que ela tinha razão. Já que eu não iria mais viajar, mesmo, esperaria o cara despertar. Aí a minha esposa cismou de tirar a calça do cara, que estava toda suja de sangue. Ajudei-lhe a retirá-la, deixando-o só de cueca. No entanto, ambos ficamos espantados com o tamanho da jeba do negrão. Ela quase não cabia inteira dentro da peça de roupa, de tão grande que era. Confesso que senti uma ponta de ciúmes ao ver minha amada olhar tão fixamente para aquele monumento de carne ali escondido. Ela olhou para mim, depois de sair do seu espanto. Deu um sorriso tímido quando me perguntou:
- Posso?
Eu me fiz de desentendido. Na verdade, me recusava a pensar que ela pudesse se interessar pela pica de outro homem. Rita sempre foi uma moça recatada, desde que casamos. Tão recatada que às vezes eu me pegava recriminando-a por ser tão insipiente no sexo. Fodíamos como se há muito tivéssemos perdido o interesse sexual um pelo outro. Na verdade, a culpa era minha. Antes mesmo de casarmos, eu já me sabia portador de uma disfunção erétil. Meu pênis dava-me trabalho para permanecer duro. Por isso nosso relacionamento sexual tinha que ser consumado em pouquíssimo tempo, senão eu brochava no meio do ato. Eu devia ter dito isso a ela logo quando começamos o nosso namoro, naquele dia em que nossa amiga em comum festejara seu aniversário. Eu e Rita aproveitamos que o namorado dela não havia podido ir para a festa, pois estava trabalhando, e conversamos por horas. A sós, quase escondidos no quintal da casa da nossa amiga, que era enorme e arborizado. Naquela noite, ela confessou que não amava o namorado e que tinha ficado muito interessada em mim, quando me viu na foto com a aniversariante. Disse-me, também que ainda era virgem. Eu, egoísta, achei de esconder-lhe meu problema de ereção. Não achava que iria casar com ela mesmo...
- Posso? – Perguntou-me novamente, com aquele seu olhar pidão.
- Estou estranhando você – eu disse ainda enciumado – nunca demonstrou interesse por outro homem, mesmo quando eu te incentivei a isso para incrementar nosso relacionamento conjugal...
- Eu nunca me interessei mesmo por outro homem porque te amo. Mas esse me deu curiosidade. Imagino que ele tem um pênis de um tamanho que eu nunca vi. Por isso estou curiosa.
Aquiesci com um gesto de cabeça. Ela sorriu contente e apressou-se em retirar a cueca do negrão, lhe descobrindo o sexo. Porra, era enorme! Mesmo estando mole, media quase uns trinta centímetros. Não era muito grosso, mas fazia medo até olhar para ele. Fiquei a imaginar o estrago que faria na vagina de uma mulher. Aí, sem nem mesmo me pedir permissão, Rita retirou totalmente a cueca dele e jogou-a no chão. Depois pegou o enorme cacete do cara com suas mãos delicadas e o manuseou, estirando-o em direção aos pés do negrão. Quase que a glande roxa emparelha com o joelho, de tão comprido que era a jeba.
Então a Rita pareceu se esquecer que eu estava presente. Alisou carinhosamente o membro do cara. O negro pareceu estremecer, mas não acordou. O cacete, no entanto, deu sinais de vida. Movimentou-se lentamente e escorregou pela coxa, indo em direção ao seu tórax. Num instante, o membro pulsava com a glande quase tocando o peito do negrão. Rita deixou o enorme monstrengo seguir seu percurso, depois segurou-o com suas mãos carinhosas, novamente. Eu tive vontade de brigar com ela, mas estava estático, pasmo com a sua ousadia. Ainda sem dar a mínima por eu estar presente, cuspiu na cabeçorra. Meu pau logo ficou duro, antecipando o próximo movimento da minha esposa. Levei as duas mãos à braguilha, querendo libertar meu pênis: uma miniatura, se comparado ao do cara. Tirei os olhos da minha amada só por um único segundo, mas, quando voltei a olhar em sua direção, ela já o tinha na boca. Lambia a glande com um carinho nunca demonstrado para com meu pau. Ao invés de brochar com esses pensamentos, meu tesão aumentou mais ainda. Então, pedi que ela masturbasse o cara. Mas que continuasse chupando ele. Ela parecia nem ouvir o que eu dizia pois continuou fazendo os carinhos à sua maneira. Lambeu toda a extensão do caralho do cara, massageou carinhosamente seus bagos e chupou a cabecinha da glande metendo a língua no seu buraquinho de mijar.
Eu estava doidão. Nunca tinha sentido tanto desejo na minha Rita. Sim, a minha Rita havia encontrado um jeito de me deixar com muito tesão. Pensei em me masturbar, mas eu queria mais que isso. Queria foder minha Rita. Então, tirei às pressas toda a minha roupa e tratei de despi-la também. Ela nem agradeceu a minha ajuda. Continuava lá, chupando e masturbando carinhosamente o desconhecido. Ouvi um gemido. O cara devia estar acordando. Nós precisávamos ser rápidos, antes que ele despertasse. Poderia se surpreender com a putaria rolando solta e estragar o nosso barato. Minha esposa já estava totalmente nua, agora brincando com o fio de esperma que ligava sua boca à glande roxa do negrão. Ela sorria, sem medo dele despertar, e no seu sorriso havia um enorme prazer. Fiquei com raiva dela. Queria me vingar por estar sendo absurdamente traído. Então, procurei fazer o que ela mais detestava: cuspi em minha própria mão, lubrifiquei meu pau e atraquei-me às suas costas. Pensei que ela iria reclamar, como sempre fez, mas ela até facilitou minha ação. Mesmo surpreso, continuei com a minha vingança. Apontei meu cacete duríssimo e latejante para o meio das suas pregas e fiz pressão. Ela ficou estática por um momento, enquanto eu lhe arrancava um gemido de dor ao forçar a entrada do seu ânus de vez, empurrando meu sexo até o talo.
No entanto, quando sentiu minhas bolas lhe tocarem as pregas do cu, ela voltou sua atenção ao negrão. Rebolava lentamente, empinando mais o rabo de encontro à minha pica, sem parar de chupar o cara. Riu como uma criança quando, poucos minutos depois, conseguiu que o cara, finalmente, jorrasse em seu rosto uma quantidade de porra que em muito me lembrou um cavalo. Mas ainda tinha mais por vir. O sujeito continuou com seus jatos de esperma, grossos e fortes, e ela dava gritinhos de prazer. Depois se lambuzava passando as mãos no rosto, feliz da vida. Aí, eu não aguentei mais. Verti dentro dela a maior gozada que eu me lembro de ter dado desde que nos casamos. Só então, ela parece ter se lembrado, finalmente, que eu existia. Voltou-se para mim e me abraçou, me beijando a boca. Senti todo o gosto do esperma do cara, mas não me aborreci. Ela me jogou no chão da sala e disse que agora queria que eu lhe fodesse a xaninha bem muito. E me prendeu entre as pernas, puxando meu corpo de encontro ao seu. Dizia que me amava demais, por eu estar proporcionando todo aquele prazer a ela. E, pela primeira vez na minha vida, gozei duas vezes sem tirar de dentro.
FIM DA PRIMEIRA PARTE