Cap. 26 - Jessica Albuquerque

Um conto erótico de R.Pitta
Categoria: Homossexual
Contém 2706 palavras
Data: 27/02/2016 14:11:12

Amores meus, Adiantei a pedido das gurias.

Um grande beijo a todas.

Ray, levanta a cabeça.><

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.

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Me assutei com Adriana quando acendi o farol. Voce estava sozinha e do nada aparece uma loira de branco na frente do seu carro, o que faria? Eu tremi toda.

-Porque você ja vai?

-Está ficando muito tarde. Estava acordada?

-Acordei com o barulho da porta abrindo e não te achei na sala.

-Foi mal. To indo la. Ate um dia.

-Calma, Jessy. Fica mais um pouco. Mel não vai gostar de voce sair sem falar com ela. A ruiva detesta isso. Rs.

Ta, vamos lá, ela me chamou de Jessy, esta me chamando pra ficar mais e dando concelhos de como lhe dar com a ex dela. Ela esta me zoando ou sendo legal? Pensei um pouco e resolvi ficar. Segui Adriana ate a cozinha.

-Estou com vontade de comer um doce -Disse abrindo os armarios e pegando o leite condensado, balançando pra mim - Que tal um brigadeiro de panela?

Ja foi pegando o Toddy e a panela. Fiquei em pé apoiada na mesa de braços cruzados observado aquela loira. Vendo-a de costas reparei como tinha ombros largos, parecia aqueles nadadores, mas bem forte, tinha mais ou menos do meu tamanho. Seu cabelo dourado com rabo de cavalo, que mesmo preso chegava no meio das costas, sua bunda não tao grande porem bem redondinha combinando com o belo par de pernas. Se não a conhecesse daria uns 20 anos pra ela. Olhava cada detalhe da loira de short curto -Ain, Jessica, melhor parar ou pode se dar mal - Sacudi a cabeça tentando retirar o pensamento dela. Acabando de preparar o doce que ja deixava um cheiro muito bom pela cozinha, Adriana levou a panela pra mesa com duas colheres dentro, sentou do meu lado e falou.

- Acho que ainda não fomos apresentadas formalmente. -Esticou a mão para mim- Prazer, sou Adriana Pacheco, sou Goiânia, vim pro Rio com 5 anos por causa do emprego do meu pai. Sou de Outubro, escorpião, Comecei a trabalhar com 14 anos na sorveteria que nos conhecemos só que fui transferida pra aquela loja a dois meses. Faço natação, estou no último ano do colégio e quero fazer faculdade de história.

Apertei a mão dela, que mostrou um lindo sorriso.

-Bem, eu não sou tão interessante assim. Rs. Ta, sou Jessica Albuquerque, sou carioca mesmo. Filha unica. Sou de Abril, sendo, Taurina, Nunca trabalhei. Sou filha de um contador e uma medica, tive tudo o que queira e não queria. Fiz curso de ingles, espanhol, informatica e dança. Ano que vem comeco a faculdade de Advocacia.

-Como conheceu a Mel?

Ela e mais direta que Melissa. Nem piscou pra falar.

-Estudamos no mesmo colégio. Teve uma briga e ela me defendeu. E voce?

-Meu pai trabalhou com a mãe dela. A muito tempo. Deveríamos ter uns 12 anos. Depois de um tempo de amizade ela contou que estava namorando uma menina. Foi diferente pra mim, mas vi que gostava dela. Quando terminou o namoro ficamos e rolou um namoro de tres anos. Dos 13 aos 16 anos.

-Da pra ver que gosta dela. Por que terminaram?

Ela respirou fundo, abaixou a cabeça e começou a explicar.

-Quase um ano que tinha começado a trabalhar entrou um rapaz que era gay e tivemos bastante afinidade. So que ele me levou pro caminho errado, usei drogas e roubei coisas. Melissa, junto com minha família, entraram em discussão comigo. Sabia que estava errada so que não conseguia

parar de fazer. Meu namoro comecou a ter varias e varias brigas, e ate hoje Mel tem nojo de drogas...

Vi os fantasmas do passado dela começando a assombrar seu olhar. Fiquei constrangida com aquilo e tentei mudar de assunto.

-Drica, não precisa falar disso, vamos falar de outra coisa.

-Não da pra fugir ou mudar o passado, e sim aprender com ele. Tenho que me acostumar com meu erro e não temer dele. Mais ou menos assim que começou... -Ela foi me contando todos os detalhes do acontecimento. Ouvi cada palavra atentamente e descobrindo uma garota fantástica que eu não via por conta do ciumes bobo. A história um pouco longa foi terminada de uma maneira inesperada - ... mas continuamos amigas ate hoje. Posso te pedir um abraço?

Uma garota tão carinhosa quanto Melissa. E bonita também. Somente abri os braços pra ela, que levantou e me abraçou com força apoiando a cabeça no meu ombro que senti molhar pelo seu choro.

-Ei, loirinha, não fica assim. Bora afogar as mágoas nesse delicioso brigadeiro.

- Rs. Bora sim.

Atacamos o brigadeiro conversando coisas aleatórias. Mudei minha ideia sobre essa bichinha de olhos azuis.

-Valeu pelo ombro amigo, Jessy.

-Não precisa agradecer. Sempre que precisar pode me chamar. Sou magra mas o ombro é forte.

Bati no ombro mostrando força. Adri ficou rindo.

-Você é mais engraçada do que parece.

-Ta me chamando de palhaça, menina? - Disse com cara brava tentando segurar o riso - Nem to com nariz vermelho.

-Mas ta com chocolate no nariz.

Passou chocolate no meu nariz com o dedo e deu uma risada muito gostosa. Na hora babei naquele sorriso, e percebi que ela ficou me olhando, foi se aproximando de mim e eu dela. Eu estava prestes a beijar a menina que eu odiava, chegamos a centímetros da outra e ouvimos um grito.

-Porra, Mel! Ai! Doeu.

Corri ate a sala atras de Adriana e dou de cara com o bombado do Felipe no chão. Adriana pulo no colo dele e os tres ficaram de papo ate o peito de pombo virar pra mim e falar...

-Ta sujo aqui.

Lembrei-me de Adri passando o chocolate no meu nariz e que quase a beijei. Não pude evitar a vermelhidão tomar conta do meu rosto, com Adriana me imitando na vergonha. Maior que o constrangimento foi o medo de Mel desconfiar do que poderia ter acontecido.

-Como você entrou aqui, Phill?

-Eu tava vindo da casa da Amanda e vi que o portão da garagem estava aberto. Entrei pra conferir se estava tudo bem.

-Portão aberto? Algo a dizer, Jessical?

Lembrei do portão que abri pra ir embora e não o fechei, estava sem saber o que falar por sair mais uma vez sem me despedir. A loira me salvou na hora. Pouco tempo depois o peito de pombo ir embora, voltamos pra cozinha comer o resto do brigadeiro. O papo foi tão bom que não vimos a hora passar e resolvi ir pra casa recusando o convite de Melissa pra dormir la.

Na despedida coloquei a mão no ombro de Drica que virou o rosto me fazendo dar um selinho na sua boca. Eu quase explodi de tanta vergonha.

-Ate que foi bonito.

Mel falou me deixando muito mais envergonhada, a puxei pelo braço e fui pro carro. Depois de me agarrar com Melissa na garagem voltei pro meu apartamento. Queria ter aceito o pedido pra dormir com minha ruivinha, mas tive um pouco de receio após quase ter beijado a ex dela. Tenho que admitir que foi bem interessante a ideia de ficar com a Loira. Eu, que antes, nunca havia me interessado por mulher ja estava interessada ja na segunda. Chegando no condomínio ao embalo de Bete Balanco - Cazuza, avisto um rapaz atraente de terno saindo da portaria que ao me ver abriu um grande e largo sorriso mostrando todos os dentes bem branquinhos. Parei o carro na entrada.

-Oi, meu amor.

-Ola, Diego. Vai casar? - Ele estava realmente lindo no terno.

-Quase, estava no casamento de uma aluna minha. Fui padrinho.

-O que faz aqui essa hora?

-Como a festa foi aqui perto eu resolvi te ver e trazer algo que comprei pra você.

Eu ainda dentro do carro recebo uma sacola linda de presente vermelha com pequenos detalhes amarelos que nem tinha percebido na mão dele. Abri toda curiosa, coisa que meu lado Taurina não sossega, e vi um bichinho de pelúcia.

-Meu Deus, Diego, que lindo! Nossa, como sabia que eu gostava dele?

Sai do carro e abracei o rapaz de olhos castanhos claros, com o cabelo, que normalmente era levemente jogado pra frente numa tentativa de topete, agora penteado pra tras com bastante gel.

-Toda vez que olhava seu celular o Garfield era seu protetor de tela, so deduzi. Quando o vi na vidrine não consegui evitar e comprei.

- Não precisava. -Soltei-o e fiquei admirando o Garfield que segurava um coração escrito "Eu te amo". No instante que li o que estava escrito, fiquei sem pensar direito.

-Claro que precisava. Não se sinta inibida com o presente. Eu falei e vou esperar voce voltar da viajem pra conversarmos. Agora vou voltar...

Diego foi interrompido com um grito de alguns moleques com a aparência bem maltratada correndo atras de algo que fugi deles pra baixo do meu carro. Pulei no colo do Loiro a minha frente e gritando por pensar ser um rato.

-Relaxa, colega, não vai te morder não.

Falou um e o outro ficou em baixo do carro e puxou um filhotinho de gato pelo rabo fazendo o pobrezinho chorar de dor com a força aplicada nele.

-Bora, Matheus, chuta essa merda pra lá.

E foi o que esse tal Matheus fez. Deu um bico no gato depois de joga-lo no alto. Fiquei surpresa com a violência com o gatinho, triste e com muita raiva.

-FILHA DA PUTA! CHUTA A PORRA DA SUA MÃE!

Gritei sem pensar nas consequências e corri pra pegar o animal que tentava se esconder subindo na árvore, onde se assustou e me mordeu no dedão esquerdo. Aguentei a dor e abracei o gato do rosto e patas cinzas e olho azul me lembrando Adriana.

-VOCÊ TA LOUCA, SUA VAGABUNDA? - O menino veio gritando em minha direção - PUTA É A SUA...

Ele foi agarrado pela gola da blusa branca encardida e arremessado por cima dos ombros de Diego, fazendo seu chinelo voar sem rumo pela rua.

-Foge os dois agora daqui ou eu vou arrebentar os dois na porrada! -Fui protegida por Diego que fez os meninos correrem pela rua sem se preocupar com o chinelo perdido. - Voce esta bem, querida?

-Tô sim, Diego. Obrigada. Sobe comigo, vou dar algo pra ele comer.

Ele segurou o animal com cuidado, entre com o carro e subimos pro meu apartamento. O filhote ja estava menos agitado. Dentro do elevador Diogo pegou-o com uma mão e com a outra mexia no corpo na tentativa de achar algum machucado ou algo quebrado.

-Ele parece estar bem. -Falei olhando enquanto se mexia.

-Ele tá é bem sujo. -Brincou após cheirar o felino.

-Nojento!

O elevador para no meu andar, abro a porta e seguimos pelo corredor de piso escuro e paredes recém pintadas de branco. Como minha porta era a última do corredor, cada miado do gato ecoava sem rumo antes chegar a entrada do meu apartamento. No momento que fui rodar a chave pra destrancar a porta minha mente se banhou na lembrança da madrugada anterior.

-Entra, Diego. Tem leite fechado, pega e coloca numa vasilha. Vou lavar minha mão que esta ardendo.

-Ok.

Segui rumo ao banheiro pra fazer um curativo na mordida. O rapaz chegou e falou olhando minha mão furada.

-Ele ja bebeu duas tigelas de leite.

-Coitado. Como tem gente idiota nesse mundo?

-Eram garotos de rua, amor. Provavelmente nem sabem que é o pai, ou ate mesmo a mãe. -Chegou perto de mim puxando meu braço pra ver melhor minha mão. - Vem, vou te levar pro hospital. Ele não deve ser vacinado.

-Vou aceitar. Sou filha de médica, tenho minhas noias, ja vi cada coisa. Antes deixa eu ajeitar uma caminha pro... Qual pode ser o nome dele?

-Junior.

-Gostei, mas por qual motivo?

-Por que Diego ja é o pai.

Sorriu safado para mim. Eu conhecia aquela cara e sabia qual era a intenção dele. Lógico que iria evitar o contato com ele, então resolvi fingir que não tinha entendido.

-Junior é legal mas vou colocar de Garfield mesmo. Espera na sala que eu vou pegar algo la em cima pra montar a cama dele.

Subi e dei de cara com o vestido preto de Melissa. O peguei, que me fez sentir seu delicioso perfume, deixando-me toda boba com um sorriso calmo e abraçando o vestido. -Eu não posso estar apaixonada tanto assim- Dobrei e coloquei a roupa na minha cama, fui no meu armário peguei duas blusas velhas e desci sem encontrar Diego na sala.

-Diego? -Chamei num tom alto.

-No banheiro. Chega aqui.

Respondeu com um leve ar de riso na voz. Rumo ao banheiro vi o palito dele na cadeia, fui olhando lentamente e avistei Diego dentro do box agachado.

-O que está fazendo?

-O Garfield é muito magro.

Cheguei perto do box onde ele estava dando banho no gato, e vi o animal molhado do pescoço pra baixo deixando seus ossos expostos e mostrando uma cabeça enorme. Cai na risada, mesmo sendo triste estava muito engraçado, ainda mais por ele ter bebido muito leite ficando barrigudo.

-Olha, amor, não nega que é seu filho com esse cabeçao.

-Ridículo. -Bati no ombro dele.

-Me de algo pra seca-lo.

Dei uma das blusas velhas. Após secar e montar a cama do Garfield, ja de barriga cheia, deitou e dormiu rapidamente.

-Vou ficar com ele. Terie uma companhia.

-Ta certa, agora vamos pro hospital. To com a moto.

Liguei para minha mãe pra saber se estava de plantão. Me confirmou que sim, em pouco tempo ja estava dentro o hospital sendo atendida.

-Vai ter tomar anti-Rabica. Qual o motivo do gato te morder?

Minha mãe falava enquanto limpava. Expliquei o que aconteceu com Diego sem sair do meu lado e minha mãe olhando-o.

-Mãe, esse é Diego. Diego, essa é Juliana.

-Prazer, senhora.

-Você é namorado dela?

Eu disse não e ele sim ao mesmo tempo. Dona Juliana fez uma cara de dúvida.

-São namorados ou não?

-Ela ainda não respondeu meu pedido.

-Minha filha, um garotao lindo desse jeito. Ela vai aceitar, não é, Jessica?

-Manhê!

-Ja calei. Agora abaixa a calça.

Olhei seria pra ela. Não acreditei que ia tomar injeção na bunda. Me senti um bebê. Diego colocou a mão na boca escondendo o riso.

-Sério isso, mãe?

- Tô com cara de quem esta brincando?

-Aff! -Revirei os olhos numa indignação interna. -Di, pode esperar la fora?

-Claro.

No momento que minha mãe ia aplicar uma enfermeira entrou e a chamou.

-Certo, aplica aquu pra mim.

Ótimo, tudo o que eu queria: mostrar a bunda pra uma desconhecida que parecia minha avó. Ela aplicou a injeção e foi naquela hora qie lembrei que não gostava de tomar vacina.

-Prontinho. So voltar daqui a tres dias pra tomar a outra.

-Como é?

- A vacina é dada em 4 doses: a primeira o quanto antes, a segunda no dia 3, a terceira no dia 7 e a quarta e última no dia 14.

-Droga, nem da pra fugir.

Sai e vi minha mãe e Diego conversando. Recebi uma mensagem no meu celular de Mel.

Putz, nem avisei a ela.

***Jessy, você chegou em casa? Esta bem?

***Eu esqueci de avisar, ja tinha chego mas agora tô no hospital.

***O QUE ACONTECEU? QUAL HOSPITAL? VOU ATE AI.

*** Eu estou bem, Mel. Não se preocupe. Um gato me mordeu e eu vim tomar vacina.

***Vou te fazer companhia.

***Estou com Diego. Pode ficar tranquila.

***Ok.

***Sua irmã chegou?

***Sim.

***Que bom. Esta melhor?

***Sim.

A senti um pouco fria após informar que estava com Diego. Ele me levou de volta pro condomínio, nos despedimos na portaria e subi. Quando entrei vi Garfield ainda dormindo do lado do sofá, que só acordou quando fechei a porta. Somente abriu um olho e voltou da dormir. O peguei com cama e tudo e subi as escadas, coloquei-o do lado a minha cama, na cadeira do computador e fui tomar banho. Pensei no meu dia agitado. Em todos os detalhes e situações que nunca imaginária passar. Acabei de me banhar e fui pro quarto. Foi deitar na cama pro gato dar um pulo da cadeira pra la, deitando do meu lado.

-Eee folgado. Bonito isso, ne?

Dormi da dando carinho nele sentindo o cheiro da ruiva no meu colchão.

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Comentários

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Aff continua logo foi mt viciada nesse conto

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Guria, continua as! Tá perfeito!

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Falando em gatos:

Encontrei uma filhote na rua segunda-feira, acho. Ela é muito bebê. Disseram que talvez jogaram no lixo, daí eu tô com ela agora, esperando uma adoção, já que ninguém em casa quer ela. :C

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Muito bom. Gostei da confusão na cabeça das duas no quase 'quadrado amoroso' (já que a jessy ainda não disse um não definitivo a Diego) kkkk Ansioso pelo próximo.. não demore :)

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