Ola pessoal como vão?
Só uma curiosidade, você ainda acham necessário cenas de sexo na história?
Hpd, Obrigado meu querido, mas será necessário o Antônio sofre r um pouquinho, antes de ser feliz. Sem dor sem vitória, rsrs. Abração.
==
RAQU£L*-*. Ah também do de saco cheio desse Márcio, por esse já providenciei a queda dele pra ontem. Então, o Antônio vai sofrer um pouco, mas pra ele não sofrer sozinho, o Rodrigo também vai sofrer, dai ninguém reclama, rsrs
==
Ru/Ruanito, sim, ficara mais triste ainda, algumas coisas ainda irão acontecer.
==
Luk Bittencourt, ah então é isso? Achei que fosse algo mais grave. Então o Rodrigo vai ser sempre inseguro em relação aos filhos e ao Antônio, pois são as pessoas que ele não poderá errar, já em relação ao jeito explosivo dele, isso fara parte da personalidade dele, por isso ele tem o Antônio, pra colocar ele nos eixos. 2ª Mas porque você não confia na Alice? Kkkk, implicante. 3º Então, sobre o Marcio a queda dele começa nesse capítulo, alias, ele será bem humilhado. Pois é, estou sem tempo mesmo, mas semana que vem volto ao normal, o conto esta chegando na parte que quero. Abraços.
==
Ninha M, Eu fico imaginando se todos que visualizam meu conto escrevessem algum comentário, rsrs, seria interessante. Mas tenho que dar esse retorno a vocês, mostrar o que acho sobre o que vocês pensam da história. Essa semana ainda estaria meio ocupado, mas depois ficarei mais tranquilo. Esse capítulo ficou enorme, pra adiantar algumas coisas e também pra compensar todos esses dias ausentes. Pois é, o Marcio vai levar uma rasteira e ficara sem ação, mas de quem será essa rasteira? Beijão.
==
LuCaS✈✈, obrigado pela compreensão meu querido. Ando sem tempo mesmo, mas semana que vem devo voltar com força total e dar uma boa adiantada no conto, afinal ele precisa acabar uma hora né? Adorei o maior legal, kkkk, parece uma pessoinha da história falando. Grande abraço.
==
Martines, o Rodrigo não esta preocupado com a chantagem do Marcio, ele esta preocupado com ele mesmo, o Marcio só serviu pra ativar a culpa que estava dentro da mente dele e ele nem havia percebido. No próximo capítulo o Antônio saberá de tudo.
==
CrisBR1, O Rodrigo fez muita coisa errada, magoou muita gente na vida mas não vai ser possível se desculpar com todos, mas o importante é o quanto ele se arrependeu. Ele não aceitar chantagens, ele esta mais preocupado é com o Antônio. Sobre o Carlos, acho que me expressei mal, até gosto dele sim, mas é que gosto também do Marcelo e do Daniel, dai agora não sei o que você vai fazer, kkkk.
==
❌Hello❌, Então, nesse capítulo o Márcio apanha do Rodrigo e de quebra é desmascarado.
==
SuUh16, Sim, o Marcio é podre, mas tem gente pior que ele na história, pode acreditar.
==
TRenattoZ, nossa, por um momento achei que você me chamou de imbecil. Então, o Antônio não sabe não, ele sabe que o Rodrigo era meio babaca, pegava no pé dele, mas nunca soube que o Rodrigo fazia coisas baixas contra ele, mas agora o Marcio despertou essa culpa na cabeça do Rodrigo. Bom, sobre matar personagens, eu não mato ninguém, rsrs, eles que se matarão sozinhos, rsrs. Mas fique tranquilo. Abração.
==
Monster, O Rodrigo não vai enfiar a mão, vai dar um murro mesmo. Sobre o restaurante, o Rodrigo vai fazer isso mesmo que você esta pensando, rsrs. Abração.
==
Malévola, cara chato mesmo, por isso vou dar um fim nele nesse capitulo, ele vai apanhar e ser desmascarado.
==
Plutão, Obrigado meu querido. Então, o Rodrigo se esqueceu mesmo de tudo de ruim que fez para o Antônio, mas como o amor dele é sincero, agora ele se sente culpado de tudo que fez, graças ao Marcio que ativou essa culpa na cabeça dele. Você esta certíssimo, ele tem que contar ao Antônio, e se ele não perdoar ele deve aceitar afinal ele agiu muito errado. Grande abraço meu querido.
==
robinhuu19-87, Obrigado pelo carinho meu querido. Nossa essa sua teoria sobre o Guilherme seria uma verdadeira bomba na vida do Antônio, e o pior, iria afetar o relacionamento com o Rodrigo, será que eu seria capaz de criar algo tão perverso assim contra nosso herói Antônio?? Bom, a partir do capítulo 30 você começa a responder essa pergunta, kkk. Abração meu querido.
==
R.Ribeiro, na verdade o Marcio deu uma cartada certeira mas atirando no escuro, afinal ele não sabe ainda que o Rodrigo é gay. Obrigado meu querido.
==
Drica Telles(VCMEDS), Pois é, adorei essa frase e vou usa-la para a vida. Já tive tantas coisas que eu quis muito e não consegui, algumas bem bobas mas que depois vi que poderia viver sem elas e foi até bom não ter conseguido. Acho que o melhor é termo só o que merecermos, mesmo que no primeiro momento não tenhamos consciência disso. Nossa, o Guilherme nem apareceu na história e você já não gosta dele? Tem outros leitores que também não gostam dele, mas porque essa rejeição? Kkk. Eu vou fazer o Antônio e o Rodrigo virarem heteros e casarem com uma mulher bem chata. Kkkk; Pois é, então comece a responder o segredo desse capitulo, quem mandou aquela mulher la beijar o Marcio? Você esta cada dia mais endiabrada.
==
Vitor Gabriel, pois é o Rodrigo esta cada vez mais dependente dos filhos, tem vezes que ele até que dar umas palmadas, mas não consegue. Então, o Antônio sempre achou que o Rodrigo fosse um babaca, que pegava no pé dele por implicância, mas nunca imaginou que ele fazia de proposito, com coisas baixas. Olha, você pode terminar a historia, acho que será exatamente como você falou. Alias, você ainda que sexo na história? Nossa, se o Guilherme fosse o Marcio ia ser uma reviravolta, ou ele se redimia ou então viraria inimigo mortal mesmo dos protagonistas. Grande abraço meu querido.
==
£DU, ola meu querido, o que houve com o grandão? Espero que ele esteja bem. Grande abraço a vocês dois.
==============================================================================================================================
Marcio - Ah é verdade, seu amigo agora é o Antônio né?
Rodrigo não sabia onde o amigo queria chegar, mas manteve-se firme, se sentindo superior.
Rodrigo - Pois é, o Antônio sim é um grande amigo.
Marcio - Você fica ai, posando de bom moço, abrindo a boca pra falar do meu namoro com sua irmã, de amizade.
Rodrigo - Quer saber, já enjoei de você, vou embora.
Rodrigo - Você não tem moral nenhuma pra falar de amizade.
Marcio - E é você que vai abrir a boca pra falar de amizade, de moral?
Marcio - Só pra constar, o Antônio sabe de tudo?
Rodrigo - Tudo o que?
Marcio - Ele sabe de tudo? Sabe de todas as canalhices que você fez contra ele quando trabalhava no escritório?
========================================================================================================================
Capítulo 28
Rodrigo ficou branco ao escutar aquilo do falso amigo, que não parava de alfineta-lo.
Márcio - O Antônio sabe que você armou pra mandar o Lucas embora?
Márcio - Sabe que você armou pra mandar ele próprio embora?
Márcio - Ele sabe de todas as sacanagens que você aprontou com ele, só pra humilha-lo?
Márcio se divertia ao lembrar Rodrigo do quanto ele foi mau caráter com Antônio.
Rodrigo - Cale a boca!!!
Márcio - O que foi? Estou falando alguma mentira?
Márcio - Humm, pelo visto o trouxa do Antônio nem desconfia quem é você é de verdade não é Rodrigo?
Rodrigo estava nervoso demais, se segurando para não voar em cima de Márcio, mas o que mais lhe incomodava não eram as ameaças, mas sim as verdades que ele dizia e que até então estavam esquecidas pelo tempo.
Márcio - Não sei até quando você vai ficar fazendo esse teatrinho de homem bom.
Marcio - Quero ver a cara daquele panaca quando souber de tudo que você fez.
Rodrigo - Cale a boca seu verme.
Rodrigo estava feliz com sua vida ao lado de Antônio e dos filhos, achava que nada poderia abalar sua felicidade, mas num golpe certeiro Márcio conseguiu desestabiliza-lo, colocando a sementinha da culpa em sua consciência.
Márcio continuava a falar, mas na cabeça de Rodrigo só vinha à imagem de Antônio, misturado com a culpa de todas as coisas ruis que fez ao grande amor de sua vida.
Rodrigo - Cale a boca seu verme.
Rodrigo - Não me ameace seu cretino.
Márcio - Você acha que me intimida?
Rodrigo - Muito bem Márcio, esta mostrando as garrinhas né? Perdeu o medo de mim?
Márcio - Nunca tive medo de você.
Rodrigo - Isso não importa, afinal o que você era?
Rodrigo - Era só um capacho, um bichinho de estimação que eu tinha ao meu lado, pra me bajular.
Márcio foi mudando a expressão, deixando transparecer todo seu ódio por Rodrigo.
Rodrigo - Você acha que eu estou na pior não é? Só porque estou fora da empresa, longe do dinheiro do meu pai.
Rodrigo - Só quero lhe dar um aviso...Eu volto a ser o Rodrigo de antes na hora que eu quiser e pra acabar com você basta estalar os dedos.
Márcio - Você não pode nada contra mim.
Rodrigo - E tem mais uma coisa!! Se afaste da minha irmã e tente pelo menos disfarçar essa inveja que você tem de mim.
Rodrigo se levantou, dando as costas ao inimigo que parecia estar disposto a continuar a discussão.
Márcio - Eu sei muita coisa de você Rodrigo.
Márcio - Quero ver se até aquela bicha do Antônio vai querer olhar na sua cara quando...
Márcio nem conseguiu concluir a frase. Sentindo o sangue ferver, Rodrigo deixou o velho Rodrigo vir a tona e partiu para cima de Márcio, dando lhe um murro que o fez cair no chão.
Pegando o “amigo” pela camisa, Rodrigo o prensou na parede, falando próximo ao seu rosto.
Márcio - Me largue, seu filho da puta, desgraçado.
Márcio se debatia, sentindo o gosto do próprio sangue em sua boca.
Rodrigo - Preste bem atenção no que vou lhe falar. Se você se aproximar de mim ou da minha família novamente eu acabo com você.
Rodrigo estava nervoso demais, sendo necessários dois seguranças para fazê-lo soltar Márcio.
Rodrigo queria contar a Antônio as novidades que o detetive deu sobre Guilherme, mas sua consciência só lhe trazia sensações de culpa.
==
Marcio - Ele sabe de tudo? Sabe de todas as canalhices que você fez contra ele quando trabalhava no escritório?
==
Essa frase de Márcio ficou o tempo todo martelando em sua cabeça e não havia nada que pudesse fazer para esquecer isso.
Mas o pior foi quando voltou para a casa, tendo que encarar Antônio.
Antônio - Oi amor, onde estava? Os meninos já foram pra creche.
Antônio foi até o namorado, lhe beijando, deixando Rodrigo ainda mais desconfortável.
Antônio - Já almoçou?
Rodrigo estava sem graça e ao olhar nos olhos de Antônio, sentiu uma culpa avassaladora. Ele havia feito muitas escolhas erradas em sua vida e agora a divida estava sendo cobrada, ironicamente por ele mesmo.
Antônio - Aconteceu alguma coisa? Você esta meio aéreo.
Rodrigo - Nada não, só uma dor de cabeça.
Antônio - Esta assim preocupado por causa de dinheiro né?
Antônio o abraçou, o deixando ainda mais retraído, enquanto recebia dezenas de carinho.
Rodrigo - Antônio!! Eu te amo.
Antônio abriu um sorriso enorme, dando um beijo no seu amor.
Antônio - Também te amo muito.
Antônio - Tenho que voltar para o trabalho, a noite nos vemos no restaurante.
Rodrigo ficou sozinho em casa, sendo torturado por sua culpa, lembrando-se de todo seu comportamento mau caráter.
Márcio também não parava de pensar em Rodrigo, mas a diferença é que seu pensamento estava repleto de ódio, com desejo de vingança.
Alice - O que houve Marcio?
Márcio - Tentaram me assaltar.
Alice - Meu Deus, te machucaram? Você foi a policia?
Márcio - Não, foi um moleque desgraçado, mas ...
Alice - Sua boca esta inchada, temos que por um gelo.
Márcio - Não precisa minha princesa, só fique aqui ao meu lado.
Márcio abraçou Alice, que toda preocupada cuidava dele.
Alice - Temos que ir a policia, você poderia estar morto agora.
Márcio - Não pretendo morrer tão cedo. Ainda vamos nos casa, ter muitos filhos.
Marcio - Quando aquele bandido me atacou, só pensei em você.
Alice - Ah meu querido..
Márcio - Alice, tenho feito de tudo pra mostrar que mereço seu amor.
Alice - Pra mim você não precisa provar nada Márcio.
Márcio - Preciso sim, seu pai não aprova nosso namoro.
Márcio - Percebo isso, no fundo ele acha que só quero seu dinheiro.
Alice - Não ligue para o que meu pai fala, no fundo é tudo de boca pra fora.
Márcio - Não é não Alice, pelo tempo que trabalho aqui, eu já poderia estar num cargo melhor.
Usando toda situação a seu favor, Márcio foi persuadindo Alice, para tentar ganhar a confiança de Carlos.
Márcio - Seu que seu pai ira nomear um novo diretor, para ocupar a vaga que era do Rodrigo.
Márcio - Eu merecia essa promoção, mas não sou puxa saco e manipulador igual à Simone, talvez por isso nunca vou crescer na vida.
Márcio tentou forçar até mesmo um choro, deixando Alice sensibilizada.
==
Carlos - Mas afinal, o que houve?
Simone - Não sei ao certo, mas parece que o Marcio foi assaltado.
Simone - A Alice esta lá com ele.
Carlos - Foi aqui nas dependências da empresa?
Simone - Não, mas não foi nada grave.
Carlos - Menos mau.
Simone - Seu Carlos, acho que a Alice e o Marcio, trabalhando juntos não vai dar muito certo.
Carlos - Por quê?
Simone - O Márcio usa o namoro como desculpa para desconcentra-la, estão sempre juntos aqui e os outros funcionários comentam.
Carlos - Vou resolver isso.
Carlos - Mas o que eu queria mesmo, era o Rodrigo de volta, trabalhando no lugar que sempre será dele.
==
Márcio ficou chorando as pitangas para Alice, sento interrompido por Simone.
Simone - Precisam de você no seu setor Alice.
Alice - Já estou indo. Fique bem meu amor.
Alice se despediu, deixando Simone e Márcio sozinhos.
Simone - Não sei o que você contou para a tonta da sua namorada, mas essa história de assalto não esta colando.
Márcio - Ah sim, eu dei um murro em mim mesmo.
Marcio - Sai da minha cola Simone.
Simone - O que você esta aprontando hein?
Márcio - Quando eu for o diretor geral daqui, a primeira coisa que vou fazer é ensinar a você algumas regras sobre hierarquia.
Simone caiu na gargalhada, achando graça de Márcio.
Márcio - Ria bastante agora.
Simone - Ai Márcio, você é uma comédia.
Márcio - Você acha que vai papar esse cargo só porque fica o dia todo lambendo as bolas do velho?
Simone - Me respeite.
Simone mudou o tom e agindo a altura, Márcio ameaçou a executiva.
Márcio - Estou com muita bala na agulha, não me subestime.
Simone ficou séria, parecendo acreditar nas ameaças mais que diretas que Márcio fazia.
Rodrigo ficou o dia todo se martirizando, mas a noite tem que encara Antônio novamente.
Antônio - Demorou!! Achei que não viria hoje.
Antônio - Esta tudo bem mesmo?
Rodrigo - Sim Antônio, esta tudo bem.
Rodrigo falava, evitando olhar Antônio nos olhos.
Diferente dos outros dias, Rodrigo estava sério, calado em um pouco aéreo. Estava achando um saco ficar andando de um lado para o outro atendendo todas aquelas pessoas. Antônio já havia sacado que algo o incomodava, mas preferiu ficar quieto por enquanto.
Rodrigo - O que houve?
José - O cozinheiro faltou, a casa esta cheia e não tem ninguém pra ficar na cozinha.
Antônio - Mas sei lá, não tem ninguém que possa chamar?
José - Assim de ultima hora não.
José - Vamos ter que fechar as portas e dar um jeito de atender pelo menos quem já esta aqui dentro.
Rodrigo - Eu fico na cozinha.
José - O que?
José - Rodrigo, obrigado por querer ajudar, mas...
Rodrigo - Você não tem alternativa. Eu fico na cozinha.
O gerente não estava muito confiante, mas Rodrigo aproveitou aquele momento pra tentar esquecer um pouco seus fantasmas e se impôs para o chefe.
Antônio - Seu José, de uma chance a ele.
Vendo a casa cheia, o gerente cedeu aos apelos de Antônio e as insistências de Rodrigo.
Rodrigo colocou um avental e lavando as mãos, iniciando os trabalhos. Nos primeiros minutos ficou um pouco perdido, mas aos poucos foi se adaptando, enquanto os pedidos não paravam de chegar.
Com o auxilio de dois ajudantes, Rodrigo fez o que sabia fazer de melhor, mandar, comandar, liderar, e agora fazendo algo que lhe dava paixão.
Em ritmo acelerado, Rodrigo não teve tempo de pensar em suas culpas, ficou correndo de um lado para o outro, dando conta de tudo que era solicitado. Antônio ficou fazendo seu serviço, mas às vezes dava um pulinho até a cozinha, vendo seu amor todo feliz e comprometido com a nova função.
No final da noite a cozinha estava um caos, mas com todas as mesas devidamente servidas.
José - Parabéns Rodrigo, conseguiu dar conta do recado.
Rodrigo - Obrigado, mas foi tranquilo.
Antônio achou um pouco de graça, pois ele já estava se achando.
Antônio - Dorme lá em casa hoje.
Rodrigo deu uma desculpa, deixando Antônio um pouco desapontado.
Antônio - Tudo bem amanha nos vemos então.
Antônio - De um beijo nos meninos.
Rodrigo já estava saindo, quando Antônio o puxou pelo braço, dando um beijo.
Antônio - Ei, ia sair sem me dar um beijo?
Rodrigo deu um sorriso sem graça e logo depois se despediu.
Na manha seguinte o dia começava quente na mansão Santarém. Com a ajuda de Stela, Alice bombardeava o pai, pedindo para promover o namorado.
Alice - Pai, mas porque não?
Stela - Sua filha esta certa Carlos. Ele vai se casar com ela e não pode ficar ocupando um cargozinho medíocre.
Carlos - Eu já disse que odeio falar de trabalho em casa, ainda mais nas refeições.
Alice - Mas pai...
Carlos - Vocês tem ideia do que estão me pedindo? Botar um desconhecido no cargo que era do seu irmão?
Stela - E você vai botar quem? Aquela Simone?
Carlos - Sim, a Simone é o nome perfeito para a diretoria.
Alice - Eu desisto.
Alice ficou chateada, se retirando da mesa.
Stela - Qual o seu problema?
Stela - Custa fazer algo para sua filha pelo menos uma vez na vida?
Carlos - Você esta querendo estragar a Alice, do mesmo jeito que você fez com o Rodrigo.
Stela - Não, você que vai conseguir afastar ela de você, da mesma maneira como conseguiu com o Rodrigo.
==
Rodrigo acordou com o jeito carinhoso de sempre, com dedadas nos olhos, orelha, puxão no cabelo que não tinha.
Rafael - Papai, estou com fome.
Arthur - Levanta papai.
Rodrigo - A casa esta pegando fogo é?
Rafael - Papai, o Arthur fez xixi na cama.
Rodrigo - Porque filho? O pai já comprou o pinico pra você.
Rodrigo deu banho nos filhos, fez comida e depois os levou para a creche. A tarde recebeu a visita de Maria, que logo percebeu seu olhar abatido.
Rodrigo - Maria, não precisa vir aqui fazer faxina.
Maria - Meu querido, só vou dar uma ajeitadinha.
Rodrigo - Você não tem jeito hein.
Maria arrumou o quarto dos garotos, deu uma ajeitada na sala e depois na cozinha. Rodrigo estava deitado no quarto, sem camisa, olhando para o ar, chamando novamente a atenção dela.
Maria - Alguma coisa me dizia pra vir até aqui.
Rodrigo - Oi??
Maria se sentou ao lado de Rodrigo na cama, passando a mão em sua cabeça.
Maria - Eu te conheço desde pequeno, essa sua carinha não me engana.
Rodrigo - Não aconteceu nada.
Maria - Rodrigo!!!!
Rodrigo deu um sorriso e precisando desabafar, se abriu com Maria, contando a ameaça que Márcio fez e toda a sujeirada que fez contra Antônio.
Rodrigo - Eu armei pra ele ser demitido, isso você já sabe.
Rodrigo - Mas fiz tantas outras coisas Maria. Eu humilhei o Antônio, eu tinha raiva, ciúmes, inveja dele.
Maria - Meu Deus!!! Você fez tudo isso?
Maria - Mas por quê?
Rodrigo - Por implicância, por prazer, por raiva do meu pai sempre me comparar com ele.
Maria se levantou, chocada com tudo que ouviu.
Maria - O Antônio não merecia isso.
Rodrigo - Eu sei Maria. Eu tinha se esquecido de tudo isso, mas aquele pilantra do Marcio me fez relembrar de toda essa sujeira.
Maria - Ele esta lhe ameaçando?
Rodrigo - Estou pouco me importando com o Marcio, na verdade se ele morrer hoje de nada vai adiantar, pois nada vai tirar a culpa que estou sentindo.
Rodrigo - Pode me criticar Maria, se quiser pode ir embora também, eu vou entender.
Maria - Não vou fazer isso Rodrigo. Não vou passar a mão na sua cabeça, você errou feio, você foi...
Maria preferiu não dizer o que pensava, mas Rodrigo podia imaginar que era algo bem feio.
Maria - Mas o importante é que você esta arrependido.
Rodrigo - Muito Maria, não consigo olhar nos olhos do Antônio.
Maria - Mas você tem que contar a ele, até porque você não vai conseguir conviver com essa culpa.
Rodrigo - E se ele não quiser mais o meu.., digo... minha amizade.
Rodrigo - E se ele não me perdoar?
Maria - Meu filho, o Antônio é um rapaz bom, amoroso.
Maria - Será compreensível que ele não aceite bem isso, mas tenho certeza que ele não guardara raiva ou qualquer outro sentimento ruim.
Rodrigo - Desculpa Maria.
Maria - Primeiro você é que tem que se desculpar pra você mesmo.
Maria - Somente a verdade vai lhe trazer paz novamente.
Maria abraçou Rodrigo, que se sentiu mais forte com o desabafo.
Maria - E quanto ao Márcio..
Rodrigo - O Márcio vai ter o que merece, vou cuidar pessoalmente pra tira-lo do meu caminho.
Maria se afastou, olhando assustada para o rapaz.
==
Os argumentos de Stela e Alice pareciam ter tido algum efeito. Carlos se mostrou propenso a dar um crédito para o futuro genro.
Marcio - O seu pai disso isso?
Alice - Sim meu amor, ele disse que vai reavaliar a possibilidade de você ocupar o cargo que era do meu irmão.
Márcio - Eu te amo.
Márcio se sentiu vitorioso, não fazendo questão de esconder isso, principalmente para Simone.
Márcio - Não vejo a hora do meu sogrão me nomear a diretor e me mudar pra minha sala nova.
Simone - Melhor não contar vitória antes da hora.
Marcio ia responder a altura, mas ficou nervoso quando seu celular tocou. Desligando o aparelho quando viu o nome do Sidney.
==
Depois de levar um “fora” de Rodrigo, Antônio foi para a casa sozinho e não acordou muito bem no dia seguinte. Fazia alguns meses que não tinha um pesadelo, mas naquela noite parece que suas lembranças do passado estavam querendo voltar a tona.
Durante o dia trabalhou, mas as lembranças ruins de sua infância não queriam sair de sua cabeça. Queria ligar para Rodrigo, nem que fosse para escutar sua voz, trocar algumas frases, mas preferiu esperar pelo encontro no restaurante, mais a noite.
Rodrigo - Boa noite.
Ao ver o namorado no vestiário, Antônio lhe deu um abraço bem apertado.
Rodrigo - O que foi?
Antônio - Senti sua falta.
Rodrigo esta disposto a lhe contar toda a verdade, mas não esperava encontrar Antônio frágil daquela maneira.
Rodrigo - Ei, estou aqui.
Antônio - Desculpa, é que não estou bem hoje.
Antônio - Sonhei com minha mãe, com meu irmão, com aquele monstro...
Antônio - Fiquei o dia todo mau. Fazia tempo que eu não tinha esses pesadelos.
Rodrigo - Porque não me ligou meu amor?
Antônio - Não queria lhe atrapalhar.
Rodrigo - Você não me atrapalha nunca.
Antônio foi sentindo segurança ao estar com o namorado e aos poucos foi sorrindo, com as bobagens que Rodrigo fazia. Deixando os outros assuntos de lado, Rodrigo só se preocupou em dar paz ao namorado.
Naquela noite Rodrigo foi trabalhar na cozinha novamente, o que fez com muito gosto. Na hora de embora, Rodrigo se convidou para dormir na casa de Antônio.
Antônio - Mas e as crianças?
Rodrigo - Estão na casa do Sidney, conforme foi determinado pelo juiz.
Rodrigo - Hoje a noite será só eu e você.
Ao chegar em casa Antônio foi direto para o chuveiro, enquanto Rodrigo preparava algo para eles comerem.
Rodrigo não queria estragar aquele momento gostoso e decidiu que na manhã seguinte contaria tudo para Antônio, antes que Márcio fizesse isso por ele.
Depois de comerem, foram para a cama e ficaram namorando. Eles não transaram, mas ficaram sentindo seus corpos, trocando carinhos.
Antônio - O que aconteceu com você ontem? Você esta meio distante.
Rodrigo - Esquece isso, hoje só quero cuidar de você.
Rodrigo puxou Antônio para o seu peito, que ajeitou a cabeça, fazendo carinho em seu peito.
==
Antônio - Mamãe, quando ele vai nascer?
Ana - Não vai demorar Antônio.
Antônio - Agora vai ter alguém pra jogar bola comigo.
Ana - Vai sim filho, vocês serão grandes amigos.
Antônio - Ele esta mexendo na sua barriga.
Ana - Sim filho, esta sentindo?
Ana - Ele vai chamar Guilherme, você gostou do nome?
De repente tudo ficou escuro, só era possível escutar o barulho da chuva caindo lá fora.
Antônio - Mamãe, cadê você?
Antônio andava naquela escuridão e quando chegou a sala tudo ficou claro, como se fosse o dia e a primeira coisa que viu foi o corpo da mãe todo ensanguentado.
Imediatamente começou a gritar, chamando pela mãe, que estava imóvel. Com muito medo, não sabia o que fazer e preocupado com o irmão, conseguia escutar seu choro vindo do quarto.
Antônio - Gui, cade você??
Antônio corria, corria, mas parecia que não saia do lugar. Suas perninhas já estavam cansadas, doendo, até que finalmente chegou a porta do quarto.
Quando abriu a porta, viu a figura daquele homem sentado na cama, olhando para a parede e no colo dele estava Guilherme, que chorava sem parar.
==
Antônio - Não, não, não.
Antônio deu um grito, meio que chorando e com medo, dando um pulo da cama. Rodrigo estava deitado ao lado e acordou assustado ao ver o estado que Antônio se encontrava.
Antônio estava pingando de suor, respirando rápido como se lhe faltasse o ar.
Rodrigo - O que foi amor?
Antônio se sentou na beira da cama, chorando, passando a mão no rosto.
Rodrigo - Ei, se acalme. Foi só um pesadelo.
Antônio - Parecia tão real, eu estava com tanto medo, tanto medo.
Rodrigo abraçou Antônio, apertando forte seu corpo.
Antônio - Eu não consigo lembrar-se dos rostos deles. Aquele homem ia me fazer mal, fazer mal ao Guilherme.
Rodrigo pegou uma camisa limpa para Antônio colocar e ficou o tempo todo lhe dando apoio.
O dia já estava nascendo e aproveitando o resto do tempo que tinha, Antônio voltou para a cama, com Rodrigo sempre ao seu lado.
Rodrigo - Estou ao seu lado meu amor.
Antônio conseguiu dormir mais um pouco, mas Rodrigo preferiu ficar acordado, vigiando seu sono, pronto para ampara-lo, caso acordasse assustado novamente.
Quando Antônio levantou-se Rodrigo já estava em pé, com o café da manhã servido.
Rodrigo - Bom dia, como esta?
Antônio - Parece que um caminhão passou por cima de mim.
Antônio - Fazia tempo que eu não tinha esses pesadelos. Parece que eles estão voltando com força total.
Rodrigo queria contar a Antônio sobre tudo que fez contra ele, mas não havia o menor clima para aquela conversa.
Antônio - Acho que só vou me curar disso quando encontrar o Guilherme.
Rodrigo se lembrou da ultima conversa que teve com o detetive e aproveitou a situação para ajudar o namorado.
Rodrigo - Antônio, você nunca me contou exatamente o que aconteceu com sua família.
Antônio - Eu tenho vergonha.
Rodrigo se sentou ao lado dele e segurando sua mão insistiu pra que lhe contasse.
Antônio - Nunca contei sobre minha vida a ninguém, pois sinto vergonha.
Rodrigo - Mas porque vergonha?
Antônio - As únicas pessoas que sabem são a Cris e o Bruno. Ah, e também o Marcelo.
Rodrigo - Quem é Marcelo?
Antônio - Meu ex namorado. Ele foi a única pessoa que confiei e contei a minha vida, mas ele me traiu.
Rodrigo - Traiu? Como?
Antônio - Peguei ele transando com outro cara, no dia do meu aniversário.
Rodrigo - Que cafajeste.
Antônio - Você não tem ideia do quanto ele me machucou. Mas não quero falar dele, consegui tira-lo do meu coração.
Rodrigo - Sim, hoje você tem a mim. Jamais vou lhe trair.
Antônio - Eu sei disso, sei que você nunca iria me decepcionar.
Rodrigo se referia à traição amorosa, mas Antônio se referia a traição como um todo.
Rodrigo - Mas me fale, o que aconteceu com sua mãe? Com seu irmão? Deixe eu lhe ajudar.
Antônio - Você quer saber mesmo?
Rodrigo beijou a mão do namorado, confirmando.
Enquanto isso...
Alice - Obrigado pai.
Carlos - Eu não confirmei nada ainda, só disse que vou ouvir mais o seu namorado e repensar sobre o cargo de diretor.
Alice - Eu sei, mas isso já é um grande avanço. Tenho certeza que você não vai se decepcionar com o Márcio.
Carlos - Alice, quem não deve se decepcionar com ele é você.
Simone ficou aguardando Alice sair da sala para conversar com o chefe e enquanto isso ficou conversando com outros funcionários.
De repente a porta do elevador abriu e uma loirassa de parar o trânsito entrou, chamando a atenção de todos.
Loira - Por favor, onde fica a sala do Douto Márcio.
- É a segunda a esquerda. Respondeu um rapaz.
Loira - Obrigada
- Que avião!!!
Simone - É serio isso? Vocês estão babando por essa mulher vulgar?
- Que mulherão.
Simone - Mas quem é essa mulher?
Márcio estava concentrado no trabalho e sem se anunciar, a mulher entrou na sala, o surpreendendo.
Marcio - Desculpa, quem é você?
Loira - Eu sou a mulher que vai te fazer ver as estrelas.
Marcio - Acho que você se enganou de sala.
Sem perder tempo a mulher foi até o rapaz e sentou-se no seu colo, esfregando seu decote nele.
Marcio - Você esta louca?
Loira - Louca por você.
Marcio tentou resistir, mas a mulher sabia como domina-lo. Se rendendo, Marcio segurou na bunda dela, enquanto beijava sua boca.
Estava tudo muito bom, até que a porta se abriu, entrando Alice e Carlos.
Alice - Marcio!!!
Carlos - Mas que pouca vergonha é essa?
==
Antônio contava sua história para Rodrigo, que ficou atento a todos os detalhes.
Antônio - Nós éramos muito pobres. Eu me lembro de algumas coisas, de alguns detalhes da casa, mas são flashes.
Antônio - Morávamos em uma favela, minha mãe lava roupa pra fora eu acho e meu pai sempre foi truculento.
Antônio - Lembro-me de quando meu irmão ainda era recém-nascido e das brigas.
Rodrigo - Brigas? Dos seus pais?
Muito emocionado, Antônio contou tudo a Rodrigo.
Antônio - Eu escutava os barulhos, os choros da minha mãe, os gritos.
Antônio - Não foram uma, duas vezes. Foram inúmeras.
Antônio - Eu me trancava no quarto, colocava a cabeça debaixo do travesseiro e rezava, pra não ouvir aqueles sons.
Antônio - Lembro-me das vezes que vi ela com a boca, os olhos roxo. Das vezes que via ela chorando escondida.
Rodrigo - Coitada.
Antônio - Eu tinha medo do meu pai. A imagem que tenho dele era de um bêbado, sempre gritando.
Antônio - Um dia eu estava brincando com o Guilherme, já era tarde, mas o barulho da chuva não deixava a gente dormir.
Antônio - Até que os gritos da minha mãe foram ficando mais intensos.
Antônio - Eu tentei segurar o Guilherme, mas ele correu até a sala e quando chegamos lá, meu pai estava com uma faca e minha mãe agonizando.
Antônio não conseguiu se conter e começou a chorar, deixando Rodrigo preocupado.
Antônio - Minha mãe tentou me proteger e consegui fugir, mas o Guilherme não.
Antônio - Eu ainda fiquei na porta e vi...
Rodrigo - Se acalme meu amor.
Antônio - Eu não consegui levar o Guilherme comigo.
Antônio - Eu fiquei ali na porta e vi...
Antônio - Eu vi ele matando ela.
Rodrigo - Nossa!!!
Continua...
