Ele me fitava com os seus olhos claros, sua expressão mostrava uma enorme surpresa,como de quem não acreditava no que via, eu ainda continuava ao chão, eu não esbanjava nenhuma reação, além de choque, eu não conseguia falar, Sabe quando algo que você nunca imaginou que fosse acontecer na Sua vida, e reencontrar o Pedro era uma dessas coisas. Eu não sabia explicar bem qual era minha reação, era um misto de surpresa e raiva ao mesmo tempo, nunca mais havia visto o rosto do Pedro, desde os dezessete anos de idade, apenas tinha ouvido sua voz ao telefone a alguns meses atrás, mas não era tão estranho quanto ver ele a minha frente depois de quatro anos. Suas feições agora de um homem adulto, aos poucos ainda lembravam as daquele garoto pelo qual um dia eu fui apaixonado, seus traços de menino ainda existiam por baixo daquele rosto de homem, meus pensamentos foram inundados de lembranças, tanto as boas quanto as ruins, porém foram as ruins que prevaleceram, me deixando com um gigantesco ódio por ele.
- Não me chama de pequeno, nem hoje nem nunca mais.- Respondi curto e grosso, porém o sorriso dele não desapareceu de seu rosto.
- Pera ai, deixa eu te ajudar. - Ele veio até mim e estendeu sua mão.
- NÃO TOCA EM MIM. - Berrei com tanta raiva que até eu me assustei, seu sorriso se desfez na hora.
- Nossa, eu só queria ajudar. - Ele respondeu com a voz triste.
- Eu não preciso da sua ajuda. - Me levantei sem dificuldades. - Aliás a bastante tempo que não preciso de você, Por que quando eu mais precisei, você não estava aqui mesmo.
- Não precisa me fazer sofrer né. - Quando aquelas palavras saíram da boca dele, um ódio mortal tomou conta de mim, como ele tinha a cara de pau de falar aquilo.
- Você sofrer?? Vai tomar no cu seu merda. - Me virei para a sair dali.
- Espera Higor.- Ele segura meu braço.
- Qual parte do " Não me toca" você não entendeu. - Falei irritado, tirando sua mão de mim com violência.
- Você não vai nem me ouvir?? Me dar uma chance de me explicar?? Como advogado, você sabe que toda história tem dois lados.
- Em primeiro lugar, eu ainda não sou advogado, é por isso que eu estou aqui, na " Faculdade" . - Falei sarcástico.- Em segundo, você já teve sua chance para se explicar, a quatro anos atrás, podia ter sido homem o suficiente para vir falar na minha cara o que estava acontecendo, mas não, em vez disso, você me ignorou por semanas, me fazendo sofrer de um jeito inexplicável, ficando com outras na minha frente, você foi um puta escroto covarde, e ainda por cima deixa uma carta se explicando, nem um telefonema para se explicar, para se despedir, você foi um covarde Pedro e agora quer simplesmente pedir desculpas e tudo se acertar?? Você foi uma decepção e continua sendo, me faz um favor, me esquece.
Ele ficou sem palavras para responder, e isso ficou claro para mim, sempre que fazia sinal de que iria falar, voltava a ficar quieto e de cabeça baixa, eu o encarava, esperando por uma resposta, que jamais viria, ele olhou para minha mão e começou a cair lagrimas dos seus olhos, ele olhava minha mão direita, onde estava minha aliança. Quando o vi chorar, me deu pena dele, e quando fui para abraça-lo, lembrei de tudo que ele me fez, e única coisa que veio a cabeça foi " Ele ta pagando por tudo que fez, bastante essas lagrimas já foram minhas no passado " .
Eu sai dali, não aguentava mais aquela situação toda, sentimentos São as coisas mais complicadas do mundo, tas é doído. Voltei pra sala igual um jato, entrei e peguei minhas coisas, e fui saindo.
- Aonde você vai, temos um trabalho pra fazer, importantíssimo por sinal. - Nat disse sem entender minha saída brusca.
- To sem cabeça Nat, depois eu te conto tudo, até depois.- Sai correndo pela porta.
- Higor?? - Ouvi ela me chamar, mas precisava sair dali o mais depressa possível.
Corri para o estacionamento e peguei minha moto, arranquei cantando pneu, de tão transtornado que eu estava, nunca imaginei esse reencontro com Pedro, ainda mais aqui e dessa forma, era simplesmente a pessoa que mais evitei do meu passado, mas acho que é impossível fugir dos nossos fantasmas para sempre, se não os enfrentarmos, sempre vão nos assombrar. Eu corria muito com a moto, e só depois parei pra pensar no perigo que corri ao fazer aquilo, mas de cabeça quente, a gente não pensa direito né. Parei a moto em frente ao calçadão da Avenida Beira mar, estacionei meu brinquedo e fui andando até o píer. Estava uma noite bastante quente, e bastante abafada pela falta de vento, o mar estava calmo e tranquilo, a lua brilhava com todo seu esplendor no Céu, enquanto eu me acalmava, meus pensamentos iam tomando conta de mim, eu pensava em tudo, principalmente no meu grandão, como ele devia estar agora?? O enterro provavelmente já aconteceu , a essa hora o tio Éd já estava com Deus, eu ainda lembrava na tristeza no rosto do Artur, quando soube da morte do seu querido tio, eu precisava falar com ele, saber se estava bem. Mas quando fui pegar o celular, onde ele estava??? Procurei em todos os bolsos e não conseguia achar, era só o que me faltava agora, perder meu celular logo agora, que diazinho viu, tas é doído, mas valia ter ficado dormindo.
Por que o passado precisa voltar?? E pior, nos atormentar tanto??
" Respeite o passado e aprenda com ele, aproveite o presente e seja feliz com ele, abrace o futuro e seja cuidadoso com ele, muita gente confunde respeitar o passado, com ter que viver nele, não seja essa pessoa Higor". Essa era uma frase que meu professor de filosofia do primeiro período sempre me falava, e ela me vinha a cabeça nesse exato momento, acho que o melhor era esquecer tudo isso, eu não precisava viver no passado, precisava respeita-lo e agradecer por ter aprendido com ele, já era hora de ir pra casa.
Cheguei em casa, ainda não me conformava por ter perdido o celular, que ódio cara, como fui perder??? Será que foi na moto??
Fui para o computador e entrei no Facebook, Artur não estava online, mas deixei um recado do que aconteceu com meu celular, feito isso, dei mais uma olhada em umas coisas nada interessantes, olhei o Twitter e fui dormir, amanha ainda ia ter que fazer aquele trabalho, e pior que nem o livro eu tinha pego, por causa daquela confusão, bati minha cabeça no travesseiro com raiva, e me virei para dormirNão foi uma boa noite de sono, eu não conseguia dormir, não parava de pensar em tudo que aconteceu nessa maldito dia, e não conseguia não pensar no Artur, será que ela estava bem?? Será que estava precisando de mim?? Eu devia ter ido junto, não tinha que ter deixado ele sozinho numa hora dessas, maldito serviço, pensei eu.
Não conseguia dormir, não tinha jeito, fui assistir televisão e botar umas séries em dia, por que isso sim é responsabilidade necessária na vida, após fazer uma maratona de teen Wolf para esquecer um pouco meus problemas, já era dia e o sol já estava rachando com toda força lá fora, olhei no relógio e era umas oito da manhã, decidi ir lá na Nat, sabia que ela já estava acordada, não era de levantar tarde. Tomei um banho e fui correndo pra lá, nem café eu tomei, milagre né kk. Estacionei a moto em frente a casa dela, bem na hora ela tava abrindo a porta, estava trazendo o lixo, eu a olhei e ela olhou pra mim, um lindo sorriso saltou dos nossos lábios, sabíamos exatamente o por que, estar ali , nos dois naquela posição, trazia uma grande lembrança, do dia que realmente nos conhecemos, só por que naquele dia, estava de madrugada, e eu estava correndo pelado pela rua, bom, eu já vou explicar kkk.
- Não tem nenhum maluco correndo atrás de você com um pedaço de ferro de novo né? - Brincou ela, botando o saco na lixeira.
- Dessa vez não.- Brinquei.- Não faça mais isso.
- É não faz, mas já fez bastante né. - Ela riu.
- Bons tempos, bons tempos. - Falei mais para mim mesmo do que pra ela.
- Esqueceu que tem celular foi? Não respondeu minhas mensagens. - Falou brava.
- Perdi meu celular ontem, to igual um louco querendo falar com o Artur, to preocupado com ele.
- Pode usar o meu se quiser, entra vem . - Ela já ia entrando.
- É por isso que eu te amo guria.
- Eu sei disso haha. - Humilde ela.
- Eu ouvi um leve toque de narcisismo dona Natalia??
- Falou o rei da humanidade né senhor Higor. - Brincou.
- Tem café né??? - Era sempre a primeira coisa que eu perguntava quando entrava na casa da Nat.
- Claro que tem meu filho, sabes que nunca vai faltar seu sagrado café nesta casa. - Falou dona Stela, mãe da Nat, quanto tempo eu não a via.
- Dona Stela, não acredito . - Corri para abraça-la , estava morrendo de saudades dela, que abraço forte e gostoso que ela me deu.
- Que saudades sua meu querido.
Dona Stela era como uma mãe para mim, sempre me dei bem com ela, quando me mudei para cá, sentia muita falta da minha mãe, do carinho dela e tals, dona Stela supria essa dor com seu jeito meigo, ela e minha mãe viraram super amigas , e viviam falando de mim e da Nat, minha mãe sempre a agradecia por ter cuidado tanto de mim quando cheguei aqui. Ela havia ido embora a um ano atrás, pra cuidar da irmã doente dela, e só vinha pra cá poucas vezes, será que ela estava de volta??
- Imagina eu então, me diz que voltou pra ficar???
- Voltei sim meu querido, eu não podia mais ficar longe da minha filhota e do meu filhote. - Ela falava de mim, ela sempre dizia que me tinha como um filho, e isso sempre me emocionava.
- Não me faz chorar, e sua irmã tia?? - Eu sempre a chamava assim, tinha Nat como uma irmã.
- Ela está bem, eu a trouxe para morar aqui com a gente, ela já está muito melhor, mas ainda não pode ficar sozinha.
- Eu entendo.
- E pode me falar tudo sobre o seu Deus Grego, to louca pra conhecer o Artur, Natália falou que ele é maravilhoso com você e está te fazendo um bem danado. - Sim, ela sabia da minha orientação sexual e sempre me apoiou.
- Ele é maravilhoso tia, vou trazer ele aqui pra te conhecer.
- Mãe, depois vocês colocam o papo em dia, preciso conversar com meu maninho a sério.- Nat já me puxava pelo braço.
- Eu já volto tia.
- Ta bom meu querido, juízo os dois.
Subimos pro quarto da Nat e ela fechou a porta, virou para mim e perguntou seria.
- O que aconteceu ontem??
Eu baixei a cabeça e não sabia por onde começar.
- Posso ligar pro Artur primeiro??
Ela me olhou surpresa.
- A é verdade, tinha esquecido disso, desculpa, pega. - E me entregou o celular.
- Vou deixar vocês conversarem a sós. - E saiu.
Peguei o telefone e disquei o número dele. A cada toque que ele não atendia, eu ficava preocupado e meu coração batia mais forte.
- Alô, Nat por que você ta me ligando, aconteceu alguma coisa com o Higor??? Ele não atende o celular, to morrendo de preocupação...- Como era bom ouvir a voz dele, ainda mais preocupado comigo.
- Sou eu amor, calma, eu to bem...
- Amor?? O que aconteceu contigo, não respondeu minhas mensagens, não me liga, não me atende...
- É que eu perdi meu celular, eu te avisei pelo facebook , não viu??
- To sem internet aqui, mas que bom ouvir a sua voz minha vida. - Ownn modeuxx, como não amar aquele homem??
- Você que é minha vida, e como estão as coisas ai?
- Complicadas e tristes, ta todo mundo arrasado, minhas primas até foram anestesiadas por conta do choque, perder o pai de uma maneira tão brusca, tão violenta...- Ele começou a chorar no telefone.
- Amor, não chora ta, eu vou pra ai, ficar contigo, não vou te deixar sozinho numa situação dessas.
- Amor??
- Oi??
- Tudo que eu queria era você aqui, mas você tem responsabilidades ai, não pode chegar e sair assim, eu tenho atestado pra faltar a faculdade, posso recuperar tudo depois, mas e você?? E o seu serviço?? Pensa bem, não se escolhe nada, sem antes pensar nas consequências, eu vou ficar bem.- Como eu amava o jeito que ele era compreensível com todo.
- Eu vou cuidar muito bem dele cunhado, não se preocupa não. - Eu ouvi Gus berrando ao telefone, uma risada alta saiu de mim.
- To confiando em ti em. - Respondi.
- Pode deixar capitão. - Eu podia ouvir ele e Artur rindo ao telefone.
- Como é bom ouvir o Gus rindo e você também.
- Ele ainda ta mal, mas ta usando do senso de humor pra escapar da realidade da tragédia, igual da outra vez... - Ele parou ali.
- Outra vez??
- Amor, preciso desligar, te amo e quando der, eu estou de volta.
Não deu nem tempo de responder, mas o que diabos foi isso?? " Outra vez" o que aquilo significava?? Por que o Artur sempre fugia desse assunto?? Eu tinha certeza que tinha haver com aquele primo dele da foto, do qual ele nunca falava, mas minha onda de pensamentos foi interrompida por uma série de barulhos vindo do andar de baixo, parecia coisas quebrando, corri para ver o que era.
Quando cheguei lá, tinha coisa quebrada pra todo lado, e William estava no meio da sala, levantava a mão pra Nat, quando vi aquela cena, um ódio se apossou de mim e parti pra cima dele, começamos a brigar, ele me golpeava e eu me defendia, aulas de artes marciais por cinco anos, eu era faixa preta, não é que veio a calhar agora. Comecei a bater nele com tanta raiva, peguei ele pelo pescoço e o arrastei pelo chão , até a saída, o joguei na calçada e todos aqueles que passavam ficaram olhando sério, já faziam uma multidão pra ver o que acontecia ali.
- Isso é pra você aprender a nunca mais levantar a mão pra uma mulher na sua vida, seu covarde filho de uma puta, lixo, escroto, desperdício de átomos. - E eu continuava a socar a cara dele.
- Pelo amor de deus, para, eu sei que ele merece, mas para, se não ele ainda pode usar isso contra ti, estudas direito também, sabes disso... - Nat me abraçava por trás, tentando me tirar de cima de Will, resolvi escuta-la e parei.
Todos olhavam para a gente, Dona Stela veio correndo e abraçou a filha, eu não sabia ao certo o que tinha acontecido, mas já podia imaginar.
- Ele não reagiu bem ao término. - Disse a Nat.
- Não reagir bem é uma coisa, quebrar tudo e partir pra cima de você é outra, por que não contou?? - Falei irritado .
- Eu não queria te preocupar e ...
- A quanto tempo ele vem te ameaçando e fazendo isso???
Nat não respondeu
- A alguns bons meses. - Disse dona Stela. - Natália, você disse que tinha contado ao Higor sobre isso.
- Meu deus, eu não acredito, você tem ideia do que poderia ter acontecido se eu não estivesse aqui?? Essas coisas tem que contar .- Falei irritado.
- Eu sei, mas tinha medo dele te machucar, não queria te dar mais essa dor de cabeça.
- Eu sou teu melhor amigo, teu irmão, acha mesmo que eu não ia te ajudar.
Todos ainda olhavam ao redor, um senhor veio até mim e me olhou.
- Sabe, eu sou um delegado aposentado e o que você fez aqui poderia te prejudicar muito na faculdade, direito certo?? Ouvi sua amiga dizer e...
- Eu sei das consequências dos meus atos, faça o seu dever e comunique a polícia. - Falei.
- Pelo o que eu entendi, ele levantou a mão para essa moça bonita porque ela terminou com ele e você o espancou, certo??
- Certo. - Respondi.
- Você tem todo o meu respeito garoto, será um excelente advogado . - Ele estendeu a mão e eu a Apertei.
- Não vai chamar a polícia?? Perguntei incrédulo.
- Para que?? Para eles ainda te prenderem por fazer a coisa certa, quarenta anos de polícia meu jovem, já vi tantas coisas absurdas, que você nem imagina, a tal "Lei" é só uma mentira do estado, as vezes precisamos burlar elas para fazer a coisa certa, tenha um bom dia. - Ele saiu caminhando pela rua e eu fiquei pensando naquelas palavras...
- Higor??? - Disse a Nat.
- Depois a gente conversa. - Falei seco e subi na moto.
- o que vamos fazer com ele?? - Perguntou um cara.
- Deixa ai mesmo, a rua já está cheia de lixo mesmo, mais um , menosDisse dona Stelinha entrando pra dentro de casa com a filha.
Eu dei partida na moto e olhei a cara triste da Nat pelo retrovisor, eu ainda não podia acreditar que ela havia me escondido isso, já pensou no que aquele maluco podia fazer com ela??? Por isso ela andava tão estranha. Chegando no meu prédio, avistei uma pessoa na entrada, ela me pediu para parar, aquilo só podia ser um pesadelo.
- O que você quer agora Pedro??- Falei parando a moto e sem nem tirar o capacete.
- O que aconteceu com você?? Ta sangrando.
Eu havia me machucado na briga também, e havia me cortado com cacos de vidro que estavam por toda a casa.
- Como você sabe onde eu moro???
- Peguei o endereço na faculdade, agora o que aconteceu com você??
- Isso não te interessa, e como te passaram essa informação sem a minha permissão?? Eles me pagam.
- Você continua briguento pelo jeito né. - Disse ele rindo.
- Não tenta simpatizar, por que não vai colar. - Voltei a ligar a moto e ele me segurou.
- Espera, só vim trazer isso. - Era o meu celular, o que estava fazendo com ele, saltei da moto e tirei o capacete.
- O que está fazendo com você??
- Você deixou cair ontem na biblioteca e saiu feito um louco, vim trazer pra você. - Peguei e estava cheio de notificações, como já tinha falado com Artur, deixei pra ver depois.
- Obrigado. - Agradeci seco.
- Eu vi a foto do seu namorado quando ele te ligou, ele é muito lindo, mas você ainda é muita areia pro caminhãozinho dele, só acho.
- Você acha isso mesmo?? - Dei um sorriso e me aproximei dele, fiquei com o rosto bem perto do dele.
- Acho sim. - Ele sorriu safado com a minha aproximação tão repentina.
- Então é hora de fazer o que eu espero a quatro anos pra fazer. - Falei.
- Pode fazer... Então eu fiz, foi mais forte do que eu e não pude controlar, sim eu queria fazer aquilo e não nego, foi maravilhoso depois de quatro anos de espera por aquele momento...
__________________________________________
Oi meus amores que tanto amo, podem me chingar, me odiar, querer me matar e tudo mais, eu sei, eu mereço, Mas saibam que o meu sumiço foi para acertar a minha vida, eu entrei de ferias e resolvi viajar e esquecer floripa, Artur, serviço, faculdade e tudo mais, eu precisava de um ar, e se eu escrevesse aqui, ia me lembrar do Artur e de nada ia adiantar minha viagem e também era uma folga total de tudo e todos, eu precisava, vocês não tem ideia o quanto minha vida andava estressante, esperam que me entendam. Minha escrita está diferente, pq estou escrevendo por outro celular, de um amigo, o meu estragou e não dava de escrever, e esse teclado é muito diferente e to apanhando muito, e até eu comprar um novo, será assim, " Ah Higor,pq vc não escreve pelo not??" , bom ,pq meu not eu uso apenas para faculdade e trabalho e para coisas pessoais, e não gosto de misturar ferramenta de trabalho com ferramenta de diversão, até pq meu Not fica sendo usado por mim para apresentações e não quero colocar lá, minha história com meu namorado e nossas intimidades, do jeito que meu assistente é atrapalhado, bem capaz dele fazer merda kkkkk, melhor não misturar. Uma vez um leitor me perguntou se eu iria abandonar o conto e eu prometi que não e dessa promessa, eu nunca descumpri, posso demorar, mas eu sempre volto e sempre vou voltar, e aqueles leitores que conversam comigo, sabem muito bem disso e do por que eu ter me distanciado tanto, digamos que pela primeira vez na vida, meu coração ficou dividido, mas agora tudo já está resolvido, eu amo vocês e espero que me entendam, eu posso demorar, mas eu sempre volto, diferente de muitos autores que abandonam tudo sem nem uma justificativa, bom é isso, I'm back baby...