Continuação...
-Tudo bem... Eu vou... -por fim respondi, me sentindo uma maluca por aceitar essa proposta indecente... -Mas... Com... Uma condição... -Falei ainda sentindo suas carícias.
-Qual? -Valéria continou o que estava fazendo.
-Que vc me deixe usar o seu chuveiro assim que chegarmos...-sussurrei ofegante, ela não parava de lamber meu pescoço.
-Tudo bem -subiu da orelha para o pescoço. -Nós tomaremos banho juntas... -Largou minha orelha e se afastou um pouco de mim, lançando uma piscada e um sorriso safado. -Vamos? -Se afastou de mim abrindo a porta para eu passar.
Assim que saímos da sala ela trancou a porta e pegou minha mão entrelaçando nossos dedos como se fôssemos namoradas... Ela havia mudado comigo, estava um pouco mais carinhosa... Mas eu desconfiava dessa mudança... Achava que ela queria apenas se divertir um pouco, esquecer a ex-namorada criminosa... Mas eu estava disposta a ver até onde isso daria e esperava sinceramente não me machucar. De alguma forma, eu abri mão de todos os meus aprendizados religiosos e saí de mão dadas com Valéria pelos corredores, agora mais vázios, daquela delegacia. Andava com ela rumo a um caminho, para mim desconhecido. Mas sabia que com ela, eu queria tudo, e ela iria me guiar.
Ao chegarmos no estacionamento da delegacia, Valéria novamente me surpreendeu, me encostando rápido em um carro, que logo calculei ser o seu, me agarrando em seguida e me dando um beijo quente. Acabei passando os braços em seu pescoço e intensificando o beijo... Ela sabia o que fazia, mas eu queria mais... Por isso, com muito custo, me separei dela, sussurando em seu ouvido:
-Por favor... Vamos logo pra sua casa...
Valéria me olhou, com aquele sorriso safado que já era tão conhecido, mas que mesmo assim me excitava, devo ter ficado da cor de um pimentão. Ela me afastou e abriu a porta do carro para que eu entrasse, fez a volta e entrou.
No caminho, fomos em silêncio. Valéria colocou um CD de músicas sertanejas, que peencheu o carro. Eu não gostava, mas naquele momento não quis me importar com nada. Ela dirigia rápido e vez ou outra sorria, daquele jeito safado. Eu apenas ficava vermelha, via pelo espelho retrovisor.
Não demorou muito e chegamos em frente ao prédio de Valéria. Ela dirigiu o carro até o estacionamento. Saímos e entramos em silêncio.
Encontramos o porteiro e Valéria passou por ele resmungando, mas eu consegui entender o que saiu da sua boca:
-Cara tarado, não pode ver mulher bonita. -Num gesto de proteção, ou marcação de território, ela passou o braço em volta da minha cintura, descendo a mão disfarçadamente para minha bunda e subindo novamente.
No elevador nos olhávamos com excitação, mas não podíamos fazer nada, ela morava no quinto andar e logo o elevador pararia, mesmo parecendo demorar tanto...
Mordi os lábios sem perceber e quando o elevador finalmente parou, nós saímos as pressas de dentro e Valéria, rapidamente puxou as chaves da calça da farda, parando em frente a terceira porta depois do elevador. Ela prontamente abriu a porta, dando espaço para que eu entrasse.
Assim que ela entrou, ela trancou a porta. Eu estava analisando seu apartamento, ele era pequeno, porém aconchegante e decorado com muito bom gosto.
Quando eu menos esperava, Valéria me abraça por trás, sussurando em meu ouvido:
-E então, vamos tomar aquele banho?
Continua...
Votem, comentem, critiquem elogiem e perguntem. Fiquem a vontade e até o banho... Quero dizer, até o próximo