Louco amor - metido a machão pegador 33

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 3957 palavras
Data: 08/02/2016 20:35:57
Última revisão: 15/02/2016 01:28:00

LOUCO AMOR – metido a machão pegador 33

Anteriormente:

– Eu levo vocês no carro então. – disse Jonas se oferecendo.

Não nós fizemos de rogado até porque seria osso pra mim andar a pé até o casarão, Caio pegou nossas roupas que ainda estavam molhadas e as colocou em uma sacola, confesso que até então não tinha percebido que estava com roupas diferentes.

Lá fora já não chovia mais, o sol imperava sobre as nuvens enquanto se era possível ouvir o som dos pássaros cantando, tudo estava molhado, havia lama por tudo que é lado e até mesmo algumas arvores caída, mas nada que desse dor de cabeça.

Continuação:

Quando entramos na fazenda dos pais de Caio a primeira coisa que vimos foi uma viatura e dois policias jovens até, conversando com dona Estela, mãe de Caio e seu Joaquim, o pai carrasco, em frente à entrada do casarão. Agradecemos mais uma vez ao Jonas e então saímos do carro, já sabendo que tínhamos muito que explicar.

Dona Estela assim que viu o filho correu em sua direção e o abraçou forte, os outros que até então estavam sentados na escada se aproximaram a passos largos até mim, Fagner foi o primeiro a me abraçar.

– Onde foi que se enfiasse cara? Passamos a noite toda preocupados sem poder fazer nada com aquela chuva terrível lá fora, nem dormimos direito.

– Calma Fagner – falei saindo do abraço – vamos explicar tudo.

Ele assentiu e antes que eu pudesse respirar, Laura já estava agarrada ao meu pescoço, gemi um pouco de dor pela intensidade do abraço, mas nada do que eu não pudesse me recuperar. Ela nem percebeu.

– Meu Deus Lucas, tu não faz noção do alivio que me deu ao te ver saindo daquele carro.

– Também me dar um alivio em saber que ainda estou vivo. – brinco.

– O quê? Como assim Lucas? – perguntou me olhando com cara de preocupação.

Disse a ela o mesmo que disse a Fagner, que explicaria tudo com calma depois. Ela também entendeu.

Dona Estela também me abraçou e perguntou se eu estava bem antes de se juntar a seu Joaquim para explicar tudo aos policias, Caio se aproximou mais de mim ao mesmo tempo em que Caique também se aproximava tímido pelo descontrole do dia anterior, Laura abraçou Caio enquanto Caique se dirigiu em minha direção, o clima que pairou ali foi estranho.

– Queria te pedir desculpas por ontem, eu estava de cabeça quente, espero que não fique com má impressão de mim, até porque eu não sou assim.

Eu coloquei a mão em seu ombro o tranquilizando.

– Eu entendo Caique, tá desculpado cara.

Ele sorri e me abraça.

Assim que me solta percebo Caio nos olhando, ele queria falar, ele iria falar algo, se desculpar, talvez, mas se calou quando Caique o abraçou pegando-o de surpresa, a todos nós na verdade.

– Desculpa por tudo mano.

– Sem ressentimento meu irmão. – disse saindo do abraço – Mas não é a mim que deves pedir desculpas. – disse por fim se referindo a Fagner.

Ele assentiu e se aproximou de Fagner.

Uma das coisas que eu mais queria nos últimos dias estava prestes a se tornar realidade bem diante dos meus olhos, juro que tentei guarda o sorriso para o final, quando os dois finalmente se entendessem, mas não consegui.

– Olha, eu não sei por onde começar, mas eu te dou minha palavra que eu não queria que aquilo chegasse aquele ponto, eu não tenho uma mente tão psicopata assim... Eu só quero dizer que estou disposto a mudar, crescer um pouco mais, apaga tudo de mal entendido que aconteceu entre a gente desde o começo e segui a diante, recomeçar, podemos fazer isso?

Fagner olhou pensativo para tudo que era lugar antes de finalmente responder e acabar com aquela aflição.

– Pra quê rancor né, a vida é uma só. Podemos sim recomeçar.

– melhores amigos?

– Calma. Vamos nos encaminhar pra isso – diz Fagner nos fazendo rir.

Caio se aproxima um pouco mais e o abraça.

Dia de surpresas – eu penso e sei que é o que Laura e Caique também pensam – Se uma picada de cobra foi o preço para tudo começar a se encaminhar, eu não me arrependo mais de em um ato de desespero e loucura ter chutado aquela cobra, e ainda digo mais, se soubesse que teria aquela recompensa depois, faria tudo de novo.

Fagner demora pra retribuir o abraço por ter sido pego desprevenido, mas no final acaba cedendo.

– Abraço em grupo. – Laura diz em bom tom.

A mim e a Caique só restou obedecer. (rs)

Com todos reunidos na sala contamos tudo o que aconteceu, desde quando a cobra me picou até o presente momento, omitimos apenas a parte da briga na lagoa, pra não gerar mais discursões. Depois disso fui paparicado ao extremo por todos os lados, principalmente por parte da mãe de Caio que me tratou como um filho, sempre perguntando como eu me sentia, se queria alguma coisa ou até mesmo se dando ao trabalho de medir minha temperatura de vez em quando. Pela milionésima vez senti falta de minha mãe. Será que um dia voltarei a vê-la? E o mais importante, será que um dia agiríamos novamente como mãe e filho?

Isso só o tempo me diria.

Pouco depois do café da manhã, às 10hs pegamos a estrada de volta para casa, mas não antes de temos nos despedido de todos, principalmente do pequeno Vinicius que ficou aos prantos quando saímos, lutei contra a vontade de sequestra-lo. Era um garoto muito doce e cativante. Me conquistou de primeira.

– Meu Deus, como é que uma pessoa chuta uma cobra? – Caique perguntou pela décima vez só para tirar sarro da minha cara. E pela decima vez todos riram. Eu, claro, levava na desportiva e me juntava na brincadeira.

Já que não havia mais ninguém ali com raiva de ninguém, decidimos todos ir no carro, inclusive Fagner. A moto de Caique tratámos de prendê-la na carroceria da hilux de Caio.

– Ei, Lucas – Caique me cutucava. Eu estava no banco da frente e ele logo atrás de mim – Como é chutar uma cobra?

Sorri pela decima primeira vez.

– Se toda vez que eu chutar uma cobra, o resultado final for reconciliações impossíveis, ficarei feliz em chutar cobras mais vezes.

– Ótimo Lu. – Laura comenta – hashtag mais chutes em cobras – disse fazendo sinal de jogo da vela nos dedos.

Todos nós rimos.

– Não sei se ele vai sair chutando todas cobras que ver pela frente, mas garanto que uma em especial ele vai fazer coisas melhores do que chutar.

– Meu Deus. – Caique exclama caindo na risada.

– Caio! – o repreendo fazendo o esforço de não ri.

– Relaxa amor.

– Que lindo! – Laura exclama fazendo toda a atenção se voltar pra ela.

Ela olhava algo com atenção no pulso de Fagner, era uma pulseira.

– Meu Deus, quanto amor – ela diz agora verificando o braço de Caique onde se encontrava uma igual – Olha só isso Lucas – diz me mostrando. Tinha o nome de Fagner, provavelmente na de Fagner teria o nome dele. Juntei um mais um e o resultado foi...

Eu e Laura fizemos uma cara de espanto e ao mesmo tempo dissemos:

– Estão namorando.

– Parabéns Cá. – Laura diz o abraçando meio desajeitada já que Fagner estava no meio dos dois.

– Felicidades cara, você mais que ninguém merece. – digo pra Fagner.

– Valeu. – ele responde sorrindo.

– Cuide bem do meu amigo Caique.

– Cuide bem do meu irmão Fagner – Caio diz olhando pelo retrovisor.

– Vamos cuidar um do outro – Caique responde sorrindo.

– Ownt – Laura fala nós fazendo rir.

E foi nesse alto astral que seguimos o resto da viagem.

Depois de Caio deixar todos em suas respectivas residências, seguimos rumo a minha.

– Não vai entrar? – pergunto depois de nós beijarmos.

– A final do interclasse é daqui a pouco, ainda tenho que passar em casa, tomar um banho, correr pra escola e torcer pra que me deixem entrar. Mas se não estiver se sentindo bem, eu fico aqui contigo.

– Estou bem – digo beijando-o – pode ir, talvez eu apareça por lá.

– Ok. Estarei com celular ligado, qualquer coisa é só me ligar.

– Tudo bem.

Ele me dá um último beijo e então saio do carro, ele não vai embora até me ver entrar são e salvo dentro de casa, subo as escadas com certa dificuldade já que meu corpo ainda doía um pouco. Tomo um banho em água morna pra relaxar, ao terminar me visto, tomo um analgésico e tento comer alguma coisa, mas era quase impossível com aquela vontade constante de vomitar. Maldita cobra. Maldito veneno.

Mandei uma mensagem para Caio explicando o motivo pelo qual eu não poderia ir vê-lo jogar, mesmo querendo muito, ele respondeu na mesma hora que entendia e que passaria pra me ver assim que o jogo acabasse.

Fagner viajaria logo mais à tarde para São Paulo pra poder se tratar e eu ainda não havia explicado o motivo de ter esquecido essa data e de só ter lembrado um dia antes – se é que há explicações para isso.

Mesmo estando louco pra descansar, me encaminhei pra casa dele, sua mãe me atendeu e me mandou subir, ao chegar na frente de seu quarto o avistei sentado em sua cama mexendo no not enquanto algumas malas repousavam no chão, a porta estava aberta, mas mesmo assim bati pra chamar sua atenção. Ele me olhou.

– As malas não vão se aprontar sozinhas. – digo me aproximando dele.

Ele sorriu – Pensei que...

– Que havia esquecido? – indago me sentado ao seu lado. Ele fecha o not e assente. – Desculpa, eu sou um péssimo amigo. Muitas coisas estressantes aconteceram desde o dia que me falou, Primeiro foi aquele sumiço de Teresa, depois Caio pirando por causa do bebê, em seguida fico sabendo que meu namorado havia me traído, depois ela reaparece e tenta me matar só pra no final me perdoar e sumir de novo.

– Sua vida daria um filme – ele diz sorrindo – eu entendo cara, fica tranquilo. Em parte você tem culpa por me fazer lutar por minha vida, lembra? Te devo uma.

– Podem me prender por causa dessa culpa, mas nunca vou me arrepender – brinco. Ele sorri. – sério mesmo, me perdoa?

– Claro né – ele disse me abraçando.

– Fico feliz por ter dado uma chance a Caique, ele é um cara bom, vai te dar todo amor que eu não pude te dar.

Ele sorri tímido e abaixa a cabeça. Retorna a olhar segundos depois com lagrimas nos olhos, ele aproxima o rosto do meu, ergue um pouco o corpo e então beija minha testa com as duas mãos na lateral do meu rosto.

Me deu uma certa sensação de nostalgia, pois já fazia um tempo que ele não fazia aquilo.

– Obrigado por ser essa pessoa tão incrível Lucas – abaixei a cabeça, pois as lágrimas já começavam a escapar – se a gente não conseguir voltar a se ver novamente quero que saiba que em nenhum momento me arrependi de sentir o que senti por você e que em nenhum momento me arrependi de ter lutado pra ficar contigo, por que você é uma pessoa que vale a pena.

– Do que tá falando Fagner? Por que não vamos nos ver mais? Se o tratamento não der certo, coisa que não vai acontecer, que fique claro isso, você ainda terá anos de vida.

Ele deu de ombros.

– A gente nunca sabe o dia de amanhã.

– Porque eu estou com a estranha sensação de que está me escondendo algo?

– Não estou senhor desconfiado – ele fala sorrindo, me passando tranquilidade – disse aos meus com a ajuda de Caique que eu era gay e que estávamos namorando.

– E aí?

– Só ficaram surpresos pelo fato de meu namorado não ser você. – Ele disse sorrindo. Eu com certeza corei de vergonha. – No mais aceitaram numa boa, na verdade, os pais lá no fundo sempre sabem.

– Verdade.

Conversamos mais algumas coisas até temos que arrumar as malas, ele me passava as roupas enquanto eu as redobrava e as colocava no lugar. Caique chegou pouco depois todo arrumado e com duas malas em mão, conversamos um pouco e então me retirei para poder deixar os dois a sós.

Já estávamos quase saindo e Caio ainda não havia me dado sinal de vida, liguei e deixei inúmeras mensagens, mas não obtive resposta, liguei para um de seus colegas que eu tinha certeza que também estava participando do interclasse e fiquei sabendo que ele nem tinha esperado o jogo terminar, recebeu uma ligação e saiu correndo. No caminho para o aeroporto passei em seu apartamento, mas ele não estava, aliás, nem tinha voltado desde que foi pra escola de acordo com o porteiro. Nem preciso dizer que não só a minha preocupação foi nas alturas como a de Caique também, que só queria se despedir do irmão antes de partir.

Mas não teve outro jeito.

– Diz aquele bastado que eu vou mata-lo assim que voltar – Caique disse quando me abraçou.

– Eu mesmo o mato – digo sorrindo.

Olhei para Fagner e foi quase inevitável meus olhos não marejarem ao lembrar o primeiro dia que nós vimos:

*

- Oi, está tudo bem? – falou uma voz atrás de mim me fazendo virar em um sobressalto.

Não era o Caio, mas era tão bonito quanto, era lindo, olhos azuis, loirinho, cabelo que caia aos olhos, barba por fazer apesar de ter uma cara de moleque de no máximo 16 anos, era um pouco fortinho, era da minha altura e provavelmente e infelizmente tinha algum tipo de câncer, sei lá, não entendia muito bem, mas ele tinha uma cânula com um cilindro de oxigênio ao seu lado como aquele que Hazel Grace em “A culpa é das estrelas” usava.

- Está sim – falei tentando forçar a voz o mais natural possível.

- Eu sou seu novo vizinho, me mudei ontem. Fagner, prazer – falou me estendendo a mão na qual apertei prontamente, era muito macia.

*

Só Deus sabia o dia que iria vê-lo novamente.

– Vou ficar torcendo por ti, vou montar um festão assim que voltar. – digo.

Ele deixou uma lágrima caí, sorriu e me abraçou forte.

– Não pense que vai ficar livre de mim só por causa de alguns quilômetros – ele diz.

– Amém meu amigo... Meu Deus, cara, não posso chorar, vou borrar minha maquiagem – brinco fazendo todos rirem.

– Vamos todos sentir sua falta Lucas – a mãe de Fagner diz ao lado do marido – Não vamos jamais esquecer o que fez por nosso filho.

Emocionado abracei todos novamente antes de se distanciarem, chorei um pouco mais ao ver o avião decolando, mas chorei sabendo que era para o bem dele. Ele iria voltar curado, e isso era o que importava.

No caminho de volta pra casa recebi finalmente uma mensagem de Caio informando que estava tudo bem, que estava em minha casa e que queria me falar algo sério.

Assim que paguei ao taxista entrei em casa morrendo de curiosidade, mas também com certo receio de que fosse algo ruim. Ele estava sentado no sofá conversando com meu pai, mas se levantou assim que me viu, me aproximei e lhe abracei forte.

– Por onde tu se enfiasse? – falei dando uma tapa no braço dele – Nem se despediu do teu irmão, fiquei morrendo de preocupação. – e outra tapa.

– Eu vou te explicar tudo, fica calmo. – disse se encolhendo.

– Estava com saudades também filho. – meu pai diz me chamando a atenção.

– Ah pai, o senhor sabe que eu lhe amo. – digo o puxando do sofá para que se levantasse e me abraçasse.

– Fiquei sabendo do que aconteceu, como está se sentindo? Não quer ir a um médico?

– Estou bem pai, eu só preciso descansar um pouco pra ficar cem por cento de novo.

– Faça isso, mas antes ouça o que seu namorado tem a falar, é algo sério.

– Ixi, não estou gostando disso. – disse desviando o olhar para Caio – vem, vamos pro meu quarto.

Peguei em sua mão e seguimos até o meu quarto, onde ele se sentou na cama enquanto eu tomava outro comprimido para tirar o restante da dor que ainda sentia pelo corpo.

– Espero que seja uma desculpa realmente excelente para justificar não ter ido comigo ao aeroporto se despedir de seu irmão.

– É sobre Teresa. – ele responde com feição seria.

– O que aconteceu? – perguntei com ar de preocupado enquanto me sentava ao seu lado.

– Quando eu estava jogando, deixei meu celular com uma menina para caso você ligasse, quando ela me chamou no meio do jogo dizendo ser algo urgente pensei que fosse você, mas era uma das amigas de Teresa dizendo que ela estava transtornada e que iria tirar o nosso filho.

– Meu Deus – exclamei perplexo. – Ela não conseguiu não né? – perguntei com medo da resposta.

Ele abaixou a cabeça, fechou os olhos com força e começou a deslizar as mãos sobre as coxas indo e vindo. Quando abriu os olhos, percebi que estavam marejados.

– Se eu tivesse chegado um minuto mais tarde... Ele, meu filho provavelmente estaria morto a essas alturas.

Suspirei fundo sentindo o alívio me preencher.

– Ei – disse segurando em um dos seus braços para que parasse com aquele tic nervoso e me olhasse. – Ele está bem, já passou, não precisa ficar assim.

– Enquanto corria pra tal clinica, senti tanto medo Lucas – confessou já começando a chora. Não resistir e o abracei. – Ele nem nasceu ainda e já o amo – ele sorri – antes eu não pensava e não me importava com mais ninguém que não fosse eu mesmo, hoje duas pessoas em especial tomam conta do meu coração.

Eu sorri feliz.

Ele sai do abraço e me beija calmo.

– O que aconteceu com Teresa e a clinica?

– Chamei a policia e eles prenderam os caras lá e fecharam aquele pardieiro. Quanto a Teresa eu a levei para casa dos pais dela, disse toda a verdade a eles e por bem decidiram a internar, não se preocupe, a própria louca deu a ideia.

– Porque ela iria querer isso?

– Ela falou sobre ter vontades de fazer coisas das quais não quer fazer, que tem vozes que a impulsionam a fazer aquelas coisa, tipo isso, não entendi muito bem.

– A culpa é toda minha disso ter chegado a esse ponto.

– Não começa Lucas... Ela sempre foi louca, nunca me amou de verdade, só estava comigo por capricho, sabia que eu a traia e mesmo assim levava tudo numa boa.

– Mesmo assim me sinto mal, eu quero vê-la – falei me levantando.

– Espera – disse segurando em meu braço. – Por hoje eles não vão deixar ninguém vê-la. Talvez amanhã. Senta. Vamos juntos amanhã, te prometo.

Voltei a me sentar.

– Tudo bem... Acha que seja uma boa ideia ela em uma clinica psiquiátrica sendo que está gravida?

– Os médicos lá conversaram conosco e disseram que não teria problema, irão dá um tratamento especial pra ela, a clinica é conhecida e nunca ouve registro de problemas, então acho que está bem.

– Puxa... Mas que tipo de monstro aceita dinheiro pra matar uma criança indefesa? – perguntei revoltado.

– O mesmo tipo que paga para matar. – disse me olhando.

Teresa, um monstro?

Engoli em seco aquilo.

Ficamos em silencio por alguns segundos, cada um perdidos em seus próximos pensamentos, até sentir meu corpo esquentar e um leve desconforto começar a surgir nas juntas.

– Que calor – disse tirando a blusa.

– Calor? – Caique perguntou colocando as costas da mão em minha testa – Cara, tu tá pegando fogo. Sente algo?

Quando fui responde senti minha barriga revirar, um sinal conhecido. Corri para o banheiro e vomitei ajoelhado na frente da privada.

– Droga! – ele exclamou atrás de mim. – Vamos para um hospital agora mesmo – disse me ajudando a ficar de pé.

– Estou bem cara, não precisa. Só me dá o remédio.

Ele não me ouviu e com a ajuda de meu pai me levou até o hospital mais próximo onde levei algumas injeções e voltei pra casa. Já melhor dos enjoos devorei quase tudo que tinha na cozinha, com tudo aquilo havia esquecido como era bom forrar o estomago.

– Posso passar essa noite com ele senhor? – Caio perguntou ao meu pai quando nos levantamos da mesa.

– Claro rapaz, não precisa pedir, já é da família. Cuide bem do meu garoto e juízo os dois.

– Obrigado senhor.

Dei um beijo na testa de meu pai e então eu e Caio subimos para o meu quarto.

Cada dia que passava eu me apaixonava ainda mais por aquele moreno. Quando eu pensava que já não era mais possível sentir mais amor, ele ia lá e mostrava o quanto eu estava errado. Ele realmente se importa comigo como eu me importo com ele, sinto que nosso sentimento é reciproco e que além de namorados, somos amigos, cumplices um do outro.

Quando estou com ele, o “para sempre” ganha força e veracidade. Eu não tinha duvidas que queria vê-lo envelhecer.

– Não me vejo mais na vida sem você ao meu lado. – digo deitado com a cabeça em seu peito.

– Nem eu. – disse enquanto entrelaçava seus dedos no meu.

– Promete que não vai deixar o que a gente sente um pelo outro morrer? Que vamos passar essa vida juntos?

– Essa, a outra, a depois da outra. – disse sorrindo – não tenho duvida que quero formar uma família contigo.

– Não sente falta de fica com meninas?

– Tudo que eu preciso está bem aqui.

Levantei a cabeça para olha-lo, ele estava sorrindo, um sorriso que sempre me deixava fora de mim. Aproximei meu rosto lentamente do seu, colei meus lábios nos dele e minha língua pouco a pouco foi pedindo passagem até está dentro de sua boca em perfeita sincronia, língua com língua.

Minutos após quando o beijo foi parando em pequenos selinhos voltei com minha cabeça para seu peito, passamos minutos em silêncio, cada um perdidos nos seus próprios pensamentos.

– Já pensou como será o nosso casamento? – perguntou me pagando de surpresa com o assunto que há segundos pairava sobre meus pensamentos.

– Quero que seja ao livre, em um lugar em que o verde prevalecesse.

– E se chover?

– Uma tenda grande e circular em tecido branco seria uma boa.

– Hunhun, de dia ou à noite?

– Noite. – respondo convicto. – de preferencia em noite de lua cheia. Assim poderíamos usar como iluminação, velas decorativas, daquelas que tem um perfume agradável. Poderia se estender em linha reta até o altar, seria perfeito.

– Terá tapete vermelho?

– E também pétalas de flores brancas no chão.

– Já é muito batido. A onda agora são folhas verdes. Ficam foda.

– Onde viu isso – perguntei levantando a cabeça para olha-lo.

– Eu que estou dizendo. – disse me puxando para um beijo.

– E nosso traje? Quem vai de vestido de noiva. – ele perguntou rindo.

– Esse alguém não será eu. – retruco sorrindo – Vamos os dois de terno preto. Cada um entrará ao mesmo tempo com um membro da família.

– Huum. Vamos poder nós ver antes?

– Claro que não, dá azar.

Ele riu.

– Pensei que só funcionasse em casamento hétero.

– É melhor não arriscar.

Ele sorriu.

– E as alianças?

– Ouro puro, se não for eu jogo na sua cara. – digo brincando. Ele ri.

– Pressinto que esse casamento vai doer no meu bolso.

– Só um pouquinho.

Retornei com a cabeça ao seu peito e fechei os olhos que já pesavam por conta do sono que aos poucos se instalava.

– Será perfeito esse dia. – digo.

– No final da cerimonia seriam legais fogos de artificio, que assim como no ano novo serve pra marca um novo ciclo, no nosso casamento serviria pra marcar um inicio de uma nova vida.

Dei um sorriso de lado. Alguns meses atrás eu nem sonhava em ser notado por ele além do amigo de sua namorada, agora estou ali planejando nosso casamento.

– Sim, seria legal.

Continua...

Oiii Meus amores tudo bem com você? Espero que sim ^^/ E o carnaval? Curtindo muito?

Bem, esse capítulo seria o último capítulo, mas por questão de tamanho, novamente foi adiado, vão ter que ter um pouco mais de paciência comigo haha. Até a próxima gente :*

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Comentários

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nossa, agora sim tá tudo mt perfeito, o enredo e o tamanho, tá tudo muito bom sério. continue assim que só vai melhorando kkkk

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E a Teresa foi transformada mesmo em uma louca,coitada Rsrs...

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Que lindo o casal já pensando em casamento! O Fagner quero ver ele curado na volta, viu? hahaha. Bjão!

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Ainda bem que não é o último 🎇🎇🎇. Tá maravilhoso cara, só quero que o Fagner volte curado dessa doença... 👌👌👌

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