Era pra ser só amizade, mas... 2X09

Um conto erótico de Artur
Categoria: Homossexual
Contém 2364 palavras
Data: 09/02/2016 01:33:30

Bom pessoal, quem lhes escreve hoje é o Artur, eu andei lendo os comentários e notei que bastante gente pedia alguns capítulos com o meu ponto de vista da história e tals, porém no último capítulo, Higor deixou no final, uma deixa para a continuação, acontece que toda aquela história de que eu menti pra ele realmente aconteceu, e para dar continuidade àquela parte da história, vocês vão precisar de certas informações sobre o meu passado para não ficarem confusos com tudo que vão ouvir, caso não tenham entendido, esse será um capitulo especial, um flashback sobre a minha vida, se não gostarem, eu vou entender, até por que eu não sou acostumado a escrever, isso é a área do Higor e ele realmente é bom no que faz, já eu ?? Bom, vamos descobrir agora, então fiquem bem confortáveis ai do outro lado da tela e aproveitem e por favor não me julguem pelos meus erros, estão prontos?? Então vamos lá...

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Eu amo o meu namorado, amo demais, porém o medo de reviver memórias passadas me fez , digamos, mentir para ele, quando eu disse pra ele que fora o primeiro homem que fiquei e transei na minha vida, eu não estava mentindo, que eu havia ficado em dúvidas sobre minha sexualidade e sobre estar amando ele, era tudo muito confuso para mim, porém não era novidade, eu já havia me apaixonado por um cara antes, anos antes de conhecer o Higor ou namorar a Luiza, essa foi a parte da história que eu não falei a verdade, acontece que a história foi complicada e nunca chegou a existir um romance ou algo do tipo, apenas um amor adolescente não correspondido, eu já vou explicar.

ANOS ANTES...

Eu sempre fui uma criança divertida e alegre, e muito simpática, de acordo com meus pais e meu irmão, nunca dei trabalho, sempre fui educado e legal com todo mundo. A partir dos seis anos eu comecei a sair pra brincar na rua, pega pega, esconde esconde, taco e essas brincadeiras boas da infância, eu vivia me ralando por viver pra cima e pra baixo brincando, ai comecei a me tornar meio sapeca, mas mesmo assim, eu não dava trabalho algum. Desde pequeno, sempre fui muito apegado ao Gustavo, meu irmão mais velho, de nove a dez anos de diferença de idade ,eu e meu irmão sempre brincávamos e saiamos juntos, Gustavo me levava ao parque, ao shopping, cinema, pra praia e tudo mais, simplesmente não nos separávamos.

Quando entrei na segunda série, conheci uma garota, ela era morena e tinha lindos olhos verdes, seu nome era Luiza, ficamos amigos bem rápidos, eu tinha certa facilidade para fazer amigos, era algo muito fácil para mim, devido ao meu carisma, então a partir dai eu e a Lu crescemos juntos e nos tornamos melhores amigos, nossas famílias diziam que ainda iriamos namorar no futuro, mas eu sempre tive Lu como uma irmã e não a via com outros olhos, bom, pelo menos nessa época. Os anos passaram e embora meu irmão tenha começado a sair com garotas e tudo mais, ele nunca se afastava de mim, até mesmo quando teve sua primeira namorada fixa. Com o passar do tempo, eu fui crescendo também e comecei a virar um adolescente, aquela famosa transformação, agora estava acontecendo comigo também.

Eu tinha uma vantagem genética absurda, puxei muito o meu irmão, olhos verdes, cabelo castanho claro, quase loiro, e um bom físico, embora ainda não fizesse academia, tudo graças a uma alimentação equilibrada que eu mantenho até hoje. Comecei a ficar com garotas e eu sabia que era disso que eu gostava, ainda era muito amigo da Luiza, embora a idade tenha nos separado um pouco, nos separamos mais por que na época, Lu tava jogando vídeo game lá em casa e acabou menstruando pela primeira vez, os boatos que circularam era que eu tinha tirado a virgindade dela, por conta disso, decidimos nos afastar, mesmo nossos pais achando que não havia necessidade, foi uma escolha nossa. Porém tudo mudou certo dia, eu já tinha lá meus quatorze para quinze anos, quando o conheci , Leandro vinha em minha direção e nos esbarramos no corredor da escola.

- Foi mal ai parça, não te vi . - Ele era mais alto e certamente mais velho, era já do terceiro ano do ensino médio, enquanto eu ainda estava no nono do fundamental.

- Relaxa amigo, não tem problema. - Respondi notando o quanto ele era lindo, mas que porra é essa?? Eu achando um cara bonito??

- Você é bonito em gatinho, que olhos lindos. - Quando ele falou aquilo, mexeu comigo.

- Valeu, você também é bem bonito. - Respondi sem saber como aquelas palavras saíram da minha boca.

- Eu vou indo, a gente se ve por ai , se cuida. - Ele se levantou e saiu.

- Tchau. - Falei sorrindo igual um bobo.

Era estranho sentir aquilo, mas era bom, eu certamente já vi garotos bem mais bonitos por ai, mas nunca tinha sentido nada, até conhecer o Leandro, era algo diferente, novo, e eu sabia que não era errado, meus pais sempre trataram de ensinar a mim e a Gustavo que isso era normal, e que se algum dia fosse nossa escolha, não teria problema algum. Os dias foram passando e eu estava bem próximo do Leandro, nos tornamos grandes amigos, eu havia me apaixonado por ele, porém não era reciproco, ele me tinha apenas como um grande amigo, Leandro era apaixonado pelo namorado dele, sim , ele tinha namorado. Nessa época eu fui me tornando próximo da Luiza novamente, nossa amizade tinha voltado com tudo e era com ela que eu iria desabafar.

- Lu, minha princesa, eu sempre vou poder contar contigo né? - Falei deitado na cama, e ela com a cabeça no meu ombro, parecíamos um casal de namorados, mesmo que só na amizade.

- Claro meu lindo, o que foi?

- Você me aceitaria mesmo que eu fosse diferente??

- Diferente como?? - Ela levantou a cabeça e me fitou com os olhos.

- Diferente, sabe.

- Ah Tu , meio difícil acreditar que você fosse gay, você sempre gostou de garotas. - Ela ainda me olhava.

- Eu sei, mas é que com o Leandro foi diferente. - Falei.

- Aquele seu amigo que tem namorado??

- Sim, ele mesmo, a gente não escolhe né. - Falei triste.

- Olha Tu, não tenho nada contra e vou te apoiar em tudo que você escolher pra ser feliz, mas o Leandro tem namorado e ele não é uma boa influência...

- Como assim?

- Então você não notou todo esse tempo?? - Ela parecia não acreditar.

- O que??

- Leandro e o namorado dele são metidos com drogas, coisa que envolve gente barra pesada, nossa, pensei que sabias. - Nos sentamos na cama para conversarmos melhor.

- Eu não fazia ideia disso Lu, ele nunca me falou. - Eu estava perplexo com a revelação.

- E ele fez certo, não queria te envolver, esse pessoal é barra pesada .

- Mas eu não vou me afastar dele por isso.

- Eu sei, mas toma cuidado, nada dói mais que um amor não correspondido e principalmente quando vem de alguém que é nosso amigo Tu. - Ela me fazia carinho no rosto. - E eu não quero ver o meu melhor amigo sofrer.

- Pode deixar paixão. - Mas já era tarde e eu já estava preso ao sentimento.

Os dias foram passando e Leandro terminou com o namorado e eu comecei a ter esperanças, e ele as preenchia com suas lindas palavras, certo dia no parque, tiramos uma foto juntos, a primeira e a única. Os dias foram passando e Leandro recebia muitas mensagens do seu ex, do qual ele dizia que não respondia, até que um dia, vindo andando com a Luiza, eu o encontrei aos beijos com o ex e meu mundo caiu. Fui correndo pra casa e não me aguentava de chorar, Luiza ficou o tempo todo do meu lado, enxugando minhas lágrimas. Quando Leandro veio atrás de mim, eu disse que o odiava e que nunca mais queria vê-lo novamente, eu só não sabia que isso seria de verdade.

Uma semana se passou e eu recebi um telefonema.

- Filho?? - Minha mãe me chamava do andar de baixo.

- Oi mãe. - Respondi.

- Telefone pra ti, vem atender, é o pai do Leandro.

- Ta bom. - Eu fiquei muito nervoso, será que algo aconteceu??

- Alô?? - Atendi nervoso.

- Artur?? Você que era amigo do meu filho?? - Ele chorava ao telefone.

- Sou eu sim, aconteceu alguma coisa com o Leandro??

- Filho, vou ter que pedir que venha até o hospital. - Ele continuava a chorar.

- Claro, já to indo.

Gustavo pegou o carro da mamãe e me trouxe para o hospital em que provavelmente Leandro estava internado.

- Vai mais rápido Gu, anda. - Eu estava muito nervoso.

- Calma mano, o trânsito ta cheio, não tem o que fazer, só esperar.

Depois de um trânsito infernal, finalmente chegamos ao hospital , fui correndo com Gus atrás de mim.

- Espera Artur. - Mas eu não dava ouvidos.

- Cheguei a um corredor e um senhor veio até mim, eu o reconheci, era o pai do Leandro.

- Onde ele está?? Preciso ver ele.

- Eu sinto muito meu jovem, meu filho acabou de falecer, tem uns dez minutos. - Ele chorava.

- NÃOOOOO. - berrei no meio do hospital, Gustavo me abraçou e eu continuava me debatendo de tanta raiva, não podia ser verdade.

- Calma Artur, calma, vai ficar tudo bem, Calma meu irmãozinho. - Ele me abraçava e eu continuava a chorar.

- Eu sinto muito Artur, meu filho se meteu com drogas pesadas muito cedo, mesmo tendo tudo do bom e do melhor que eu pude dar. - Ele não escondia sua dor. - Mas ele deixou isso pra você, sinto muito não ter chego a tempo de se despedir.

Ele me entregou uma sacola e eu a abri, dentro estava minha primeira e única foto com Leandro, moldurada em um porta retrato e atrás estava escrito" Para o meu melhor amigo Artur, desculpa não ter dado valor ao seu amor" , eu comecei a chorar mais ainda, Gustavo viu e nada falou, só me abraçou mais.

Leandro veio a falecer por overdose de drogas pesadas, seu pai me pediu para dizer que Leandro havia morrido atropelado por um motorista bêbado, queria preservar a honra do filho, eu achava errado , mas assim o fiz. Depois que ele morreu, nunca mais me interessei por outro garoto, nem sequer sentia atração por eles, o que me fez pensar que eu nunca fui gay, foi mais uma experiência de adolescente, um sentimento reprimido ou algo do tipo, eu estava tão disposto a esquecer aquilo tudo, que cheguei a tentar apagar a lembrança dele dos meus pensamentos, mas ainda guardava a foto, querendo ou não, ele foi um bom amigo. Nunca que eu e Gus conversamos sobre o assunto, embora tinha certeza de que ele já sabia que ele não era só um amigo.

Luiza me apoiou muito nesses tempos difíceis, e nunca vou esquecer disso. Eu conheci outras garotas, tive minha primeira vez, segunda, terceira e assim ia. Depois de um tempo, eu e Luiza começamos a ficar, ela era linda e me atraia radicalmente, até que começamos a transar e por ironia do destino, eu fui o primeiro dela. Assumimos um namoro fixo depois de uns meses e fomos um casal apaixonado por longos e felizes um ano e meio, depois disso eu e ela não nos atraiamos mais fisicamente, o namoro ia acabando e a amizade só ficava mais forte. Completei dezoito anos e passei no vestibular, porém eu não queria fazer faculdade ali, queria na UFSC, não sei por que, mas algo me atraia para aquele lugar, como se lá é onde eu devesse estar, em Florianópolis e não em Chapecó, aqui também tinha um campus da UFSC, mas eu queria Florianópolis, algo me atraia para aquela cidade, era inexplicável, passei no vestibular daqui pra medicina, que sempre foi o meu sonho, e pedi transferência, meus pais e Gus não gostaram muito da idéia, mas me apoiaram, falei que os convenceria a mudar pra lá também, será que eu ia conseguir??

Me despedi de todo mundo e arrumei minhas coisas na mala, levava a foto junto comigo. Eu tinha uma prima que já morava em Florianópolis a alguns meses, Victoria era o nome dela, eu e ela eramos e ainda somos bem apegados, ela que me disse que eu tinha que morar lá e que aquela cidade me reservava algo especial, será mesmo?? E o que seria ou quem??

Me despedi da Lu no aeroporto...

- Eu te amo muito, se cuida Tu...

- Também te amo Lu, e se cuida também, espero que você ache alguém especial pra você.

- Você também, uma garota maravilhosa ou um garoto né. - Ela riu.

- Sabes que meu negócio é mulher, aquela vez foi só uma estupidez de adolescente.

- Não importa Tu, Garoto ou garota, o que importa é ser feliz.

- Concordo, e não esquece, a gente terminou por causa que você não quis vir junto.

- Não esquenta, é o nosso segredo.

Entrei no avião e olhei pela ultima vez para minha cidade e me despedi de tudo, cidade nova, vida nova, pessoas novas, e agora, o que será que aquela cidade me reservava??? Coisas boas será?? Um alguém especial?? E quem seria esse alguém?? Agora era esperar pra ver o que o imprevisível destino me aguardava pela frente....

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É isso ai galera, uma parte da minha história, no próximo capitulo, vocês vão entender melhor, já que o Higor sabe detalhar bem e explicar bem melhor, isso é pra vocês entenderem o próximo capitulo, e desculpe qualquer erro, como eu disse, eu não sou o escritor da relação kkkk, e ele ta aqui do meu lado me incomodando, pra eu não escrever nada errado acreditam kkk, é um folgado mesmo, mas que eu não vivo sem, eu vou indo nessa, no próximo o Higor responde aos comentários, por que se eu fizer isso, durmo na sala kkkk, pq é a parte favorita dele, e se vocês quiserem que eu conte como foi chegar em Florianópolis e conhecer esse chato aqui, deixem nos comentários, abraço e até a próxima povo lindo, agora eu vou, bem vocês já sabem né haha.

Obs : Eu sou o cara legal da relação, o Higor é o chato akkkk, to apanhando aqui, byeee.

H.g20@Outlook.com

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Comentários

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Maravilhosa sua escrita e narração dos fatos. adorei o fato de se ater a narrativa no presente em que descrevia. E vcs fofos demais, gente do céu vontade de tá ai só dizer ownn com vcs fazendo bobices.

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Gostei bastante da versão do Artur! E sim, deve continuar com a chegada em Florianópole e qnd conheceu o Higor! Vcs dois são lindoos!

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Achei o capitulo mega delicado. Amei de paixão. Simples e direto. Lindo demais

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Parabéns Arthur , vc relatou bem a sua história , estamos esperando a próxima parte e Higor estamos esperando a sua continuação .Pelo que o Arthur disse , vcs ainda se dão bem né , se dão uns pegas? Seus lindo , um abraço .

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Ficou bacana a versão do Artur tu leva jeito já pode posta a continuação Rs bjão em vcs lindos❤️❤️❤️

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Muito bom! História linda porem triste, massa a versão do Artur. Continua com a chegada em Florianópolis até conhecer o Higor. Beijão pra vocês dois!

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