Contei toda a história para o Arthur que só me deu um conselho “invista no Ricardo”, segundo ele, Ricardo seria o cara ideal para mim e depois de hoje ficou claro de que ele quer algo comigo, claro que eu questionei ele por esquecer que ele queria me dar uma super surra no dia que nos conhecemos, mas ele insistiu em sua palavra “vai fundo amigo, esse homem é pra você” sério, será mesmo que eu deveria me aproximar do Ricardo? Eu já começo a pensar que vou me machucar de novo e se é para me machucar, é melhor eu ficar sozinho de uma vez, enfim, vamos deixar o tempo falar, embora o Arthur seja um louco diagnosticado mas ele ainda tem as melhores opiniões quando o negocio se trata de meus rolos, espero que dessa vez ele esteja certo, amanhã eu vou conversar com o RicardoRICARDO:
Eu não parei de pensar no Diego nenhum segundo, o seu beijo, seu toque, seu jeito de falar, seu sorriso, nossa aquele sorriso não queria sair da minha cabeça, passei boa parte da noite olhando sua fito de perfil do whatsapp, com os dedos coçando de vontade de digitar pelo menos um “oi” e mandar para ele mas não tive coragem e fiquei só ali analisando o seu sorriso enquanto a noite passava lentamente. Aquele pensamento já estava estourando meus neurônios sem falar que coisas do meu passado começaram a voltar a infernizar mais uma vez meus pensamentos não aguentei toda aquela pressão peguei meu celular e liguei para a minha mãe...
- Alô, filho?
Eu: Mãe, eu preciso da senhora, preciso de conselhos.
- Ricardo, o que aconteceu filho?
Eu: é sobre aquele assunto mãe, o pai me mandou para morar aqui com o tio Rogério para eu ficar longe disso, mas conheci uma pessoa aqui.
- filho, quando você diz “uma pessoa” você esta falando de um garoto?
Eu: sim – minha voz saiu tão baixo que até eu mal ouvi minha resposta – preciso dos seus conselhos mãe.
- o seu pai vai ficar uma fera, mas eu terei que conversar com ele, ele já te mandou morar aí para você nunca mais ver aquele moleque lá da fazenda dele e do seu tio e o trabalhador que é pai dele foi demitido e eles desapareceram da fazenda e você vai e arruma mais um aí?
Eu: eu não sei o que deu em mim mãe, é mais forte do que eu...
- você não estava namorando?
Eu: estava ficando com uma garota, mas não deu em nada, ela não é a pessoa certa.
- E é isso o que você quer? Ser gay? Meu Deus que vergonha – ela falou com a voz firme.
Eu: não precisa falar assim e também acho que por telefone não é legal falar sobre isso.
- Ótimo, sabe o sítio lá de Arcoverde que seu avô deixou para você de herança?
Eu: sim, é graças a esse sítio que eu sou independente.
- pegue esse rapaz e vamos nos encontrar lá, quando as férias de carnaval começaram chame ele para vir com você lá para o sítio e eu e seu pai estaremos lá para conversar com vocês.
Eu: tem certeza que quer que eu leve ele?
- Tenho, filho, você sabe que por mim tudo bem, só acho isso uma vergonha muito grande para a nossa família e você um garoto bonito como é, nunca foi isso o que eu e seu pai quisemos para você, mas se você quer isso, então vamos conversar com calma sobre isso quando as férias de carnaval começarem, esta bem?
Eu: esta bem mãe, agora eu vou dormir, já estou com sono, amanhã eu vou tentar convencer o Diego, ele é meio difícil.
- Diego, então esse é o nome do rapaz, pelo menos ele tem um nome bonito, vá, vá dormir e amanhã você me dá uma resposta se vão mesmo ou não para Arcoverde.
Eu: esta bem mãe, te amo.
- Eu também te amo filho e só quero o seu bem, dorme bem meu amor.
Desliguei o celular e me joguei na minha cama, fiquei pensando no que minha mãe falou e meu maior pensamento era “será que eu devo levar o Diego para conhecer meus pais?” Mas entes de eu levar ele até meus pais, eu tenho que conquistar o garoto primeiro, bom, isso eu sei que já fiz, mas o negocio é derrubar aquela barreira defensiva que ele montou em torno de si. Acho que, o que mais me cativou nele foi o seu jeito, menino marrento, molenga, fracote, mas não deixa de ser marrento, gosto disso.
...
DIEGO:
Acordei no outro dia com um pulo da cama, Guilherme estava dormindo esparramado por cima de mim e como de costume ele tira a roupa no meio da noite e dorme pelado, acordei sentindo um negocinho rígido pressionado em minha perna, o moleque estava dormindo de pau duro, dei um chega pra lá nele e me levantei num pulo, logo ele acordou também e correu para o banheiro depois de um minuto ele saiu ainda pelado e saiu andando pela casa assim mesmo, eu entrei no banheiro e comecei meu banho. Já arrumado para sair eu cheguei na cozinha para meu café da manhã e me deparei com minha mãe e o Gui comendo...
L: Senta aí e come.
Eu: bom dia para a senhora também – assanhei o cabelo de Gui e sentei do seu lado.
L: olha só, estive conversando com seu pai e ele quer que você vá para o Rio nesse carnaval, por mim tudo bem.
Eu: eu queria passar o carnaval em Olinda e por aqui no Galo da Madrugada, mas se tiver de ir pro Rio, tudo bem.
L: então ligarei para o seu pai dizendo que você vai para lá.
Eu: esta bem.
Terminamos o café da manhã, peguei o Guilherme e levei na escola, fui para o meu ponto de ônibus e parti para a faculdade. Chegando lá fui direto para o restaurante universitário onde me encontrei com o Arthur agarrado nos livros...
A: bom dia amore, aff esses livros estão me matando.
Eu: nem me fale, tenho um trabalho dos infernos pra fazer, estou fazendo minha parte só e vou mandar para o grupo por e-mail, to lascado.
A: você vai fazer só por causa daquele problema com aquele garoto ali? – ele falou isso apontando com a cabeça para Ricardo que se aproximava.
Eu: droga ele esta vindo pra cá.
R: Bom dia – falou conosco.
O Arthur todo animado e sorridente foi logo respondendo...
A: Bom dia - Bixa avuada, por que ele tem que simpatizar com o inimigo?
Eu: e aí...
R: precisamos conversar Diego.
Eu: Acho que...
A: concordo, vai lá amigo conversar com o bofe, opa, o rapaz bonitão – Ricardo olhou envergonhado para ele, achei fofo.
Eu: certo Arthur, não precisa falar por mim – falei com cara feia para Arthur e ele deu de ombros – onde podemos conversar em particular? – perguntei para Ricardo.
R: podemos sentar naquela mesa reservada ali atrás.
Eu: esta bem, vamos.
A: boa sorte!
Eu: cala a boca e fica na tua – Ricardo sorrio para Arthur.
...
Sentamos na mesa e percebi que do na mesa em que o Arthur estava chegaram e sentaram com ele o Eri e Thais, Erivaldo olhou ao redor e me encontrou sentado na mesa com Ricardo e ficou me encarando com uma cara de poucos amigos, ele se levantou e na mesma hora o Arthur segurou em seu braço e falou alguma coisa para ele fazendo ele se sentar e ficar olhando para nós...
R: bom Diego, eu queria pedir desculpas pelo nosso péssimo começo, gostaria de dizer que quero recomeçar com você.
Eu: por que isso agora?
R: acho que você já sabe, depois de ontem, você não saiu da minha cabeça.
Eu: vou pensar.
R: nossa, mas você é difícil né? Menino marrento – eu ri – ta rindo de que?
Eu: da sua cara, percebe-se que você esta super desconcertado em falar disso comigo.
R: eu sou péssimo quando vou falar dessas coisas.
Eu: estou percebendo – falei rindo.
Ricardo nessa hora segurou em minha mão por cima da mesa sem se preocupar com quem estava ao nosso redor e ficou encarando meus olhos, eu tremi nas minhas bases só com o simples olhar daquele homem na minha frente e por um segundo desviei meus olhos dos seus e olhei para a sua boca carnuda que parecia me chamar para um beijo, com vergonha desviei meu olhar e olhei para o relógio no seu pulso e vi que já era hora de ir para a sala de aula...
Eu: nossa já esta na hora de voltar para a aula.
R: é mesmo – falou olhando para o relógio – vamos?
Eu: vamos.
Nos levantamos e fomos em direção a mesa do Arthur, cumprimentei a Thais com um abraço e disse um “oi” muito seco para o Erivaldo que pareceu não gostar nada do Ricardo ali conosco, apresentei ele para eles (Eri lhe olhava com um olhar matador), e depois fomos para a sala.
No caminho para a sala de aula uma garota loira, branca, dos olhos azuis e com um corpo de dar inveja a qualquer garota nas redondezas nos abordou e pediu para falar em particular com o Ricardo, bom, como eu sabia que ele é o típico garanhão, bonitão que sai por aí pegando as garotas que quer, eu nem dei bola e deixei eles conversarem em particular, até porque essa deve ser uma ex peguete que quer voltar, então eu vou testar a fidelidade dele agora, vou fingir que vou para a sala de aula, mas vou ficar escondido ouvindo o que ele vai dizer para elaRICARDO:
Leila é uma garota que eu conheci uns meses antes de entrar para a faculdade, ela já esta na metade do curso de sistema de informação, saímos algumas vezes e fizemos sexo outras vezes, ela é a minha “namorada” a qual minha mãe comentou. Fomos para uma área com poucas pessoas, sentamos num banco e deixei ela falar primeiro.
L: Ricardo eu nem sei como começar essa conversa com você.
Eu: Leila, se é sobre voltar...
L: não...
Eu: se for, você sabe que a gente não deu certo e nunca daria mesmo que a gente tentasse...
L: mas não é sobre isso que eu quero falar, eu sei que a gente não daria certo e eu também não quero voltar pra você.
Eu: então, o que você quer me contar.
L: eu estou grávida.
Eu: AI MEU DEUS, eu vou ser pai! – nessa hora eu devo ter ficado da cor de papel, até vontade de desmaiar me deu.
...
DIEGO:
Ai meu Deus digo eu! Agora fodeu tudo, o que é que eu vou fazer agora?
<3 Meus amados leitores me desculpem a demora em postar, 2016 começou muito bem para mim, emprego novo muito trabalho, então só vou postar quando tiver tempo, de preferência nos finais de semana, quero saber como foi o carnaval de vocês? O meu foi tranquilo fui com a minha família para a praia de Pitimbu na Paraíba, a família da namorada do meu irmão tem casa lá, então foi um carnaval legal. Bom meus queridos, até a próxima e espero que vocês estejam gostando <3