Continuação...
-Agora nós podemos dormir?
Eu já com sono, apenas balancei a cabeça confirmando e fechando os olhos, adormeci.
Acordei no dia seguinte com beijos de Giovana em meu rosto, e sua voz suave que dizia em meu ouvido:
-Acorda princesa... -Ela estava com os cabelos molhados e vestida. Tinha tomado banho.
Eu fiz manha:
-Não... Eu ainda tô mimindo... -Fiz biquinho, sendo beijada nos lábios por ela.
-Tudo bem... Depois eu deixo vc dormir o quanto quizer, mas agora vc tem que comer algo... -Disse preocupada. -Eu sei que vc deve estar com fome por que não comeu nada ontem. Aqui está seu café... -Falou pegando uma bandeija de uma mesinha ao lado da cama e botando em seu colo.
-Hmmm... Tudo isso é pra mim? -Falei olhando pra bandeija que tinha de tudo um pouco: um potinho de café e um de açúcar, um copo com leite, um com suco de laranja, pães de queijo, sanduiches, bolo de chocolate, uma banana e uma maçã.
-Sim... Eu não sabia do que vc gostava então comprei coisas mais diversas. -Falou me olhando. -O que vc quer comer primeiro?
-Hmmm... -Pensei um pouco. -Quero um pão de queijo... -Respondi.
-Ta bem... -Falou cortando o pão de queijo em pequenos pedaços e me dando na boca.
-Obrigada... -Disse assim que terminamos o café.
-Pelo que? -Perguntou depois de tomar um gole do suco.
-Por tudo... Pela noite, pelo café, pela atenção... Obrigada. -Agradeci novamente.
-Na verdade, eu é que tenho que agradecer... Vc me deu uma noite incrível... -Falou mexendo em meus cabelos. Eu não sei como consegui depois de tudo que aconteceu na noite anterior, mais eu enrrubesci, a fazendo sorrir.
Quando Giovana saiu pra levar a bandeja na cozinha, eu rapidamente me levantei e fui me vestir.
Quando ela chegou e me viu calçando os sapatos, perguntou:
-O que aconteceu?
-Nada... Por quê?
-Pensei que quizesse dormir mais...
-Não Giovana... Eu vou embora.
-Como assim vai embora? -Perguntou triste.
-Eu preciso ir... Combinei com minha amiga. -Menti. Eu só havia avisado a Júlia que ia dormir na casa de Giovana, não tinha combinado quando chegava.
-Bom, mas se é assim, eu posso levar vc.
-Não Giovana... Eu vou de taxi. -Falei me levantando. Mas ela não me deixou sair.
-Eu insisto. -Falou me olhando nos olhos.
-Pois não insista. Eu estou decidida.
-Eu também estou.
Eu bufei, tentando sair do quarto e sendo impedida por ela.
-Olha, eu não sei como a Valéria te tratava, mas eu quero que saiba que comigo, não vai ser igual. Se vc dormiu aqui e me deu uma das melhores noites da minha vida, eu não vou te chutar como um cachorro. -Falou, fazendo com que lágrimas rolassem de meus olhos. Giovana tocou em minhas feridas...
Ela me abraçou forte e disse em meu ouvido:
-Por favor... Não vá...
-Eu preciso... -Falei me livrando de seus braços.
-Eu vou te levar então...
Eu suspirei. Não queria que ela se preocupasse comigo, mas também não queria mais discussões.
-Ta bem.
Nós saímos e fomos até a garagem, onde entramos em seu carro e saímos. Durante o caminho todo, eu só falei o endereço de Júlia.
Quando nós enfim chegamos, antes de eu descer, Giovana falou:
-Será que vc poderia me passar o seu número de telefone?
Eu apenas respondi:
-É melhor não...
-Tudo bem, eu entendo. -Falou visivelmente decepcionada. -Tchau, Helena.
-Adeus, Giovana. -Falei abrindo a porta e saindo. Seria melhor assim...
Continua...
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