Fala delícias! Volteiiii! ❤️
Último capítulo! Desde já vou explicar o que fiz! Nao me prolonguei muito nesse capítulo pois muita gente está louca para a segunda temporada de Seu Bernardo e seus dois maridos... Kkkk Outra não fui até o fim da história dos meninos até porque todos já sabem o que aconteceu... Talvez eu explore isso nas próximas lembraças mas é algo muito dolorido então... Espero que entendam!
Sobre a segunda temporada vou começar a escrever na terça! Tudo vai depender do meu ânimo! Amo adoro os recados de cada um! Sinto falta de alguns leitores e espero que voltem! Já outros estão aqui batendo carteirinha já amo de paixão! É por vocês que estou aqui em pleno fim de semana escrevendo essa minha louca história!
Obrigado por tudo meu povo lindo!
Bora lá então!
Eduardo
Eu não acreditara naquilo que meus olhos viam... Puta merda! Aquilo não poderia estar acontecendo! Meu irmão e Rafael estavam parados na porta do nosso quarto como duas múmias! Senti Diego sair de cima de mim, mas era como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta.
- Mas que porra é essa??? – Bernardo nos perguntava totalmente incrédulo, Rafael apenas nos olhava assustado
- Be-Bernardo??? – Diego levanta se atrapalhando com o lençol e tenta chegar perto do meu irmão mas o mesmo não dá chance do meu gostoso se explicar...
- Coloquem a porra da roupa que o papai está chegando... Vem Rafael, temos um monte de coisa pra organizar! – Sua voz fica fria, quase mecânica. A decepção estava estampada no rosto dele, eu fiquei tão sem ação que não disse uma palavra. Nunca tinha visto Bernardo bravo daquela forma.
- Calma Bernardo! Deixa eles se explicarem! – Nunca imaginei que Rafael tomaria aquela posição, ele estava estranhamente calmo...
- Eu não quero saber de nada! Se não me contaram antes, agora eu não quero saber! Eu sabia que tinha algo! Eu sabia! – ele aponta o dedo em nossa direção – Por isso sempre me excluíam de tudo! Estavam se pegando por aí! Quer saber? Vão à merda!
E saiu do quarto deixando todos sem reação...
- Puta merda! Quem diria... Do Eduardo eu sempre desconfiei mas de você Diego? Kkkkkk Tá explicado porque deu o fora na Andressa! – ele desembesta a rir, deixando a gente mais perdido ainda – Eu vou lá conversar com ele! Bernardo só está com ciúme... Gente que cena lamentável os dois de cueca!
E também sai do quarto mas ao contrário do meu irmão, Rafael saiu dando risada. Foi só aí que Diego levantou e começou a vestir sua bermuda, me obriguei a fazer o mesmo movimento. Se papai chegasse ai tudo estaria fudido!
- Você acha que ele vai contar para os nossos pais? – ele me pergunta assim que coloca sua camisa, sua voz estava muito abatida, me cortou o coração! Mesmo que não fossem tão próximos, Diego amava Bernardo, disso eu não tinha dúvidas...
- Nós temos um código para isso! Ele não vai contar! Só está chateado... Eu conheço o irmão que tenho! Mas eu não queria que ele soubesse dessa forma Diego! Você viu a cara de decepção dele?
- Eduardo precisamos tomar mais cuidado, já pensou se fosse papai? Tem noção da merda que isso iria dar? Quando eu te falar uma coisa, escuta pelo amor de Deus! – e ele beija minha testa e sai do quarto também.
Não preciso nem dizer que aquele aniversário foi uma bosta! Bernardo passou a festa toda sem olhar na nossa cara! Voltou a falar com a gente depois de quase duas semanas! As vésperas do Natal, isso porque o Rafael conseguiu amolecer o coraçãozinho dele kkkk
Graças a Deus aquele Natal foi perfeito! Estava em paz com meu coração! Conseguir o perdão do nosso irmão foi nosso maior presente. Claro que ele ainda não estava a vontade com a gente, então pegávamos leve quando estávamos com ele.
Uma pessoa que me surpreendeu foi o Fael, desde o primeiro instante nos aceitou, ele era muito curioso sobre o nosso relacionamento, sempre fazendo as perguntas erradas nas horas erradas, mas aquilo nos aproximou mais e consequentemente o Bernardo também ficou mais próximo!
Com o tempo as coisas foram se acertando entre nós e a paz estava instaurada na nossa casa.
O tempo foi passando muito rápido, Diego tinha se formado no colégio e tinha entrado na faculdade. Eu estava no primeiro ano do ensino médio e por sorte aquele ano cai na mesma sala que meu irmão, ficamos muito próximos novamente!
Aliás naquele ano ocorreu duas coisas que nos aproximou muito...
Eu nunca entendi bem a relação do meu irmão com meu primo, tipo os dois não se desgrudavam, sempre tiveram um ciúme mútuo mas nunca tinha rolado nada entre eles... Era apenas uma amizade que a cada ano ficava mais forte até que Rafael beija Bernardo, Bernardo corresponde, os dois ficam na maior agarração e bum! Rafael empurra Bernardo que bate em Rafael! Fim de uma longa amizade! Eu e o Di pensávamos que era algo à toa que logo voltariam a se falar... Mas infelizmente os dois eram duas cabeças duras e nunca mais se falaram! Nós até tentamos aproximar os dois mas não teve jeito! Fael se distanciou totalmente e deixou de falar até comigo e com Diego que não tínhamos nada a ver com o assunto dos dois...
Mas é a vida!
E como a vida é filha da puta na mesma época aconteceu outra merda que quase me fez perder o Diego...
Diego
Eu nunca imaginei que fazer Engenharia fosse tão puxado! Minha vida era estudar! Estava no segundo semestre e aqueles cálculos todos estavam me consumindo ao ponto de não ter tempo para o Dudu. Quando estava com ele fazia o máximo para compensar esses momentos! Enchia meu menino de beijos, abraços, mimos... E lógico dava aquele trato nele de madrugada! Kkkkk Se tinha algo que ia perfeitamente bem era nosso sexo! Sempre muito prazeroso! Selvagem e romântico na medida certa!
Certo dia resolvi fazer uma surpresa, iria buscar meu menino na escola e almoçar com ele no shopping. Sai cedo da faculdade e fiquei aguardando meu lindão no portão do meu antigo colégio. Meio dia em ponto aquilo ficou uma loucura era criança saindo para todos os lados! De longe vi o grupinho de amigos do meu namorado, mas infelizmente ele não estava com eles. Achei muito estranho a demora então resolvi ligar para ele "sua chamada será encaminhada para caixa postal", ele nunca deixava o celular desligado! Liguei para o Bê mas o mesmo tinha saído mais cedo por não estar se sentindo bem. Tentei mais uma vez o celular do Dudu mas nada! Resolvi então sair do carro e esperá-lo no portão. Puxei assunto com seu Antônio que era o tiozinho do portão, ele me autorizou a entrar no colégio pois aleguei que não conseguia falar com meu irmão. "Pode entrar gringo! Só vi um dos gêmeos hoje! Só não me pergunta quem é porque não tenho ideia de quem é quem!" ele diz assim que abre o portão pra mim. Kkkkk era tão fácil distingui-los, Eduardo era mais bundudo kkkk
Bom entrei naqueles corredores e tive aquele momento deja vu. Uma nostalgia enorme tomou conta de mim, sentia muita falta daquele colégio! Não via a hora de sair, mas quando sai queria voltar! Kkkkkk
Fui até a sala do meu irmão e já no corredor ouvi sua voz.
- Não Luiz! Já falei pra você que não rola! - Luiz??? Parei assim que ouvi o nome, meu coração começou a bater forte mas resolvi ouvir a conversa, vai que não era nada daquilo que eu estava pensando!
- Ah duvido Edu! Eu sei bem que você quer isso tanto quanto eu! – só de ouvir aquela voz de maricas eu já queria entrar e estourar a cara daquele fdp!
- Cara não viaja! Luiz você é meu amigo! Nada a ver essa parada! - vou chegando mais perto da porta e vejo que eles estão ao fundo da sala, onde meu namorado estava encostado na parede e Luiz estava muito próximo dele para o meu gosto.
- Cara vai ser só uma foda! Eu to louco pra te experimentar Eduardo! Ninguém vai ficar sabendo! Nem o corno do seu namoradinho viado!
- Não fala assim do Diego! Vai se foder Luiz! Vai pro inferno! – ele tenta sair mas o garoto segura o braço dele, eu tremia de raiva mas aquela história estava ganhando contornos interessantes...
- Vai dizer que tu não gostou quando te beijei? Hein? Eu sei que tu se amarrou! – E nisso o filho da puta aperta Eduardo na parede e o beija...
Eu não sei como consegui ser tão rápido! Mas quando vi estava esmurrando a cara do filho da puta!
Com muito custo Eduardo me tirou de cima dele, o rosto do rapaz estava puro sangue. Ele me olhava assustado tentando entender o que acontecia naquele momento. Eduardo parecia que tinha visto um fantasma de tão branco que ele estava.
- Então quer dizer que eu sou corno? É isso mesmo Eduardo? – eu tremia de ódio daqueles dois! Eu sempre soube que algo estava errado! Não era de graça que eu não gostava daquele garoto!
- Não é nada disso Diego! Pelo amor de Deus! Você sabe que eu nunca iria te trair! Vamo sair daqui! Por favor! Pode dar merda pra você! – foi aí que me toquei da merda! Bati em um menor dentro de uma escola.
- Posso ser viadinho, corno, o caralho! Mas se você chegar perto do Eduardo novamente eu te mato moleque de merda! Está me ouvindo? Eu termino de te quebrar seu filho da puta! Ainda conto pra todo mundo o quão viadinho você também pode ser!
E sai sem olhar pra trás! Precisava sair daquela merda de escola! Escondi as mãos no bolso assim que passei pela portaria. Sorte que seu Tonio já tinha ido almoçar. Assim que entramos no carro, saio cantando pneu, Eduardo não abriu a boca em momento algum, ele sabia que era pior! Andei sem rumo até que parei às margens do Lago. O sangue já havia esfriado e vi que brotava sangue em minhas mãos. Desliguei o carro e comecei a respirar forte! Precisava me acalmar para não cometer nenhuma besteira. Se eu matasse Eduardo afogado no lago, minha mãe me matava também então...
- Posso me defender agora? - ele me pergunta após uns 10 minutos de silêncio, não falei nada apenas balancei a cabeça - Eu não te trai e você sabe muito bem! O beijo que ele falou foi o nosso primeiro, depois disso não rolou nada entre nós! Hoje eu sequer correspondi! O Luiz está louco Diego! Eu não tive culpa!
Fiquei um tempo mudo, tentando assimilar aquelas informações... Eu conhecia Eduardo com a palma da minha mão! Sabia exatamente quando ele estava mentindo, talvez eu era a única pessoa que o lesse bem!
Fiquei olhando para aqueles olhos escuros... Enquanto pensava no que eu iria dizer para ele.
- Eu sei que não está mentindo! Mas já te pedi várias vezes para se afastar daquele cara e você nunca me escutou. Eu sempre soube que algo estava errado! Eu via as brincadeiras, os olhares dele contigo! Sabia que não era normal! Que não era apenas ciúme! – ele apenas me olhava ansioso! Eu sabia que aquilo iria doer mas eu precisava falar – Edu você além de ser o amor da minha vida, é também meu melhor amigo. Mas acho que algo não anda dando certo entre nós dois... Já temos todo os problemas do mundo contra o nosso relacionamento, não preciso que você vire um problema também! Eu te amo do jeito que você é! Sempre amei! Mas você nunca me ouve! Sempre faz o que vem a sua cabeça e depois eu que aguento as consequências! Eu quero um namorado e não uma criança para lidar! Eu não estou terminando contigo mas quero um tempo para nós dois! Um tempo para você pensar bem o que quer da sua vida!
- Não Di! Por favor! Eu não tenho o que pensar! - ele fala segurando meu rosto, sua mão estava fria, um pouco trêmula - Eu vou mudar! Vou me afastar do Luiz! Mas pelo amor de Deus eu não quero um tempo! Eu faço o que você quiser! Eu te amo cara! Por favor não faz isso comigo!
- Eu não quero que você faça tudo o que eu mandar! Eu só quero que pense bem antes! Uma relação é feita de duas pessoas Edu! Não uma... Porra você acha que eu não sofro também? Que eu to feliz por esconder de todos o que realmente me faz feliz? - uma lágrima escorre dos meus olhos – mas se esse é o preço que pago para ter você tudo vale! Se eu tiver 10 minutos contigo num dia, esses vão ser os 10 melhores minutos do meu dia!
- Me desculpa Di! Me perdoa! - ele se joga em meus braços em prantos, ficamos um bom tempo assim. Beijava sua cabeça tentando o acalmar, até que ele fica mudo e o silêncio toma conta do carro.
- Está perdoado! - Eu digo dando um último beijo em sua cabeça, ele me olha com os olhos vermelhos - Mas por favor Edu! Me ajuda! Eu não consigo seguir esse caminho sozinho!
Ele me beija apaixonadamente, eu retribuo com toda ânsia que eu sentia dele. Logo dona Fabi estava louca atrás de nós para almoçar. Demos mais um tempinho e fomos para casa. Antes passamos na farmácia para fazer um curativo. No fim tudo deu certo e o viadinho do Luiz ficou quieto e graças a Deus não me denunciou.
Eduardo
Já haviam se passado alguns dias desde o nosso desentendimento por causa do ridículo do Luiz. Meu ex melhor amigo mudou de turno e dei graças por isso. No colégio andava apenas com meu irmão e mais ninguém, fiquei mais na minha. Diego estava certo, eu precisava crescer afinal ele já estava com dezoito anos, fazia faculdade, precisava de alguém maduro do lado e não um moleque!
Nos primeiros dias nossa relação estava estremecida e resolvi dar um tempo a ele. Ainda mais que ele estava em provas e precisava se concentrar.
Há males que vem para o bem! Nossa reconciliação ocorreu em uma viagem que fizemos a Noronha, foi tudo perfeito mesmo com Bernardo de vela! Kkkk
Aquela viagem era uma nova lua de mel para Seu Olavo e Dona Fabi. Mas mamãe ficou com dó de nos deixar em Brasília e nos trouxe junto. A única condição era que nos cuidássemos e não enchesse o saco deles. Kkkkk eles ficaram até em outra pousada, deixando nos três por conta própria... Acho que foi a melhor viagem que fizemos, pois eu e Diego pudermos ser quem a gente realmente era naquele lugar paradisíaco. Por ser fora de temporada a praia estava praticamente vazia, Bernardo já estava acostumado a nós e já não ligava quando eu beijava o Di... Lembro de estarmos em um barzinho e ele beber algumas cervejas, aquilo não era do feitio dele, acredito que era a falta que ele sentia do Fael...
- Quem come o cú de quem? - ele pergunta rindo feito bebado...
Diego responde que era revezado mas que eu amava sentar na pica dele. Eu quase tive um treco quando ele disse aquilo! Não acreditava que estávamos tendo aquela conversa! É pior quando o Bê perguntou se poderia ver! Aff fiquei puto de ódio quando o Diego disse que sim! Fiquei imaginando já que eu era gêmeo do Bê, se ele sentia atraído por meu irmão. Aquilo na verdade ficou o dia todo martelando em minha cabeça. Já a noite em nosso quarto resolvi soltar o verbo, já que cada um tinha seu quarto mas abandonei o meu para ficar com meu amado.
- Você teria coragem de deixar o Bê participar da nossa transa? – ele me olha com aqueles olhos enormes como se aquilo que eu falei fosse a ideia mais louca do mundo...
- Por que? Uai Du não sei... Não seria uma má ideia... – já puto de raiva atirei almofada nele
- Então você sente tesão pelo Bernardo porra? - e já parti pra cima dele, mas como ele era maior que eu ficou mais fácil se defender do meu ataque de fúria
- Eu to brincando Dudu! Cara eu te amo! Só tenho olhos pra vc minha criança! Sabe que não me sinto atraído por homem nenhum! - ele me pega no colo me fazendo amolecer em seus braços - E outra o Bê não tem a bunda que você tem! Aliás essa é uma grande diferença entre vocês!
Não tinha parado para pensar naquilo, me achava muito parecido com meu irmão, exceto por algumas pintinhas que tínhamos em pontos diferentes no corpo. Mas nunca percebi que minha bunda era maior que a dele! Tá certo que eu era pouca coisa mais gordo, mas mesmo aos 15 anos quase ninguém conseguia nos diferenciar exceto nossa família.
- Como assim minha bunda é maior? Que história é essa? - eu pergunto me acomodando em seu colo, sinto algo grosso tomando vida abaixo de mim
- Eu não sei... Sua bunda é mais arredonda e mais empinada... - ele segura ela com força me fazendo gemer - Eu comecei a sentir tesão quando olhava pra ela, eu era louco pra comê-la!
- Hummm então você se apaixonou por minha bunda? - eu esfrego ela com força no seu colo fazendo seu pau pulsar em baixo daquela cueca
- Eu não! Meu pau que se apaixonou por sua bunda! - ele fala baixinho ao pé do meu ouvido me fazendo arrepiar - Vem senta nele vem?
Nem preciso dizer que fiz muito bem feito meu papel aquela noite! Sentava com vontade na pica do meu macho fazendo ele urrar de prazer! Me senti um puto, enquanto ele agarrava ela me ajudando a subir e descer naquele mastro delicioso! Fizemos tanto sexo aquela noite que fomos dormir exaustos! Fiquei esfolado mas feliz!
Diego
Fernando de Noronha foi praticamente uma lua de mel para nós dois! Que viagem perfeita! Estava amando cada momento que tinha com Edu, desde coisas simples como andar de mãos dadas ou dar um selinho já acalentava meu coração. Aquela viagem me deu uma certa coragem para contarmos aos nossos pais. No fim daquele ano os meninos completariam 16 e logo eu faria 19, já estava vendo um estágio na minha área que me pagaria razoavelmente bem, minha faculdade era paga por minha mãe Carla... Então se algo desse errado eu teria dinheiro para nós dois!
Olhava aquele bebezão dormir tranquilamente em meus braços. Sua respiração suave fazia seu peitoral subir e descer, meu menino já não era tão menino assim, aos poucos seu corpo já estava ganhando contornos másculos, o deixando mais gostoso do que já era. Sua pele branca fazia contraste com seus olhos escuros e seu cabelo preto. Seu cheiro me trazia paz... Lembrei automaticamente do meu primeiro dia aqui no Brasil, minha primeira noite para ser mais exato...
Toda noite eu tinha o mesmo pesadelo, eu estava em casa apenas eu e Mark, sempre soube que aquele cara não era meu pai. Além de não termos nenhuma semelhança física, ele não tinha amor algum por mim. Sempre que podia ele me batia, sempre por motivos banais ou motivo algum. Mas aquele dia ele estava estranho, me olhava de uma forma que fazia minha espinha gelar, passei o máximo de tempo trancado no banheiro ou no meu quarto. Mas uma hora a fome apertou e não tive mais para onde correr. Sabia que ele passava as tardes bebendo na varanda, então abri a porta bem de vagar para não fazer barulhos. Passei na frente de seu quarto e estava vazio ufa! Fui de pé em pé até chegar em frente à geladeira. Eu deveria ter pego uma fruta ou um pão, mas aquele dia estava morto de fome e vi que ainda restara o almoço que mamãe fez antes de sair para trabalhar. Deveria comer gelado mesmo, mas como tudo estava calmo achei que Mark havia saído. Ledo engano! Assim que coloco o prato no microondas, sinto sua mão passar em minha bunda. Aquela não era a primeira vez que ele fazia aquilo, eu odiava isso!
- Com fome querido? Eu tenho algo aqui para você por na boca se quiser - e sorri com aquela boca nojenta, a fome que eu estava sentindo evapora, fico mudo apenas olhando para meu prato mas ele continua - Faz tempo que você não faz aquilo pra mim! Acho que hoje quero tentar algo diferente você já está com 8 anos... Já deve aguentar isso!
Ele tira aquele pau pra fora, me dando um nojo enorme. Até então eu só tinha pego naquilo algumas vezes. Na verdade era obrigado para não apanhar.
Mark não era um homem feio não! Ao contrário ele era muito bem afeiçoado, mesmo sendo um vagabundo que vivia nas costas da mamãe.
Ele vem chegando mais perto e eu me afastando até chegar na bancada...
- Eiii não precisa ter medo garotinho! Você vai gostar disso! – e segura aquele pau na minha direção, ele abre a geladeira pegando a manteiga, eu não sabia pra que serviria aquilo, eu já tremia feito vara verde, sabia que não iria gostar de nada daquilo – agora vem abaixa a calça pro papai e vira de costas!
Tentei negar mas ele me vira com violência e puxa meu moletom até o pé... Logo depois sinto a manteiga gelada no meio das minhas pernas, era a primeira vez que ele fazia aquilo mas eu não estava gostando, até que sinto um dedo me penetrando me fazendo chorar de dor!
- Para para! Eu não quero! - tentei sair mas ele era muito forte! – Aii tá doendo! Tá doendo!
Mas ele continua, fingindo não ouvir... Então eu faço algo que nunca imaginei! Aproveito a faca que eu iria cortar a carne e enfio na barriga dele.
Por alguns segundos ele fica em choque olhando para sua barriga, é o tempo que tenho para erguer as calças...
- Ah seu filho da puta! Eu vou te matar Diego! Seu desgraçado! – e nisso ele tira a faca da barriga e vem para cima de mim.
Eu não sei de onde tirei tanta força! Acho que foi Deus! Aquele dia eu apanhei como nunca apanhei na vida! Levei vários e vários chutes! Mas consegui não morrer! Com o tempo seus chutes já não eram tão fortes, talvez pela facada... Então ele sai correndo me deixando no chão... Vi muito sangue mas sabia que não era meu, a faca ainda estava lá... Eu sabia que não poderia mas aquela era minha chance de pedir ajuda, corri ao telefone e disquei para polícia! Minha mãe que me perdoasse, mas eu não aguentava mais aquele inferno! Eu iria salvar nossas vidas!
Não demorou muito uma viatura chegou, estava tonto mas vi quando o paramédico me colocou na ambulância.
Tudo doía mas aquela era minha chance de sair de casa! A polícia pegaria Mark e eu seria feliz morando apenas com a mamãe!
Ouvia o barulho da sirene me sentia protegido com aquelas pessoas desconhecidas, até que sinto uma pontada na cabeça e acabo perdendo o sentidos.
Acordei no outro dia com a mamãe deitada em cima de mim na cama do hospital. Ela desaba em cima de mim chorando e me pedindo perdão! Que tudo iria ser diferente em minha nova casa no Brasil! Que logo logo eu estaria com papai e meus novos irmãos!
Eu tentei falar para ela não chorar que tudo havia acabado e que Mark não mataria ela, mas minha garganta estava seca. Que eu tinha salvo nós dois daquele monstro! Infelizmente nada saiu! Apenas chorei abraçado a aquela mulher que dava a vida por mim e eu daria tudo por ela!
Essa foi uma fase obscura da minha vida a qual quase ninguém soube.
Com muito custo me abri com os meus irmãos! Tinha vergonha de contar sobre aquilo! Levei sorte que nunca mais vi Mark, fiquei morando na casa de uma amiga da mamãe e alguns dias depois estava em um avião com meu verdadeiro pai rumo a uma nova vida! Onde encontrei anjos que me amaram e me fizeram finalmente me sentir em casa! Eu tinha em Dr. Olavo e Dona Fabi os melhores pais que uma pessoa poderia ter na vida! Tive em Bernardo e Fael os melhores amigos parceiros que qualquer garoto daria a vida em ter... E tive em Eduardo o mais puro, mais bonito e mais fiel amor que qualquer homem sonharia em ter!
Bernardo
A vida muitas vezes nos prega uma peça não é mesmo? No começo não aceitei o namoro dos garotos! Achava aquilo tão errado! Onde já se viu dois homens se pegando em uma cama? Imaginei qual seria a reação dos meus pais sobre aquilo! Eles não mereciam aquele desgosto!
Fiquei revoltado! E o que me deixou mais puto de raiva foi saber daquela maneira...
Até que tive uma conversa com o Fael...
- Bernardo você está sendo egoísta julgando os garotos dessa forma! Nós não escolhemos como, quando ou por quem nos apaixonamos! - ele diz me encarando com aqueles olhos intensos.
- Eu não quero falar sobre isso Fael! Aqueles dois não são mais nada meus! Foda-se eles! – eu digo virando as costas para ele, não estava afim de discutir sobre aquilo!
- Nossa Bernardo não esperava isso de você! Logo você que é tão amável, tão carinhoso que sempre amou a todos vai virar as costas para eles justo nesse momento? Tem ideia do quanto eles podem estar perdidos?
- Eu não acho certo isso Fael! Eles são irmãos! - eu tento falar mais mas logo Fael me corta
- Eles não são irmãos! São duas pessoas que sempre se amaram! Entenda Bê! O amor não escolhe sexo, não escolhe ocasião! Aconteceu com eles... Poderia ser a gente! – Aquilo foi como um soco no meu estômago, eu apaixonado por um cara? Nunca!
- Comigo não! Tenho certeza que sou homem! – falei orgulhoso! Rafael apenas balançou a cabeça e foi saindo do quarto.
- Então fica aí sendo homem com a sua ignorância! Você não é ninguém para julgar Bernardo! Daria tudo pra ter um amor como o deles!
E sai do meu quarto me deixando totalmente perdido! Fael nunca tinha se aberto daquela forma! Será que ele também estava apaixonado? Eu sinceramente nunca tinha aquele tipo de interesse em ninguém! Será que o amor era tão insano ao ponto de me apaixonar por um homem?
Passei a tarde toda pensando naquelas palavras! No fim me senti mal por aquilo! Aquele não era eu!
Comecei então a prestar atenção naqueles dois, era muito sutil mas era muito bonito a forma que se tratavam! Os olhares, o carinho, o respeito! Que idiota eu fui naquelas duas semanas! Logo tratei de pedir perdão aos dois! Não era certo continuar naquela idiotice! Eu amava Diego e Dudu!
Com o tempo passando comecei a admirar aquela relação! Os dois eram muito fofos! No fundo foram feitos um para o outro!
E como a vida é uma caixinha de surpresas nunca imaginei que um dia me apaixonaria por Fael!
Que um único beijo mudaria o turno da minha vida e me traria aqui para contar a história de como eu me casei com um tal de Rafael...
Kkkkkkkkk Prontos para a segunda temporada?