Felipe -Então vocês são bastante amigos neh!? Fizeram faculdade juntos, trabalham juntos e ainda moram no mesmo condomínio.
Guilherme - Mais que amigos.
Felipe - Como assim, mais que amigos?
Guilherme - Nós somos irmãos.
Felipe - irmãos? (perguntei espantado)
Guilherme - exato.
Felipe - de sangue?
- isso. (respondeu Guilherme começando a fechar os olhos)
- Então se eles são irmãos, por que sera que o Miguel estava me tratando mal daquele jeito?
Fiquei um tempo tentando entender o comportamento do Miguel e acabei esquecendo que o Guilherme estava deitado na minhas pernas, quando me toquei ele estava soltando roncos baixos.
- Como é que um cara bonito como aquele, podia roncar? (pensei)
A campainha tocou e eu fui atender, ja imaginava que fosse o Miguel. Levantei-me com cuidado e deixei o Guilherme dormindo no sofá.
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Miguel - Ainda por aqui?
Felipe - E tu quer que eu vá pra onde?
Miguel - Tu não aceitou a minha ajuda, achei que gostasse de ficar na rua.
Felipe - tive meus motivos, e tu sabe quais foram. (falávamos baixo para não acordar o Guilherme).
Miguel - e eu também tive os meus e te expliquei, você que me bloqueou. (falou ele, colocando o dedo na minha cara).
Felipe - eu não te bloqueei de nada, só não quero tua ajuda. Primeiro ajuda, e depois me joga na cadeia, que porra de ajuda é essa?
Miguel - Eu ja pedi desculpa mil vezes, ja expliquei que foi um mal entendido.
Felipe - Mas não da pra desculpar. Você sabia que eu fui dispensado de um emprego, só por causa desse mal entendido?
Miguel - Disso eu não sabia. (falou Miguel baixando o tom da voz).
Felipe - Mas aconteceu.
Miguel - Mas você nao esta fichado nem nada, eu mesmo me certifiquei.
Felipe - O cara que me dispensou nem tentou me ouvir, não quis saber se eu fui fichado ou não, eu fui injustiçado por algo que não fiz.
Miguel - esse é o ponto. Eu tenho ciência que você foi injustiçado, e é por isso que eu queria fazer algo por você.
Felipe - Mas eu não preciso que você faça nada por mim.
Miguel - Claro. Claro que você não precisa, agora você tem um protetor neh!?. (falava Miguel apontando para o Guilherme que dormia todo esparramado no sofá).
Felipe - o Guilherme é ser humano, ele se colocou no meu lugar.
Miguel - e eu sou o que? Um demônio?
Felipe -Não sei quem tu é cara, eu pensei uma coisa e depois vi outra.
Miguel - Um dia eu ainda vou surpreender você.(Miguel falou com o rosto quase colado ao meu e depois foi para cozinha)
Aquela última frase ficou martelando em minha cabeça. Olhei para o Guilherme que ainda dormia e eu deitei no outro sofá, peguei o controle e liguei a tv, acho que o barulho acordou ele.
Guilherme - que horas são?
Felipe - hã?
Guilherme - Horas. Ta dormindo?
Felipe - ah, meu pensamento tava longe.
Guilherme - é? e tava pensando em que? (guilherme se levanta e vem deitar no sofa onde eu estou).
Felipe - Nada de importante não. Ah, teu irmão ta ae.
Guilherme - Ta aonde?
Felipe - la na cozinha.
Guilherme se levantou e foi ate la, eu aproveitei e fui tomar um banho. Quando saí o Guilherme disse que iria pedir uma pizza e perguntou se eu tinha preferência.
Felipe - Tenho não. (Falei de dentro do quarto).
xXX
Assim que a pizza chegou, fomos os três come-la na cozinha.
Miguel - E ae Felipe, a pizza ta boa?
Eu estava com a boca cheia e apenas acenei com a cabeça.
Miguel - Essa pizza é de qualidade. Das bandas de onde você veio, ja existia pizza?(Miguel perguntava com muito sarcasmo. Não sei aonde ele queria chegar).
Felipe - Sim e muito boas também.
Guilherme - conversa chata da porra. (falou Guilherme jogando o pano de prato em cima de Miguel).
Miguel - chata por que? Estamos conversando sobre pizza. Você nao gosta de pizza, Felipe?
Felipe - Gosto sim.
Guilherme - Vamos mudar de assunto, voce trouxe o hd externo?
Miguel - trouxe.
Guilherme - e cadê?
Miguel - la no bar.
Guilherme - Ótimo, vou adiantando o serviço, estou morto de sono e quero ir logo pra cama que já esta tarde.
Guilherme se retirou da cozinha e ficou apenas eu e o Miguel.
xXX
Comemos na mesma cozinha, na mesma mesa a menos de um metro de distancia, mas depois da saída do Guilherme não trocamos uma palavra, ate a hora de Miguel acabar de comer.
Miguel - Vou trabalhar também, você pode lavar a louça? (Falou Miguel com sarcasmo novamente)
Felipe - Posso sim.
Miguel - Obrigado!( e se retirou da cozinha assobiando)
Terminei de comer minha pizza, lavei a louça, limpei a cozinha e vi que ja passava de 1 da madrugada.
Era hora de i dormir.
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Cheguei na sala, o Guilherme e Miguel estavam concentrados digitando alguma coisa.
Felipe - Miguel.
Miguel - diga.
Felipe - é que eu ja tou com sono, queria saber se você vai dormir aqui na sala ou no quarto de hospedes.
Miguel - no quarto de hospedes.
Felipe - Blza. Guilherme eu posso pegar um cobertor?
Guilherme - Claro que pode Guilherme, Precisa nem pedir.
Felipe - Obrigado.
Fui ate o quarto de Guilherme, peguei um cobertor, e uma almofada, e voltei pra sala.
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Guilherme - tu vai pra onde com isso?
Felipe - dormir uai.
Guilherme - Aqui na sala?
Felipe - é. Pode não?
Guilherme - Dorme la no meu quarto.
Miguel - no teu quarto aonde? La só tem uma cama.
Guilherme - Melhor do que sofá. (falou Guilherme encarando o irmão).
Felipe - esquenta com isso não Guilherme, eu durmo aqui pelo sofá mesmo.
Guilherme - Já disse pra você deitar na minha cama, vá la. (Guilherme falava com autoridade).
Felipe - então ta.
Miguel - e tu vai dormir aonde? (Miguel perguntou ao Guilherme).
Guilherme - Minha cama é grande, tenho certeza que cabe eu e o Felipe nela.
Sai da sala e Miguel ficou questionando alguma coisa que eu não consegui ouvir. Entrei no quarto de Guilherme, liguei o ar e me esparramei na cama, no lençol tinha o gostoso cheiro dele, cheiro de macho, cheiro forte que me fazia ter delírios. Fiquei pensando no Guilherme até eu cair no sono.
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Me acordei no meio da madrugada e já não estava mais só, o Guilherme estava deitado a meu lado. Corpo perfeito, branquinho na mesma proporção que o Miguel, aparentava ter 1,85/1,90. Deitado com a barriga tanquinho virada pra cima, com seus braços tatuados por cima da cabeça, e sua pernas com pelos formavam um número quatro. Mais uma vez eu ouvia Guilherme roncar, não sei se aquilo seria um defeito. Joguei o cobertor por cima de seu corpo e fui ate a cozinha tomar um copo com água.
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E ae, deu muito pra ele? (Miguel estava sentado a mesa digitando algo no notebook)
Qual é a tua cara? Por que voce esta me tratando assim?
Deu ou não? (ele insistia na pergunta sem parar de digitar).
Felipe - Claro que não, nem curto essas coisas).
Miguel - tu não me engana, Felipe. Sei que tu gosta de levar vara.
Felipe - Mas dessa vez tu se enganou, eu não gosto dessas coisas não. (falei bebendo minha água e retirando-me da cozinha).
Miguel - Hey, ainda não acabei. (Falou Miguel me puxando).
Felipe - Me solta.
Miguel - Vai gritar pelo super Guilherme? Ele não curte viados, sabia? (falava Miguel me apertando com mais força)
Felipe - Saí cara, o que ta pegando contigo? Tu ta bêbado e ta fazendo merda!
Miguel - Eu bêbado? Tomei só uma dose pra ficar acordado. Diferente do Guilherme eu tenho responsabilidade e preciso terminar o meu trabalho.
Felipe - Então termina seu trabalho que eu vou voltar a dormir.
Miguel - Vai não. Fica aqui comigo. (Miguel falou de uma forma tão serena que me levou a desconfiar)
Felipe - Eu preciso dormir. Amanhã cedo eu começo em um novo emprego. (falei calmo também).
Miguel - Sério, aonde?
Felipe - É numa oficina.
Miguel - Que bom! (falou Miguel com falsa empolgação).
Felipe - É bom sim, e agora eu preciso dormir.
Miguel - E não tem nenhuma forma de eu convencer você a ficar? (falou Miguel aproximando-se de mim).
Felipe - Não, nenhuma!(falei com as pernas bambas)
Tem certeza? - Falou Miguel colando seu rosto no meu.
Meu corpo começou a tremer todinho.
Miguel - tem certeza que quer ir dormir Felipe? Vai correr o risco de perder essa oportunidade?
Felipe - eu não sei. (falei com os olhos fechados, enquanto sua mão percorria pelo meu rosto).
Miguel tirou sua camisa e começou a alisar seu abdômen.
Miguel - quer passar a mão?
Eu apenas balancei a cabeça que não.
Miguel - olha ae. (Falou Miguel soltando risos)
Felipe - O que?
Miguel - Você esta babando, Felipe. Assume logo que quer isso.
Flipe - Não, eu não quero. (falei fechando a boca e tentando manter a concentração).
Miguel - Você quer sim. (Miguel envolveu meu corpo)
Felipe - Por favor cara, não tenta me iludir.
Miguel - Eu não estou tentando nada, eu quero isso da mesma forma que você.
Felipe - E como tu sabe que eu quero isso?
Miguel - Ta na tua cara, tu não sabe disfarçar.(falou Miguel me arrastando e me jogando no sofá).
Felipe - Não Miguel, isso não vai dar certo.
Miguel - Deixa de ser orgulho, moleque. Aproveita esse momento, olha aqui como eu estou. (falou Miguel evidenciando o volume em sua bermuda).
Felipe - Eu não tou sendo orgulhoso. (menti).
Miguel - claro que esta sendo. Você lembra do imprevisto que aconteceu e fica me evitando, mesmo eu sabendo que voce esta louco de desejo nisso aqui. (Falou Miguel colocando sua rola pra fora).
Felipe - Miguel, eu...
Miguel - Não fala nada, apenas aproveita. Da aqui tua mão.(falou Miguel me interrompendo).
Entreguei minha mão a Miguel e ela tremia muito.
Miguel - Fica calmo man, não vou te fazer mal nenhum, pelo contrario. (Falava Miguel com um sorriso no canto da boca).
Miguel me encochou no sofá e eu acabei rendido.
Vamos pro quarto, aqui corre o risco de o Guilherme aparecer. (Miguel falava sussurrando).
Eu apenas concordei com a cabeça, e segui Miguel.
Chegamos ao quarto eu entrei primeiro, em seguida Miguel passou trancando a porta na chave.
Miguel - Ta nervoso?
Felipe - Um pouco. (acho que eu estava vermelho)
Miguel - Vai da tudo certo ta? tenta relaxar.
Eu balancei a cabeça que sim. Miguel abriu sua carteira e tirou uma camisinha de dentro.
Miguel - Vim prevenido. (Miguel falou, balançando a camisinha no ar e soltando um sorrido pervertido).
Felipe - Posso apagar a luz?
Miguel - Deita na cama que eu apago.
Assim eu fiz, deitei na cama e o Miguel desligou a lampada, deitando em seguida.
Miguel - tira a roupa. (Falou Miguel em meu ouvido).
Eu tirei primeiro a blusa e quando comecei a tirar o short, alguém bateu na porta do quarto.
-Miguel. (era a voz do guilherme do lado de fora do quarto de hospedes. Primeiro ele bateu e depois tentou abrir a porta, sem sucesso).
Miguel - é o Guilherme.
Felipe - e agora?(falei cochichando).
Guilherme - Miguel... Acorda porra, o Felipe sumiu de novo.
O Miguel soltou um ''puta que pariu'' e eu afundei a cabeça no travesseiro.
Continua...
Atheno; eu não sabia que se chamava pov, mas ja vi em vários contos, e gostei muito, mas não sei se eu conseguiria fazer dessa forma, tenho medo de me perder sem saber usar o ponto de vista dos outros personagens.