Capítulo 15
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Quando desci do taxi em frente à casa de vovô vi a caminhonete azul que Noel dirigia. Ela estava ali estacionada com as rodas cheias de lama. Eu vi que na caçamba ele levava algumas coisas amarradas cobertas por uma lona. Eu não sabia o que esperar daquela conversa. Vi pelas formas na janela que vovô estava na pia passando um café e Uma pessoa sentava à mesa com um chapéu que eu reconhecia. Então ouvi sua risada inconfundível e rara. Era ele. Meu coração disparou e eu fiquei ali em pé do lado de fora com a minha mochila nas costas. Eu tive tanto medo que não pude me mexer. Meu coração dizia que ele realmente gostava de mim, mas minha parte racional continuava repetindo que isso seria uma despedida. Ele tinha um filho agora. Ele era o tipo de pessoa que jamais abandonaria um filho. Ele seria um pai tão bom. Aquela índia safada deu pra ele o maior presente que ele poderia querer e eu sabia que ele tinha gostado. Porque ele era esse tipo de pessoa amorosa. E o pior é que eu sabia que ela poderia dar pra ele uma coisa que eu jamais seria capaz de dar, uma família. Que tipo de vida ele teria comigo? Passar umas noites comigo era uma coisa, mas assumir um relacionamento era outra completamente diferente. Quem me escolheria se tivesse uma outra opção, ainda mais uma outra tão boa? E a ciência dessa verdade me afundou ali. Meu corpo pesou e eu não podia realmente sair do lugar, meus olhos turvaram de lágrimas contidas. Eu respirei e andei devagar até a varanda. Me sentei nos degraus.
Olhei pro campo à minha frente. Um corvo brincava na cerca. Engoli em seco sem saber quanto tempo tinha se passado. Esperei até que meus olhos parassem de arder e quando achei que já estavam brancos, levantei. Eu estava pronto pra o que quer que ele fosse me dizer. Levantei, abri a porta e a fechei atrás de mim.
Olhei pra cozinha onde Noel estava sentado de costas rindo com vovô. Quando vovô olhou pra mim, Noel se virou e seu olhar terno no meu, seu sorriso de canto, foram uma facada que eu já esperava.
Acenei e tentei sorrir de volta.
- Seu Guilherme! – foi tudo o que ele disse tocando a aba do chapéu e fazendo um aceno de cabeça.
- Meu filho, tá tudo bem com você? – perguntou vovô, vindo ao meu encontro e tirando a mochila das minhas costas. – Eu fiquei preocupado quando você não atendeu o telefone ontem, mas não sabia que você tinha passado mal. Você tá realmente pálido, Guilherme!
- É... – respirei fundo – Acho que eu devo ter... – respirei de novo sentando no sofá, fora da visão de Noel. – devo ter comido alguma coisa que me fez mal.
- Eu nem tenho remédio aqui. – falou vovô – Noel, fica de olho nele que eu vou na casa da dona Harriet ver se ela tem alguma coisa.
Gelei... ele me deixaria ali com Noel, que já caminhava, semblante preocupado, de pé ao lado do outro sofá. Eu desejei tanto que ele estivesse ali de novo... mas agora me assustava o que ele pudesse me dizer.
Vovô saiu. Eu estava deitado no sofá olhando pro teto. Ele sentou no meu sofá e colocou a sua mão na minha testa. – Você tá um pouco frio, seu Guilherme. O que você tá sentindo?
Eu tive que limpar o nariz que começava a escorrer. Quão patético eu deveria estar parecendo? Uma lágrima me escapou.
- Nada, Noel. Eu tô bem.
- Você não parece bem. Quer que eu te leve pra sua cama? – Ele não esperou a minha resposta levantou e me pegou no colo.
Eu passei as mãos em volta do pescoço dele e ele me levou escada acima com tanta facilidade. Eu pesava bem menos que aquele sacos gigantes que ele carregava todo dia. Seu cheiro invadiu o meu corpo me fazendo agora derramar lágrimas silenciosas.
Quando ele me colocou na cama e olhou pra mim ele pareceu realmente preocupado.
- Meu Deus, seu Guilherme! Me fala o que aconteceu? Por favor.
- Eu... – eu não sabia por onde começar, me sentei e olhei pra ele que agora sentou ao meu lado e segurou a minha mão. – Eu não sei Noel... eu vim tão feliz pra te ver... mas eu acho que de repente eu adivinhei o que você veio fazer. Você veio me dizer que estava indo embora e que não vai voltar... e o pior é que eu te entendo Noel... eu entendo de verdade... o que eu tenho pra te oferecer? Mas... eu não posso fingir, eu não consigo parar de chorar igual uma criança idiota... porque saber que você vai embora me machuca tanto. Tá doendo aqui dentro e eu não sei se eu vou conseguir fazer com que pare de doer.
Ele não falou nada. Me olhou sério e eu vi que seus olhos estavam marejados. Ele chegou perto de mim e me envolveu inteiro em seu abraço. Seu cheiro. Seu toque. Eram tão calmantes pra mim. De repente eu fui parando de tremer. Eu ouvia o bater forte do seu coração contra meu ouvido e senti seu beijo em meus cabelos me fazendo entender que embora ele fosse forte e não demonstrasse ele sentia o mesmo.
Ele engoliu em seco e se afastou lentamente. Olhou pra mim e sorriu, mas eu não conseguia soltar seus antebraços. Ele secou meu rosto com as mãos.
- Por favor, seu Guilherme... não fica assim... Não é exatamente isso que você falou.
- Então você vai ficar? – falei sabendo que não ia acontecer.
Ele piscou duas vezes. – Eu vou ficar... o máximo que eu puder. Isso é verdade. Porque eu ... – ele olhou pra baixo desviando os olhos de mim - ... Eu ainda não consigo entender o que me traz de volta pra cá... a verdade é que eu não sei porquê, seu Guilherme... Mas eu não conseguia dormir direito. Eu ficava lembrando docê e das coisas que você me disse e das vez que eu te via sentado tão quieto na varanda com aquele livro amarelo. – Ele levantou e levou a mão ao rosto... se ele estava chorando eu não pude ver. – E o seu cabelo. E a sua pele. E eu não conseguia dormir. Porque eu nunca senti essa vontade tão grande de que alguém tivesse ali deitado do meu lado me olhando. – Ele sentou no baú perto da janela e olhou pra longe.
Respirei – O Samuel é a sua cara. Ele é tão bonito. – falei de repente me surpreendendo com a mudança de assunto que não me favorecia.
Ele sorriu e eu soube porquê tinha mudado de assunto. Porque eu não conseguia ver ele triste assim. Eu me machucaria quantas vezes fosse preciso pra ver aquele sorriso.
- Ele é né... Tão grande. E ele me chama de papai. Há há “Papai”, eu. – Noel olhou pras palmas das mãos – Eu não sabia nem que ele existia... você acredita em mim?
- Eu acredito. Você nunca abandonaria ninguém que você ama. Eu acredito Noel. Não precisa se explicar por nada. – Eu já estava mais calmo. – Eu sinto como se eu te conhecesse a tanto tempo que é estranho.
- Eu também. Uma vez... – ele riu e parou de falar.
Olhei pra ele. Levantei e fui me sentar à sua frente no baú. – Me conta.
- Você vai achar isso bobo.
- Me conta...
- Minha mãe... ela falava que pra cada pessoa que nascia deus fazia uma outra metade que se encaixava com aquela pessoa. E que a minha tava por aí. E quando nós se achasse. Ia se conhecer e ia saber que aquela pessoa era o outro pedaço que tava faltando a vida toda. Você acredita nisso?
Eu assenti, voltando a me entristecer – E você, acredita?
Ele olhou pra mim e segurou meu rosto com as duas mãos olhando fundo em meus olhos com os seus olhos negros. Esquadrinhou meu rosto. – Eu sempre achei que era uma besteira de gente da roça, Seu Guilherme... – ele sorriu – Mas agora eu acredito. E eu não sei o que que eu faço mais da minha vida.
Eu sorri e meu coração doeu fundo e eu me assustei quando a porta da frente abriu de repente. Vovô começou a subir as escadas. Noel não tirou as mãos de mim. O que ele estava pensando? Eu toquei em suas mãos e as abaixei. Voltei pra minha cama.
- A Harriet não tinha nada... Como pode uma velha não ter remédios em casa? – Vovô entrou gritando.
- Calma, vô. – falei calmo – Eu já estou melhorando. Eu vomitei o que estava me fazendo mal e acho que eu vou ficar bem logo.
Noel continuava sentado no Baú.
- Eu vou passar a noite aqui com o Seu Guilherme – Ele falou de repente. – Eu só preciso voltar pra casa amanhã de tarde e... ele tando mal assim... e o senhor dormindo tão pesado pode não ouvir ele pedir ajuda.
- Que isso meu filho... – disse vovô admirado – Eu não quero te dar trabalho. Eu posso ligar pra mãe do Guilherme...
- Não! Eu gosto muito do senhor... - Noel ficou de pé decidido – E gosto muito do seu Guilherme também. – Ele engoliu em seco ao dizer isso pro meu avô. – Eu vou ficar aqui e pronto e acabado.
- Você é um rapaz que vale ouro! – disse vovô batendo de leve no rosto de Noel. – Eu vô até fazer um bolo pra vocês.
Vovô saiu nos deixando ali e desceu as escadas. Noel tirou o chapéu, pegou uma coberta e veio pra minha cama. Ele tirou os sapatos com os pés e subiu passando por cima de mim. Ele se deitou do meu lado e jogou o cobertor sobre nós dois. Ele me abraçou por trás e eu senti todo o seu corpo fervendo do meu lado. – Eu vô cuidar de você direitinho. Cê vai ver. – ele riu pesaroso
Eu fechei os olhos e gravei cada segundo daquela cena. Queria que isso ficasse comigo pra sempre. A eternidade nesse grão de areia. Se vovô subisse nós ouviríamos a escada e Noel pularia dali, ou ele estava realmente se colocando naquela situação assumindo o risco, como fez anteriormente? Eu não sabia.
- Noel. – falei, sabendo que aquilo não duraria pra sempre. Me virei olhando seu rosto de frente.
- hum?
- Eu vou te falar uma coisa... mas eu não quero te assustar.
- Diz logo, seu Guilherme... agora eu já tô assustado.
Ele hesitaria como eu hesitei com o Ben? – Eu... eu amo você. De verdade.
Ele não respondeu, mas imediatamente se aproximou colando os lábios nos meus. Um beijo intenso, sentindo o sabor da minha boca. Sua barba por fazer roçou no meu rosto. Seu cheiro era tão gostoso. Segurei seu cabelo. Ele se afastou respirando mais intenso e sorrindo com o canto da boca.
- Eu... – ele começou – Eu fiquei com medo que você num sentisse a mesma coisa que eu. – Eu o olhei e sorri. – Eu queria ficar aqui. – ele sussurrava baixo. – Queria que a gente juntos não fosse tão julgado. Que isso não fosse prejudicá o seu avô. Você disse que eu nunca que abandonaria quem eu amo. E é por isso que eu ainda tô aqui, seu Guilherme. Eu não sei como que eu vou ir prá lá deixando você aqui. Mas não sei como vou deixar meu filho lá.
- Talvez haja uma solução que a gente não tenha pensado ainda, Noel.
- Eu num sô muito bão pra essas coisa de planejamento. – ele riu e coçou a cabeça – Me ajuda a achar um jeito de ficar com você.
- Eu vou pensar em alguma coisa! – Eu o abracei com as esperanças renovadas. Sentia já o cheiro de massa assando. Qual seria a reação de vovô se soubesse o que estava acontecendo?
Meu celular tocou lá embaixo. Vovô atendeu.
- Guilherme, o seu amigo da escola, o Ben, quer falar com você. – vovô gritou.
- Ahh... eu... – me acalmei não podia dar bandeira – Esse cara é um chato. Já falei que ia fazer o trabalho de inglês individualmente – reclamei, saindo das cobertas.
Noel me segurou rindo. – num vai não... achega aqui mais juntinho dêu. Tem uma coisa aqui que tá morrendo de saudade docê.
Eu sorri. – Diz que eu tô doente, vô – gritei – Depois eu ligo pra ele.
Voltei pras cobertas, Noel me abraçou esfregando seu pau duro sob os Jeans na minha bunda. Eu tremi inteiro. Suas mãos entraram por dentro da minha camisa, apertando meus peitos e sua barba roçava no meu pescoço. Eu já estava com a cueca melada.
Ouvimos os passos subindo lentamente. Noel caiu pro lado ofegante. Levantou e saiu pelo corredor em direção ao banheiro que era do lado oposto da escada. Daí a uns segundos vovô entrou pela porta.
- Deixa eu ver. – Ele colocou a mão na minha testa – nossa Guilherme, vc tá muito quente, meu filho. Acho que você tá com febre. É bom tomar um banho frio. Vamos! Levanta daí!
- Você tá brincando, né vô!
- Se você não for eu vou pedir pro Noel te levar pro hospital.
- Tá... eu vou tomar banho! Mas ainda quero meu bolo.
- Tá... vai lá! Cadê o Noel?
- Acho que ele foi ao banheiro, vô.
- Bom que ele já te ajuda a ficar de pé lá.
- Você tá mandando o Noel me dar banho? Você tá doido vô!
- Que que tem Guilherme? Não tem nada aí que o Noel já não tenha visto...
Eu arregalei os olhos.
- Ele tem a mesma ferramenta que você. E vocês são amigos não tem nada demais. A sua mãe te criou muito fechado, meu filho! Bota uma sunga se você quiser.
- Tá bom. – falei parecendo contrariado e pegando uma sunga no baú. Peguei uma toalha e ia saindo. – Olha o meu bolo!
- Vou fazer a calda. Mas você só vai comer se a febre baixar. – vovô foi descendo a escada.
Bati na porta do banheiro. – oi? – ele respondeu.
- Abre aqui, Noel. Vovô mandou você me dar banho.
Ele abriu a porta me olhando assustado. Vi que ele estava sem camisa pela parte que ele se inclinava pela fresta da porta.
Abri a porta e entrei. Ele estava completamente nu, com o pau durasso, balançando na minha frente. Ele pareceu meio sem graça enquanto fechava a porta. – você que deixou assim. Eu tava dando uma aliviada.
Mordi o lábio inferior. – Deixa eu te ajudar. – Sentei no vaso sanitário e peguei em seus quadris o trazendo pra perto de mim. Masturbei seu cacete com a minha mão direita. Sentindo bem aquela pegada deliciosa. Abri a boca, batendo a cabeça em meus lábios. Noel sorriu e me pegou pelos cabelos. – Pur favor... vai... chupa.
Eu sorri e engoli seu pau. Sugando seu mel. Sua piroca ia fundo em minha garganta. Eu já dominava essa técnica e ele ficou fodendo minha boca. Eu virei o ângulo da cabeça pra ver seu rosto. Vi seus olhos revirarem. Ele mordia o lábio e seu pau pulsava forte na minha boca.
Parei, não queria que ele gozasse agora. Ele pediu – Não para não... continua....
Eu levantei e falei no seu ouvido. – Eu quero sentir seu pau gozar dentro de mim. Vamos tomar banho?
Ele riu. Liguei o chuveiro e ele foi arrancando minhas roupas enquanto beijava meu corpo.
Eu passava as mãos pelas curvas dos seus músculos. Seu corpo suava tão fácil. Ele já estava encharcado de suor pelo peito. Eu passei o rosto me molhando com seu suor. Esfreguei o peito na barriga dele. Eu estava coberto com seu suor. Isso me excitava demais. Ele me pegou com mais intensidade, me virou no box e babou em um dedo introduzindo em mim em seguida enquanto roçava o pau duro na minha coxa. Seu dedo era grosso. Era quase um pinto. Gemi baixo.
- Come meu cuzinho, vai. – implorei empinando a bunda com o seu dedo enterrado nela.
Ele riu. Tirou o dedo. Abaixou deu uma cuspida no meu cu e foi enfiando o pau. A cabeça até entrou rápido, mas o corpo do pau deu um pouco mais de trabalho.
- Tem que ser rápido, Noel. Vovô tá terminando o bolo.
Ele tirou tudo, babou mais, e foi enfiando, dessa vez com mais intensidade. Doeu. Eu senti falta do lubrificante do Ben. Tinha que comprar um.
Quando senti tudo dentro comecei a rebolar, Noel já estava quase gozando desde a hora que eu estava chupando ele, então ele deu umas metidas rápidas e profundas, Eu sentia seus lábios beijando minhas costas. E me masturbava. Gozei rápido sujando o box.
Noel tirou o pau da minha bunda. E me colocou de joelhos. Me surpreendi com isso. Ele mirou na minha cara e explodiu em leite. Gozou jatos que eu não sabia que uma pessoa era capaz de produzir. Um rosto e cabelos estavam todos melados. Sentia sua porra escorrer pelo meu nariz, Lambi os lábios sentindo seu gosto de macho. Ele estava de olhos fechados ainda ofegante.
Me aproximei e chupei a cabecinha pra sorver o restinho que estava pingando.
Ele me colocou sob o chuveiro e me ensaboou, me limpou todinho. Eu tinha sangrado um pouquinho. Ele ficou preocupado. Eu disse que era normal, porque o pau dele era muito grosso e eu ainda era iniciante nisso.
- Eu fui o seu primeiro de verdade? – ele perguntou.
- Claro, Noel. Ou você acha que eu chorei tanto por quê?
Ele riu contente consigo e me abraçou. Estávamos nus no chuveiro, como um casal.
- Eu não quero te deixar. Não quero que você fique com mais ninguém.
Engoli em seco. Ele nunca poderia saber de Ben. – Eu sempre fui e acho que sempre vou ser só seu, você sabe disso!
Ele sorriu. Terminamos de tomar banho. Nos secamos e descemos pra tomar café com bolo. Vovô contou tudo de errado que pôde lembrar do Leonard pra Noel. – Que falta você faz aqui, meu filho! Que falta!
Nós éramos felizes naquele momento e isso era tudo o que importava pra mim.
Mais tarde vovô ficou vendo TV enquanto nós fomos pro quarto. Noel trancou a porta e fez o seu colchão no chão como sempre. Porém hoje eu arrumei junto com ele. Dormiríamos ali.
Meu telefone tocou de novo. Não acreditava! Atendi.
- Alô? – Uma voz masculina desconhecida me interpelou.
- Quem tá falando? – perguntei.
- Desculpe. – sua voz era firme e forte. – Mas eu estou muito aflito. Meu filho, o Benjamin, está internado... – ele hesitou em continuar – eu não sei o que pode ter acontecido. Esse foi o último telefone pra quem ele ligou. Eu não reconheci. Não é de nenhum dos amigos dele.
Eu senti um arrepio passar pelo meu corpo. – O que aconteceu? – eu estava realmente preocupado.
- Ele está internado. Ele te disse alguma coisa?
- Eu não atendi. Ele falou com o meu avô. Eu estava doente. Mas o que ele tem? Onde ele está?
- Eu não sei ainda. – A voz pareceu preocupada em não dar muitas informações – Provavelmente ele ficará melhor em breve. Desculpe o incômodo.
Os comprimidos. O álcool. Ben era instável. Eu sabia que isso não ia dar em boa coisa.
Eu ia pedir mais informações, mas o telefone desligou e eu fiquei ali com o celular no ouvido. Noel me olhava confuso. – Que que houve Guilherme?
- Um colega da escola... passou mal e parece que é grave.
Acho que algo em meus olhos me denunciou.
- Cês eram amigos chegados? Não fica assim, ele vai ficar bem. Cê vai ver.
- Não... ele... acho que ele tem problemas com drogas. Mas ninguém sabe.
- E comé q cê sabe?
- Eu... eu ouvi dizer. Só isso. Você tem razão ele vai ficar bem. – Sorri e continuei arrumando a cama. Mas no fundo continuei preocupado. Será que tinha alguma relação entre essa internação e o fato de eu ter deixado ele sozinho? Eu me sentia muito culpado. Que droga! O Ben conseguia estragar a minha vida até quando não estava ali.
Nos deitamos e Noel fechou os olhos e virou pro outro lado. – Ei!!! – cutuquei ele que virou pra mim rindo. – Nem pense em dormir, seu safado! Ainda são nove horas eu não vim deitar cedo pra isso!
- Seu avô ainda não dormiu.
- Mas a TV tá alta e a gente pode ficar quietinho. – sorri enfiando a mão em sua cueca e pegando em seu volume ainda mole.
- Você!! – Ele disse me apertando e me pegando forte. – é muito tarado!
- há há há Coitado de você, eu fico abusando desse corpinho!
- Você dá sorte que eu não posso olhar pra você e nem te encostá que ele já fica assim alerta! – e quando ele me encoxou num frango assado realmente seu pau já estava em posição de sentido.
Eu sorri, abaixei tirando sua cueca e o chupei gostoso. Ele acariciava seu peito e eu a sua barriga. Desci lambendo suas bolas e em volta. Será que ele queria que eu fosse além? Não tentei. Eu gostava do jeitão machudo dele e se ele não me desse a entender eu não iria ultrapassar seus limites. Voltei à mamação na cabeça do cacete e ele contraiu todo o corpo. Quando engoli seu pau já voltei com a boca esporrada. Eu adorava quando ele me dava porra na boca e eu engoli tudo. Lambi o resto e Ele pareceu satisfeito ao me olhar lambendo os lábios.
Ele levantou e me pegou tirando o resto das minhas roupas. Me virou de costas e ficou roçando o pau ainda duro na minha bunda. – Seu Guilherme, eu vô fazê uma coisa que eu to com vontade. Se ocê não gosta me avisa.
- Pode fazer o que quiser comigo, Noel. – respondi e ele podia mesmo.
Ele me surpreendeu, pois desceu lambendo as minhas costas e sentindo o meu gosto e finalmente chegou nas minhas nádegas, onde brincou bastante, mordendo de um lado e passando a barba no outro. Eu gemia com a cara no travesseiro me contorcendo de prazer, mas me melei todo quando senti sua língua passar no meu anelzinho.
Eu tremi. Ele introduziu a língua ali e quando estava me fodendo com a língua, meu cu piscava. Eu rebolava em sua cara. – Me fode... – eu falei num tom de súplica.
Ele levantou e já com a piroca babando de novo deitou sobre mim encaixando na portinha. Ela vou deslizando pra dentro de novo. – Ahhhhh, esse cuzinho é uma delícia. – Ele sussurrou no meu ouvido. – ahhh... shhh.... – Ele gemia na minha orelha com os olhos fechados sentindo meu interior com a verga indo e vindo. – ahhh caralho...
- shhi – pedi.. – vovô vai ouvir.
- caramba.... – ele começou a socar mais rápido.
- hmmmm – eu que gemia agora. Tentando morder o travesseiro. Ele tirou tudo até a cabeça e enfiou de novo. Me preenchendo.
Ele levantou e sentou no baú. – Vem aqui no colinho, vem, meu amor. – ele tinha mesmo me chamado de “meu amor”? Ahh meu deus eu tava no céu.
Subi no baú de cócoras, sentei até o fim e comecei a quicar com força.
Ele arfava mordendo meu pescoço e me abraçando forte. Dessa vez a porra encheu meu cu. Senti tudo melado e sentei até o fim apenas rebolando com tudo dentro.
Ele buscou minha boca me beijando com carinho.
Nos limpamos e nos deitamos. Ele ficou me olhando deitado e eu fiquei brincando acariciando seu peito.
- Como foi a leitura do testamento? – perguntei.
- Tem um documento que o meu pai mandou pra um advogado da capital então ele só vai chegar mesmo na semana que vem. Mas de qualquer forma o dotô aqui mandou que eu tomasse conta de tudo até que o testamento chegasse. Eu não entendo muito dessas coisa, mas eu entendo bem de fazenda, então eu vou cuidar da fazenda enquanto isso.
- E a mãe do Samuel? Ela é muito bonita.
- A Sarah? Ela é bonitona mesmo né? - Eu mati no seu ombro. E ele riu alto. – Eu e ela num tem mais nada a vê. Ela até já tem um novo namorado lá pras bandas da fazenda do primo Carlo.
- Tomara que dê tudo certo, Noel. Mas... pra eu te ajudar a ficar aqui eu preciso saber. Até onde você está disposto a ir pra que isso entre a gente dê certo?
- Eu num sei não... mas se eu tivesse que escolher não importa o que viesse, seu Guilherme, eu num ia te deixar pra trás.
- Você contaria a verdade pro meu avô?
Ele engoliu em seco. – Eu acho que nunca mais ele ia deixa eu bota os pé aqui dentro dessa casa. Mas... bem que eu já pensei de fazer isso uma vez o outra.
Sorri. – Eu vou encontrar um jeito... “meu amor”. – falei achando graça.
- Cê vai ficar tirando sarro de mim agora né?
- há há eu gostei.
- É. Meu amor... – Ele me abraçou se enroscando no meu corpo. Nos amamos mais uma vez antes de dormirmos.
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O dia nasceu trazendo mais esperança pra mim do que eu poderia ter imaginado quando voltei praquela casa. As coisas não estavam resolvidas, mas havia uma esperança. Eu só precisava pensar numa forma de encaixar tudo para que as coisas dessem certo. O que realmente me preocupava era Ben. Eu sabia que ele era um rapaz confuso e a forma que nós nos despedimos... ainda estava pesando em minha consciência. Ben se sentia extremamente pressionado.
- Guilherme, o Noel tá indo. – Falou vovô que veio me avisar, me tirando dos meus pensamentos na cozinha. – Eu nunca vô poder agradecer tudo que ele fez por a gente.
- Eu gosto muito do Noel vô. – Falei de forma verdadeira, e, embora vovô não soubesse as reais intenções das minhas palavras, eu sabia, e isso já era uma porta para o que viria.
- Ele é um rapaz muito bom. – concordou vovô.
Levantei e corri pra fora. Noel terminava de amarrar o carregamento. Eu me aproximei e o abracei forte. Ele me abraçou de volta e vovô, presenciando apenas disse. – Vá, garotos... não é pra tanto! O Noel vai voltar.
Nos separamos. - Eu vô voltá sim sinhor. Vô ver se consigo voltar no sábado que vem. A gente vai precisar de um poco de ração. E eu posso comprar aqui.
- Mas são horas de viagem, meu filho! – vovô falou. – com certeza deve ter ração igual e até mais barata por lá.
- Mas num tem bolo de calda e café do sinhô, nem a companhia do meu amigo, Seu Guilherme. – Ele apertou meu ombro e vovô riu.
- Vocês tão grudados mesmo! Espero que você volte então, Noel. – Vovô apertou a mão dele, quando ele entrou no carro segurou firme minha mão. Eu sorri pra ele. Estávamos juntos. Vimos de longe a caminhonete sumir na esquina.
Estava de férias e não tinha mais nada pra fazer. Liguei pra Tiff e falei pra ela sobre tudo. Sobre a volta de Noel. Sobre o fim de semana na casa de Ben e sobre o estado dele.
Ela pareceu realmente preocupada com ele. – Esse cara é um cretino... eu ainda continuo detestando ele. Mas... o pai dele é um cretino ainda maior. E realmente ninguém mereceria aquilo ali como pai.
- Eu não sei o que fazer, Tiff.
- O que seu coração tá dizendo, Gui?
- Eu preciso ver o Ben. Nem que seja de longe. Eu não vou conseguir dormir se eu não descobrir como ele tá e se ele morrer, Tiff...?
- Você acha que ele teria sido capaz de tentar... sabe... de propósito... se machucar assim?
- Depois do que eu vi aquele dia na casa dele... eu tenho certeza.
- Pode ter sido um acidente também....- ponderou ela.
- Não Tiff. O pai dele não teria me ligado se soubesse o que tinha acontecido.
- Ok! Vamos pro hospital então!
- Mas eu não sei onde ele está.
- Guilherme, essa cidade é minúscula. Só tem um hospital aqui. Deixa que eu dou um jeito. Se arruma e me encontra na praça do centro em meia hora.
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Continua....