Murilo chorava e olhava atentamente para os pais, se cobriu com um cobertor e sentou na cama...
Murilo: Pai, mãe...
Manuel vestiu sua calça de moletom. - Mantenham a calma, o Murilo não pode se exaltar muito!
A mãe dos meninos chorava e nada falava.
José Miguel: Manter a calma? Você está maluco garoto?
Manuel estava calmo e só pensava em defender Murilo, sabia que mais cedo ou mais tarde aquilo poderia acontecer.
José Miguel: Vocês são loucos? Acho que isso é um pesadelo, já já vou acordar dele!
Murilo: Manuel e agora?
Manuel: Fica tranquilo.
José Miguel: Tranquilo? Quando eu entrei que vi a casa toda cheia de pétalas de rosas e velas achei que ia encontrar você com uma mulher não com seu irmão! A quanto tempo vocês fazem essa coisa?
Manuel: A muito tempo. Eu amo meu irmão e ele me ama!
José Miguel se aproximou do filho e deu um tapa tão forte que Manuel caiu no chão.
Murilo se assustou e colocou a mão na boca.
Manuel olhou para o pai com a boca sangrando. - Pode me bater o quanto quiser mas no Murilo você não toca um dedo.
José Miguel cresceu os olhos com mais ódio. - Você enlouqueceu? Quer falar o que eu faço ou não com meu filho?
Manuel: Pode me bater o quanto quiser pai, mas nele eu não permito. E pode me bater o quanto quiser, mas não vai mudar o que sinto por ele, nem ele por mim. - Manuel falava ainda no chão.
José Miguel ficou com mais ódio ainda, apertou os punhos com raiva e saiu do quarto, junto a Marta...
Murilo chorava, vestiu sua calça e sentou na cama completamente em choque. - Estamos perdidos! Estamos perdidos Manuel, entende? Perdidos.
Manuel o abraçou, ambos ficaram em silêncio ouvindo os pais...
Marta: Sempre foram muito apegados, mas nunca pensei que...
José Miguel: Isso não pode acontecer Marta, é doentio. Não podemos conviver com isso debaixo do nosso teto.
Marta: E o que vamos fazer?
José Miguel: Murilo fica com a gente, é doente e nos necessita, e Manuel mandamos para longe.
Dentro do quarto Murilo se assustou, estava abraçado com o irmão e o apertou mais.
José Miguel: Vamos afastá-los é o único meio.
Marta: Sim, concordo.
Murilo chorava nos braços de Manuel enquanto os dois ficaram em silêncio.
Manuel trancou a porta do quarto e ficou consolando Murilo que chorava demais, porém adormeceu.
Manuel não conseguia dormir, pensava em tudo e não dormia, no momento estava olhando pela janela pensando seriamente no que fazer, sentou em uma poltrona e ficou vendo Murilo dormir, estava certo do que faria, já estava quase amanhecendo, mas ele não iria esperar os pais acordarem.
Pegou seu cel e fez uma ligação...
Longe dalí...
JP estava na cama dormindo agarrado em Kaio, ambos nús por terem transado antes de caírem em sono profundo.
De repente seu cel toca e ambos acordam meio atordoados.
JP olha para o relógio na parede e ver 3 da manhã.
Kaio: Já é dia?
JP: Não amor, não é o despertador, é o meu cel tocando.
Kaio: E quem é a essas horas? - Falava com os olhos fechados.
JP: Volta a dormir ok?
Kaio virou para o outro lado e no mesmo instante já roncava.
JP pegou seu cel que ainda tocava e viu "Manuel chamando", ficou com um certo receio, será que aconteceu algo com o Murilo? Atendeu imediatamente.
JP: O que foi Manuel aconteceu algo? - Levantou da cama e ficou andando pelo quarto.
Manuel: Sim. JP desculpa liguei para você porque você não mora mais com seus pais. Se ligasse para o Kauã, Will, Vic ou os gêmeos teriamos que fingir na frente dos pais deles e eu não estou a fim de fingir... Não agora.
JP: Como assim?
Manuel: Nossos pais nos descobrniram.
JP cresceu os olhos sem entender ou sem querer entender. - Descobriram?
Manuel: Eles pegaram o Murilo e eu na cama!
JP: Oh meu Deus, não acredito! Eu, eu...
Kaio: O que foi amor? Aconteceu alguma coisa?
JP: E agora Manuel?
Manuel: Podemos ir aí agora?
JP: Claro que sim, estaremos esperando.
Manuel: Obrigado.
Desligaram.
Kaio: Então?
JP: Lembra que te falei que o Manuel e o Murilo... Então, os pais deles pegaram!
Kaio: Oh Deus...
JP: Não sei como o Murilo não morreu na hora!
Kaio: Eles vão vir para cá?
JP: Sim. Não queriam ir para a casa de outros amigos...
Kaio: Eu entendo, eu e você já sabemos.
JP: Exato.
Na casa dos irmãos...
Manuel já havia preparado duas malas, uma sua e outra de Murilo, foi rápido e ele apenas jogou tudo dentro, só colocou com cuidado todos os remédios do irmão.
Foi até a cama e o acordou devagar.
Murilo: O que foi?
Manuel: Murilo é melhor a gente ir!
Murilo: Mas para onde?
Manuel: Por enquanto para o AP do JP e do Kaio!
Murilo baixou a cabeça triste.
Manuel: Eu sinto maninho.
Murilo: Eu vou sofrer muito, amo muito nossos pais Manuel e o fato de não tê-los mais do meu lado me assusta!
Manuel: Eu sei, mas eles estão querendo me mandar para longe, nos afastar!
Murilo levantou, abraçou o irmão e disse: Sim e por isso vou com você. Manuel nunca vou te deixar! No momento é eles ou você e te escolho acima de tudo. Eu fujo com você para qualquer lugar, mas não desisto nunca de nós e se para isso eu tenha que abrir mão dos nossos pais, eu faço.
Manuel beijou o irmão e Murilo parou o beijo para continuar. - Mas isso não significa que eu não esteja triste, na verdade eu estou muito triste, porque gostaria que tudo fosse de outra forma. Gostaria que eu e você ficássemos juntos e todos nos apoiassem, que nosso amor fosse natural e podessemos vivê-lo sem problemas.
Manuel: Vamos, precisamos ir.
Murilo: Sim.
Manuel jogou a mala do irmão e a sua da janela, depois pulou. Não era muito alto por mais que a casa fosse de dois andares, logo após Murilo colocou a cabeça para fora da janela vendo o irmão lá embaixo.
Manuel: Vem Murilo. - Falou sussurrando.
Murilo: Tô com um pouco de medo.
Manuel: Vem, pula que eu te seguro.
Murilo sentou na janela e se jogou, Manuel estirou os braços e o irmão caiu encima dele.
Murilo encima do irmão, ambos no chão. - Você está bem?
Manuel: Sim, só minhas costas que dói um pouco.
Murilo levantou. - Vamos.
O tempo passou e amanheceu...
Na casa de Will...
Will estava na cama acabando de acordar, abriu os olhos, sua cabeça explodia.
Lorena: Muito bem senhor William.
Will: Mãe, o que foi?
Lorena: Não sei, me fale você! Ontem apareceu aqui desmaiado de bêbado e eu tive que te trazer até o quarto. Pode isso? Um filho fazer uma mãe passar por uma coisa dessas?
Will: Mãe, também não exagera!
Lorena: Exagerar? Você vai passar dois meses de castigo. De casa para a escola, sem saídas a noite, sem conversas com amigos ou encontros com o namorado. Ouviu bem? Quem é exagerada agora?
Will: DOIS MESES?
Lorena: Quer mais?
Will foi direto para o banheiro sem nada falar.
Lorena: Muito bem, boa resposta.
Saiu.
Will tirou a roupa e entrou debaixo do chuveiro, fechou os olhos para sentir a água morna caía pelo seu corpo e aquilo o fazia relaixar e sua cabeça doía menos.
Em certo momento sentiu como se alguém o olhasse, mas não se importou era coisa da sua cabeça.
A porta estava entreaberta e escondido Marc olhava Will tomando banho enquanto se masturbava e aquilo já estava fugindo do seu controle, ele mesmo percebia isso.
Longe dalí...
Manuel e Murilo haviam chegado a casa dos amigos fazia duas horas e já haviam contado tudo que tinha acontecido...
JP: Meu Deus, e agora? O que vocês vão fazer?
Manuel: Você sabe o quanto eu cuidei para que isso nunca chegasse a acontecer? Era meu maior receio porque seria o fim de nós dois...
Murilo: Não. Eu me recuso a acabar com nossa relação.
Manuel: Eu sei Murilo, eu também! Agora temos que pensar justamente no que fazer entende para continuarmos juntos? nunca pensei que isso iria acontecer, dos nossos pais descobrirem, temos que pensar rápido antes deles nos encontrarem.
JP: Mas eles não podem te mandar para longe só assim. Se você não quiser ir não pode ser obrigado ou seria um tipo de violência, eles não podem simplesmente fazer o que querem porque você é de menor!
Manuel: Eles querem me mandar para um colégio interno eu acho, não sei.... Ainda bem que ano que vem já faço 18 anos.
JP: Mas até lá vocês tem que se virar.
Kaio abriu um sorriso.
Murilo: O que foi?
Kaio: Minha familia tem uma fazenda, era do meu pai e agora que ele morreu minha mãe vai as vezes para descansar. Que tal? - Mexeu as sobrancelhas.
Manuel: Ótimo, a gente vai para lá ainda hoje.
Na escola...
Os gêmeos haviam acabado de chegar e Bruno foi para a sala de aula, na verdade não via a hora de ver seu professor preferido, seu coração parecia um tambor.
Ber: Calma, assim você enfarta!
Bruno: Tá tão óbvio assim?
Ber sorriu. - Vou tomar água.
Saiu.
A primeira aula era de Dani e por isso a inquietação do gêmeo.
No pátio...
Ber ia para o bebedouro quando sentiu um empurrão, novamente o grupo homofóbico da outra escola que fez fusão com a sua o intimidava.
Ber: Vocês de novo?
Garoto: Porque? Pensou que iriamos parar? Odiamos viados como você e isso não acaba do dia para a noite!
Ber: Sabe o que eu acho? Que um ódio desse tamanho não é gratuito, se sente um ódio tão grande é porque tem algo por trás, talvez inveja.
O garoto começou a rir.
Ber continuou. - Inveja por vivermos, amarmos sem se importar com o que pessoas como vocês pensam, inveja por termos coragem de mostrarmos quem somos de verdade sem vivermos dentro do armário como vocês. Tenho orgulho de ser viado e vocês? Tem vergonha de serem?
Garoto: Você está me chamando de viado?
Ber: Nossa que viado burro!
Ber saiu correndo com o garoto atrás, ambos passaram pelo grande pátio da escola, todos olhavam, depois passaram pelo outro pátio e entraram na quadra, Ber corria muito, mas o garoto também.
O garoto pulou em Ber e ambos caíram, ficaram bolando...
O garoto tentava socar Ber mas ele não deixava.
Garoto: Retira o que disse.
Ber: De jeito nenhum.
Garoto: Vou te partir em dois.
Ber: Vai ter que lutar muito para isso. Você pensa que por eu ser gay não sou bom de briga?
O garoto cansou e saiu de cima de Ber.
Ber: O que foi? Desistiu de me bater?
Garoto: De jeito nenhum. - Partiu para cima de Ber novamente.
Ber pegou seus braços e o prendeu na parede. - Vamos ver quem tem mais força? Com seus amiguinhos você é bem forte, mas sozinho você não ganha de mim, nem do JP ou do Kauã.
Garoto: Como pode um viado ser tão forte?
Ber o soltou. - Você é muito ignorante, um gay pode ser mais macho e forte que um hétero, pode ser bom em lutas. Vocês acham que todo gay é afeminado e fraco?
Garoto: Se você...
Ber: Já sei, não posso contar para ninguém que você perdeu uma briga para um "viado" se eu contar estou perdido. Você vai falar com seus amigos e vem me bater novamente, já que sozinho sabe que apanha.
O garoto sentiu mais ódio e mais uma vez foi bater em Ber que prendeu suas mãos e aproximou seus corpos. Seus rostos ficaram próximos e ele pôde ver bem de perto os olhos castanhos dele, sua boca era carnuda, sua pele morena e seu cabelo raspado... O garoto homofóbico era sexy.
Garoto: Me solta!
Ber: Desistiu de me bater?
Garoto: Não. Ainda volto.
Ber: OK, estarei esperando.
O garoto saiu...
Ber: Posso ao menos saber o nome do meu agressor?
Garoto: Ângelo.
Saiu.
Ber riu. Ângelo, que ironia... Estava mais para demônio. Saiu rindo.
No momento entravam pelo portão Will e Kauã...
Entraram na sala e logo Ber apareceu também.
Ber: Gente hoje os homofóbicos começaram cedo.
Will: Já implicaram com você?
Ber: Já sim, mas eu dei um jeito no líder.
Kauã riu. - Muito bem.
Ber: Sabe como é o nome dele?
Will: Qual?
Ber: Ângelo. Pode isso?
Kauã morreu de rir.
Will: Nada angelical.
JP entrou pela porta. - Preciso falar com vocês.
Kauã rindo: Espera a gente está falando...
JP: É sério.
Will olhou para Kauã meio assustado e foram os gêmeos, Kauã e Will junto a JP para a quadra.
Will: Não é melhor esperarmos Vic & Rafa e Murilo & Manuel, uma reunião sem eles...
JP: Depois você passa para a Vic e o Rafa OK?
Chegaram na quadra...
JP: Galera é o seguinte, os pais do Manuel e Murilo já sabem deles!
Will: O quê?
JP: Descobriram ontem.
Bruno: Mas e aí? O que houve? Onde eles estão?
JP: Por isso chamei vocês, por enquanto estão na fazenda dos pais do Kauã, Kaio os levou hoje de madrugada.
Will começou a andar de um lado para o outro... - E o Murilo, como ele está?
JP: Muito triste, os pais deles queriam mandar Manuel para longe, para ficarem com Murilo que é doente, querem separá-los.
Kauã: Mas o Manuel vai fazer 18.
JP: Exato, e até lá eles querem se esconder.
Kauã: Coitados.
Bruno baixou a cabeça.
Ber: O que foi?
Bruno: Sei que não é a mesma coisa, mas estou pensando quando descobrirem de mim e o Dani.
Will: E está sério o lance de vocês?
Bruno: Ele falou para mim que sente o mesmo, por enquanto estou indo devagar com ele sabe? É viúvo, nunca ficou com outro homem e de família conservadora.
JP: Mas vai dá certo.
Kauã: E ainda por cima temos que lidar com homofóbicos.
Ber: Nem me fale.
Todos voltaram para sala de aula.
Bruno adentrou dando de cara com o professor, ele sorriu e Dani retribuiu.
O tempo passou...
No fim da aula...
Bruno foi até o birô. - Posso ir ver o Rafinha hoje?
Dani: Claro que sim! Sem problema.
Bruno: Ótimo. No fim das aulas me espera.
Dani: OK. Agora vai aproveitar o intervalo.
Bruno saiu...
A aula era de ed. Física e todos se dirigiam para a quadra, chegando lá Ber foi abordado pelo grupo de agressores.
Ber: O que foi agora?
Kauã, JP, Rafa e Bruno se aproximaram.
Kauã: Algum problema?
Ber: Eles que devem responder.
JP: Uma briga deve ser justa não?
Ângelo: Tanto faz.
Dani se aproximou. - O que é isso aí?
Ângelo: Nada professor.
Dani: Hum. É bom mesmo.
Os dois grupos entraram na quadra.
Ber: Vem cá, essa aula de ed. Física é só da nossa escola, o que vocês vem fazer aqui?
Ângelo: Implicar, adoro tirar as florzinhas do sério.
Ber revirou os olhos e entrou correndo com os outros...
Todos foram para o vestiário e trocaram de roupa.
Saindo Ber deu de cara com Ângelo. - O que você quer hein?
Ângelo: Você se acha muito importante, se estou aqui é por outro motivo, você não é a única pessoa do mundo.
De repente outro garoto rebelde da escola vai falar com Ângelo e eles saem.
Ber o olhou sair com raiva, adorava as implicâncias de Ângelo e ficou meio decepcionado em ser ignorado dessa vez.
Foi para a quadra e começou a jogar com os outros...
Enquanto isso, Vic e Will conversavam, pois Will ainda não podia fazer exercício por sua perna.
Vic: Mentira, quer dizer que Murilo e,Manuel foram pegos?
Will: Sim, estou muito preocupado.
Vic: Ao menos foram para a fazenda dos pais do seu love.
Will: Vic aconteceu algo estranho comigo e vou falar para você, nunca aconteceu antes...
Vic: Fala, pode falar, a gente conta tudo um para o outro.
Will: Lembra que ontem eu saí com JP e Kaio?
Vic: Sim, vocês nos chamaram mas eu e Rafa ficamos em casa.
Will: Então, eu bebi demais e pode parecer loucura minha, mas sonhei com alguém mexendo em mim!
Vic: Como assim?
Will: Não sei explicar, mas passava a mão no meu corpo, me beijava e colocava minha mão no seu... - Apontou.
Vic: Wau, você teve um sonho erótico?
Will: Quase porque foi muito real, nem parece sonho.
Vic: Mas acho que foi porque você bebeu muito.
Will: Deve ser.
Longe dalí...
Os irmãos haviam chegado na fazenda, Kaio havia levado e mostrou tudo a eles.
No momento Murilo estava na varanda enorme, deitado na rede. Sentia o vento no seu rosto e o sol na sua pele.
Manuel apareceu com uma caneca de café.
Murilo: Isso aqui é maravilhoso.
Manuel: É sim.
Murilo: A gente vai ficar por quanto tempo aqui?
Manuel: Não sei, até eu saber o que fazer.
Manuel deitou ao lado de Murilo na rede e ficaram agarradinhos.
De volta a escola...
Os meninos estavam na quadra quando o diretor entra, ao seu lado estavam os pais de Murilo e Manuel.
Diretor: Pessoal do primeiro ano se aproximem, os outros podem continuar.
Todos da turma se aproximaram.
Diretor: Hoje Murilo e Manuel sumiram de casa, levaram suas coisas.
Uma garota: Fugiram?
O diretor pigarreou e a menina se calou. - Bem, os pais gostariam de saber se um de vocês sabe algo.
Todos se olharam e começaram a falar ao mesmo tempo.
Diretor: Silêncio. - Gritou.
Continuou: Então, se algum de vocês souber de algo, eles gostariam de saber...
Marta: Por favor, eu gostaria de saber, o Murilo é doente e eu estou preocupada! - Olhou para Kauã e JP. - Vocês são amigos deles a anos, poderiam saber de algo.
Kauã: Eu sinto muito mas não sei de nada.
JP: Eu também não.
José Miguel: Querida a gente tem que ir na delegacia... Eu disse que vir aqui era perda de tempo.
Enquanto saíam - Eles nunca falariam o que fazem para ninguém, nem os amigos.
Marta: Mas poderiam mentir para os amigos ajudarem.
Saíram.
Os meninos formaram uma rodinha.
JP: E agora galera? Ela vai na polícia.
Will: Pode até ir, mas se ninguém aqui abrir o bico eles não vão adivinhar onde os dois estão nunca!
Kauã: Por mim eu não falo jamais, tudo que querem é mandar o Manuel para longe.
Will: Na verdade eu também não falo jamais.
A conversa continuou e a Ed. Física passou...
Bruno havia trocado de roupa e no momento estava esperando Dani em frente a sala dos professores.
Dani saiu. - Vamos?
Bruno sorriu e foram até o estacionamento em frente a escola.
Saíram.
Enquanto dirigia Dani não falava nada e Bruno olhava a cidade pela janela do carro.
Chagaram em frente ao prédio e saindo do carro Bruno foi até ele. - Estava com saudade.
Dani: Bruno, eu não te pedi um tempo para processar isso tudo?
Bruno: Mas está demorando muito, acho que já deu. - O beijou.
Bruno colocou a mão do seu professor na sua cintura e o beijo foi ficando cada vez mais forte.
Bruno: Vamos?
Dani: Sim, mas o Rafa está na casa da minha mãe, vim só deixar minhas coisas.
Bruno: OK então. Vamos deixar suas coisas.
Subiram.
Bruno e Dani pegaram o elevador e chegaram ao andar, Dani abriu a porta com suas chaves e finalmente estavam dentro.
Bruno novamente beijou seu professor que tirou sua camisa e a dele e foram andando para o quarto, se agarrando, se beijando, se amando.
Enquanto isso na escola...
Ber tinha terminado de tomar banho, tinha ficado por último.
Vestiu sua roupa e saiu...
Passando pela quadra uma mão o puxou.
Ber: O QUE FOI CARALHO.
Ângelo: Tá bravinha ela.
Ber: Cara me deixa em paz!
Ângelo: Eu podia te quebrar em dois, sabia que os caras estão planejando te dá uma surra?
Ber: Não acredito! Mesmo? - Falou irônico. - Você vai ajudar?
Ângelo: Claro!
Ber: E porque está aqui me avisando?
O sorriso de Ângelo se desmanchou. - Para te ver com medo e derrotado.
Ber: Mesmo?
Ângelo: Mesmo.
Ber: E não será porque está querendo isso? - Deu-lhe um beijo.
Ber o encostou na parede e prendeu seus braços, Ângelo se debatia, o afastou com força e desferiu um soco.
Ber pegou na boca rindo.
Ângelo: Você vai se arrepender!
Ber: Mesmo?
Ângelo: Você me paga!
Ângelo saiu e Ber ficou rindo de tudo.
Até que o homofóbico beija bem! - Pensou o gêmeo.