O AFRICANO – Parte XVI
Dar uma foda gostosa com o meu marido era algo que eu nunca cogitaria pois, depois de uns tempos, passei a acreditar que ele seria impotente para sempre. Agora, ele me provava o contrário. E, comparado ao boxeador, ele era um perfeito garanhão! O clima entre eu e Sérgio, no entanto, estava péssimo. Tão logo ele gozou, apenas descansou um pouco e foi embora, quase sem se despedir de mim. Parecia apressado para estar com alguém. Confesso que fiquei morrendo de ciúmes. Ele parecia nem ligar de me deixar com outro. Será que havia se apaixonado pela bela morena, ex-esposa do pugilista? Agora que o meu negrão não queria mais saber de mim, eu sentia muito a falta do meu marido. Estava disposta a tudo para tê-lo de volta.
Ele perguntou se eu continuava querendo uma carona até em casa mas, quando perguntei se ficaria lá comigo, tive resposta negativa. Querendo fazer-lhe ciúmes, eu disse que iria ficar com o coroa que nos trouxera para o seu quarto de hotel. Ele nem tentou me convencer a ir consigo: vestiu sua roupa e foi embora. O boxeador disse estar muito cansado por causa do dia difícil que tivemos e adormeceu logo em seguida, me deixando ainda carente de rola. Portanto, assim que meu ex-marido saiu, bati uma siririca pensando no último encontro que tive com dois homens, quando procurava por Sérgio lá no bar. Por falar nisso, estava devendo uma gorjeta ao garçom. Foi ele quem facilitou a noite maravilhosa com a dupla. Se bem que descobri algo que me deixou puta da vida: quando me recobrei da bebedeira, os meus dois amantes estavam dormindo ao meu lado. Levantei-me com cuidado para não acordá-los e fui tomar um banho, para passar a ressaca do vinho que eu havia ingerido no bar. Antes de voltar para a cama, tive a curiosidade de procurar nos bolsos de Pedro, o amante mais jovem, o pedaço de papel que o garçom havia entregue a ele. Qual não foi a minha surpresa em encontrar escrito: Faço de tudo e gostei de você. Quer transar comigo?
O filho da puta do garçom simulou o bilhete, me fazendo passar por uma mulher daquelas bem vagabundas. Mas a estratégia surtiu efeito, pois o garotão acabou se saindo melhor na cama do que Ronaldo, que antes me parecia mais “pegador” e experiente. Fui fodida de todas as maneiras pelo jovem, enquanto o outro apenas serviu de coadjuvante naquela gostosa peleja. Pena que não os explorei cem por cento, pois estava para lá de bêbada. Quando acordaram, porém, aproveitei melhor os dois. Tanto que saí do motel toda ardida, de tanto foder o resto da noite.
Agora, deixei o boxeador dormindo e fui para a sala do enorme apartamento luxuoso do hotel. Liguei a TV bem na hora que o meu negrão aparecia dando uma entrevista. O ministro da Saúde, em pessoa, agradecia pela imensa ajuda que o Africano estava dando à Medicina brasileira, e eu fiquei muito orgulhosa dele. Aí o cara aproveitou para nos agradecer ao vivo, citando o nome do meu marido e o meu. Perguntaram quem éramos, e ele disse tratar-se de um casal de brasileiros que conhecera aqui e que nunca iria esquecer. Eu também nunca o esqueceria. Aquela jeba enorme ficaria gravada na minha memória para sempre. Minha periquita logo ficava agitada, todas as vezes que eu me lembrava das fodas que dei com ele. Então, resolvi ir-me embora também. Não acordei o boxeador. Saí de fininho, para que ele não me flagrasse evadindo-me. Não o encontraria novamente.
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Quando cheguei à residência da tenente, ela me esperava aflita. Disse que já tinha me procurado por tudo quanto era lugar, inclusive na casa da morena com quem eu vivia. Contei minha aventura, mencionando a explosão da casa escondida no mato, com a bela coroa e outras pessoas dentro. A tenente Vilma reagiu como se assassinato fosse a coisa mais natural do mundo. Disse que o negrão era um agente internacional com licença para matar, e que a Polícia, com certeza, iria encobrir os crimes cometidos por ele. Eu estava impressionado com a frieza do cara em matar pessoas. Nunca conhecera alguém assim, afora bandido foragido da Lei. A policial Vilma ainda tentou me excitar, bolinando o meu tímido cacete, mas eu disse estar cansado e querendo muito dormir. Ela entendeu que o que eu passei nos últimos dias tinha me deixado esgotado, sem desconfiar que eu já estava satisfeito de sexo. Não valia a pena inteirá-la das minhas aventuras amorosas. Ainda faltavam dois dias para acabar o trato que fizemos. Mesmo o boxeador estando agora livre, eu já não o temia. Não sei por que, acreditava que o cara passaria a me respeitar, depois da foda a três. Mas eu estava redondamente enganado.
A última foda que dei com a tenente Vilma ficaria na minha memória por um bom tempo. Ela tirou o dia de folga, só para ficarmos juntos. Disse que queria fazer comigo tudo que um homem fosse capaz de fazer com uma mulher, em termos de sexo. Alocou uma quantidade razoável de filmes eróticos e ficamos assistindo. Imitávamos cada carícia, cada posição sexual e cada situação erótica, que víamos na tela. Ela me deu um banho de chocolate e me lambeu cada centímetro do corpo. Repeti-lhe o carinho. Simulou foder meu cu, ralando seu enorme pinguelo entre as minhas nádegas, tocando com ele minhas pregas. Vilma gozou várias vezes assim. Disse que, por um momento, se sentiu perfeitamente como um macho que fodia uma mulher. Eu não senti tanto tesão. Fodi sua bunda até me fartar, com ela se masturbando enquanto eu a enrabava. Foi a minha melhor gozada. Precisei tomar várias gemadas no decorrer do dia, para aguentar o repuxo das inúmeras fodas que demos. Acho que não ficou nada por explorarmos sexualmente. Eu procurava experimentar de tudo, por mais anômalo que fosse, já pensando em repetir as melhores experiências com Aretuza, a minha jovem amante. Até que chegou uma hora em que já não aguentávamos mais foder. Eu já estava com um gosto de sangue na boca e ela com o ânus e a vagina sem nem mais poder tocar. Então, adormecemos abraçadinhos, coisa que não havíamos feito até então.
No dia seguinte, ela chorou na hora da nossa despedida. Disse que havia se apaixonado por mim, mas que cumpriria o acordado com a bela morena. Eu falei do quanto foi bom os dias que passamos juntos, mas que achava difícil nos encontrarmos novamente. Confessei estar gostando da minha atual amante e procuraria viver em paz com ela. Nos beijamos demoradamente, várias vezes, e, finalmente, fui embora para casa no carro luxuoso confiscado dos africanos e que o negrão deixou aos meus cuidados. Achei que a Polícia iria querer que eu o devolvesse, mas nunca entraram em contato exigindo isso. No entanto, quando cheguei na casa da jovem morena, uma surpresa me esperava.
Ela estava horrível, com o rosto todo machucado. O ex-marido boxeador estivera lá. Como ela se negou a ir com ele, e não se prestou aos seus assédios sexuais, o cara deu-lhe uma tremenda surra. Ela deu queixa à Polícia, depois que ele foi embora, mas não conseguiu contatar a tenente. Descobriu que o cara havia feito um acordo com os policiais, que nem se prestaram a mandar uma ambulância nem uma viatura para ver como ela estava. Eu fiquei revoltado. Minha alma clamava por vingança. Mas eu temia o cara e não tinha coragem de enfrentá-lo. Liguei para a minha Rita e pedi encarecidamente que ela cuidasse de Aretuza. Rita, no entanto, tinha uma proposta indecorosa a me fazer: trataria bem a minha amante, mas, em troca, eu continuaria me encontrando com ela. E eu deveria esconder a traição cometida contra a jovem. Isso, segundo ela, tornaria o nosso relacionamento clandestino mais interessante. Relutei em aceitar o trato, pois não cogitava mais levar uma vida dupla. Queria, de fato, viver feliz com a minha nova amada. Mas a situação do rosto dela era medonha. O hospital onde minha ex-mulher trabalhava tinha os equipamentos necessários para deixá-la curada e sem marcas, se fosse bem tratada por uma profissional. E isso, com certeza, a Rita era. Topei, finalmente, o acordo.
Enquanto Aretuza convalescia no hospital onde Rita trabalhava, eu procurei a tenente para dar queixa do boxeador. Ela, no entanto, me assegurou que não poderia fazer nada contra o cara, pois ele gozava de um acordo sigiloso com a Polícia. Pediu para eu esquecer o caso, e tratar de viver com minha atual mulher. Porém, iria me fornecer uma arma “limpa”, dessas que a polícia não consegue rastrear, para que eu pudesse me defender, caso o cara voltasse a nos incomodar. Aceitei a pistola, mesmo ciente de que não teria, jamais, a coragem de atirar no sujeito. Mas, as coisas mudam.
Em uma das visitas que fiz a Aretuza, no hospital, encontrei Rita encarregada de rotular uma série de tubos, contendo sangue de doentes contaminados com o vírus da AIDS. A ideia veio-me imediatamente, mas não dei nenhum sinal dela à minha ex-esposa. Surrupiei três tubos contaminados, sem que ela percebesse, e corri para guardá-los na geladeira, em casa. Numa outra visita, contei meu plano à Aretuza. O ódio dela era tanto, contra o ex-marido, que exigiu que eu levasse a ideia adiante. Afirmou-me que não faria isso, ela mesma, por estar hospitalizada. Principalmente porque a Polícia estava acobertando o cara. Conversamos longamente, bolando uma maneira de concretizar o planejado. Eu me cagava de medo, mas estava decidido. Passei a vigiar o cara e descobri que ele costumava tomar umas doses num bar nas redondezas do hotel onde continuava hospedado. Comprei uma barba e uma peruca postiça e, todas noites, estava lá no bar. Ele me via, e até me cumprimentava por me ver sempre ali, mas não me reconheceu. Eu usava sempre a minha melhor e mais elegante roupa, me passando por um cara cheio da grana. Dava altas gorjetas aos garçons que me atendiam, angariando a simpatia de todos. Já que tanto eu como ele costumávamos beber sozinhos, um dos garçons pediu-me para acomodá-lo em minha mesa, pois naquela noite o bar estava lotado. Era a minha chance.
Primeiro, fiquei muito temeroso de que o cara descobrisse meu disfarce e me reconhecesse. Ele ainda me perguntou se me conhecia de algum lugar, por causa da minha voz que não lhe era estranha, mas eu neguei. Então, passou a conversar animadamente comigo, e logo nos tronamos amigos. Meu plano tinha duas etapas: a primeira era embebedá-lo, para poder tirá-lo do bar sem causar suspeitas. A segunda parte, era acompanhá-lo até o hotel onde se hospedava. A primeira parte foi fácil. Ele começou a me contar a sua vida e a traição da sua ex-mulher com o garotão que andou comendo a Rita, sem perceber que eu sabia muito bem daquela história. Aí, apareceram duas coroas bonitonas no bar. Ao vê-las, o cara as chamou para a nossa mesa. Elas vieram, demonstrando terem ficado muito mais interessadas em mim do que nele. Uma delas era muito observadora, e logo percebeu que eu estava usando peruca. Muito curiosa, perguntou se eu tinha problemas de saúde. Menti, dizendo que sofria de câncer. Ela me deu um sorriso simpático e perguntou, sem rodeios, se eu preservei a minha fome sexual. Confidenciou-me que tinha um amigo que ficou impotente, depois de curado de um câncer de próstata. Entrei no seu jogo e continuei mentindo. Enquanto isso, a amiga dela conversava animadamente com o boxeador. Eu perguntei se a que estava mais próxima a mim o conhecia bem. Ela me confessou, baixinho, que detestava o cara pois, além de brocha, ele gostava de bater em mulheres. Disse conhecer duas ex-esposas dele que se queixavam da mesma coisa: as surras que levaram do cara. Eu estava cada vez mais convencido de que devia levar minha vingança adiante.
Pouco depois, o cara estava cochichando ao ouvido da que dava atenção a ele. Esta pediu licença para falar com a que estava comigo. As duas estiveram cochichando, depois pediram que a gente as aguardasse enquanto iam ao toilete. Assim que saíram, o cara disse para mim:
- Olha, eu conheço essas duas há tempos e ambas sabem de um segredinho meu: que eu adoro ver casais trepando. Mas devo confessar pra você: sou brocha, não consigo ter ereção. No entanto, a que está comigo topou sairmos juntos, os quatro, e deixar-me ver você fodendo-as, se o amigo estiver afim. Agora mesmo, a que está comigo foi convencer a outra, lá no banheiro, a sair conosco. O que você me diz?
Bem, nunca fiz isso, essa coisa de sair em grupo – menti descaradamente – Me dê um pouco mais de tempo para pensar. Já, já te dou uma resposta.
- Então, vai pensando aí enquanto eu vou no sanitário.
Era a chance que eu pedi a Deus. Assim que o cara saiu da mesa, disfarçadamente eu tirei um frasco que carregava no bolso e despejei todo na bebida dele, antes que as mulheres voltassem à mesa. E continuei, tranquilamente, a tomar meu uísque. Pouco depois, a duas retomavam seus lugares. A que estava comigo foi logo dizendo, aproveitando que o cara não estava:
- Minha amiga foi sondada a sair com vocês, mas não quer foder com o nosso amigo. Prefere me ajudar a foder contigo. Mas teme que o boxeador vai querer ir conosco, pois ele é um voyeur. O que você nos diz?
- Bem, eu já percebi que ele está meio bicado. Acho que não irá nos incomodar se formos todos para um mesmo quarto.
- Ele, bicado? – estranhou uma delas – esse cara bebe muito. Fica violento, mas nunca bêbado. Você parece que não o conhece bem.
Essas palavras me esfriaram os ânimos. Significavam que o cara não iria ficar embriagado com o sonífero que coloquei em sua bebida. Mas eu estava disposto a arriscar. Quando eu ia dizer alguma coisa, ele voltou. E tomou sua dose de uma vez só, virando o copo. Pediu outra dose para nós todos. Fiquei mais animado. E não deu meia hora, o cara começou a mostrar sinais de embriaguez. Disfarcei e disse à que me dava mais atenção:
- Eu não disse? Ele já começa a falar besteiras...
Ela, mais uma vez sem rodeios, disse à amiga:
- Vamos levar nosso amigo para o hotel onde ele se hospeda. Já está ficando embriagado – e piscou um olho para a outra.
O cara concordou em irmos e fez questão de pagar toda a conta. Não insisti. A bebida já me deixava leve, também, e eu estava cada vez mais odiando o cara. E cada vez mais disposto a vingar Aretuza. Quando chegamos ao hotel, no carro de uma delas, ele já estava quase desacordado. Jogou-se na cama e disse que poderíamos ficar à vontade que ele queria mesmo era dormir. Elas estranharam a sua atitude, mas acharam ótimo ficarem a sós comigo. Ambas foram logo me tirando a roupa. A que havia descoberto logo que eu estava de peruca quis retirá-la, mas eu não deixei. Ainda bem que nenhuma percebeu minha barba e bigodes postiços. É que ambas caíram de boca no meu pau, sem nem reclamar que ele era pequeno. Deviam estar acostumadas a paus de todos os tamanhos. Meu pênis, ao contrário do que eu temia, não me negou a ereção. Só por um momento, quanto pensei em Aretuza. Dessa vez, sequer pensei na minha ex-esposa. Rita, naquele momento, não mais me importava. Numa das vezes que uma delas, a mais gulosa, me deu uma chupada no cu, lembrou-me muito a tenente Vilma. Mas isso só me deixou mais excitado.
O boxeador continuava roncando na cama, enquanto trepávamos no sofá e no tapete da sala. Pareciam secas por rola. Gozaram adoidado em minha pica. Aí uma delas lembrou-se de ver as horas. Tomou um susto. Disse que precisavam ir para casa, pois ambas tinham marido, e que já haviam passado do horário de estar com eles. Despediram-se de mim às pressas e ambas deixaram seus telefones escritos em um pedaço de papel. Exigiram que eu ligasse para elas. Agradeceram a foda e foram embora, alvoroçadas.
Fiquei sozinho com o meu inimigo. Ele estava em minhas mãos. Liguei para o hospital e pedi para transferirem a ligação para o quarto onde Aretuza estava ainda internada. Minha ex-mulher atendeu. Disfarcei e perguntei por minha companheira, como se estivesse preocupado com ela. Rita disse que ela estava acordada e passou-lhe o telefone. Disse que poderíamos conversar à vontade, pois ela iria deixar-nos a sós. Confirmei se ela havia mesmo saído, com Aretuza, e contei o que estava acontecendo naquele momento a ela, naturalmente sem tocar no assunto de que estive com as duas mulheres. Peguntei se ela ainda estava certa de querer se vingar do cara. Ela repetiu que, se não estivesse dodói, ela mesma gostaria de levar nosso plano adiante. Não tive mais dúvidas: retirei uma seringa e três tubos do bolso, contendo sangue contaminado, e injetei uma quantidade enorme no cara. Três ampolas de contaminação, para ser mais exato. Ele, bêbado, apenas se mexeu um pouco quando sentiu as picadas na veia. Mas continuou roncando feito um porco. Eu estava suando muito, por conta da tensão. Mas relaxei, assim que acabei a aplicação.
Fiquei pensando que não haveria o perigo dele contaminar outras pessoas sexualmente, já que não conseguia foder ninguém. Lembrei-me do Africano, que eu achava que era um monstro por matar gente a sangue frio. Eu, no entanto, não era melhor que ele. E não estava arrependido. O que ele fez com minha Aretuza, ao meu ver, deveria ser vingado. E eu não teria nova chance. Ainda tomei um banho demorado fazendo um exame de consciência, mas logo depois fui embora, deixando a chave na porta pelo lado de dentro. Fui para a casa de Aretuza e custei a dormir. Quando consegui, o dia já tinha, há muito, amanhecido.
FIM DA DÉCIMA SEXTA PARTE