Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 133

Um conto erótico de Antoine G
Categoria: Homossexual
Contém 3788 palavras
Data: 26/03/2016 23:42:00

- Ah, vocês ainda estão aqui?

- Sim! Ela ainda quer falar com o Pi, meu filho.

- Sinto muito, mas ele não quer falar com ela. Ele não quer sequer lhe ver, Tata.

- Pede para ele vir aqui, Antoine. Ele te escuta, por favor.

- Sinto muito, mas agora eu tenho que cuidar da minha filha e do meu marido que acabou de chegar do trabalho e encontrou esse auê todo armado na casa dele.

- Desculpa por isso!

Eu não respondi nada e fui para a cozinha. Maman veio atrás de mim.

- Antoine, o que te deu, meu filho? Por que tu estás falando assim com ela?

- Por que ela merece, Maman! Primeiro ela me ofende e lhe ofende, depois faz o Pi sofrer, e de quebra faz o Bruno brigar comigo. Aaaah dá um tempo, né? Chegou aqui toda doida, nem falou comigo. Falou um bando de besteira pra mim dentro da minha própria casa, não respeitou o fato de eu estar com minha filha e com visita em casa.

- Ela só está desesperada...

- Que vá ficar desesperada lá no primeiro mundo dela. Mulher doida!

- Não fala assim da tua tia, garoto! – Ela me deu um peteleco na cabeça

- Maman, leve ela daqui, o Pi não vai querer falar com ela, não mesmo. Depois, eu falo com ele, mas hoje ele não fala. E o Dudu tá lá em cima com ele, se ela souber que o Dudu é o namorado dele ainda vai dar mais confusão, o Bruno tá cansado e estressado e não merece ter essa confusão idiota aqui em casa. E eu também não aguento mais essa história, há meses ela e a Jeanjean estão me perturbando, eu estou quase mandando as duas para a puta que pariu.

- Menino! Pelo visto não é só o Bruno que está estressado.

- Depois de tudo isso, como não ficar estressado? Bom, deixa eu fazer o jantar, Maman. – Eu respirei fundo

- Eu te ajudo, meu filho.

- Não, Maman, muito obrigado. Mas, eu prefiro que a senhora leve sua irmã maluca para casa. Se ela vir com mais uma frescura para o meu lado eu não respondo por mim.

- Para com isso, já te disse que tu tens que respeita-la.

- Quando ela voltar a me respeitar eu também volto a respeita-la, até lá, eu a quero longe daqui.

- Nossa, eu nunca tinha te vista assim...

- Ah, Maman, me ofender dentro da minha casa, na frente da minha filha, foi demais, viu?

- Bom, se é assim, deixa eu leva-la lá para casa. – Ela me deu um beijo e um cheiro na Sophie e foi embora.

Eu comecei a fazer o jantar e logo o Bruno apareceu na cozinha.

- Cadê todo mundo?

- Maman e Tata eu mandei embora; Dudu e Pi estão no quarto do Pi e Jean tá no quarto de hospedes. Ai, que dia! E eu disse pra tu descansares! – Eu me encostei na geladeira e respirei fundo

- Pelo visto, hoje és tu quem precisa de uma massagem. – Ele colocou os braços ao meu redor e me pressionou contra a geladeira me beijando – Tá mais calmo?

- Ainda não! – Ele me beijou de novo

- E agora?

- Também não! – Ele me beijou novamente

- E agora?

- Não!

- Eu acho que vou ter que fazer isso a noite toda, né?

- Unrum!

Sophie foi andando no andador e derrubou uma cadeira. Eu agi tão rápido que eu me liberei do Bruno e corri para ver a Sophie.

- Calma, amor! Foi só a cadeira que caiu...

- E se cai em cima dela?

- Ei, calma! – Ele me abraçou por trás – Por que tu estás assim, hoje? Tu não és assim!

- Não sei!

- A confusão aí foi feia mesmo, hein?

- Ai, nem quero mais falar sobre isso. Eu só quero deitar na minha cama e dormir.

- Só dormir? – Ele mordeu minha orelha

- Hoje é, amor...

- Eu tinha outros planos... Eu tinha pensando em comemorarmos o fato de eu ter mais tempo aqui com vocês.

- Tu conseguiste?

- Depois de muita briga, sim. O conselho não queria permitir a minha demissão, vê se pode?!

- Quem manda ser um doutor gostosão, bonitão e muito competente?

- Eu tive que brigar feio, amor. Eles queriam uma justificativa mais sólida. Que babaquisse!

- O importante é que tu conseguiste, né?

- É! Tu tens certeza que tu queres fazer comida, agora?

- Não! Não quero, não.

- A gente pede algo, então. Comida japonesa?

- Pode ser! Por mim qualquer coisa, eu só quero me deitar. Eu vou lá ver se o Jean não está precisando de nada, tá?

- Tudo bem!

- Tu ficas com a Sophie?

- Fico, sim! Aproveita e pergunta para os meninos se eles querem algo.

- Tá!

Eu subi as escadas e fui até o quarto do Jean, eu bati na porta algumas vezes e nada dele responder. Eu insisti, mas ele não respondeu, o bichinho deve ter dormido com fome. Eu fui até o quarto do Pi e bati também.

- Posso entrar? – Eu perguntei, eu não queria ver nada comprometedor

- Pode! – Dudu disse

- Meninos, Bruno e eu estamos pensando em pedir algo para comermos, vocês vão querer alguma coisa?

- O que vocês vão pedir?

- Não sei! Estamos esperando sugestões...

- O que o teu amigo vai querer?

- Que amigo? – Dudu já cresceu logo os olhos

- O Jean!

- Aquele metido da Guiana?

- Ele não é metido! E sim, é esse mesmo!

- Ele tá aqui?

- Tá!

- Tipo, aqui na tua casa?

- Claro né, Dudu? Onde ele ficaria?

- Num hotel, talvez? De baixo da ponte pode ser também.

- Nossa, quanta graça! Tô morrendo de rir, uau! Sim, vocês vão querer algo?

- A gente podia pedir alguma coisa rápida e prática...

- Tá, mas tipo o quê?

- Lanche? Ao invés de pedirmos, eu poderia ir comprar naquela lanchonete que a gente gosta.

- Aí, perfeito então! Vamos fazer isso! Desçam pra gente ver o que cada um vai querer, tá? Vou tentar falar com o Jean, acho que ele dormiu com fome, tadinho.

Eu fui até o quarto dele novamente e bati várias vezes e chamei por ele, depois de várias tentativas ele respondeu.

- Oi! Pode entrar!

- Jean? Tu estás dormindo?

- Estava! Acabei cochilando...

- Poxa, desculpa te acordar, mas eu não queria te deixar dormir com fome.

- Nossa, ainda bem que tu me acordaste, por que eu to morrendo de fome mesmo.

- Faz o seguinte, então, tu te arrumas aí, toma o banho se quiseres e desce, aí a gente decide o que comer. Nós estamos pensando em comprar lanche, mas se tu quiseres alguma outra coisa é só falar.

- Tá, já estou indo lá embaixo, então.

- Tá bem, tô te esperando lá na cozinha.

Eu o deixei sozinho e voltei para a cozinha, eu estava livre do jantar dos marmanjos, mas o da Sophie eu ainda tinha que fazer. Ao chegar na cozinha, eu vejo o Bruno judiando da nossa filha, ele andava para um lado e ela corria atrás dele, ele andava para o outro e ela ia atrás.

- Ai, que maldade com ela, Bruno.

- Não é maldade, olha como ela tá cada dia mais rápida, ela vai andar cedinho, sabias?

- Ai, meu Deus, se sem andar ela já dá trabalho, já não para quieta, imagine isso andando. Eu fico louco! – Eu fui para a geladeira e comecei a separar alguns legumes e verduras para fazer uma sopinha para ela.

- Falaste com os meninos?

- Falei, eles estão descendo aí. Eles propuseram comprar lanche, o Dudu vai lá comprar.

- Opa, perfeito! E o teu amigo? Cadê?

- Tá descendo também, ele estava dormindo, tive que acorda-lo.

- Depois eu que sou o mau...

- Eu não ia deixa-lo dormir com fome, né Bruno?

Os três demoraram a descer, acabaram descendo juntos. Dudu ficava encarando o Jean como um maluco.

- Oi, Bruno! Tudo bem? – Jean foi logo cumprimentando o Bruno – Obrigado por me receber na tua casa.

- Imagina, vai ser um prazer te receber aqui em casa. Como foi a viagem?

- Bem cansativa, eu vim dirigindo, então, eu estou morto. – Ele se espreguiçou e o Pi deu uma boa olhada para o meu amigo.

Dudu ficou enfurecido com essa olhadinha.

- Nossa, mas uma viagem de Guiana para cá deixa a gente morto mesmo. Nem imagino fazer essa viagem dirigindo.

- Eu preferi, dá última vez que eu vim, que foi no casamento de vocês, eu tive que depender de todo mundo para sair de casa, com meu carro aqui eu posso sair sem dar trabalho para os outros. E eu vim de ônibus, o que nos deixa mais mortos ainda.

- Bom, meninos, o papo está suuuuper interessante, mas eu estou com fome. – Dudu disse – o que vocês querem?

- Eu vou de Egx calabresa. – Eu disse

- Eu quero esse também! – Bruno disse – Dois na verdade!

Eu expliquei os sanduiches para o Jean e ele preferiu um Egx Tudo. Eu disse para ele que esse sanduiche era gigantesco, mas ele disse que daria conta. Dudu e Pi foram comprar nosso jantar e enquanto isso eu fazia o da Sophie, que já era para estar pronto há um bom tempo.

Bruno e Jean engataram numa conversa, vez ou outra eles falavam comigo e eu só respondia utilizando respostas monossilábicas. Eu não podia demorar muito fazendo a comidinha da Sophie, ela tinha hora para comer. Ao terminar a sopinha dela, eu esfriei muito bem e a peguei do andador, o que ela não gostou muito. Ela comeu tudinho sem me dar trabalho, tinha vezes que eu tinha que ficar até de cabeça para baixo para ela poder comer. Mas, naquele dia, graças a Deus, ela compreendeu o que o papai dela queria. Eu só queria deitar na minha caminha e dormir.

Bruno e Jean estavam super animados conversando sobre algo, eu não estava prestando atenção no que eles falavam. Eu peguei a Sophie e fiquei com ela até ela fazer a digestão, o que aconteceu quando os meninos voltaram com o jantar.

- Nossa, vocês demoraram muito. – Bruno disse

- Tinha muita gente na lanchonete.

- Podem ir comendo, eu vou fazer a Sophie dormir e já volto.

- Não queres que eu faça isso? – Bruno perguntou

- Não, tudo bem, eu faço.

Eu a levei para o quarto, dei um baninho muito rápido nela, pois se ela não tomasse banho antes de dormir, ela não dormia de jeito nenhum. Eu a arrumei para dormir e me deitei com ela na rede que nós tínhamos colocado recentemente no quarto dela, pois nós descobrimos que ela adorava ficar na rede conosco. Eu fiquei embalando até ela cair no sono, o problema foi que eu dormi junto com ela.

- Amor? – Eu ouvi loooonge – Amor, vem jantar...

- Deixa eu dormir...

- Tu não queres jantar?

- Não!

- Vem pra cama então, vem?

- Na... – Eu cai profundamente no sono

No dia seguinte eu acordei na minha cama e o Bruno estava nela. Eu lembrava de ter deitado com a Sophie no quarto dela, não me lembrava de ter ido para o meu quarto. Eu olhei as horas e vi que a Sophie ainda iria demorar a acordar e eu resolvi voltar a dormir.

Eu acordei novamente com o Bruno fazendo carinho nos meus cabelos e me dando leves beijos na boca e na bochecha.

- Bom dia, minha vida!

- Bom dia, amor!

- Dormiu bem?

- Dormi!

- Ontem tu estavas cansado, hein? Dormiste no quarto da Sophie.

- Eu lembro, só não lembro como eu cheguei aqui.

- Eu te trouxe, não ia te deixar dormir todo torto naquela rede.

- Tu vais trabalhar, hoje?

- Não, hoje eu tenho folga.

- Ai, que bom! Isso significa que nós podemos ficar um pouquinho mais na cama, né?

- Sim, sim! – Ele disse me beijando

Nós ficamos namorando, abraçadinhos na cama até a Sophie acordar, o que não demorou muito. Eu ia cuidar dela, mas ele me proibiu e foi até o quarto dela. Como de costume, ele a trouxe para o nosso quarto. Ele a deixou comigo e foi providenciar a mamadeira dela. Ele foi até a cozinha e preparou tudo, com a mamadeira já trouxe nosso café da manhã. Eu adorava quando estávamos só nós três.

Eu amava ter meu primo e o Dudu em casa, mas eu estava começando a achar que eles tinham que achar um cantinho para eles. Eu não queria mais ter confusão na minha casa, não queria que a Sophie ficasse presenciando aquelas brigas. Nem eu e nem o Bruno queríamos que ela crescesse num ambiente desses. E pelo o que eu entendi e presenciei, o Pi não estaria livre da família dele de jeito nenhum. Como ele mesmo disse, meus tios o queriam como peça de decoração da família perfeita, o que era ridículo. Meu primo merecia muito, mas muito mais que isso.

- Amor, tu estás melhor? – Ele perguntou pegando a Sophie e dando a mamadeira dela

- Tô, sim! – Eu respondi

- Ontem tu estavas estranho, não te via daquele jeito há um tempo. Tu não andas sentindo nada?

- Não, não! Eu tô bem, de verdade.

- Não me esconde se estiveres sentindo alguma coisa, por favor.

Eu achava tão linda a preocupação dele comigo.

- Eu estou bem, amor. Não estou escondendo nada! – Eu dei um beijinho nele

Muita gente fala que quando os filhos chegam, os casais começam a brigar, pois geralmente os filhos passam a ser o centro das atenções dos pais. Mas, graças a Deus, comigo e com o Bruno isso não aconteceu. Nossa filha veio para somar a nossa felicidade, e não para nos separar. Ela era o que tínhamos de melhor e o que podíamos deixar de melhor para o mundo. Eu desejava que ela se tornasse um ser humano despido de preconceitos, que fosse alguém de bem e que amasse e fosse amada pela pessoa que ela escolhesse ter ao lado dela, que fosse homem ou mulher, essa seria uma escolha dela e somente dela.

Quando nos tornamos pais, nós sempre desejamos dar tudo aquilo que não tivemos e de afastar tudo aquilo de negativo que vivemos dos nossos filhos. Nós passamos a ter mais dois olhos, mais duas mãos e mais duas orelhas. Nós sempre estamos atentos ao o que poderia acontecer aos nossos filhos, estamos sempre um passo na frente de tudo, na maioria das vezes. A criança não precisa ter nosso sangue, nós não precisamos acompanhar toda a gestação para obter todos esses dons magníficos da paternidade. Quando nós sentimos nossos filhos, quando sentimos que somos pais de nossos filhos, os dons maternos/paternos chegam até nós. Essa é a mágica da vida. Esse é o maior dom do ser humano: o amor.

Ele terminou de dar a mamadeira dela e nós tomamos nosso café, nós já estávamos experientes em comer e ficar com a Sophie no colo ao mesmo tempo.

- Tá quietinho... tá pensando em quê?

- Em nós...

- Nós?

- É! Pensando em como viramos pais, parece mágica, né? Ontem, éramos só nós dois e nós só nos preocupávamos conosco. Hoje, continuamos nos preocupando conosco, mas nossa atenção, nossa preocupação vai muito além. Agora, nós temos essa menina linda que depende da gente.

- Até hoje parece que minha ficha não caiu... Eu ainda nem acredito que sou pai. Nem acredito que eu conquistei tudo o que eu mais sonhei nessa vida. Tenho o amor da minha vida e o amor da nossa filha.

- Falando em família, tu falaste com o Alan?

- Ontem nós nos falamos rápido, à tarde, eu estava entrando na reunião.

- Temos que ver como vai ser o almoço, já que vai ser aqui em casa, a responsabilidade é toda nossa.

- Eu pensei em pagar um extra para a Dona Cacilda, assim ela faria o almoço. Que tal?

- Eu acho ótimo! Além de ajuda-la, vai nos ajudar bastante.

- Já é amanhã, então, tens que falar logo com a Dona Cacilda.

- Hoje eu não vou para o hospital, aí eu falo logo com ela. Conseguiste colocá-lo na lista do teu aniversário?

- Consegui, sim!

- Ah, falando em aniversário, nós temos que ir lá na costureira ver nossas fantasias. Ela me ligou, ontem. Ela disse que te ligou várias vezes e tu não atendeste.

- Ah, eu não pego no celular desde ontem. Como o Jean chegou aqui, eu não olhei para o celular. Meu Deus, ontem eu larguei o Jean lá com vocês. – Eu me assustei ao lembrar que tinha abandonado meu amigo

- Não tem problema! – Bruno riu – Ele é gente fina, ficou lá conversando com a gente. Quer dizer, comigo e com o Pi, o Dudu é enciumado duplamente.

- Duplamente? Como pode isso?

- É! Ele tem ciúmes do Jean contigo e do Jean com o Pi.

- Esse Dudu não tem jeito... Sabe, pra mim ainda é uma surpresa o Pi e o Dudu juntos.

- Pra mim também, eu não imaginava nem nos meus sonhos mais loucos que o Dudu era gay.

- E eu? Depois de tudo o que ele me contou, de todas as experiências dele com meninas, foi um susto muito grande saber que ele estava namorando logo o meu primo.

- Eu nem consigo imaginar, por mais que eles contem, como eles se aproximaram... acho que a gente vai demorar a se acostumar com essa. Mas, eles ficam bonitinhos juntos, né?

- Ficam sim! Eu só não quero que o Dudu faça meu primo sofrer e vice versa.

- Isso é um risco que todos correm, amor.

- Nós, não!

- Nós somos diferentes! – Ele colocou a Sophie em cima dele depois que terminamos de tomar café.

- Defina diferentes...

- Simples: nós nos amamos de verdade.

- Boa definição!

Nós terminamos nosso café e ele tomou banho primeiro, depois eu e depois demos banho na Sophie. Após todos estarmos de banho tomado, nós decidimos ir fazer uma visita para o Thi, já que ele estava desaparecido há dias.

Mas, ao chegar na sala, Dona Cacilda estava recebendo meus amigos de Guyane. Maxime assim que me viu, veio me cumprimentar.

- Oi, Antoine!

- Oi, Maxime!

- Como vai?

- Muito bem! E tu? Quanto tempo!

- Eu estou bem também, e sim a última vez que nos falamos foi no teu casamento.

Maxime era um amigo, mas não tão próximo quanto o Jean. Então, ele ficaria em um hotel, visto que não teria espaço para ele em casa.

- Antoiiiiiiiiiiiiiiiiineeeeeeeeeeeeee!!! – Christine veio correndo feito uma maluca me abraçar

Ela era a versão francesa da Jujuba, quando elas se reuniam, ninguém aguentava. Uma Jujuba é bom, mas duas é demais para qualquer um.

- Oi, Chris!

- Ai, que saudade de ti, amigo!

- Eu também estava!

Christine e eu possuíamos um nível de amizade parecido com o que eu tinha com o Jean. Nós três, na verdade, éramos próximos. Tão próximos aponto de eles dois dormirem na mesma cama aqui em casa.

- Cadê o Jean?

- Acho... não sei... Acredito que ele esteja no quarto dele, quer dizer... de vocês.

- Aquele sem vergonha veio sem mim...

- Ele me disse que vocês não conseguiram ser liberados dos trabalhos de vocês.

- Na verdade, fomos somente Maxime e eu que não conseguimos liberação, nós trabalhamos juntos. Mas, assim que o Jean partiu, nós conseguimos conversar com uns colegas e eles vão nos substituir.

- Ai, que ótimo!

- Como tu estás? – Ela ainda estava me abraçando

- Eu estou bem!

- Bem mesmo?

- Mesmo!

- Christine! Solta o Antoine! – Chloé disse

- Me deixa, Chloé! – Christine disse

- Nós também queremos falar com ele!

Christine me soltou.

- Oi, Antoine! Tu estás respirando ainda?

- Oi! Acho que sim!

- Ela é louca!

- Já estou acostumado! – Eu disse rindo, eu estava feliz ao ver meus amigos de infância ali.

- Oi, Antoine!

- Oi, Clément! – Eu abracei meu amigo

O único que não gostava muito do jeito brasileiro era o Maxime, e eu sempre respeitava. Todos eram bem formais com ele. Ele era o mais chatinho do grupo, mas não deixava de ser meu amigo.

- Essa coisa linda e fofa é tua filha? – Christine perguntou

- Ela mesma!

- Ai, meu Deus, ela é linda demais!

- Ela é linda mesmo, Antoine! – Chloé disse – Posso segurá-la?

- Você sabe segurar um bebe?

- Sei, sim, Bruno!

Todos já tinham cumprimentado o Bruno. Ele passou a Sophie para a Chloé, mas ficou de olho. Todos paparicaram a minha filha, e ela já estava se acostumando com todo mundo a paparicando, já estava até gostando. Mas, quando começam a apertá-la muito, ela me olhava com carinha de choro pedindo socorro. Quando ela me olhou com essa carinha, eu a peguei no colo.

- Bom, nós temos que ir, não é meninos? – Maxime disse – Nós só viemos deixar a Christine, ainda temos que fazer o check in no hotel.

- Mas já?

- Estamos cansados, a viagem até aqui não é nada fácil!

- Tudo bem, então! Eu queria tanto que vocês ficassem aqui, mas infelizmente não temos espaço.

- Tudo bem! Não há nenhum problema! – Maxime apertou minha mão

Os três se despediram de mim e foram para o hotel.

- Deixa eu te levar até teu quarto, Christine!

- Ah, sim! Vamos lá!

Bruno pegou a mala da Christine e nós a levamos para o quarto dela. Jean estava lá, como previsto, e ele já foi logo ajudando o Bruno com a mala e cumprimentando a Christine depois. Nossos planos de ir ver o Thi foram por água abaixo. Nós tínhamos que dar atenção aos meus amigos.

- Onde está o Thi? – Christine perguntou

- Desaparecido! Ele está trabalhando e sumiu! Há dias não falo com ele!

- Mas está tudo bem?

- Está, sim! Ele só está muito atarefado mesmo.

- Liga pra ele!

- Ele deve estar trabalhando, Christine.

- Liga, Antoine! Eu falo!

- Tudo bem!

Eu peguei meu celular e disquei o número do Thi. Quando começou a chamar eu passei o telefone para a Christine.

- Alô? – Ela começou a falar com ele

#

- Não, né Thi, não é o Antoine!

#

- Não lembra mais da minha voz, não?

#

- Ai, eu não acredito! Tu vais levar uns tapas por isso!

#

- Só te ameaçar que tu lembras, é?

#

- Claro que já cheguei e eu te quero aqui daqui a pouco.

#

- Que horas tu sais?

#

- Pois então, podes vir depois desse horário. Jean está aqui desde ontem. Desde ontem? – Ela perguntou para mim e eu respondi positivamente – E tu ainda não vieste aqui... estamos te esperando.

#

- Muito bem! Beijinho, te aguardo!

- Ele vem? – Jean perguntou

- Vem!

- Quando eu chamo ele não vem!

- Se não for eu para colocar ordem em vocês três, hein?

- Chris, tu estás cansada, né?

- Tô, sim ! Essa viagem mata qualquer um…

- Verdade! Bom, então, tu podes tomar teu banho e descansar um pouco, estaremos lá embaixo se precisares de algo, tá?

- Tudo bem!

- Que horas o Thi vem?

- Depois das 18h.

- Então, dorme um pouquinho, descansa bem e antes do almoço eu te chamo, pode ser?

- É por isso que eu te amo!

Bruno, Jean e eu descemos e no caminho encontramos Dudu e Pi descendo também para tomar café. Eles foram para a sala de jantar e Bruno, Sophie e eu fomos para o jardim da casa.

- Ei, para onde vocês vão? Não vão tomar café, não? – Dudu perguntou

- Já tomamos!

- Mas a mesa tá arrumada!

- O Bruno levou café na cama pra gente.

- Huuuuum....

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Antoine G a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Como diria uma amiga:"Eta. lelê". Casa cheia é sinal de amizade. Quando não se tem amigos, fica-se sozinho em casa. Que bom que os amigos de Guyane chegaram. Espero que o Dudu se comporte e não te cause embaraços. Um abraço carinhoso para todos,

Plutão

0 0
Foto de perfil genérica

Gente to sentindo falta da Jujuba! Ela ta sumida né. Tb não gosto de muvuca em casa haha ... Mais um barraco de vez em qdo é bom para avivar os animos :P

0 0
Foto de perfil genérica

Será que terá barraco entre Eduardo e Jean?! kkkkkk. Pelo que percebo a ficha da mãe do Pierre está quase caindo ou pelo menos espero. A Sophie já sofreu algum preconceito de alguém por ter 2 pais?

0 0
Foto de perfil genérica

Eita, confesso que adoro a casa cheia, mas tem limite, na hora do descanso eu não gosto não. O Bruno e a preocupação se sabe segurar um bebê é ótima. Adorando seus relatos!! Beijos

0 0
Foto de perfil genérica

Aaaaaaaah , esse Bruno é um amor de pessoa e um amor de pai kkk.

Dudu e Pi 💕💕

Muito bom ! Nota 10

0 0
Foto de perfil genérica

Senti falta da Jujuba nesses últimos capítulos. rsrs Bjs

0 0
Foto de perfil genérica

Esqueci de te desejar uma feliz pascoa pra vc e toda a sua familia. bjos

0 0
Foto de perfil genérica

"Você sabe segurar um bebê?" Já é a frase marcante de Bruno 😂😂😂. 👌👌👌👌👌👏

0 0