Diário de uma lésbica: Capítulo 03

Um conto erótico de Nathália Muniz
Categoria: Homossexual
Contém 1001 palavras
Data: 28/03/2016 20:30:31
Última revisão: 28/03/2016 20:36:03

Depois da mesma rotina, estava dando graças a Deus pelo feriado. Na Quinta eu e Rose iríamos para a casa de praia do tio do Yan. Fazemos isso em algumas vezes no ano.

E eu amo, embora da última vez eu tenha caído no banheiro e adormecido de tão bêbada que eu estava, e foi assim que eu acabei com toda a água da casa. Maldita tequila.

Sempre iam as mesmas pessoas, é praticamente uma suruba fazer com que todas aquelas pessoas durmam todos dentro da casa.

Depois de arrumar a mala, liguei para Rose para se certificar de que ela realmente estava pronta. Desci até o estacionamento para pegar o meu carro e vi quando Duda passou pela entrada do prédio carregado uma mala, buzinei para que ela me visse e ela veio até mim.

— Eu não vou transar com você no estacionamento. – eu disse, sorrindo.

— Eu não vim aqui transar, e não seria a primeira vez, não é mesmo? – ela disse, me olhando, e sorrindo.

— Então o que você tá fazendo aqui? – eu disse olhando para a mala.

— Eu estou indo para praia, e você? – disse Duda, piscando o olho.

— Fala sério. – eu disse.

— Estou falando serissímo. Vamos passar dois dias juntas, unidas e felizes. – ela disse, com um sorrisinho.

— Que tal “Oi Nathália, posso pegar uma carona com você?” – eu disse, dando partida.

— Não gosto muito de formalidades.. – disse Duda.

Fomos até a loja comprar as bebidas e lá encontrei uma garota que eu já havia ficado em alguma balada que não lembro.

— Hey – disse, a garota.

— Hey, tudo bem? – eu perguntei, retribuindo o abraço.

Enquanto conversávamos eu peguei as duas garrafas e me dirigi até a recepção para pagar enquanto Duda me aguardava no carro.

— Até outro esbarrão. – eu disse, saindo da loja.

Entrei no carro e coloquei as garrafas no piso do carro, atrás.

— Que demora, tava flertando com a atendente? – perguntou Duda, lendo uma revista.

— Não, porém encontrei uma conhecida. – eu disse, arrancando a revista da cara dela.

Fomos até a casa de Rose e ela estava nos aguardando. Coloquei a mala no carro e quando ela viu Duda ficou sem entender nada.

— O que ela tá fazendo aqui? – sussurrou Rose.

— Pergunta pra Yan. – eu respondi.

Rose abriu a porta e entrou no carro. Depois de algumas horas finalmente chegamos na casa, por volta das 16h00.

— Meninas.. – disse Yan.

— Pega as bebidas no carro que eu vou pegar as malas. – eu disse.

— O resto do pessoal tá vindo aí, tava limpando a piscina mais me joguei, nu. Espero que goste, Dudinha. – disse Yan, piscando pra Duda.

— Depois que eu drenar toda a água da piscina, com certeza eu não vou se importar. – disse Duda, olhando pra Yan e dando uma piscadela de volta.

— Parem de namorar e nos ajudem, obrigado. – disse Rose.

Colocamos todas as malas no quarto que íamos ficar.

— Vamos conversar aqui, se eu ouvir vocês transando eu vou matar as duas, entenderam? – disse Rose.

— Sim, senhora. – disse Duda, olhando para mim.

Rose morre de ciúmes por causa da Duda, acho fofo, mas ela me bate.

Quase todos já haviam chegado, e foram se acomodando em cada canto da casa. Em um quarto ficou eu, Duda, Rose, Yan e a prima dele Valesca.

Yan me arrastou pra piscina junto com Rose, enquanto Duda havia sumido. Fui pegar uma água e encontrei ela deitada sobre o sofá lendo um livro.

— Tá sexy. – eu disse, dando um sorrisinho.

— Por causa do meu óculos de atriz pornô? OK – ela disse.

Peguei o copo de água e me dirigi até a porta, quando cruzei pelo corredor alguém surgiu de repente vindo da lateral, de um dos banheiros e acabei derrubando o copo no chão, caindo pedaços de vidros por toda a parte.

— Ai, desculpa. Você se machucou?

— Não, não. Tô bem. – eu disse, recolhendo os pedaços.

— Você quer ajuda? – perguntou a garota.

— Não precisa, eu arrumo. – eu disse, dando um sorrisinho.

Depois da saída da garota Duda chegou.

— O que foi isso? – perguntou Duda, se agachado e me ajudando.

— Uma garota esbarrou em mim. – eu disse, estressada.

— Você tá bem? – ela disse, pegando as minhas mãos para ver se havia cortado.

— Tô, eu tô ótima Duda. – eu disse, puxando minhas mãos e pegando os vidros.

— Nossa, precisava disso? – ela disse, levantando e saindo em seguida.

“Merda, foi desnecessário” pensei.

Procurei algo para colocar os pedaços de vidro dentro e encontrei uma sacola.

Procurei Duda por toda parte para se desculpar, mas não encontrei.

Iria dar 21h00, eu voltei para piscina e começamos a brincar.

Eu estava sobre os ombros de Yan, e Valesca nos ombros de Rose. Eu tentava derrubar Valesca e ela tentava me derrubar, enquanto Yan e Rose nos davam apoio.

Valesca conseguiu me derrubar, caindo em seguida por cima de mim.

Eu saí da piscina para me trocar, estava super cansada e estava orgulhosa de mim mesma por não estar bêbada ainda.

Henrique, Rafael e Jonas vinham da praia, cobertos de areia.

— Vocês viram a Duda por lá? – eu perguntei.

— Ela tava do lado da escada conversando com alguém no celular, Nath. – Rafael disse, me dando um beijo no rosto e saindo.

Tinha que ir me desculpar com ela, peguei um casaco e fui até a praia.

Encontrei ela no lugar que os meninos haviam dito, sentada sobre um cobertor com uma garrafa de vinho ao lado, e me sentei.

— Duda.. – eu disse.

— Hum? – ela disse, bebendo na boca da garrafa.

— Eu queria se desculpar contigo. – eu disse.

— Eu tô de boa. — ela disse, bebendo mais.

— Duda! – eu disse, puxando a garrafa da mão dela e bebendo um gole.

— Meu Deus, dá pra entender a gente? – ela perguntou, soltando um sorrisinho.

— Não..

Um silêncio constrangedor tomou conta enquanto nos olhávamos.

— Talvez eu ame isso. – ela disse, olhando pra minha boca.

— Talvez eu também.

Nos aproximamos e em pouco tempo já estávamos em um beijo intenso, quente, devastador.. Eu empurrei ela e fiquei por cima, até ouvir uma voz e sermos interrompidas.

— Que isso?

Continua.

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