Depois da mesma rotina, estava dando graças a Deus pelo feriado. Na Quinta eu e Rose iríamos para a casa de praia do tio do Yan. Fazemos isso em algumas vezes no ano.
E eu amo, embora da última vez eu tenha caído no banheiro e adormecido de tão bêbada que eu estava, e foi assim que eu acabei com toda a água da casa. Maldita tequila.
Sempre iam as mesmas pessoas, é praticamente uma suruba fazer com que todas aquelas pessoas durmam todos dentro da casa.
Depois de arrumar a mala, liguei para Rose para se certificar de que ela realmente estava pronta. Desci até o estacionamento para pegar o meu carro e vi quando Duda passou pela entrada do prédio carregado uma mala, buzinei para que ela me visse e ela veio até mim.
— Eu não vou transar com você no estacionamento. – eu disse, sorrindo.
— Eu não vim aqui transar, e não seria a primeira vez, não é mesmo? – ela disse, me olhando, e sorrindo.
— Então o que você tá fazendo aqui? – eu disse olhando para a mala.
— Eu estou indo para praia, e você? – disse Duda, piscando o olho.
— Fala sério. – eu disse.
— Estou falando serissímo. Vamos passar dois dias juntas, unidas e felizes. – ela disse, com um sorrisinho.
— Que tal “Oi Nathália, posso pegar uma carona com você?” – eu disse, dando partida.
— Não gosto muito de formalidades.. – disse Duda.
Fomos até a loja comprar as bebidas e lá encontrei uma garota que eu já havia ficado em alguma balada que não lembro.
— Hey – disse, a garota.
— Hey, tudo bem? – eu perguntei, retribuindo o abraço.
Enquanto conversávamos eu peguei as duas garrafas e me dirigi até a recepção para pagar enquanto Duda me aguardava no carro.
— Até outro esbarrão. – eu disse, saindo da loja.
Entrei no carro e coloquei as garrafas no piso do carro, atrás.
— Que demora, tava flertando com a atendente? – perguntou Duda, lendo uma revista.
— Não, porém encontrei uma conhecida. – eu disse, arrancando a revista da cara dela.
Fomos até a casa de Rose e ela estava nos aguardando. Coloquei a mala no carro e quando ela viu Duda ficou sem entender nada.
— O que ela tá fazendo aqui? – sussurrou Rose.
— Pergunta pra Yan. – eu respondi.
Rose abriu a porta e entrou no carro. Depois de algumas horas finalmente chegamos na casa, por volta das 16h00.
— Meninas.. – disse Yan.
— Pega as bebidas no carro que eu vou pegar as malas. – eu disse.
— O resto do pessoal tá vindo aí, tava limpando a piscina mais me joguei, nu. Espero que goste, Dudinha. – disse Yan, piscando pra Duda.
— Depois que eu drenar toda a água da piscina, com certeza eu não vou se importar. – disse Duda, olhando pra Yan e dando uma piscadela de volta.
— Parem de namorar e nos ajudem, obrigado. – disse Rose.
Colocamos todas as malas no quarto que íamos ficar.
— Vamos conversar aqui, se eu ouvir vocês transando eu vou matar as duas, entenderam? – disse Rose.
— Sim, senhora. – disse Duda, olhando para mim.
Rose morre de ciúmes por causa da Duda, acho fofo, mas ela me bate.
Quase todos já haviam chegado, e foram se acomodando em cada canto da casa. Em um quarto ficou eu, Duda, Rose, Yan e a prima dele Valesca.
Yan me arrastou pra piscina junto com Rose, enquanto Duda havia sumido. Fui pegar uma água e encontrei ela deitada sobre o sofá lendo um livro.
— Tá sexy. – eu disse, dando um sorrisinho.
— Por causa do meu óculos de atriz pornô? OK – ela disse.
Peguei o copo de água e me dirigi até a porta, quando cruzei pelo corredor alguém surgiu de repente vindo da lateral, de um dos banheiros e acabei derrubando o copo no chão, caindo pedaços de vidros por toda a parte.
— Ai, desculpa. Você se machucou?
— Não, não. Tô bem. – eu disse, recolhendo os pedaços.
— Você quer ajuda? – perguntou a garota.
— Não precisa, eu arrumo. – eu disse, dando um sorrisinho.
Depois da saída da garota Duda chegou.
— O que foi isso? – perguntou Duda, se agachado e me ajudando.
— Uma garota esbarrou em mim. – eu disse, estressada.
— Você tá bem? – ela disse, pegando as minhas mãos para ver se havia cortado.
— Tô, eu tô ótima Duda. – eu disse, puxando minhas mãos e pegando os vidros.
— Nossa, precisava disso? – ela disse, levantando e saindo em seguida.
“Merda, foi desnecessário” pensei.
Procurei algo para colocar os pedaços de vidro dentro e encontrei uma sacola.
Procurei Duda por toda parte para se desculpar, mas não encontrei.
Iria dar 21h00, eu voltei para piscina e começamos a brincar.
Eu estava sobre os ombros de Yan, e Valesca nos ombros de Rose. Eu tentava derrubar Valesca e ela tentava me derrubar, enquanto Yan e Rose nos davam apoio.
Valesca conseguiu me derrubar, caindo em seguida por cima de mim.
Eu saí da piscina para me trocar, estava super cansada e estava orgulhosa de mim mesma por não estar bêbada ainda.
Henrique, Rafael e Jonas vinham da praia, cobertos de areia.
— Vocês viram a Duda por lá? – eu perguntei.
— Ela tava do lado da escada conversando com alguém no celular, Nath. – Rafael disse, me dando um beijo no rosto e saindo.
Tinha que ir me desculpar com ela, peguei um casaco e fui até a praia.
Encontrei ela no lugar que os meninos haviam dito, sentada sobre um cobertor com uma garrafa de vinho ao lado, e me sentei.
— Duda.. – eu disse.
— Hum? – ela disse, bebendo na boca da garrafa.
— Eu queria se desculpar contigo. – eu disse.
— Eu tô de boa. — ela disse, bebendo mais.
— Duda! – eu disse, puxando a garrafa da mão dela e bebendo um gole.
— Meu Deus, dá pra entender a gente? – ela perguntou, soltando um sorrisinho.
— Não..
Um silêncio constrangedor tomou conta enquanto nos olhávamos.
— Talvez eu ame isso. – ela disse, olhando pra minha boca.
— Talvez eu também.
Nos aproximamos e em pouco tempo já estávamos em um beijo intenso, quente, devastador.. Eu empurrei ela e fiquei por cima, até ouvir uma voz e sermos interrompidas.
— Que isso?
Continua.