Felipe - tu quer que eu fique?
Danilo - Claro. me faz companhia.
Felipe - Mesmo agora sabendo que eu sou gay?
Danilo - eu sempre soube.
Eu fiquei mudo, sentia vergonha daquela revelação.
Danilo - precisa fazer essa cara não. Fica tranquilo que o teu segredo esta bem guardado comigo.
Felipe - Agora que o Luiz esta sabendo, não sei se esta tão bem guardado, assim.
Danilo - O Luiz é um problema.
Felipe - eu não sabia que ele era homofóbico.
Danilo - mas ele não é.
Felipe - então porque logo comigo?
Danilo - sinceramente não sei te responder, mas vou conversar com ele.
Felipe - deixa queto, vai que as coisas pioram.
Danilo - vou conversar sim. O Luiz é um cara com comportamento violento. Prefiro conversar com ele pra evitar qualquer problema.
Felipe - Tu ta me assustando cara.
Danilo - eu não quero te assustar, mas velho, nós não podemos deixar pra la. Tu acha que ele vai esquecer assim da noite pro dia?
Felipe - Não sei, eu nem conheço ele bem.
Danilo - Pois eu conheço ele desde moleque. Amanha eu vou pra aula com você. Beleza?
Felipe - combinado.
Ficamos mais um tempo conversando no quarto, e descemos ate a sala.
Danilo - Vamos assistir um filme? (Danilo me chamou ja ligando a tv).
Felipe - acho que eu ja vou indo. Ta ficando tarde neh!?
Danilo - Mas cara, voce ta em frente ao seu apê. Que perigo tem em ficar mais um pouco?
Felipe - Voce não entende mano. Eu moro la de favor. Tenho que seguir as regras do dono.
Danilo - ah cara, prefiro morar na rua. Não gosto de ninguém controlando meus horários não.
Felipe - Fala isso nem brincando mano, morar na rua é ruim demais.
Danilo - Voce ja morou na rua pra falar com tanta convicção? (Danilo usava o controle para passar os canais da tv).
Felipe - Foi da rua que eu vim. E se eu sair da casa do Guilherme, é pra la que eu vou voltar.
Danilo - Isso é serio?
Contei toda minha historia para o Danilo, que me ouvia atentamente, sem ao menos piscar os olhos.
xXXXXX
Danilo - Caralho mano, não sabia disso não. Quer dizer que tu ordenhava vacas la na fazenda?
Felipe - porra mano. tu só ouviu essa parte?
Danilo começou a ri.
Danilo - Tou zuando. Mano, sei nem o que te falar. Eu ja sabia da morte dos teus pais que tu me contou, sabia também que tu veio pra cidade sozinho, mas eu não sabia que tu não tinha nenhum familiar vivo.
Felipe - Pode ser que eu tenha sim, mas nunca fiquei sabendo.
Danilo - E nunca teve curiosidade em procurar?
Felipe - nem curiosidade, e nem vontade.
Danilo ficou me olhando com cara de pena.
Felipe - carece ter pena de mim não,sei me virar muito bem.
Danilo - sabe mesmo? (Danilo franzil o semblante).
Felipe - mais ou menos. (falei rindo).
Danilo - quem paga a mensalidade do teu colégio? (perguntou ele, mudando de assunto).
Felipe - é o Guilherme.
Danilo - voce não tem gasto nenhum ae no apartamento dele?
Felipe - não mano.
Danilo- Cara, eu posso te fazer uma pergunta bastante indiscreta?
Felipe - pode pô. (respondi com medo da pergunta de Danilo).
Danilo - o que esse cara ganha fazendo isso por voce? - pelo que eu vejo ele te dar uma vida com bastante conforto.
Felipe - é só camaradagem mesmo. (falei meio sem jeito).
Danilo - hey véi, confia em mim, diz ae qual é a real.
O Danilo estava se mostrando realmente um amigo, mas ate que ponto eu poderia confiar nele?
Felipe - voce promete não me julgar?
Danilo - claro po. Fica entre nós.
Felipe - A gente fica. (falei meio envergonhando)
Danilo - Não entendi. Tu falou muito baixo.
Felipe - A gente fica. (falei articulando com as mãos).
Danilo - é serio isso?
Felipe - ahan.
Danilo - bem que eu desconfiei.
Felipe - por que tu nunca me disse que ja desconfiava?
Danilo - porque eu não tinha tanta intimidades. Saca?
Felipe - entendo sim.
Danilo - Me diz uma coisa, como é ficar com outro homem?
Aquela pergunta me deixou sem jeito.
Felipe - ah é normal pô.
Danilo - normal como?
Ouvimos um barulho de chaves na porta, e a mãe do Danilo entrou, me livrando daquela conversa inusitada.
xXXX
-Boa noite. (disse a mãe dele).
Felipe - boa noite senhora. Tudo bem?
- Tudo querido, e voce?
Felipe - estou ótimo, graças a Deus.
Danilo - chegou cedo hen mãe!?
- Seu pai estava cansado. Achamos melhor virmos para casa.
Danilo - e cade ele?
- Ficou la embaixo, conversando com o Geraldo.
Danilo fez um ''Humm''
Felipe - e eu também ja vou pra minha casa. (falei cortando a conversa dos dois).
- ta cedo. (disse a mãe da Danilo).
Felipe - Amanha tem aula... Na realidade hoje. (falei sorrindo, pois ja era de madrugada).
- Então esta bem, mas apareça viu!?
Felipe - Pode deixar.
Me despedi da mãe do Danilo, que saiu subindo as escadas.
xxXXX
Danilo - eu iria te chamar pra dormir aqui, mas depois que tu confirmou minhas duvidas, acho melhor tu ir pra casa. (Danilo falou entre risos).
Felipe - pois é. (ri também).
Danilo - Vai que o cara aparece aqui brabo?
Felipe - e armado.
rimos.
Danilo me deixou na porta do apartamento do Guilherme.
Danilo - Lembra de irmos pra aula juntos ta?
Felipe - Blza. Vou lembrar sim.
Nos despedimos, e ele retornou a seu apartamento.
xXXX
Após tocar a campainha, Guilherme apareceu para atender a porta, apenas de cueca.
- Oi. (falei ja entrando).
Guilherme - demorou um pouco neh!?
Felipe - é que eu estava esperando os pais do Danilo chegar.
Guilherme - e eles não estavam em casa?
Felipe - não. Haviam saído.
Guilherme - Vocês fizeram o que tanto?
Eu me deslocava pela casa, e o Guilherme me seguia, metralhando perguntas em mim.
Felipe - praticamente só conversamos. Ele estava com problemas com a namorada, e queria conversar comigo. (falei, tirando a roupa, e entrando no banheiro).
Guilherme - mas tinha que ser com voce? O cara mal te conhece.
Felipe - eu também mal te conheço, e ja moro contigo.
Guilherme - São situações diferentes, nós nos gostamos. Não gostamos? (Guilherme ficou no banheiro durante todo o tempo em que eu tomava banho).
Felipe - sim, nos gostamos. (falei desligando o chuveiro e o encarando).
Terminei meu banho, e me retirei do banheiro, troquei minha roupa, e deitei na cama.
Guilherme deitou a meu lado, e ja veio me agarrando.
Guilherme era tudo o que eu precisava, não tinha como eu sentir raiva dele. Ele era um cara bruto, mas ao mesmo tempo parecia uma criança.
Ele foi passando as mãos pelo meu corpo, e descendo lentamente.
Guilherme - meu pau ta latejando. (disse ele em meu ouvido). - passa a mão, passa.
Eu passei a mão no abdomem do Guilherme, e fui descendo ate sua cueca. La chegando, encontrei uma rola rígida que pulsava em minhas mãos.
Guilherme - Chupa vai. (disse Guilherme entre gemidos).
Desci ate sua cintura, abaixei sua cueca, e comecei a lamber a cabeça de sua rola, lentamente.
Guilherme - delicia demais.
Depois de um tempo chupando, subi ate a face do Guilherme, e fiquei admirando sua beleza.
Guillherme - o que foi? (perguntou ele achando estranho).
Felipe - nada. Tou só te olhando.
Guilherme - ah é? - então pode olhar a vontade. Tudo o que voce ver em mim é seu.
Eu ri de tesão e prazer em ouvir aquilo.
Comecei a beijar Guilherme loucamente.
xXXX
No dia seguinte, acordei cedo, tomei banho, café, e quando estava colocando minhas roupas para ir pra aula, o Guilherme acordou perguntando pelas horas.
Felipe - Ja esta de manhã.
Guilherme - mas por que voce ja esta arrumado?
Felipe - Tou indo pra aula.
Guilherme olhou o relogio em seu pulso.
Guilherme - mas esta cedo ''Fe'', espera eu tomar café que eu te deixo no colegio.
Felipe - precisa não, eu vou com o Danilo.
Guilherme - mas voce sempre foi comigo. (disse ele finalmente despertando).
Felipe - é só hoje que vou com ele. (disse aproximando e dando-lhe um beijo).
Guilherme - Nós vamos ao menos almoçar juntos?
Felipe - Por mim, tudo bem.
Guilherme - então eu te pego la na hora da saída.
Concordei, e me despedi do Guilherme.
xXXX
-Bom dia. (disse assim que a mãe do Danilo abriu a porta)
-Bom dia. Tudo bem?
Felipe - tudo joia. E o Danilo?
- esta terminando de tomar café. Nos acompanha?
Felipe - Sim. Combinamos ontem.
- então vamos pra cozinha.
Acompanhei a mãe do Danilo, ela era muito simpática.
xXXX
- Olha quem veio tomar café conosco, filho!
Danilo - Opa, então vamos sentar, minha mãe faz um café delicioso. Gosta de bolo de milho?
Felipe - gosto sim, mas eu vou recusar, ja estou cheio.
- mas voce disse que tomaria café conosco. (disse a mãe do Danilo ja acrescentando uma xícara a mesa).
Felipe - eu disse?
- sim. (falou ela sorrindo). - perguntei se voce nos acompanhava, e voce disse que sim.
Felipe - ahhh. (comecei a rir) - eu me referia a acompanha-los ate o colégio.
Felipe - desculpe senhora, eu entendi errado.
- Eu que peço desculpas meu filho.
Danilo riu.
Danilo - liga não mano. Minha mãe é assim mesmo.
Danilo terminou seu café e seguimos ao colégio. Quando chegamos ao estacionamento vi o carro do Guilherme, e o do Miguel ainda parados. Sinal que nenhum dos dois havia ido trabalhar ainda.
xXXX
A mãe do Danilo nos deixou na porta do colégio. Nos despedimos, e entramos.
Eu estava com um frio na barriga, esperava que Luiz não tivesse ido. Não queria encontrar com ele, e correr qualquer risco, físico ou psicológico.
Algumas pessoas olhavam para nós, e riam.
Felipe - Danilo. É impressão minha, ou estão rindo da nossa cara?
Danilo - impressão tua. Tenta relaxar.
Alem das risadas, comecei a ver pessoas apontando o dedo, indicando eu e o Danilo para outras pessoas.
Felipe - impressão não. Ta todo mundo olhando pra nós.
Danilo - Felipe, relaxa cara, e se for isso mesmo, e se estiverem rindo pra gente, quebramos a cara de todos eles.
Continuamos andando firmemente, ate chegar à sala.
Demos bom dia. Algumas pessoas responderam, outras riram.
Luiz estava sentado ao fundo da sala, e nos olhava com uma expressão assustadora.
Eu sentei em uma cadeira mais a frente, e Danilo sentou a meu lado. Quando nossos olhos avistaram o quadro, eu entendi na hora o motivo das risadas.
Danilo - puta que pariu. Que brincadeira de mal gosto é essa? (interrogou Danilo)
Felipe - eu sabia que tinha algo estranho. Eu não vou ficar aqui para os outros ficarem rindo de mim.
Danilo - Voce vai ficar sim. Fugir é bem pior.
Danilo, levantou-se e calmamente foi ao encontro de Luiz.
Danilo - que brincadeira chata é essa cara?
Luiz - Voce achou? a galera curtiu muito.
Danilo - olha só, eu estou conversando na boa com voce, e quero que se retrate dessa piada sem graça.
Luiz - não vou me retratar de porcaria nenhuma. Vocês são dois viadinhos encubados.
Danilo - Voce esta me tirando do serio.
Luiz - e o que voce vai fazer?
Luiz levantou-se e deu um empurrão em Danilo, fazendo-o cair por cima de algumas cadeiras.
Nesta hora eu fui em defesa do Danilo.
Felipe - seguinte cara, ou voce apaga isso, e nos pede desculpa publicamente, ou vamos ter que chamar a direção.
Todos começaram a rir na minha cara.
Luiz - vai chorar pra direção? a criancinha quer chupeta que?
Felipe - ja chega. (me armei para dar um murro em Luiz, mas ele interceptou meu braço, e me lançou ao chão).
Luiz - qual dos dois vai apanhar primeiro?
Felipe - Tua raiva é de mim, então bate em mim. (falei me levantando, e partindo para cima do Luiz).
Fui golpeado nas costelas, e abaixei sentindo muita dor.
Danilo - Tu ta doido cara? O que ta acontecendo contigo? ( Danilo me levantou do chão, mas eu sentia muitas dores, e quase não conseguia parar em pé).
Luiz - esse viado nunca era pra ter vindo estudar aqui.
Danilo - ele estuda aonde bem quiser, e o dinheiro dele puder pagar, o que tu tem haver com isso?
Luiz - tem haver que ele chegou querendo acabar nossa amizade. Voce mudou muito, sera que não percebe isso?
Danilo - eu não mudei em nada cara, o Felipe não quer atrapalhar porra de amizade nenhuma, voce quem fudeu com tudo.
Luiz - isso, continua do lado desse maricas. (Luiz parecia estar fora de si, enquanto isso seus amigos o rodeava como forma de proteção).
Danilo - chega de ofensas, eu vou levar o Felipe ate a enfermaria, e ao voltar, se esse desenho ridículo ainda estiver no quadro, eu não irei apenas ao diretor, como também irei acionar o conselho escolar.
Luiz - Ta de brincadeira neh cara!? Tu sempre tirou onda com os outros, e agora quer me entregar ao diretor. Faz isso e agente cai junto meu irmão.
Danilo - tenho medo não. Se eu voltar e ainda tiver ae, eu vou ao diretor, e ainda aciono o conselho escolar.
Luiz - então vai logo, porque apagar eu não vou.
Danilo - não falo mais nada.
Danilo pegou nossos materiais, e me ajudou a chegar ate à enfermaria.
A enfermeira apenas me deu um remédio pra dor, e me liberou.
Voltamos a sala, e o professor ja estava escrevendo a disciplina. O quadro ja havia sido apagado.
A aula foi bem tensa, eu não conseguia prestar atenção nas aulas, tinha vergonha ate de olhar para o lado. Na hora do intervalo, o Danilo foi ate a lanchonete, e comprou nossas refeições, levando-a para a sala.
Na hora da saída, eu preferi esperar saírem todos primeiro. Danilo não concordou, mas aceitou esperar junto comigo.
xXXX
Danilo - Quer ir comigo não pra casa? Hoje eu vou de ônibus.
Felipe - Ja combinei de almoçar com o Guilherme. Vamos com a gente?
Danilo - tu é doido mano? Eu tenho amor pela minha vida. Olha la o jeito que ele nos olha. (falou Danilo rindo).
O Guilherme estava apoiado no carro, com os braços e pernas cruzadas. Usava um óculos escuros, e não dava pra decifrar se realmente nos encarava ou não.
Me despedi do Danilo, e fui em direção ao carro do Guilherme.
xXXX
Guilherme - Voces estão bem amigos neh!?
Felipe - é o único que eu tenho.
Guilherme - e eu não conta?
Felipe - tou falando de amigos aqui do colégio.
Guilherme - voce nem precisar ter amigos aqui. Colégio é pra estudar.
Felipe - Mas não é apenas aqui. Ele também é muito amigo fora daqui.
Guilherme - sabe o que eu percebo?
Felipe - o que?
Guilherme - que voce esta me colocando em segundos planos pouco a pouco, e o mais triste, é que não sei o que fazer. Juro que não sei.
Felipe - claro que não cara, eu...
Guilherme - não precisa mentir pra mim Felipe.
Felipe - mas não é mentira, eu realmente não estou te colocando em segundos planos.
Guilherme - então prova cara, prova que eu sou importante pra voce. Eu não sei mais o que pensar, não sei como agir.
O celular de Guilherme tocou, e ele atendeu, interrompendo por um tempo a nossa conversa.
xXXXX
Guilherme - era um cliente chamando para almoçar. Voce se importa?
Felipe - de que?
Guilherme - de almoçarmos com um cliente?
Felipe - Pode ser.
Discutimos mais um pouco no carro, ate que chegamos ao Restaurante central. Guilherme entregou a chave ao manobrista, e entramos aquele grande, e luxuoso restaurante.
xXXX
- Pois não. (disse uma moça muita elegante e educada).
Guilherme - Irei almoçar com amigos, suponho ja ter mesa reservada.
- Seu nome senhor!
Guilherme - Blater. Guilherme Blater.
- me acompanhem por favor.
Seguimos a moça, ate chegarmos a uma mesa afastada.
- Aqui. (disse ela nos indicando os assentos).
Guilherme sentou, seguido por mim.
- Boa tarde sr Blater. Boa tarde rapaz. (disse aquele senhor que eu ja conhecia).
- Boa tarde. (eu respondi)
- Boa tarde. (respondeu Guilherme).
Luiz que estava ao lado do pai me encarava como seu eu fosse um bicho qualquer, mas eu não iria me curvar a ele.
Pedimos nossas refeições, e conversamos enquanto Guilherme explicava o casa do Luiz ao pai.
Conversa vai, conversa vem, parecia que os clientes estavam satisfeitos. Guilherme ja tinha as artimanhas para livrar Luiz de um terrível processo.
Luiz - então quer dizer que o máximo que pode acontecer, é eu pegar uma pena comunitária?
Guilherme - exato. É uma prestação alternativa.
Luiz levantou seu copo de refrigerante indicando um brinde. O pai, e o Guilherme os acompanhou, menos eu.
- E como ficara os tramites, sr Blater? (perguntou o pai, preocupado).
Guilherme - então a primeira audiência ja esta marcada. Temos que antes confirmar as testemunhas do Luiz.
Luiz - Ja confirmei com todas elas, sr Blater. (Luiz parecia tirar um fardo das costas).
Guilherme - então só falta a assinatura do contrato.
Guilherme colocou umas folhas de papel sobre a mesa, e marcou com um ''x'' os locais aonde deveriam ser assinados por Luiz, e outros por seu pai.
Felipe - Guilherme. (finalmente minha voz foi ouvida naquele almoço).
Guilherme - Fala Felipe.
Felipe - não faz isso.
Guilherme - isso o que, Felipe?
Felipe - não defende esse cara.
Luiz fechou a cara, e me fuzilou com os olhos.
Guilherme - por que eu não o defenderia? É meu cliente, e este é meu trabalho. Defender meus clientes faz parte.
Felipe - é que...
Luiz estava me intimidando e eu estava ficando todo borrado.
Guilherme - fala Felipe, tem um bom motivo?
Felipe - tenho.
Guilherme - então diz pra gente.
Felipe - Lembra que eu te pedi pra mudar de colégio?
Guilherme - perfeitamente.
Felipe - pois é, o Luiz é o motivo.
Guilherme - Como é que é? - Me explica melhor, que eu não estou entendendo.
Continua...
