Subitamente, ela se levantou pulando e falando um puta-que-pariu que ele achava delicioso, pois vinha daquela boca dama e cortesã de anja e demônia de beijar sua boca e chupar seu pau de forma tão distinta e honesta e tão natural, como num raro caso e abençoado e maldito de confraternização entre o Paraíso e o Inferno. Tenho que ir, tenho prova agora às 7 e meia e já são quase 7 horas da noite! É o que dá eu me envolver tão profundamente com você. Estou fodida. Não posso perder a prova e nem estudei nada. Vim aqui com essa porra de apostila e era pra estudar no sossego, e aprender pelo menos um capítulo. Agora pega a apostila na página 4, que pelo menos isso eu sei, e enquanto tomo uma ducha rapidão, você vai lendo e me perguntando algumas coisas. Marmelada na hora da morte... Isso não dá certo. Eu vim aqui pra estudar! E você me pega, me amassa, me enche de tesão e depois me enche de pau até eu quase desmaiar. Não me ajuda nada, não me ensina nada, tenho que me virar sozinha nessa faculdade, que ele acha uma merda, mas que ela precisa terminar... Tomo um chá lá. Vou mergulhar na ducha e vê se você não dorme. Cubra-se e vá lendo aqui na porta, alto. Vamos, pergunta, tenho que ir, não posso perder essa prova, porra... Ela falava como uma metralhadora nervosa em plena ação de entrega de um telegrama no front, entre rajadas de aviões que não pretendia deixar nada e coisa alguma sem furo, e ele, pelado, deitado de costas na cama, apenas ria divertido da sua aflição, achando-a linda nua ali procurando a toalha, com aquela bunda maravilhosa, com aqueles peitos maravilhosos com bicos róseos, os pernões macios e concentrados de academia. E ele disse: vai duma vez, entra na ducha, vou te ajudar. E já te disse que não repita esse negócio de porra de faculdade. Sim, eu sei, te xinguei uma vez falando da tua nova faculdade, mas é que eu estava com muita raiva do teu desprezo. Além do mais, a mocinha não lembra que já me perdoou? Vai ficar pisando e repisando pra sempre nesse meu deslize emocional? Claro que te ajudo, te ensino, te elogio, te dou o meu melhor... e tudo... E ela, voltando-se, com a toalha branca nas mãos, viu que quando ele falou que dava o seu melhor tinha seu pau na mão... E ela explodiu de raiva fingida: você não presta mesmo, é um canalha com esse negócio aí na mão... Me mata! Ei, eu não estava me referindo a esse negócio aí... Ele riu e fez negativo com a cabeça e com a ponta do dedo chamou-a. Ela disse que não, que tinha que voar. Ele insistiu. Ela se aproximou da cama onde eles tinham se amado quase como dois animais durante quase a tarde toda que chovia lá fora sem trovões. Agora quase não tinham pernas com que sair... Foi assim: ela tinha ligado e avisado que estava chegando. E ele dissera então vou ao banco primeiro. E ela: nada disso, mocinho. Tá fugindo com o pau? Estou chegando, passando a avenida e já estou aí, louca por você. E ele: então espera eu pelo menos tomar um banho? E ela: de jeito nenhum. Quero tomar banho com você. Não me interessa... Eu quero você agorrrrra! Ela multiplicava e esticava o erre deliciosamente de jeito mineiro quando estava em alegria, paz, tesão. Ele adorava aquele jeito diferente, de menina, de mulher, um botãozinho de rosa vermelho-amora que ela tinha na parte externa do seu vulcãozinho terrorista, como ele dizia. Ela sempre fingia reclamar: agora ela é um vulcãozinho terrorista, é? Como se atreve? E ele: é que você liga e diz que está chegando, com tesão, com vontade de trepar, com vontade de fazer amor, com vontade de gozar, que não goza há dois dias... Então, você e sua bucetinha são mesmo duas terroristazinhas. Ela havia chegado às 13 horas, depois de um almoço frugal de saladinha com gengibre e azeite português e suco de morango sem açúcar, uma pílula de café, uma castanha e um café spresso forte. Não fumara. Logo, estava a ponto de explodir de pura energia. Chegara, e na garagem, no abraço apertado e no fundo beijo que trocaram, ela pegara em seu pau por cima da bermuda e provocara: o que foi? Não tá a fim das duas? Se for assim, já vou embora! E ele, rindo da provocação: acalme-se, menina, que estou te esperando. Você vai ver. Vamos tomar banho que te mostro que precisa só um pau pra fazer uma canoa, quando se trata de uma canoinha feito a tua... E fora puxando-a pela mão, enquanto ela se atrapalhava com a bolsa cheia maior que ela, e cheia de tranqueiras, de apostilas e cadernos, e laptop, e celular, canetas, chave do carro, da casa, óculos pretos na cabeça, puxando o cabelo por trás da orelha, assoprando a franja com um bicão e rindo com os olhos, fazendo frisos com a base alta do nariz, a boca manceba de moura como uma luz estelar alforriada, como Betsebá, como a Rainha de Sabá. Mas a mocinha, perguntou ele abrindo a sala – veio trepar e estudar? Como se dará isso? Como ela vai conseguir? Apostila numa mão e pau na outra? É isso? E ela fingira lhe dar um beliscão. E detonara: onde o mocinho andava que liguei e ele não atendeu às 8 horas? – ela indagou, como a chefona do principado do Cambuí, conforme ele a chamava às vezes, pra se diverir. E ele, rindo: pois não, dona doutora delegada durona, às 8 horas da matina eu estava apenas dormindo, pois fui dormir tarde... E ela, fula da vida como ela só, as duas mãos na cintura e parando no ar: espera aí, espertinho; por que foi dormir tarde? Quem estava aqui? Olha que vou te bater. Te mato! Alguma coleguinha dessas voadoras que te perseguem e você não aguenta, não é? Fala a verdade! E ele, rindo: para de bobagem! Dormi tarde porque estava lendo, li muito Voltaire e Voltaire me acelera, você sabe e depois leva tempo pra normalizar. E ela, fazendo bico: não quero saber de nada dessas coisas de visitas, você está me entendendo bem? Visita aqui só eu. Aliás, acho que achamos que não sou apenas visita, não é mocinho? E fez um bicão, como se explodir e soltar fumaça pelas orelhas. Eles já estavam quase nus, no quarto, indo para a ducha. E ele perguntara, enquanto ela entrava só de calcinha no box: vai ser um banho completo ou só água, sabonete líquido Protex cor de rosa e xampu importado especial mente pra você? E ela, fingida: mas o que mais estava pensando em termos de banho completo com uma mocinha séria como eu? Ele deu de ombro e a empurrou pra debaixo da água, pressionou seu corpo contra a parede e o dele contra ela, e a beijou na boca longamente, apertando-a. Disse iria afogá-la. Ela correspondeu e teve uma espécie de morredura, uma morredeira de que tanto falava e gostava, quase uma síncope, um desligamento de aparelhos, um estupor. Ela era a coisa mais importante de sua vida. Que tinha chegado do céu naquele tempo e ainda conservava as asas, a doçura da primavera, o esplendor da juventude, o brilho do olhar dos pequenos anjos, a vivacidade da flor de laranjeira, o gosto dos lírios, o cheiro do cravo, o toque do cetim. Ajoelhara-se e fora tirando a calcinha dela aos poucos. Logo sentira o calor do seu sexo, vendo correr a água morna entre suas curvas. Tocara sua bucetinha com o dedo, delicadamente, depois a puxara com uma das mãos pela bunda, abriu-a um pouco e colocara sua boca e sua língua ávidas. Sentira o gosto doce-salgadinho que só ela tinha. E a chupara, sorvendo-a de saudade. Ela arqueava as costas para trás, uma das mãos no apoio de aço, uma das pernas no banquinho branco, a outra mão na cabeça dele, a cabeça debaixo da água tépida e bendita. E bendizia a loucura que se havia instalado nela, como uma legião de demônios do bem que a norteavam, que a torciam e distorciam dentro e fora, um enxame, uma cavalaria disparada, uma carreta de ação puxando cinco tanques imensos de aço cheios da mais pura gasolina, desgovernada na mão de Satanás que a apanhara em momento de descuido. Ela abrira os braços procurando se agarrar ao box, pois sempre gozava logo daquele jeito. A água escorria carinhosa, ela tinha os olhos fechados, estava concentrada na língua dele, como ele ensinara e a língua dele não descolava dela. Quase não havia demorado, e gozara um gozo que quase a tinha vergado nas pernas e a levado de volta ao Paraíso. Com as duas mãos, então havia prendido a cabeça dele dentro dela, um parto ao contrário. Depois o erguera pelos ombros e se ajoelhara na pedra quente e tomara seu pau que estava explodindo inteiro na sua boca e o sugado com frenesi. Ele tinha o gosto do sal do mar e do açúcar do rio, de chá preto quente, de alfavaca, um jeito de posse que não conhecia, um jeito de destemido que a seduzia. E por ele ela navegava seu prazer, seu tesão, suas orações. Tinha colocado seu nome no livro e ia lá toda semana para agradecer. Ouvia as suas músicas, em casa, no carro, sempre subindo nas paredes de saudade. Súbito, havia se levantado e ido em direção de sua boca, havia beijado sua boca fortemente. Então dissera que ia judiar dele, que não o deixaria gozar ali, segurando seu membro na mão e esfregando seus seios macios de mamilos pequenos e intumescidos no peito ensaboado e cheiroso dele. Ele tinha protestado, disse que não era justo. E ela o fizera calar com a boca, depois pedindo que ele ensaboasse suas costas. É da minha natureza, respondera ele quando tentou possuí-la por trás, debaixo do chuveiro, e ela saíra correndo, molhada, dizendo que ele era tarado. Depois, dissera. Ele a seguira e a tinha agarrado perto da cama e a derrubara molhada na cama. Ela tinha tentado protestar quando ele abriu suas pernas e penetrara nela duma vez só, pela frente, beijando sua boca e seus seios um a um e arrancando suspiros dela. Tarado, heim? Não gosta de tarado, né? Ah, gosta? Então toma o que teu Urso Branco tarado tem pra você! E ela, olhando direto nos olhos dele, sentindo seu pau em movimento ritmado e intenso e seu peito arfar, tinha brincado: de quem é esse tarado? Esse tarado comigo faz mesmo o quê? Esse tarado me deixa tarada a ponto de não deixar de gozar um dia sequer, ou com ele ou sozinha, por ele, em longas noites de espera e desespero? Esse tarado é o meu Alfa que me ama? Sou sua preferida? Sua preferida? Sua melhor? E o quanto ele me ama? Ele me ama de verdade? É capaz de trocar tudo por mim? É capaz de dar sua vida por mim? É capaz de entregar a vida dele por ela? Quem é esse tarado que bagunçou a vida dela, que fodeu a vida dela pra sempre, de modo que ela não vive um minuto sem sua boca, sem suas canções, sem seu calor e seu carinho, sem suas palavras, sem suas conversas, sem suas histórias, sua voz, sem seu pau? Esse tarado é meu, é só meu, é inteirinho meu!... Ela disparara a falar, e fora aumentando o nível e a intensidade da voz emocionada sinceramente na medida em que ele movimentava o pau dentro dela, até que gritara, gozando intensamente. Uma nova morredeira do Paraíso! Tinha puxado pra si o corpo dele com suas pernas em pinça e seus braços, de modo que ele se enterrara nela ainda mais, indo ao fundo, bem ao fundo, de todas as suas expectativas de fêmea e de mulher e de menina. Ao fazer dois ou três últimos movimentos dentro dela, ela gritara de novo, tremendo de alto a baixo, com a garganta e os olhos secos, o coração querendo se despregar, com a alma presa nele daquele jeito que a matava. Suavemente, a respiração atropelada, ele foi saindo dela, ao mesmo tempo em que virava o corpo de lado. E ela reclamou: quem mandou tirar? Você não gozou ainda! E ele, com calma: o que é que sempre digo pra menina que goza assim no pau? Heim? Repita! O que é que digo sempre? E ela: sei, você diz que menina que goza assim em seu pau merece uma nova rodada de língua... E ele, atalhando, sorrateiro como um lobo alfa salteador, falando dentro da sua orelha: língua onde? De que jeito? Pra fazer o quê? E ela: língua na buceta, loucamente de cima pra baixo, de lado pra lado, até fazê-la gozar de novo! É isso que o Bruxo sempre falou pra ela. E ele: então, foi por isso que não gozei, ainda. Você merece aplauso pela gozada sincera e puta e de Santa Tereza de Ávila que acaba de dar e uma nova sessão de chupada em sua bucetinha maravilhosa, como você adora! Dissera, e escorregara em direção do seu ventre, beijando cada pedaço dela e de novo eriçando seus pelinhos descoloridos e fazendo-a arquear as costas, apertando a cabeça dele contra si, a voz que não saía. Enfim, tinha chegado de novo à entrada do Paraíso, como dizia. Era apenas um pequeno risco abaixo do seu ventre, uma passagem pequena, secreta, escondida, um tesouro que ele soubera encontrar e cultivar, como dizia, emoldurado apenas por uma rala floresta e pequena de cabelos cortados ora rentes, ora arrancados à pinça, ora rapados. Ele nunca se decidira de qual sistema gostava mais: ele simplesmente amava aquele pedacinho de céu de amanhecer, encimado por uma pérola pequeninha, menor do que um quarto de um grão de ervilha pequenininho, como ele dizia, por onde ela recebia a sua felicidade de fêmea. Então, ele se fora escorregando até chegar ao ápice que, naquele caso, ficava bem no meio de tudo, no meio do universo, no meio da sua vida, no meio daquelas pernas bem-feitas. Bravamente, como ela dizia sempre, ela suportara, para não gozar imediatamente, todas as doces investidas dele, ficando apenas concentrada na boca dele. Era um ato de heroísmo de resistência do seu corpo e de controle de sua mente, que tinha aprendido com ele, aquele Bruxo celta de centenas de anos e truques magníficos que a surpreendiam. Prendia a respiração quando sentia as suas estocadas experientes, os movimentos laterais, a penetração da língua. De repente, não dava mais para segurar e ela explodia de novo na boca dele – a coisa mais bonita, a glória da vida, como ela dizia sempre ao gozar. E morrer. E ele, retornando pelo caminho da perdição onde estivera mergulhado, passava pelos seios dela e voltava à sua boca, onde entregava parte do resgate que obtivera. E sempre acrescentava que ela tomava na boca aquilo que era dela, pra comprovar a doçura e a loucura que era gozar na sua boca. E ela sentia o gosto do seu próprio gosto. Depois, ele se deitara de costas e a puxara para si, fazendo-a encavalar-se nele, por cima, encaixando-a para uma cavalgada de nova sessão de loucura, respiração na respiração, que acabara num desabamento total de ambos, com os corpos massacrados e felizes. Assim ele gozava dentro dela, se despejava dentro dela, ambos se olhando nos olhos. E ela aproveitara e gozara novamente, pois seu treinamento era de ótimo aproveitamento – dizia ele – e ela, fingindo que o beliscava na barriga e ria, e ria, e ria, desmontara dele, capotando com as quatro rodas ao seu lado, como ele dizia. Transpirava como uma chávena de chá quente que tomava com suas primas em Minas, a quem contava sobre seu Alfa. Arfavam, ambos, agora lado a lado, de mãos dadas. Corações em pleno galope, rédeas ao vento, campo longo aberto, vasto vento de junho, espaço celeste com debruns de prata. Aquele momento era muito especial para ambos. Sem combinar, parecia que aquele aperto de mão selava definitivamente o amor dos dois. Instintivamente, eles tinham criado uma aliança, dessas que não são o que a sociedade manda instalar, que os costumes impõem para os amantes. Era uma aliança diferente, como se ambos fossem seres de outras galáxias, longe deste insensato mundo de preconceitos, de opiniões enlatadas, de costumes costurados, de organização de usos e comportamentos feitos no tear da moralidade de urdidura e trama sempre na mesma linha, na mesma direção. Com eles era diferente, não para provocar ninguém: apenas para não aborrecer ninguém. Aquela aliança que firmava suas loucuras bastava. Você me inundou, se despejou todo em mim. E ele: vira esse bundãozinho pra mim... E ela: depois. Aquilo era só deles, portanto, não feria ninguém. Neste ponto é que se chega àquele delicioso puta-que-partiu, estou atrasada que ela dissera. E ele, rindo, deitado na cama, apenas fazia sinal pra ela se aproximar. Ela fingiu que relutava, mas foi. Curvou-se e ofereceu sua boca a ele, que se arqueou e aceitou. E ele: e o bundãozinho? E ela: depois, mais tarde... depois... Com duas as mãos, ela acariciou seus cabelos e o puxou, prendendo-o pelos lábios. Depois, ergueu-se e apertou a cabeça dele entre os seios, com volúpia e vontade. Mas, com carinho e mansamente, afastou-se um pouco e disse, bem baixinho: preciso ir, agora, e prometo voltar daqui a duas horas, pra você, inteirinha, sem hora pra ir, sem culpa, sem medo, sem compromisso, e ficar aqui com você com toda a minha vontade, minha insegurança, meu medo, e a minha sem-vergonhice de devassa como você me ensinou, com meu tesão e meu amor e meu carinho. Agora, quietinho, que tomo uma ducha e você me faz cinco perguntas daqui dessa página – apontou, com o dedinho em riste – que sua menina tem que tirar pelo menos a metade da nota. E ele, compreendendo o sentido do seu apelo, passou a também a falar bem baixinho: então vá, tira esses peitos da frente da minha boca, tira essa boca da frente da minha, tinha esse cheiro gostoso que exala da sua bucetinha e corre pra ducha. Tenho que te fazer cinco perguntas, pra você acertar todas, certo? O bundãozinho, depois? Está bem. Então, vá! Ergueu-a e lhe deu um tapa leve na bunda. E ela correu, abriu a ducha, suspirou e deixou que a água tomasse conta de toda a sua vida. E sentiu que a água escorria com o que ele tinha lhe despejado, quente como uma noite de verão antiga. E ele começou perguntando: onde é produzido o paratormônio? E ela: pelas glândulas paratieróides, que ficam posteriormente à glândula tireóide... E ele: certo, dona. Agora a segunda: a calcitonina é produzida onde? E ela, quase gritando: pelas células parafoliculares da tireóide. E a terceira: onde e quanto está depositado o cálcio num organismo? Nos ossos e nos dentes, mais de 99 por cento! Agora a quarta pergunta: qual é a função dos dois hormônios, o paratormônio e a calcitonina? Combinados, eles controlam o nível plasmático do cálcio, uai! Ele a repreendeu: isso é coisa séria, não fica tirando... E ela gargalhou a sua gargalhada preferida, que ecoou no box, na casa, no quarteirão e na cidade. Agora a última, valendo cinco pontos. Quatro você já faturou. Está pronta? Então lá vai: quais são os mais importantes sais ósseos? E ela, fechando a ducha e abrindo a porta do box, cega da água e rindo como uma adolescente, o dedo em riste, próxima de uma conquista: os mais importantes sais ósseos são fosfato de cálcio, carbonado de cálcio e... e... hidroxipatita. Acertei? Ele, embrulhando-a na toalha, pegou-a no colo e a jogou na camona, passando e enxugá-la enquanto ela ria, feliz, olhando pra ele com cara de apaixonada que era, com carinho que tinha, com amor que que lhe dava, sentiu-se a mulher mais completa do Planeta visitante! E ele disse: agora vou buscar uma calcinha pra te vestir. E voltou com uma calcinha branca, pendurada no pau duro de novo... E ela riu da travessura do seu homem, arrumou-se e correu. Encantado, do portão ele disse vai, minha juriti, minha abelha jataí, vai minha pimenta piel canela, bjus bilhões nas duas. E recebeu mais um beijo da sua boca molhada de vermelho, entrou, sentou-se no sofá diante da TV desligada, riu um pouco, deu um suspiro dobrado, dirigiu-se a Deus e agradeceu, de joelhos e pelado. Não era possível que existisse um homem mais feliz na face da terra. Menos de duas horas depois, o telefone tocou: estou aqui, abre, tirei 5, a nota máxima, e quero você, quero te agradecer! Trouxe lanche. Para ele, foi como se fosse alguém entoando uma ária de Verdi!
Apostila
Um conto erótico de Beal Balestrino
Categoria: Heterossexual
Contém 3484 palavras
Data: 30/03/2016 16:46:59
Assuntos: Heterossexual, Sexo
Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Balestrante a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Comentários
Muitíssimo bom, ou boníssimo, você escolhe. Parabéns por tê-lo escrito.
0 0
Boca molhada de vermelho não. Espera e desespero não. Minúscula felicidade de fêmea não. "Morrer" não. Alfa não. Nota 5... OK.
0 0
Li uns 30% do texto, de imediato firmo que o conteúdo é excelente, mas pecou na formatação do texto, deixou muito cansativo. Parabéns é uma dica, dê parágrafos.
0 0