Falei pegando as chaves e indo à porta, fechei a persiana, quando viro ele está atrás de mim, claro que ele não saiu eu estou na porta, as luzes estavam apagadas e só entrava meia luz da rua pelo outro lado da porta de vidro que estavam com as persianas levantadas, travei seus olhos me congelaram no lugar, meu coração batia tão forte que acho que ele podia ouvir.
Daniel: ma..Matheus...
Matheus: você sabe meu nome? Como?
Daniel: eu ... te conheci a um ano atrás..
Ele parou percebi sua expressão, ele abriu mais os olhos e olhou para o meu cabelo, de frio passei para quente e comecei a suar, parecia que tinham aberto a porta do tártaro embaixo de mim.
Matheus: Daniel.. Daniel você? Eu não...
Ele se aproximou de mim para me ver melhor, eu poderia sentir seu cheiro e o calor que seu corpo exalava, em um impulso que não saiu de mim sim da minha alma nos abraçamos, foi um abraço sincronizadamente igual, nenhum de nós 2 iniciou ele veio sozinho.
Matheus: por que não falou com migo eu lembro que esbarrei em você, na rua e você ficou me olhando e aquela imagem não saia da minha cabeça como se eu conhecesse você, eu conheço você, por que fez aquilo por que não me ligou por que por que?
Eram tantos por que, mais eu não escutava nada, eu apenas o abraçava mais forte.
Daniel: eu não queria mais te prender, se não tinha mais esperança resolvi ir e sofrer tudo de uma vez do que sofrer aos poucos.
Fui empurrado esbarrando na parede.
Matheus: sofrer tudo de uma vez? SOFRER TUDO DE UMA VEZ! VOCÊ NÃO SABE O TEMPO QUE EU PASSEI PENSANDO EM VOCÊ,S E VOCÊ ESTAVA BEM OU SE TINHA FEITO ALGUMA LOUCUR COM A PROPRIA VIDA, EU JUREI QUE SEU EU TE VISSE EU TE DARIA UM SOCO.
Ele me acertou um soco me fazendo cair, sentir um leve corte no meu lábio, o soco não foi tão forte, parecia mais um carinho vindo dele, eu não fiz expressão eu deixei ele tirar a dor que ele sentia por mim.
Matheus: e depois do soco... eu te beijaria como se fosse o primeiro e último beijo da minha vida...
ele sentou no chão e devagar puxou meu rosto para o dele, eu apenas obervava seus traços e olhava fundo em seus olhos que estavam cheios de lagrimas. Nossos lábios se encontraram como desconhecidos e não queridos, pareciam se repulsar e o beijo estava se tornando amargo, uma lagrima escorreu do meu olho e pude sentir seus rosto molhado com as dele, ele parou e nos olhamos..
Daniel: você falou o primeiro e o último... ele sorrio pra mim.
E me puxou de volta, dessa vez foi diferente, estávamos com nossas almas limpas sem ressentimento só nossos puros e lívidos sentimentos.
Antes de nossos lábios de encontrarem em perfeita harmonia, a porta se abra batendo na minha perna, então a pessoa que abriu a porta olha e ver o Matheus em cima de mim e o puxa jogando-o para longe de mim, quando eu levanto e olho sobre a luz da rua posso ver que é o Léo, e ele está furioso com o rosto cheio de lagrimas.
Ele coloca as mão na cabeça e abre a boca pra falar mais as palavras não saem, eu poderia ver a dor que ele estava sentindo, pois eu sabia o quanto doía amar alguém.
Daniel: Léo eu posso explicar calma... é que o Matheus... amo ele e... pera eu errei eu buguei aqui.
Sem pensar as palavras saiam da minha boca e o Matheus sorrio, seria romântico se o Léo não estivesse enfurecido. Ele foi na direção do Matheus e o levantou pela gola, o Matheus parecia sério, tentei parar o Léo e tomei um soco, ( eu já estava me sentindo um saco de pancada), então quando ele levantou o braço para dar um soco no Matheus, o Matheus é mais rápido e dá uma joelhada na sua barriga, mesmo assim o Léo não o solta, parecia consumido pela raiva e acerta 2 socos no Matheus que cai no chão, e rapidamente dá uma rasteira fazendo o Léo cair para trás, em seguida acertando socos nele que o faz ficar mole no chão, nessa hora eu já estava chorando muito estava em shock não conseguia me mover apenas lagrimas caiam e eu no chão olhando a cena, onde tinha sangue lagrimas e amor.
Pessoas entram na loja e separam os 2, um amigo do Léo aparece no meio da multidão e o tira do chão, o Léo nem olhava para mim, só fez cuspir perto de mim o sangue que escorria por sua boca, e eu vi ele desaparecer em um carro cinza com seu amigo...
Permaneci no chão até as pessoas saírem, ignorando qualquer tipo de ajuda, eu queria que um buraco para eu me enterrar naquele momento, escuto um gemido de dor e olho para o lado, o Matheus estava sentado no chão com o nariz sangrando olhando para mim sua expressão era de dor.
Eu levantei e fui em sua direção, o ajudei a levantar, eu esperar outro soco já que estava virando costume já, e esperei ele sair pela porta e também me deixar, mais ele apenas me abraçou e sorrio como se tivesse achado tudo engraçado, me fez soltar um sorriso também.
Daniel: você é louco...
Matheus: devo ser....deve ser meu defeito.
Daniel: eu te falei um dia que amava até seu pior defeito... eu não menti.
1 semana depois
O Léo tinha ganhado um intercâmbio para o canada pelo que me disseram e depois do incidente na loja nunca mais o vi nem tive contato com ele, assim achei melhor, o Matheus tinha saído do AP que ele tinha alugado e dividia um comigo, e meu chefe deu um emprego para ele na loja, onde passamos a trabalhar juntos, onde dávamos umas fugidas para os corredores quando o chefe não via e rolava altos beijos Rsrsrs.
Era tudo que eu tinha sonhado e esperado para nós 2, só que muito melhor.
obrigado espero que tenham tido uma boa experiencia de leitura, por favor deixem comentários construtivos