Romances Proibidos 29
(CAROL)
Liguei pra minha ex, por mais que terminamos de maneira ruim tivemos uma grande história com muitas coisas boas também. As coisas boas sempre superou as ruins então sempre levamos nossa relação de maneira suave, amei ela muito já ela não sei dizer. Quando ela chegou já tinha conseguido me levantar, ela parou o carro na minha frente, abaixou o vidro do carro e pediu pra mim entrar.
CAROL: Desculpa, por te ligar não sabia pra quem ligar.
Ela pareceu pensar antes de falar.
BRUNA: Você não precisa me pedir desculpas, agora me conta tudo o que aconteceu para você ficar deste jeito.
Entrei no carro falando tudo pra ela o que tinha acontecido no apartamento e na rua ali mesmo onde ela tinha me buscado. Ela não me levou direto pra casa ficou dando voltas no quarteirão comigo, paramos em frente ao meu prédio. Foi ai que percebi as malas no banco de trás do carro.
CAROL: Por que das malas?
BRUNA: Vou passar uma temporada fora.
Fiquei curiosa. Ela parecia triste com a decisão tomada.
CAROL: Por que Bruna? Aconteceu alguma coisa?
BRUNA: Me envolvi com uma pessoa que me fez sofrer muito.
CAROL: Nossa.
Fiquei sem palavras foi a única coisa que saiu da minha boca. Uma coisa que me deixou intrigada foi que uma pessoa que conseguia ser mais fria de sentimentos que a Bruna, por que pra conseguir machucar a Bruna tem que ser muito fria mesmo. É o tipo de pessoa que vou querer bem longe de mim.
BRUNA: Aprendi a gostar dela demais, e ela nada por mim. Hoje dei um ponto final no rolo que tínhamos.
CAROL: Mas me diz uma coisa. Vocês tiverem algo, não é sinal que ela tinha algum sentimento por você?
BRUNA: Não no caso dela. Olha eu aqui falando com você sendo que é você que precisa desabafar.
CAROL: Não tem importância, é até bom que eu distraio a cabeça.
BRUNA: Ok. Vou resumir a história pra você entender. Ela me usou por muito tempo como estepe, enquanto ela passava o rodo geral eu ficava a sua espera. Até tentei ficar com outras pessoas mais não era como ficar com ela.
CAROL: Você está apaixonada por ela?
BRUNA: Não sei ao certo ainda.
CAROL: Se você está mesmo apaixonada por ela devia lutar por ela.
BRUNA: Ela é imune a sentimentos Carol.
CAROL: Eu também pensei que você fosse imune a sentimentos. E olha bem pra você aqui, completamente apaixonada.
BRUNA: Eu te fiz sofrer muito né?
CAROL: Tivemos nossos momentos bons e ruins como em qualquer relacionamento.
BRUNA: Obrigado por me ouvi.
CAROL: Você acabou de vim até aqui pra me socorrer esqueceu?
BRUNA: E como vai fazer pra contar pra Rita o que ele te fez?
CAROL: Não vou falar ainda.
BRUNA: Por que?
CAROL: Ela não iria acreditar em mim.
BRUNA: Ela é sua amiga a muito tempo, e você não é do tipo que inventaria este tipo de coisa.
CAROL: Eu perdi a paciência com ele dei um tapa na cara dele, ela pode pensar que estou falando isso somente por raiva ou outro sentimento qualquer.
BRUNA: Isso você tem razão.
CAROL: Sobe comigo?
BRUNA: Sim. Mais você não prefere ficar aqui mais um pouco?
CAROL: Até prefiro mais acho melhor subi de uma vez e ver o que isso vai dar daqui pra frente.
BRUNA: OK vou subir então com você.
Ela pareceu não concordar com minha decisão mais não falou nada, nem quando entramos no apartamento e Rita a culpou pelo meu estado, posso até dizer que deplorável. Ela simplesmente se permaneceu calada em todo momento na frente da Rita e jugo disser que se ela fosse abrir a boca seria pra falar que Rodrigo não valia nada. Então foi melhor que ela ficasse em silencio mesmo. Quando entramos no quarto a Bruna respirou fundo ou melhor bufou por causa da Rita.
BRUNA: O namorado dela fala aquelas atrocidades pra você. Ai ela pergunta o que foi o que eu fiz pra você?
CAROL: É a Rita. Ela só está ficando apaixonada pelo cara.
BRUNA: Ai ela não enxerga o quando ele é um babaca?
CAROL: Mais ou menos isso.
BRUNA: Pois é. As peças que o coração nos prega né?
CAROL: Sim fato. Não posso criticar a Rita, estou também me apaixonando por uma mulher que mal conheço.
BRUNA: Espero que ela te faça feliz como você merece.
A Bruna me deixou pasma com isso.
BRUNA: O que foi?
CAROL: Foi o que você me disse. Essa mulher que passou por sua vida te fez mudar e pra melhor.
Ela sorriu fechando os olhos pra mim.
BRUNA: Por que você não deita e dorme que amanhã é um novo dia.
CAROL: Vou fazer isso sim.
BRUNA: Vem deitar, que eu te cubro e vou embora.
Falou isso ajeitando a cama pra mim deitar. Mais uma coisa que ela não sabia era que eu não conseguiria dormir pelo menos não antes do boa noite da Nanda, e mesmo assim não saberia se conseguiria, estava apavorada com tudo que tinha me acontecido. Parecendo ler meus pensamentos a Bruna completou dizendo.
BRUNA: Olha vou pra casa dos meus pais hoje. Você viu as mala, aquelas que estão no carro. Mais qualquer coisa que você precisar me liga. Se ele te ameaçar novamente ou qualquer outra coisa. Me ligue que virei em seu socorro e se não poder vim mando algum amigo meu vim.
Ela esperou eu similar tudo que tinha dito.
BRUNA: Você entendeu Carol?
CAROL: Sim.
BRUNA: Me prometa que vai fazer isso.
CAROL: Se eu precisar de ajuda eu te ligo, obrigado por tudo Bruna.
Ela me deu um beijo na testa e deu tchau e foi para casa dos pais. Não sabia quem era a mulher que a Bruna tinha se envolvido mais uma coisa sei, deixou ela em bagaço completo. Quem seria capaz de deixar alguém assim sem se importar com seus sentimentos. Eu e a Bruna terminamos numa situação muito difícil pra ambas, mas mesmo sabendo que a Bruna nunca teve os mesmos sentimentos por mim que tive por ela, de forma alguma me deixou sem amparo.
Estava deitada tentando ver toda situação de um ângulo melhor porém, quando mais eu pensava na situação mais me via numa rua sem saída. E pra ajudar tinha ainda o segredo da Duda que agora era meu também. E sempre me vinha a mente como seria a reação da Nanda quando descobrisse isso e se ela me perdoaria de esconder um segredo deste dela. Como não a conhecia bem então não sabia nada sobre sua forma de pensar em diversos assuntos. Foi em meio a estes pensamentos que recebi a minha ligação de boa noite dela.
Durante a ligação ela percebeu meu nervosismo e me questionou sobre ele, mais também senti ela um pouco tensa durante a nossa ligação. Acabei falando tudo o que me tinha acontecido a tarde inclusive de ter ligado pra minha ex para ela ir ao meu socorro, pode ter sido impressão a minha mais ela ficou um pouco desconsertada com a situação como se ela conhecesse minha ex de algum lugar, chegando até a perguntar qual era o nome dela. Mas deixei passar não me importei tanto assim para questioná-la sobre isso. Fiquei com uma sensação de que ela queria falar algo pra mim, mas como conversamos tão livremente ontem que achei que ela teria liberdade suficiente para falar qualquer coisa comigo.
Não ficamos tanto tempo em ligação como tínhamos ficado da outra vez mais mesmo assim tinha sido proveitoso, desta vez eu tive que interromper nossa ligação de boa noite por que queria fazer uma surpresa pra Nanda ainda esta semana pra isso teria que terminar todos os meu trabalhos até depois de amanhã, pra isso acordaria mais cedo e aproveitaria o horário que estaria no estágio para fazer todos os trabalhos necessários e atividades para entregar. Se eu conseguisse ai eu chamaria a Nanda pra sair, nem se for pra ir tomar um suco na padaria sem hora pra terminar.
Nos despedimos de forma carinhosa, ela gentilmente me prometeu acordar no dia seguinte para me desejar bom dia. Fui dormir o cansaço tinha tomado conta de todo meu corpo. Cheguei ouvi Rita falando com Rodrigo por telefone, fiquei com medo por minha amiga porém, teria que esperar mais um tempo pra revelar pra ela que tipo de cara ele de fato era. Adormeci um sono agitado por causa dos pesadelos que tive com Rodrigo. Só consegui pegar no sono mesmo depois que me levantei e tranquei a porta do meu quarto.
(NANDA)
Eu fiquei ainda algum tempo tomando coragem pra fazer a ligação pra Carol e descobrir qual real envolvimento que ela tinha com a história da Duda e o Davi, e ainda por cima o que ela tinha com a Bruna se era mesmo ela, por que eu estava me apegando ao fato dela ter feito o milagre de ter emprestado o carro pra alguma das meninas que morava com ela. Depois de muito pensar e tomar toda a coragem que tinha pra fazer o que tinha pra ser feito, e tinha mais, ela de fato tinha que ter uma chance de falar sua versão toda da história.
NANDA: Boa noite Linda.
CAROL: Boa noite, adoro que você me chame assim.
Senti a voz dela um pouco embargada como se estivesse chorando.
NANDA: Aconteceu alguma coisa?
Ela demorou pra responder, como se estivesse pensando se deveria ou não falar comigo.
NANDA: Olha, sei que nos conhecemos a pouco tempo, mais pode falar tudo o que quiser pra mim.
Ela pareceu tomar coragem.
CAROL: Está tarde foi muito agitada. Tive até que ligar pra minha ex.
NANDA: Tua ex? Por que ligou pra ela?
Fiquei abismada com isso.
CAROL: É que fui quase atropelada e mais umas coisas.
Tava ficando confuso tudo isso.
NANDA: Foi por isso que chorou?
CAROL: Chorei?
Ela pareceu surpresa.
NANDA: Sim. Sua voz está embargada quando liguei pra dizer a verdade ainda está.
CAROL: Sim chorei muito.
NANDA: Por que não me conta tudo, quem sabe eu possa te ajudar em alguma coisa.
Uma coisa percebi ali precisava ganhar a confiança dela pra assim questioná-la sobre qualquer coisa de um assunto tão delicado como a traição da Duda e qual era o envolvimento com a Bruna apesar deste último eu já desconfiar.
CAROL: Lembra do garçom que serviu o almoço de domingo lá no shopping?
NANDA: Sim, porque?
CAROL: Você vai entender assim que eu te falar tudo.
NANDA: Ok.
CAROL: Pois minha amiga Rita está se envolvendo com ele...
Deus do céu como em pleno século 21 tem pessoas que falam desta forma e pensam assim, fiquei mais pasma ainda quando ela falou sobre a ameaça que ele tinha feito a ela pois bem não foi só isso que fiquei surpresa na nossa conversa.
CAROL: Então foi por isso que liguei pra minha ex.
NANDA: E qual é o nome dela?
CAROL: Bruna.
Se ela tivesse ao meu lado com certeza ela teria visto o quanto fiquei pálida e em choque sem ao menos perguntar tive minha resposta. E uma resposta extremamente desagradável por sinal. Sei que ela percebeu alguma coisa, mais nada ela disse. Por que demorei pra voltar a falar com ela tanto que...
CAROL: Você deve estar cansada.
NANDA: Por que?
CAROL: Não falou mais nada.
NANDA: Estava aqui pensando.
Agora foi ela que ficou em silencio.
NANDA: E você está pensando em quê?
CAROL: No quanto estou me apegando em você.
NANDA: Puxa isto é bom?
CAROL: Não sei.
Foi ai que me deu uma vontade de por ela contra a parede e fazer ela falar sobre tudo que ela sabia sobre a Duda e o Davi, me faltou coragem pensei em tudo que ela tinha passado no dia eu seria muito insensível se falasse sobre isso com ela. O assunto poderia esperar, ele tinha que ser tratado de uma forma bem delicada, e não só ele mais agora principalmente o da Bruna. Depois de mais alguns minutos de conversas triviais mais pelo fato de distrai-la que por gosto pessoal.
CAROL: Adorei conversar com você, mais hoje preciso dormir mais cedo. Você se importa?
NANDA: De forma alguma, pode ir descansar.
CAROL: Você me acorda amanhã?
Uau direta ela. Que pena não seja nos assuntos desejados por mim.
NANDA: Sim se você quiser.
CAROL: Quero sim.
NANDA: Linda então tenha uma boa noite e durma bem.
CAROL: Você também. Durma bem e tenha um boa noite.
NANDA: E sobre o babaca lá, qualquer coisa só me ligar.
CAROL: Obrigado.
Nos despedimos, pra mim ela pareceu tensa ainda mais eu não poderia fazer mais do que já tinha feito, dei mais um prazo pra ela me contar sobre o que sabia. Por outro lado também ganhei mais tempo também. Fiquei tensa com a forma que a situação se inverteu se ela me escondia algo agora eu também escondia algo dela. Desliguei o celular coloquei pra carregar ao lado da minha cama, fui até a cozinha peguei minha água, fiz minha higiene pessoal e cai na cama e demorei a pegar no sono, meus pensamentos não parou um só segundo. Mesmo sentindo o sono vim ainda pensava em como resolver tudo isso, adormeci com o pensamento em como vou contar pra Isa sobre a Duda e pior na minha opinião como contar pra Carol sobre Bruna.