- Pedro, acorda... acorda Pedro.
Pedro - Me deixa dormir, Naná. (Virei-me para o outro lado e cobri meu rosto com o travesseiro).
Naná - negativo, voce tem aula.
Pedro - eu entro no segundo horário, agora me deixa dormir. (estava com tanto sono que minha voz saiu arrastada).
Naná - Já disse que não, se seu pai sonhar que voce esta matando aula, eu vou pra rua. (disse Naná puxando minhas cobertas, fazendo eu me revirar na cama).
Pedro - Puta que pariu. (disse eu levantando-me e arremessando o travesseiro contra a parede).
Naná - ficou brabinho foi o neném?
Pedro - ao menos a senhora pode sair do quarto para eu fazer minha higiene e colocar uma roupa? (falei colocando uma toalha na minha cintura).
Naná - Pedrinho, não há nada em voce que eu ja não tenha visto, ou voce acha que era sua mãe que limpava seu cu cagado?
Naná percebeu que eu fiquei triste e tentou retificar o que havia dito.
Naná - desculpe meu filho, eu não quis tocar nesse assunto.
Pedro - ta tudo bem Naná. (falei engolindo a seco). - só sai um instante para eu poder tomar banho e trocar de roupa.
Naná - tudo bem, enquanto isso eu vou pedir para o Antonio deixar o carro no ponto.
Pedro - Obrigado, Naná.
Naná - por nada. (disse isso, e saiu porta a fora).
Tirei o short que eu usava, ficando totalmente nú, e olhei meu corpo no espelho, era branco com sinais espalhados pelos membros superiores e inferiores, cabelo e olhos castanhos, 1,74, poucos pelos, nem magro, nem forte, mas tenho um corpo que muitos queriam apertar, pois tenho carnes rígidas, ou seja, um corpo bem distribuído.
Naná - ah e... (Naná abriu a porta do quarto sem bater, me flagrando pelado).
Pedro - poxa, Naná. (falei, cobrindo-me com a toalha).
Naná - que pintão.... hen, antes de sair não esqueça de tomar café.
Pedro - Ta bom Naná, quando eu descer eu passo na cozinha, agora me deixa só, que eu estou atrasado.
Naná saiu e eu passei a chave na porta, em seguida entrei no banho, fiz minha higiene, coloquei minha farda e desci para tomar café.
xXX
Pedro - E o papai? (perguntei entrando na cozinha).
Naná - saiu cedo,hoje. (Respondeu Naná, descascando uma laranja).
Sentei à mesa e peguei uma torrada, uma fatia de melão e um iogurte.
Naná - Só isso? pode comer mais.
Tou sem fome - eu rebati.
Naná -não quero nem saber, voce deve se alimentar direito.
Pedro - mas eu não sinto fome a essa hora da manhã.
Naná - Voce precisa é tomar uma vitamina, deve estar cheio de vermes.
Pedro - que mané verme, Naná!? isso é apenas falta de apetite.
Naná - eu hen!? graças a Deus que eu não tenho isso.
Terminei meu café, e me despedi de Naná.
Naná - e não enrrole hen!? terminando a aula venha direto para casa.
Pedro - ok, Naná. (despedi-me dando um beijo em sua testa).
Naná era uma senhora de mais de cinquenta anos: morena, cabelos ja ficando brancos, já era mãe e avó, tinha em media de 1,55 e uns 55kg, ela cuidava da casa como um todo, e mesmo com o papai dizendo que ela não precisava colocar a mão na massa, ela não conseguia ficar quieta. Sempre que eu topava com Naná, ela estava com cheiro de limpeza: sabão, desinfetante, e sempre trajando o velho avental.
xXX
Chegando fora da casa, Antonio veio a meu encontro.
Antonio - Bom dia patrãozinho.
Pedro - Bom dia Antonio, tudo bem?
Antonio - tudo e o senhor?
Pedro - Bem também.
Antonio era o motorista que sempre me acompanhava, devido eu ter 17 anos ainda, não podia dirigir, então tínhamos dois motoristas: Antonio que era exclusivo para mim, e Roger que ficava disponível para atender toda a casa.
Antonio - direto para o colégio, patrãozinho? (Perguntou Antonio, assim que entramos no carro).
Pedro - isso, direto para o colégio, por favor.
Antonio era um homem de 32 anos: Branco, cabeça raspada, olhos verdes, tinha músculos, mas não era forte, e sim definido, o sorrido dele era muito marcante, pois tratava-se de um cara muito simpático, vivia feliz, ou então fingia bem. Começou a trabalhar em nossa casa como pintor, e apos o termino do serviço implorou a meu pai por um emprego estável, uma vez que tinha esposa e filho pequeno para criar.
xXX
Antonio - pronto patrãozinho, chegamos.
Pedro - obrigado Antonio.
Antonio - que isso, é meu trabalho. O mesmo esquema de sempre?
Pedro - sim, mas por favor cara, não conta nada pra ninguém.
Antonio - não irei contar patrãozinho, pode confiar em mim.
Pedro - eu confio Antonio, eu confio. ( falando isso me despedi de Antonio, coloquei a mochila nas costas e entrei no colégio).
xXX
Caralho, que tesão eu tou de tu, deveria agente matar aula. (falou Kevin me empurrando na parede do solitário vestiário).
Pedro - não posso, quando o papai vier pegar meu boletim, vai questionar as faltas. No mais ja tenho duas esse mês.
Kevin - vamos completar a terceira. (falou ele me beijando).
Kevin era um carinha do terceiro ano que eu conheci ano passado, quando fizemos um trabalho juntos. Ele era moreno, cabelo curto com desenho na lamina, 1,76 de altura, e deveria ter uns 75kg, seus olhos eram negros, e quando sorria apareciam duas covinhas nas bochechas. Sempre ficávamos as escondidas, e eu ''acho'' que ninguém nunca desconfiou.
Pedro - ta bom pô, vamos voltar pra sala, o intervalo ja acabou.
Kevin - tou com a barraca armada, temos que esperar um pouco ate baixar.
Pedro - ta de cueca não?
Kevin - tou, mas o tecido é fino. (ele sorriu e mostrou o estado de sua rola).
Pedro - então eu vou indo nessa pra ninguém desconfiar.
Kevin - beleza, nos vemos la em casa, depois da aula.
Pedro - ta ok. (dei um ultimo beijo no Kevin, e voltei para minha sala).
xXX
- Não pode mais entrar, Sr Pedro.
Pedro - por que , professor?
Professor - Você esta atrasado.
Pedro - mas são apenas 10 minutos. (eu questionei).
Professor - não sou eu que faço as regras, e voce sabe disso. Se quiser assistir a aula deve ir ate a diretoria e pegar uma autorização por escrito.
Pedro - quebra o meu galho, professor.
- o professor não é macaco não pra quebrar galho. (falou Elvis em uma cadeira no final da sala,fazendo todos caírem na risada).
Eu levantei o dedo do meio.
Professor - que gesto é esse, Pedro?
Pedro - esse bicho metendo o cu aonde não é chamado.
Professor - não posso fazer nada por você, Pedro, as regras servem para serem seguidas.
Pedro - posso ao menos entrar pra pegar minha mochila?
Professor - sim, mas a depois vá a diretoria.
Entrei na sala, peguei minha mochila e saí bufando de raiva.
xXX
Bem capaz mesmo de eu ir a diretoria e correr o risco de ligarem para meu pai. (pensei eu chegando a lanchonete da escola).
Pedi uma refeição e fiquei comendo enquanto aguardava pelo Kevin.
xXX
Teu professor deixou tu entrar na sala? (questionei Kevin)
Kevin - sim, porque?
Pedro - O Raul não me deixou entrar, disse que e regra.
Kevin - aquele professor é um pela saco, tive sorte te ser a Carol na minha sala.
Pedro - A Carol é de boa neh!?
Kevin - demais.
xXX
Fomos conversando ate onde a moto do Kevin estava estacionada.
Kevin - Não vai marcar comigo hen!? Vou passar na farmácia pra comprar umas camisinhas.
Pedro - Beleza, rapidão eu chego na tua casa.
Kevin - ok, vou ficar esperando.
Despedi-me do Kevin, e fui ao encontro do Antonio, que ja me aguardava em frente à escola.
xXX
Antonio - Mesmo local de sempre, Patrãozinho? (Perguntou Antonio, abrindo a porta do carro para eu entrar).
Pedro - ahan. Mesmo local.
Antonio deu partida no carro e fomos ate a casa do Kevin.
xXX
- Já tou aqui na frente. (mandei um zap para o Kevin).
- entra a barra ta limpa. (respondeu ele de imediato).
Pedro- Antonio, me espera aqui que eu ja volto.
Antonio - tem pressa não patrãozinho.
Abri o portão da casa do Kevin, e entrei na casa sem bater na porta, quando ele dizia que a barra estava limpa, eu ja entendia que seus pais estavam ausentes.
xXX
Kevin - tou de pau duro, delicia.
Pedro - também.
deitamos no sofá e começamos a nos beijar ali mesmo.
Pedro - vamo pro teu quarto?
Kevin - bora.
Nos levantamos e quando íamos subir para o quarto eu ouvi pelo Antonio me chamar.
Kevin - o que esse bicho quer?
Pedro - vou la ver!
Kevin - vai não, deixa ele chamar, uma hora cansa.
Pedro - Não, pode ser algo sério.
Mesmo contrariando Kevin, eu fui ate o Antonio saber o que ele queria.
xXX
Pedro - Fala, Antonio.
Antonio - Patrãozinho, é o teu pai. (dizia ele cochichando, e tentando tapar o celular com a mão)
Pedro - tu ja atendeu? ( também falei cochichando).
Antonio - sim, ele ligou de um numero restrito, e ta querendo saber aonde estamos. O que eu digo a ele?
Pedro - Ah merda!
Continua...