Daniela e Ana

Um conto erótico de Daniela Partinari
Categoria: Homossexual
Contém 931 palavras
Data: 04/03/2016 20:02:06

Era de madrugada, eu dormia abraçada ao Rodrigo tentando me esquentar em seu corpo devido a chuva que insistia em cair do lado de fora. Meu telefone insistia em tocar. O Rodrigo me acordou e entregou o telefone, alegando que poderia ser algo sério. Só atendi a ligação e meu coração parou ao ouvir aquela voz.

“Abre a porta pra mim, Dani?”

Antes que eu comentasse algo, ela continuou a falar:

“Preciso de você! Abre a porta, por favor!” – disse com uma voz que denunciava o choro que viria.

Lavei o rosto rapidamente, coloquei uma blusa do Rodrigo e saí em direção a porta.

Eu nem bem abri a porta direito e ela se jogou em meus braços, toda molhada e começou a chorar. Eu a abracei de volta, incrível como ela cabia nos meus braços, no meu corpo. Me senti feliz por ela estar alí, por sentir o seu cheiro e por saber que agora ela estaria segura independente do que tivesse acontecido. Minha vontade era de beijá-la e eu nem sabia direito o motivo.

“Que tal você tirar essa roupa molhada enquanto eu faço um chocolate quente para gente? ” – Disse me desfazendo do abraço e puxando-a pela mão. Tentava afastar a vontade que tinha dela e o fato de achá-la absurdamente sexy naquela roupa molhada. Ainda chorando ela me acompanhou e paramos em frente ao banheiro.

“Lari, eu não sei o que aconteceu, só espero que você não fique gripada. Sair nessa chuva!?! Vou fazer nosso chocolate quente e você me conta tudo, certo? Vai tirando essa roupa que vou trazer uma minha para você!”

Eu trouxe as roupas, deixei na porta e segui para cozinha, me perdi nos pensamentos tentando encontrar um jeito de descobrir o que havia acontecido. Passei os últimos meses tentando me enganar, jurando que não a queria para mim, em mim e comigo. O Rodrigo surgiu nessa tentativa frustrada de fugir e me entregar ao que aparentemente é “normal” e “aceito” pela sociedade.

Ele é moreno, alto e me fazia sumir quando me abraçava, feições finas, olhos escuros, lábios avermelhados, pele macia, corpo relativamente musculoso para um homem de 34 anos e sorriso cativante. Ele me fazia gozar inúmeras vezes quando fazíamos sexo. Eu chamava de sexo e ele chamava de amor. Ele praticamente se mudou para o meu apartamento, tudo pelo fato de evitar a Larissa, me joguei nesse relacionamento.

“Dani, que saudade! Seu cheiro ainda é o mesmo...” – Ela disse me abraçando por trás e me fazendo despertar dos pensamentos. Eu tremi no abraço dela, eu suspirei.

“Ana...” – Saiu um sussurro da minha boca, segurei seus braços, afastei o cabelo para que ela colocasse seu nariz em meu pescoço e assim o fez. Suas mãos já me soltaram do abraço e foram passando pela minha coxa, pelo interior da blusa, nos meus seios. Ela tocou, apertou, apertou forte. Ela fez com que meu bumbum encaixasse em sua boceta, gemeu em meu ouvido. Me fez apoiar no fogão e disse:

“Dani, você me deixa lou....”

Antes que completasse a frase, eu já tinha derrubado a panela do chocolate e sujado tudo e até mesmo me queimado. Tentei segurar a panela para que o estrago e o barulho fossem bem menor mas, não consegui. O líquido quente pegou em meus dedos da mão esquerda e em minha coxa e pé. Corri para o banheiro e nem a encarei com vergonha.

Enquanto a Ana limpava o estrago que eu havia feito, o Rodrigo apareceu na porta.

“Que foi, amor? Você está bem? Deixa eu ver o que houve? ” – Já foi me tocando, entrando na água junto comigo. De fato estava bem vermelho e ardia muito mas, com a água corrente amenizava. Contei o que tinha acontecido: um acidente por mera distração enquanto a Ana tomava banho. Obvio que não contaria a verdade e já me sentia péssima por isso.

Ele cuidou de mim até que passasse e a Ana também. Ela fez o chocolate e nos deu para bebermos e de fato, uma delícia.

“Amor, pode ir dormir, a Ana está com um probleminha e vamos conversar. Você se importa? Fora que sei que você vai ter que acordar cedinho e já são 4 da madrugada.” – Falei insistindo para ele fosse logo para o quarto e pudesse finalmente olhar para a Ana e conversar sobre sua aparição inusitada.

“Tá, Amor. Qualquer coisa, só derrubar outra panela! Cuida dela, Ana! Até já, meninas.” – Disse isso sorrindo, me beijou e saiu. A Ana acompanhou-o com olhar até que entrasse no quarto, em seguida, sentou do meu lado, me segurou a mão machucada e beijou.

“Me desculpa? Eu não resisti.” – Começou a chorar e me olhava profundamente, olhar mais sincero dela que já tive, eu me perdia naqueles olhos.

A Ana era quase uma índia. Elogiada por homens e mulheres e admirada por mim. Olhos cor mel, cabelo preto e liso até a cintura, lábios ligeiramente grossos, um piercing bem discreto no nariz afilado, corpo escultural, seios durinhos e por isso ela abusava no decote, sorriso discreto e dona de dentes perfeitos e sorriso lindo. Tudo nela combinava. Tudo nela me excitava e me encantava. Eu a chamava de “Minha Ana” ou de “Minha Baixinha”, poucos centímetros menor que eu mas, era Minha, só Minha.

Eu a abracei e sem hesitar, puxei a Ana para abraça-la.

“Me conta o que aconteceu com você?” – Disse apertando seu corpo no meu, eu a queria.

“Não aguento mais negar que não quero você!”

Ela se desfez do meu abraço e me beijou.

Ela me beijou e eu retribuí.

Nosso primeiro beijo.

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Comentários

Foto de perfil genérica

Amei a descrição da Ana, deve ser linda. Essa história promete, amando já

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