2ª PARTE
CAPÍTULO 6
OS CASAMENTOSJorge parou para pensar, tinha que saber qual seria sua reação para todas as possibilidades... E se fosse Gabriel? E se fosse Jeferson? Não, Jeferson era enorme, ele saberia se Jeferson estivesse ali. Só poderia ser Gabriel. Jorge não parou para decidir o que iria sentir se descobrisse, mas tinha certeza que a dúvida no momento o corroeria. Ele então se apressou em direção a Mike e o virou de repente. Jorge viu então, o rosto de alguém mais novo, alguém que ele nunca tinha visto antes.
- Quem é você? – Perguntou Jorge!
- O que você está fazendo aqui? – Perguntou Mike irritado por ter sido interrompido!
- Quem é ele? – Perguntou Jorge apontando para o garoto que aparentava ter dezoito ou dezenove anos.
- Interessa? – Respondeu Mike com outra pergunta, demonstrando sua irritação com Jorge.
O garoto que observava assustado a cena sem entender o que estava acontecendo, saiu correndo dali em direção ao salão.
- Feliz agora? Você assustou meu esquema! – Gritou Mike zangado.
- O que você está fazendo Mike? Quanto anos tem aquele guri? – Jorge apontava para ele correndo.
- O que eu estou fazendo? Me diz você Jorge, o que você está fazendo? – Mike falava rápido demais, era perceptível que ele estava profundamente irritado.
- Como assim? Porque esse tom comigo! – Jorge se fez de desentendido
-... trazendo eu e o Gabriel aqui! Nos apresentando aquela bicha do Jeferson... O que que você est...
- Pera aí, você sabia que o Jeferson é...
- Sim, eu te contei, ano passado que ele deu em cima de mim...
Jorge esboçou uma reação de assustado tentando se lembrar de alguma coisa que não entrava em sua memória...
- Você nunca me disse isso, Mike.
Mike fez um silêncio, como se estivesse procurando em sua memória um momento com exatidão...
- Não? – Disse ele percebendo o terrível engano que tinha feito. - Então você não sabe?
- Cadê o Gabriel? – Disse grosseiramente percebendo sua afeição.
- Ah, como se o Gabriel não soubesse se virar – Mike disse virando os olhos – Droga Jorge, cade o eu gaydar.
- Jorge deu as costas e começou a andar e procurar em outros cantos qualquer figura grande ou negra nos cantos de outras pequenas peças espalhadas pelo quintal, e foi dobrando a ponta da casa em sua frente que viu duas figuras se mexendo, conforme fora se aproximando, via as imensas costas de Jeferson forçar alguma coisa na parede.
Jeferson tentava a todo custo beijar Gabriel que o empurrava para trás negando as tentativas do grande homem, porém em vão, pois, apesar de Gabriel ser forte, via-se que Jeferson era bem mais forte que ele. Irritado e desacostumado com o não, Jeferson deu dois socos no estômago de Gabriel, que parou de respirar por um momento, arregalando os olhos. Jeferson então aproveitou o momento que Gabriel parara de lutar para virá-lo contra a parede e abaixar suas calças, mas antes de fazer isso, sentiu uma mão pesada no seu ombro esquerdo e quando virou para ver do que se tratava sentiu um uma forte investida no seu queixo.
Jorge havia o socado, fazendo com que ele caísse no chão. Jeferson soltou um urro de dor, ele era muito grande e tinha caído no chão com violência.
Jorge se afastou e esperou Jeferson se levantar para soca-lo novamente.
Gabriel olhou assutado para Jorge e Mike, que permaneciam em silêncio e como se tivesse concordado com a atitude a seguir, Gabriel se aproximou de Jeferson e começou a chutá-lo.
- Você... – Um chute - ...sabe... – outro chute - ...Quanto... – mais um chute - ... tempo... – um pisão no queixo - ...levou... – outro pisão no queixo - ...para... – um chute nas costas - ...eu... – outro pontapé nas costas - ...escolher... – outro pontapé nas costas - ...essa... – mais um chute – ROUPAA!?!?! – E Gabriel o chutou com mais força que os outros chutes, finalizando sua sessão de pancadaria. – DUAS HORAS! – E cuspiu no corpo de Jeferson que não se mexia. Jeferson estava claramente consciente, mas não emitia nenhum som, o que doía mesmo era a vergonha.
Mike olhava aquela cena toda parado de braços cruzados com uma tranquilidade absurda.
- Você acha que ele está bem? – Perguntou pra Jorge que estava na mesma posição.
- Qual dos dois? – Respondeu Mike olhando para Jeferson ali deitado esboçando uma reação de nojo misturado com pena.
- Jeferson, claro! - Soltou Jorge. - Com certeza, vai acordar com uma dor de cabeça e muita vergonha, mas eu me encarrego dele depois... vamos? – Disse para Gabriel que estava inclinado com as mãos no joelho, claramente cansado dos pontapés que havia dado em Jeferson.
- Vamos! - Disse Gabriel se ajeitando.
Jorge esperava mais desespero da parte da Gabriel, pois querendo ou não, sofrera uma tentativa de estupro, mas Gabriel aparentava estar se sentindo bem até demais se levado em consideração o que acabara de acontecer. Aquelas cenas de Gabriel chutando Jeferson se passavam na cabeça de Jorge e aquilo era tão sexy, ninguém reparou, mas Jorge olhou para Gabriel e sem querer deixou transparecer uma ereção enquanto caminhava com ele em direção ao salão. Jorge olhou para seu outro lado e viu Mike, que reagiu aquilo como se fosse só mais um entretenimento que tivesse assistido e de repente mudado de canal. Ele ainda mastigava um chiclete e era o único andando normalmente dentre os três.
Jorge de repente começou a achar aquilo tudo estranho demais, a situação entre eles era confusa, complicada mesmo. Ele estava amando. Começou a se questionar, entretanto do porquê estava de acordo ou não estava bravo com o fato de ver Mike beijando outra pessoa, mas a ideia de ver Gabriel agarrando outro o enlouquecia. Será se ele estava mudando de ideia? Mudando o formato de como via as coisas? Ele estava arrependido de dizer pra Mike aproveitar a vida? Era muita resposta para se ter em pouco tempo de caminhada até o salão. Resolveu se perguntar depois e se responder se realmente quisesse respostas.
Quando entrou no salão, pode observar Aurélio novamente fazendo sinal para ele ir até seu lado.
A música de casamento já tinha começado, quando Jorge se posicionou ao lado de Aurélio.
- Tudo bem? – Perguntou Aurélio com o canto da boca para Jorge num sorriso enorme.
- Aham! Tudo ótimo! – Disse Jorge também tentando mostrar um sorriso sincero, para os flashes que disparavam em sua direção.
- Por que sua mão está sangrando? – Aurélio se fez entender claramente enquanto ainda sorria e falava de lado.
Jorge olhou para sua mão e via que realmente, alguns dedos da sua mão direita estavam manchados com o sangue da boca de Jeferson. Porém sem tempo de contar a história toda para Aurélio naquele momento, ele respondeu:
- Coisa de ex policial, um dia você vai entender...
Aurélio não conseguiu disfarçar seus olhos arregalados, mas com esforço conseguiu se manter sorrindo.
A música ia avançando quando a noiva apareceu, todos os convidados tinham se levantado e a acompanhavam com os olhos e suspiros. Ela vestia um vestido de noiva branco neve, todo feito em seda – Jorge concordou que ela não caberia mesmo naquele vestido dali alguns meses – O vestido parecia ter sido feito sobre o corpo dela, mas ela andava suavemente, livre com passos comuns, sem transparecer em momento algum que estava desconfortável, pelo contrário, ela andava sorrindo, carregado um pequeno buquê de rosas vermelhas que combinavam com seu batom e um véu de renda que cobria apenas parte do seu rosto.
Naquele momento o tempo parou para Jorge.
Conforme Débora ia se aproximando ele se lembrou do seu casamento com Elaine, como ela ia flutuando em sua direção, linda, linda, linda, sua bochecha rosada e olhar penetrante, ao lado de vários convidados dentro da igreja, essa imagem se desfez em seu pensamento e agora ele via Mike, muito mais claro e menos do que nos dias atuais, a cerimônia dos dois havia sido na praia, pela noite, os dois estavam descalços, com o vento balançando seus cabelos. O local era iluminado por várias tochas enterradas no chão da praia, havia ainda acima das poucas cadeiras, luzes que lembrava o natal, mas eras completamente clara e não piscavam, com a temperatura quente Jorge se lembrou de beijar Mike ao som de aplausos.
Uma hora, quatro garrafas e dezenas de drinks depois, Mike, Jorge e Gabriel já estavam tontos, se embaralhando nas palavras, eles três riam sem motivo algum, a quantidade dos convidados da festa tinham diminuído, mas para eles a impressão era que haviam se multiplicado.
Jorge não estava sentado, mas sim largado numa mesa branca do que parecia ser de um diferente salão, dali ele enxergava, e ouvia, Gabriel e Mike cantando “Take me or Live me” do musical Rent em uma espécie de mini palco, os dois seguravam o microfone fazendo pose, recebendo assovios, uivos e aplausos. Não havia competição naquele Karaokê. Ele ouvia as outras pessoas, rindo, aplaudindo e conversando empolgadas. Ele olhou para os dois e viu como eles estavam felizes ali, ele olhou para ele mesmo e percebeu como estava feliz também, talvez fosse o álcool ou o clima todo, mas naquele momento, pela primeira vez em um longo tempo, ele tinha certeza do que queria e queria várias coisas, além daquele para sempre, com o qual ele lidaria depois, ele decidiu arriscar sua voz e com a ajuda da banda, mostrou para todo mundo que sabia todas as letras ao cantar uma versão mais sombria de Valerie – Amy Winehouse.
Inesperadamente Jorge foi o mais aplaudido da noite, vestia um chapéu pequeno e redondo cinza, que não sabia de onde viera e quando ele estava prestes a dar um discurso no microfone que tinha acabado de catar, Mike e Gabriel se entre olharam e sem trocar uma única palavra, sabiam que era hora de ir para casa.
A perna de Jorge já não doía, Gabriel pouco se importava com as roupas que fazia tempo que estavam espalhadas, ele havia perdido sua fivela de gravata em algum lugar, o que parecia mais sóbrio dali era Mike e ele tinha ingerido a mesma quantidade de álcool que os outros dois, se não mais.
- Cade o Aaron? – Disse Jorge com a voz rouca e lerda enquanto caminhava para casa com a ajuda de Mike e Gabriel.
- Tamo chegando nele – Disse Gabriel aparentemente fazendo mais força que Mike para ajudar Jorge a se manter em pé.
- De zero à dez quão tonto você está? – Perguntou Mike.
- Doze – respondeu Jorge! – Falando mais alto que o normal e exagerando propositalmente.
- Hum, não sei, imagino que unstalvez? – Disse Gabriel sentindo que o chão se movia... por quê? E você!?Não, não, cinco! Jorge, degrau! - Disse advertendo Jorge.
Jorge levantou um dos pés para cima sem ao menos firmá-los no chão.
- Cuidado com o legume! – Brincou Gabriel, fazendo Jorge e Mike rirem. – Deixamos ele no sofá ou levamos ele pra cama?
- Cama, óbvio...
- Mas será que não vai vomitar?
- Não! – Gritou novamente Jorge.
- Não – concordou Mike – Ele nunca vomitou bebendo... E nunca teve ressaca também, o que eu acho meio estranho.
- Então tá, cama!
Mike e Gabriel se esforçaram para levar Jorge até o seu quarto e quando estavam prestas a chegar na cama, Jorge violentamente se jogou em cima dela segurando os dois pelo ombro, fazendo os cair junto com ele.
- Jorge!! – Disseram Mike e Gabriel num couro!
- Que foi? – Perguntou Jorge com uma voz fina – Eu amo os dois! Os dois! Não quero nem um, nem outro, eu quero os dois! Eu estou com fome e sou guloso.– Disse Jorge fazendo o símbolo de paz e amor com cada uma das mãos, as mostrando no ar.
- Jorge, isso é quatro! – Corrigiu Mike!
- Ah é! - Jorge agora mostrou um dedo em cada mão, as erguendo no ar novamente, - Amo os dois!
- Você está tão bêbado Jorge! – Disse Gabriel rindo, já não se sentindo incomodado por estar deitado ali.
- Você vai lembrar disso amanhã, Jorge? – Perguntou Mike com segundas intenções no olhar, levantando uma das sobrancelhas, movendo a cabeça e olhando para Gabriel.
- Eu vô! – Respondeu Jorge automaticamente!
Aquilo fez Gabriel ver as coisas de uma maneira que ele não tinha visto antes.
- Jorge que tinha os dedos ainda erguidos no ar, repetiu a frase:
- Eu amos os dois! – Virando para a esquerda para beijar Gabriel e para direita para beijar Mike, mas foi quando alcançou Mike nos lábios que percebeu que ele permaneceu com a boca ali, grudada na boca de Jorge, passando sua mão direita em seu rosto.
Gabriel, chamou atenção de Jorge beijando seu pescoço, que virou exatamente na mesma hora para Gabriel que aproveitou a atenção e o beijou por uma longa duração, inserindo sua língua, fazendo a dançar com a língua de Jorge.
Mike, tinha trocado de posição e abria os botões da camisa de Jorge, beijando o peito peludo dele, a cada botão que desabotoava, e fazia isso lentamente, se deliciando com a atmosfera ali naquele quarto.
Ele ouvia o barulho da troca de saliva entre Jorge e Gabriel bem baixinho quando ao chegar no botão de sua calça viu que Jorge já estava mais que preparado.
Jorge tinha os olhos fechados e a boca de Gabriel em seus dentes quando sentiu a boca quente de Mike cobrir seu pênis que já se encontrara enrijecido.
Suspirou fundo demonstrando aprovar o que quer que Mike estivesse fazendo com a língua.
Gabriel, decidiu conceder a Jorge seu tempo para suspirar e resolveu descer a ponto de seus mamilos, mordiscando, lambendo, chupando, fazendo com que Jorge se remexesse na cama, batendo e relutando no travesseiro, mas nunca pedindo para parar. A cabeça de Jorge estava abrasadora, ele começou a suar muito, amando cada segundo da situação em que estava.
Jorge ficava cada vez mais duro conforme o tempo os intensos segundos passava, em especial quando Mike decidiu seguir o caminho de pelos ao sul com a língua. Foi aí que Gabriel desceu e teve a chance de ter um momento sozinho com o membro de Jorge que estava surpreendentemente duro, babado e encharcado pela saliva de Mike.
Jorge ainda soltava seus suspiros profundos fazendo esforço para não urrar naquele travesseiro, deixando ele todo úmido de suor, Mike e Gabriel se concentraram naquelas partes de Jorge não se incomodando em deixar o tempo passar enquanto eles estavam ali. Jorge tinha jogado os braços para cima, deixado as mãos fechadas com força embaixo do travesseiro e afastando as pernas, criando um espaço maior entre Gabriel e Mike.
Jorge parou de apertar suas mãos e sentiu que não suava mais, tinha parado de sentir as bocas, os céus das bocas, os dedos e a saliva nas mãos dos dois, mas ele sentiu a presença deles ali, Jorge então abriu os olhos para reconhecer o que estava acontecendo, ele ficou surpreso quando viu Mike e Gabriel de joelhos se beijando.
Ele não saberia dizer se fora a situação em que estavam, se era o álcool ou aquele tesão insuportável, mas ele se sentiu como semana passada na porta de sua casa, aqueles dois rapazes se divertindo e ele decidindo entrar naquela relação.
Jorge se ajeitou na cama, se ajoelhou perto de Mike e Gabriel que se beijavam cada vez mais intensamente e se fez notar quando passava a mão no corpo deles, que agora encostavam um no outro, fazendo movimentos involuntários, já sem camisa o corpo dos dois estavam quentes e se tocavam com mais força cada vez que um deles aparentava introduzir a língua dentro da boca do outro com mais profundidade.
Gabriel e Mike se largaram, olharam para Jorge e depois um para o outro, como se tivesse voltando a serem racionais, finalmente percebendo o que estava considerando ali e levando a consideração dos seus atos e quais seriam as consequências, aquelas filosofias indesejadas não demoraram mais de dois segundos na cabeça deles que se beijaram novamente.
Gabriel beijou Jorge, que retribuía aquele beijo com uma mão na nuca de Gabriel e outra descendo das costas de Mike até seu umbigo claro e semi peludo.
Mike desceu no corpo de Gabriel com vontade e curiosidade em saber o que havia escondido dentro de sua calça cinza e engomadinha, ele teve dificuldade de tirar sua cinta laranjada berrante e desabotoar seu botão irregular, mas sentiu que Gabriel pouco se importava pela demora, percebeu que ele usava uma cueca boxer branca, que fazia um contraste lindo com o corpo dele, sem pelos e com um volume desafiador, Mike puxou a cueca de Gabriel para baixo, pegou seu pênis marrom grosso e grande com a mão esquerda e o cheirou. Cheirou cada centímetro, de ponta a ponta e o colocou na boca.
Gabriel reagiu imediatamente
- Dentes! – Disse ele largando de Jorge e olhando para baixo encontrando o sorriso de Mike
- Foi mal!
Jorge observou o que Mike estava fazendo enquanto sentia seu pescoço sendo beijado por Gabriel e reparou que Mike era o único com calça entre os três. Jorge tentou desabotoar a calça de Mike que estava numa posição difícil de ser alcançada, enquanto sentia seus mamilos serem lambidos por Gabriel, Jorge alcançou o pênis de Mike, o colocando para fora, sentindo uma pequena quantidade de líquido grudento, notou que ele já tinha babado.
Jorge começou a criar saliva e sem dizer uma palavra, convenceu os dois a se deitarem, numa posição triangular, fazendo com que se ocupasse com o pau do outro.
Três corpos molhados e incrivelmente suados estavam deitados sobre a cama, nenhum deles aparentava cansaço algum, o ar ali estava tão quente que qualquer movimento os faziam transpirar, mal se ouvia gemidos, pois todos estavam com as bocas ocupadas, direcionadas se afogando propositalmente, encharcando um ao outro com baba.
- Ei, Gabriel... – Disse Mike com a voz arrastada e a boca grudenta.
- Hum – Respondeu Gabriel com as duas mãos masturbado Jorge, mamando seu grande membro.
- Posso te foder? - Perguntou Gabriel.
Aquela pergunta fez Jorge, abrir os olhos sem tirar Mike de sua boca, e olhar para Gabriel que ainda não tinha respondido.
Gabriel continuou em silêncio dando a resposta para Mike ao se posicionar jogando a perna por cima de seu corpo, erguendo dessa vez suas grandes nádegas de cor marrom.
Mike sorriu pequeno enquanto Jorge assistia atento aquilo tudo acontecendo em frente dele. Jorge viu Mike ficar de joelhos enquanto Gabriel fechava os olhos.
- Você... – começou Mike!
- Aham - respondeu Gabriel já entendendo ao Mike se referiria.
Jorge sentiu que ficou mais duro quando observou Mike colocar uma camisinha que tinha tirado de dentro do bolso de sua calça que estava jogada perto de pé da cama, e gemeu alto quando ouviu ele cuspir dentro de Gabriel.
Jorge nunca tinha visto Mike naquela posição e acabara de perceber que gostava do que via, achava sexy e cáustico. Gabriel reagia à Mike dentro dele com uma afeição brava e corajosa.
- Pera, pera... – Pedia Gabriel - Mike teve muita calma com Gabriel, percebia-se ali que havia uma empatia entre os dois. Mike sabia o que era estar naquela situação e apesar do prazer de tornar mais complicado, ele seria ainda mais paciente se fosse preciso – Deixa aí dentro um pouquinho – Pediu Gabriel, Mike obedeceu de olhos bem abertos, reconhecendo a sensação nova e morna que estava obtendo. Sentiu depois de alguns segundos que Gabriel estava aos poucos se abrindo cada vez mais, reconhecendo ele ali dentro, foi então que começou a fazer seus movimentos, mesmo sem a permissão de Gabriel, que com gritos de dores cada vez mais altos, não pedia para parar.
Jorge já tinha quase gozado mais de três vezes em menos de um minuto, não fossem os momentos que Gabriel retirava a boca dele para gemer, ele já teria ejaculado a muito tempo.
Os três continuaram naquela posição, até a cabeleira loura e curta de Mike, ficar totalmente encharcada, deixando em seu corpo um aspecto vermelho intenso, as gotas de suor escorriam por todos os lados, Mike respirava de boca aberta como se tivesse acabado de nadar quilômetros, ele nem sabia mais a quanto tempo estava ali, Gabriel demonstrava cansaço, mas pelas nádegas ainda abertas e erguidas, dava-se a entender que aguentaria mais. Mike socava dentro de Gabriel com tanta força, que o ruído que fazia das suas coxas nas nádegas do moreno só não era maior que os urros que Gabriel dava. Dado certo tempo, Mike saiu de dentro de Gabriel com cuidado, retirou a camisinha com a mão esquerda e jogou a em um canto da casa, deitou de costas com as pernas abertas próxima a Jorge e olhou pra Gabriel
- Sua vez, me come! - Disse Mike.
Gabriel, levantou-se cansado e animado, se posicionou, viu perto da calça que estava no chão mais alguns pacotes de camisinha, enquanto colocava percebeu que nunca tinha olhado para Mike completamente nu, mas o vira agora. “Meu Deus como ele é lindo”. Mike tinha uma tatuagem no lado esquerdo do peito, acima do mamilo, era algo pequeno, um símbolo, letras talvez, era muito escuro e ele ainda estava alcoolizado, Gabriel não saberia diferenciar. Desceu mais os olhos e percebeu que Mike não era circuncidado, havia uma camada de pele fina e sensível sobre a camada de seu pênis.
Mike percebeu que a cabeça de Gabriel estava direcionada para o seu pênis e perguntou:
- Algo errado? – Passando seriedade em sua voz
- Não... é que.... Seu... eu posso? – Se atrapalhou Gabriel, que antes mesmo de se fazer compreender e ouvir a resposta, abaixou a cabeça e levou a boca ao pênis de Mike, que levantaram a cabeça, fechava os olhos e apertava os lençóis. Jorge se masturbava assistindo os dois. Gabriel achava aquela pele em Mike tão aleatória e excitante que fez questão de fazer truques com a língua focada naquela parte, chupando, esticando e mastigando o extra que Mike tinha a oferecer.
Passado o tempo depositado naquela parte e posição, Mike percebeu que a camisinha já estava em Gabriel, que ergueu suas pernas em direção a ele, fazendo com que ficasse afastadas uma da outra. Mike se surpreendeu com a força de Gabriel e Gabriel ficou surpreso com a elasticidade de Mike, que tinha os seus joelhos quase colados ao seu ombro, deixando Gabriel livre para entrar como quisesse, sentiu sua saliva lubrificar seu orifício e logo após, fechou os olhos, mordendo os lábios quando se sentiu invadido por algo grande e grosso.
Havia entre os dois uma compaixão que era exercida e não dita, pois ambos sabiam exatamente quando e onde parar, os dois sabiam o que o outro estava sentindo, sabiam que não era somente introduzir e movimentar-se ali dentro, era também calma, paciência e ginga. Jorge assistia aquilo tudo de perto como se estivesse assistido uma aula, anotando tudo mentalmente, seu membro estava tão duro, que a veia que o atravessa nunca esteve tão pulsante e azul, sentia que se tocasse nele iria explodir em sêmen.
Mike, sentindo-se confortável com Gabriel dentro dele, sentiu-se com as mãos livres para apertar a bunda de Gabriel o empurrando cada vez para dentro:
- Mais forte! Mais forte! – Gritava Mike em intervalos de pesados suspiros.
Gabriel não atingia a mesma velocidade que Mike quando estava dentro dele, porém ele ia mais fundo, sentia que o peso do seu corpo mais a força das pernas e peso da mão de Mike o forçando para dentro, o fazia chegar a lugares que Mike nunca havia sentido. Mike gritava abrindo o máximo que podia sua boca, sem mesmo fechá-la, somente ansioso pela próxima investida e fazia isso de maneira alta, não sabia e nem conseguia fazer aquilo em silêncio, a única coisa que se fez audível no meio daquele escândalo, foi o urro de Jorge no canto da cama.
Jorge ainda urrava se masturbando com seu pau em sua mão apontando para cima. Jorge teve a chegada de seu orgasmo com enunciado, fazendo Gabriel ir mais rápido de boca aberta.
Jorge gozou.
Gabriel sentiu gostas de seu sêmen em seu peito, rosto e ombro, Mike, sentiu pequena quantidade daquele líquido leitoso e morno no seu nariz, testa e canto da boca enquanto fechava os olhos na cautela que o atingisse.
Quando teve certeza que sentia parte da cama se mexer dando o sinal que Jorge morrera em seu lado da cama, Mike olhou para Gabriel sorrindo, mas dessa vez com um sorriso diferente, era um sorriso de moleque encrenqueiro que fazia maldades de propósito, Gabriel amou aquilo. Mike alcançou um pouco de sêmen, que estava na sua bochecha, com a língua e permaneceu com aquela gota clara e branca na ponta de sua língua, mostrando suas intenções para Gabriel, que o lambeu instantaneamente enquanto o penetrava cada vez mais forte.
Gabriel via agora Mike gemer com a boca aberta, fazendo o som que emitia se confundir com um riso alto e se lembrou que nunca sentira tanto prazer na vida.
Gabriel sentiu preencher a camisinha que usava dentro de Mike, que percebeu que ele tinha chegado ao orgasmo pela ferocidade de investidas dentro dele mesmo:
- Não tira, não tira! – Pediu Mike se masturbando.
E numa mistura de alívio, prazer e dor, Mike despejava sobre seu próprio peito uma grande quantidade de sêmen que escorria para todos os lados. Gabriel olhava para a tatuagem de Mike dessa vez de perto e percebeu que agora não saberia o que era mesmo, e antes de dizer ou tentar dizer alguma coisa, apagou.