Pessoal, obrigado pelos comentários, são maravilhosos, desculpa a demora para as postagens, mas já estou quase com a vida no lugar novamente.
Aí tudo voltará ao normal, beijos a todos!!!
Depois que o Matheus foi embora e o William já tinha tomado um banho eu me contive em apenas perguntar como ele estava se sentindo.
Apesar de estar com a cabeça a mil e o coração despedaçado, como se algo estivesse me sufocando.
Fui surpreendido pela calma e um lindo sorriso em seu rosto me respondendo:
- Estou bem amor, estou bem! Os caras foram legais comigo, eles até elogiaram o meu bom gosto por roupas rs.
Ouvindo ele dizer aquilo. A forma como me disse, tentando fazer piada com aquele episódio que mais pareceu um pesadelo.
Fiquei comovido com as palavras e sem dizer mais nada a ele, eu decidi que enfrentaria o Dr. Roberto e se preciso eu morreria pelo William, eu não poderia mais tapar o sol com a peneira, ou fechar os olhos para uma violência contra mim e meus princípios, eu não baixaria a cabeça novamente e se algo ruim acontecesse a ele ou a mim, as pessoas saberiam que a culpa era toda do meu pai.
No outro dia eu levantei cedinho, disposto a apontar o dedo no rosto do meu pai, tirei coragem não sei da onde para ligar para o Zé, pedir o endereço do escritório do Dr. Roberto e entrar num taxi para ir ao encontro daquele meu problema.
Cheguei no prédio, um condomínio de escritórios variados, me apresentei a recepcionista dizendo que precisava falar com o Dr. Roberto!
Ela toda simpática e bastante sorridente me disse:
- O Senhor está com sorte hoje, pois o Dr. Roberto não acompanhou o Dr. Gabriel até o forum. Ele está com uma cliente, mas, já atenderá o Senhor. Pode por gentileza me dar seu RG e CPF para cadastro?
Eu respondi;
- Eu sou filho do Dr. Roberto, acho que você já tem meus dados em arquivo, sou o Luiz Henrique.
Ela: O Senhor é filho do Doutor? Nossa, me perdoe, pode subir. Fica na sala de numero duzentos e oito no vigésimo andar.
Meu irmão Gabriel estava no forum e por isso eu não me encontraria, não cruzaria e nem teria nenhum problema com ele. Fui pensando enquanto e elevador subia.
Andei por um corredor e na porta com a numeração indicada eu bati uma, duas, três vezes e nada de alguém abrir.
Tomei coragem e virei a maçaneta da porta, abri, entrei e fechei a porta.
Primeira sala era a recepção, algumas revistas velhas, jornais e uma TV passando um programa de culinária (bastante propício para o horário).
Andei até a segunda sala e nada, o volume da TV abafava um outro som, fino e meio ofegante e escandaloso, apesar de ser um som baixo, pareciam gemidos vindos da outra sala.
Caminhei até a porta que dava acesso a sala, não pensei para abrir num empurrão só. E foi exatamente o que fiz.
Entrei:
- Pai eu vim...... O que é isso aqui?
Pai? Carol? Como vocês dois tem coragem para tamanha senvergonhisse?
A Carol estava deitada na mesa do meu pai, completamente nua, as pernas entrelaçadas na cintura daquele velho nojento.
Ele estava chupando os peitos daquela vadia e ela se contorcia na mesa, mordendo os lábios, fingindo estar tendo orgasmos.
Sim, ela estava fingindo, a barriga já a mostra da gravidez de quatro meses, o meu pai socando o pau na garota sem nenhuma proteção.
No susto que tomaram, ele se jogou de lado e eu pude ver que não usava camisinha.
- Seu velho desgraçado, como tem coragem de fazer isso com a minha mãe? Trair uma mulher que sempre se doou e foi fiel a você. Isso não vai ficar assim!
Rapidamente tirei meu celular do bolso e tirei várias fotos e fiz um video do Dr. Roberto com o pau amolecendo entre as pernas.
- E você sua piranha? Não tem vergonha, está grávida, se atracando com um velho morto igual a ele? Prostituta, o valor deve estar compensando mesmo! Colocar em risco a vida de uma criança, podendo contrair doenças e transmitir para o bebê, você não tem coração não?
Ela se virou sem pressa alguma, se insinuando para a camera do celular, parecendo uma atriz ruim de filme porno barato.
Foi se vestindo e saiu da sala sem me dizer absolutamente nada.
O filho não era meu, ela era uma prostituta que recebia mesada do meu pai para fingir que gostava de mim.
Foi exatamente isso que o velho disse, enquanto se recompunha e erguia a cintura da cueca e da calça.
Ele abotoou a calça e respondeu:
- Você sempre foi a minha dor de cabeça Henrique, eu via você caminhando todo cheio de trejeitos, a mão sempre quebrada, a voz nunca engrossava, as olhadas e reviravoltas com os olhos cada vez que você não tinha o que queria, não jogava bola, não brincava com os carrinhos, vivia no meio das meninas. Os vizinhos riam de mim, comentavam, apontavam e eu nunca tive uma solução para esse meu problema chamado Luiz Henrique. Quando conheci aquele puteiro e a Carolina, eu vi nela a chance de corrigir sua postura. Eu comia ela no seu quarto, na sua cama, sem ninguém desconfiar de nada. Sua mãe toma os comprimidos dela e dorme, você ficava mais na rua do que em casa, a putinha dava gostoso pra mim e depois da foda, ela ganhava uma gorjetinha. Ela bebia a minha porra toda, sem deixar uma gota escorrer pelos cantos da boca.
Eu fiquei indignado com as palavras dele e tive vontade de estrangular e quebrar o crânio daquele homem escroto, que era tudo de ruim.
- A mamãe vai saber disso Roberto!
Ele: Você vai me fazer um favor garoto, e depois eu elimino você de vez da minha vida, você some! Você sua mãe são farinhas do mesmo saco. E não tente me ameaçar Henrique, eu te dei três dias e já comecei a contar desde ontem. Gastei muito dinheiro com a Carol para você jogar tudo pro ar assim.
Eu retruquei;
- A vida sempre foi minha, eu era diferente, eu sou assim hoje e nada e nem ninguém vai me mudar. Quando apontavam ou falavam algo, era sobre mim e não sobre você, eu não me importo com nada disso e só quero viver a minha vida do meu jeito. Se alguém tinha que ficar incomodado com tudo isso, essa pessoa seria apenas eu e não o Senhor. Você não tem o direito de decidir a minha vida ou a de meus irmãos.
Ele não se movia, ascendeu um cigarro e dava vários tragos enquanto me olhava nos olhos.
- Você é um moleque idiota Henrique, eu te dei tudo isso e tiro em dois tempos.
Eu: Se o senhor não parar de me ameaçar, eu vou até a polícia!
Ele riu da minha cara:
- O senhor tem algum inimigo senhor William? Não foi essa a pergunta que o policial fez ao William? Pois bem, eu sou o único inimigo de vocês dois. Agora some da minha vista, preciso terminar na punheta agora, seu moleque intrometido de merda "some daqui viado do caralho".
Ele realmente tinha amigos influentes e qualquer coisa que eu fizesse, estaria pondo a vida do William em risco.
Peguei o taxi e fui até a casa da minha mãe.
Ela veio a meu encontro já chorando e me dizendo que sabia de tudo, que meu pai havia contado a ela sobre a transa dele com a Carol sobre a mesa dele. Que ela sempre soube das puladas de cerca dele, e que precisava manter as aparências.
- Seu pai é um homem violentei Hick, eu não sei do que ele é capaz, tenho medo que faça algo para vocês.
Minha mãe me jogou um balde de água fria naquele exato momento e eu me vi obrigado a colocar o rabo entre as pernas e voltar para a casa deles.
Como eu iria dar a notícia para o William?
Eu não tinha cara, coragem e palavras para conseguir me expressar ou explicar a ele, que eu não tinha outra opção.
Mas quando você menos espera, e da onde menos espera, surge uma pontinha de esperança.
Eu não entendi muito bem, mas o Gabriel me mandou uma mensagem de texto.
" Papai acha que estou no forum, mas eu já sei que você os pegou no flagra, isso precisa acabar, me espera na esquina de casa, que eu estou indo até aí, talvez eu possa te ajudar. Mas precisa me prometer que ele não saberá que eu te ajudei, eu te amo mano."
Ele foi atrás de mim em casa e pediu para conversar comigo. Fiquei com dúvida, com medo de ser outra armadilha ou uma espécie de vingança por raiva de mim.
Eu podia esperar tudo do Gabriel, tudo!
Acho que o acidente fez com que eu esquecesse tudo de ruim que a minha vida se tornaria, caso eu assumisse a minha homossexualidade.
Mas agora era tarde demais, eu já tinha dado os primeiros passos e não poderia voltar a trás e fingir que nada tinha acontecido.
Talvez eu tivesse algum trauma que quisesse esquecer e o acidente caiu como luva para me ajudar a bloquear todas as lembranças doloridas que eu evitava saber ou perceber.
Aquilo estava afunilando, eu não tinha mais imaginação para tentar encontrar uma maneira para me sobressair.
Não tinha outra opção, se não, acreditar e ouvir tudo que o Gabriel tinha para me contar e rezar para que ele estivesse disposto a me ajudar verdadeiramente.
